Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
O processo pode ser visto como forma de tutelar os direitos individuais, mas também
pode ser analisado e compreendido sob a ótica de ser uma garantia do correto exercício
do poder. Trata-se de duas perspectivas complementares que fazem com que nosso
objeto de estudo, o processo civil, seja visto de um modo mais completo. De fato, é
inegável que, sob certo aspecto, o processo se confunda com uma seqüência de atos e
atividades que antecedem e servem à preparação do provimento final, alcançando-se
uma solução apoiada na verdade possível, verdade apta a ser compartilhada com a
1
sociedade.
O poder deve, então, ser exercido de forma "correta", de modo a que seja aceito pela
sociedade (e não a esta imposto) e deve ser exercido através de um método prático,
racional, efetivo.
Tem-se, então, aqui, dois aspectos: um, de natureza substancial; outro de índole formal.
O primeiro diz respeito ao teor da decisão e o segundo à forma (= ao caminho) por meio
do qual esta decisão é concebida (= o iter para que até ela se chegue). Estas duas
perspectivas geraram as duas preocupações de que trata este trabalho.
Página 1
A influência do contraditório na convicção do juiz:
fundamentação de sentença e de acórdão
Hoje se tem afirmado, com alguma freqüência, que o juiz também participa do
contraditório, ou seja, também tem um papel no que a doutrina tradicional costuma
chamar de princípio do contraditório. Trata-se de uma perspectiva com certo sabor de
novidade, pois este fenômeno normalmente é tratado pela doutrina clássica como algo
de vinculado exclusivamente às partes.
Mesmo para decidir matéria de ordem pública, deve o juiz ouvir as partes.
"Nessa medida, não se concebe contraditório real e efetivo sem que as partes possam
participar da formação do convencimento do juiz, mesmo tratando-se das questões de
ordem pública, cujo exame independe de provocação. O debate anterior à decisão é
fundamental para conferir eficácia ao princípio"(...)
"Essa conclusão se aplica inclusive às questões de ordem pública, pois deve haver
correspondência absoluta entre o âmbito do diálogo desenvolvido entre os sujeitos do
2
processo e o conteúdo da decisão final".
A contraposição entre autor e réu que acaba por resultar, via de regra, do efetivo
exercício do contraditório, só ganha sentido e razão de ser quando submetida à
apreciação e destinada à persuasão de um terceiro imparcial. Esta relação triangular
3
constitui-se na essência da idéia de processo.
Sobre pontos e questões, fáticas ou jurídicas, deve manifestar-se o juiz, e este dever
tem servido de contrapeso ao aumento de poderes que, de modo geral, lhe têm sido
atribuídos pelas legislações contemporâneas, inclusive a brasileira.
Mesmo quando o juiz opta por resolver a questão segundo determinada posição jurídica
não defendida por nenhuma das partes, existe a necessidade de que o contraditório seja
provocado a respeito, antes que a decisão seja propriamente tomada. Ouvidas as partes,
devem suas manifestações refletir-se na decisão, ainda que não sejam acolhidas.
Egas Moniz de Aragão observa, com acuidade, que é comum dizer-se que, na
fundamentação da sentença, o juiz não precisa examinar todas as questões do processo.
Isto está absolutamente equivocado, ensina Egas Moniz de Aragão. Este entendimento
era induzido pela redação do art. 280 do CPC (LGL\1973\5) de 1939 que se limitava a
exigir que o juiz analisasse os "fundamentos de fato e de direito" (art. 280, caput, II, do
CPC (LGL\1973\5) de 1939). oje, diz a lei, a fundamentação é analítica: o juiz analisa as
6
questões discutidas pelas partes.
"É inadmissível supor que o juiz possa escolher, para julgar, apenas algumas das
questões que as partes lhes submeterem. Sejam preliminares, prejudiciais, processuais
ou de mérito, o juiz tem de examiná-las todas, se não o fizer, a sentença estará
7
incompleta."
Este é um dos pontos aos quais, nos parece, a doutrina não tem se dedicado com a
Página 3
A influência do contraditório na convicção do juiz:
fundamentação de sentença e de acórdão
desejável profundidade, talvez porque a communis opinio seja no sentido de que este
assunto carece de relevância: saber se haveria alguma diferença importante quanto à
extensão do dever de fundamentar decisões de mérito, tratando-se de sentença ou de
acórdão.
Em nosso entender, esta diferença existe sim, por diversas razões, que em seguida
mencionaremos. As exigências são diferentes para que se considere bem fundamentada
uma sentença e um acórdão.
A lei autoriza o juiz a manifestar-se exclusivamente sobre uma das causas de pedir, ao
8
julgar a ação procedente; e a manifestar-se só sobre uma das razões de defesa, ao
julgar a ação improcedente. Proferida assim, em conformidade com estas regras, a
sentença será adequadamente fundamentada.
Pensamos ser diferente a regra quando se trata de decisão de 2.º grau de jurisdição.
Esta decisão há de ser completa.
Quando usamos a expressão sentença completa, estamos nos referindo como regra
geral, ao acórdão (de mérito) que julga a apelação, que é a decisão de que,
normalmente, são interponíveis os recursos excepcionais, desde que preenchidos seus
9
demais pressupostos.
Isto ocorre exclusivamente por causa dos dizeres do art. 515, §§ 1.º e 2.º, do CPC
(LGL\1973\5), que, ao estabelecerem amplo espectro de devolutividade ao recurso de
apelação, "dispensam" o juiz, numa certa medida, de incluir na decisão elementos que
Página 4
A influência do contraditório na convicção do juiz:
fundamentação de sentença e de acórdão
não terão sido levados em conta por ele como base da parte dispositiva da sentença.
De fato, não há um segundo momento em que o réu possa fazer estas alegações.
Na defesa direta, o réu nega a ocorrência dos fatos alegados pelo autor ou nega a
versão que o autor deu aos fatos ou, ainda, aceita a veracidade dos fatos, mas nega a
conseqüência jurídica que o réu pretende deles extrair.
A defesa processual do réu pode ser do tipo própria. Naquele tipo de defesa se alega
matéria que pode levar à extinção do processo sem julgamento de mérito, como, por
exemplo, a litispendência ou a coisa julgada. Na defesa processual imprópria ou
dilatória, alegam-se matérias que não levam à extinção do processo, como, por
exemplo, a conexão ou a incompetência do juízo.
Mesmo as exceções substanciais (ou seja, que dizem respeito ao mérito) não podem ser
objeto de cognição do juízo, sem provocação da parte. Esta é a regra geral a que,
todavia, abriu-se exceção no art. 194 do CC/2002 (LGL\2002\400), que determina que o
juízo conheça de ofício a prescrição que beneficie incapaz.
13
Como observa Fredie Didier Jr., "trata-se de autorização sem precedentes históricos".
Exceções substanciais não podem ser objeto de cognição pelo juízo, sem que sejam
alegadas pelo réu, sob pena de haver violação do princípio dispositivo, já que
consubstanciam-se em fatos que poderiam dar ou ter dado origem a ações - se o réu
estivesse no pólo ativo. Por isso é que Didier, em trabalho apenas referido, utiliza a
expressão "contra-direito" do réu, dizendo respeito à circunstância de este fazer uso do
argumento não para propor ação, mas para lograr obter a improcedência do pedido
14
formulado pelo autor. São, estas exceções substanciais, por exemplo, a prescrição, a
compensação, o direito de retenção, a exceção de contrato não cumprido, dentre outras.
A expressão objeção vem normalmente referida a matérias que o juiz pode conhecer de
ofício. As objeções substanciais são, por exemplo, a decadência e as causas de nulidade
absoluta do negócio jurídico, tanto previstas no Código Civil (LGL\2002\400) quanto no
15
Código de Defesa do Consumidor.
quando há limitação à cognição judicial sob o ponto de vista horizontal (limitação esta
ligada à matéria que pode ser alegada e conhecida, e não à profundidade da cognição -
16
aí se estaria diante da dimensão vertical da cognição.
Além da redação da própria lei, (art. 515, §§ 1.º e 2.º, do CPC (LGL\1973\5)) a que
aludimos com mais vagar há pouco, o outro argumento que nos leva a sustentar ser
mais abrangente o dever do Tribunal motivar suas decisões de mérito (em relação às
dimensões do dever de motivar as sentenças) é o perfil dos recursos cabíveis contra
sentenças e contra acórdãos. Contra estes, cabem, além de embargos de declaração,
embargos infringentes, recurso especial e extraordinário. Estes últimos geram efeito
devolutivo que carece de dimensão vertical: nada é devolvido aos Tribunais Superiores,
a não ser o que consta da decisão, e que tenha sido adequadamente impugnado.
Por isso é que a respeito de todos os itens enquadráveis nas categorias de defesa de
mérito e defesa processual peremptória deve o juiz manifestar-se necessariamente, em
decisão completa.
Por outro lado, também a garantia de defesa ficaria esvaziada se o juiz não tivesse o
dever de levar em conta todas as alegações do réu, concretamente manifestadas. De
pouco ou nada valeria garantir à parte o direito de defesa, se se consentisse ao juiz o
17
poder de não considerar as alegações das partes.
O juiz precisa demonstrar ter apreciado as posições (argumentos levantados) pelo autor
e pelo réu, embora isto não afaste, no que tange ao direito alegado, a possibilidade de o
18
juiz optar por uma terceira via, devendo haver, como se observou no item anterior,
contraditório a respeito.
Estas afirmações ganham cores ainda mais fortes quando se trata de acórdão de mérito.
Caso assim não se entenda, o STJ, ao decidir afastar a causa de pedir eleita pelo
Tribunal para sustentar a procedência do pedido, se houver outra, não mencionada no
acórdão, deve necessariamente remeter o processo ao Tribunal de 2.º grau, para que
este se manifeste sobre a outra causa de pedir.
Se, em vez disso, o STJ afasta a causa de pedir eleita pelo Tribunal de 2.º grau, que
sustentava a procedência do pedido, e decide no sentido de que este deve ser tido como
improcedente, outra ação poderá ser proposta, com apoio na causa de pedir sobre a qual
não houve manifestação judicial.
Parece, portanto, que estas duas possíveis formas de solucionar o problema não
contribuem em nada para com a economia processual. Num dos casos, o processo volta
à 2.ª instância e o caminho para se chegar ao STF e ao STJ se repete. No outro, há
necessidade de propositura de outra ação.
BIBLIOGRAFIA
ALVIM, Thereza. Questões prévias e limites objetivos da coisa julgada. São Paulo: Ed.
RT, 1977.
Página 6
A influência do contraditório na convicção do juiz:
fundamentação de sentença e de acórdão
ARAGÃO, Egas Dirceu Moniz de. Sentença e coisa julgada: São Paulo: Aide, 1992.
CHEIM JORGE, Flávio. Sentença cível. RePro 26-104/111-32, São Paulo, out.-dez. 2001.
GOMES FILHO, Antonio Magalhães. A motivação das decisões penais. São Paulo: Ed. RT,
2001.
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Omissão judicial e embargos de declaração. São Paulo:
Ed. RT, 2005.
WATANABE, Kazuo. Da cognição no processo civil. 2. ed. São Paulo: Bookseller, 2000.
1. Nesse sentido, Antonio Magalhães Gomes Filho, A motivação das decisões penais, São
Paulo: Ed. RT, 2001, item 2. p. 26 e 27.
4. É a lição de Thereza Alvim. Questões prévias e limites objetivos da coisa julgada. São
Paulo: Ed. RT, 1977, cap. V, p. 24.
Página 7
A influência do contraditório na convicção do juiz:
fundamentação de sentença e de acórdão
6. Egas Moniz de Aragão, Sentença e coisa julgada, Aide, 1992, n. 74, p. 100 e 101,
destaques nossos. Amir Finocchiaro Sarti escreveu interessante trabalho, "As omissões
da sentença e o efeito devolutivo da apelação", Aspectos polêmicos e atuais dos recursos
cíveis, coord. Nelson Nery Jr, Eduardo Arruda Alvim e Teresa Arruda Alvim Wambier,
2000, p. 13 a 18, em que sublinha a diferença que há entre os arts. 458, II e III, e 515,
§ 1.º, do CPC (LGL\1973\5), procurando uma fórmula conciliatória. Acaba por concluir,
todavia, no sentido de que a sentença não deve analisar e resolver todas as questões e o
tribunal, julgando a apelação, também não deve (destaques do autor) examinar todas as
questões, mas apenas aquelas relevantes para a sua fundamentação. Também neste
sentido, Luis Orione Neto, asseverando que "não há omissão que deva ser suprida,
mediante embargos de declaração, se o acórdão adotou, para negar provimento ao
recurso fundamento suficiente em si mesmo e, por desnecessário, deixou de
manifestar-se sobre questão tornada irrelevante" (Embargos de declaração , Aspectos
polêmicos e atuais dos recursos, 5. série, coord. Nelson Nery Jr. e Teresa Arruda Alvim
Wambier, p. 339 a 390, especialmente p. 359). Com as idéias expressadas por ambos os
autores acima citados não estamos de acordo.
8. Razões de defesa são aqueles argumentos jurídicos alegados pelo réu que podem,
autonomamente, levar à improcedência da ação ou à extinção do processo sem
julgamento de mérito. Roberto Luchi Demo, em texto publicado nos Aspectos polêmicos
e atuais dos recursos cíveis, coordenação Nelson Nery Jr. e Teresa Arruda Alvim
Wambier, intitulado "Embargos de Declaração, aspectos processuais e procedimentais",
p. 443 a 496, especialmente 452, escreve que há omissão no conteúdo da jurisdição
quando o autor pede A e B, e o órgão judicial decide apenas A; ou quando a parte pede
A, com base em X e em Y e o juiz somente analisa o fundamento Y; quando a parte pede
A e se não for possível pede B, e, o juiz, julga improcedente A e não analisa B. No
entanto, apesar de, neste trecho, parecer concordar conosco, em seguida, (p. 454) diz
que o juiz não está obrigado a julgar a questão posta sob seu exame de acordo com o
pleiteado pelas partes, mas de acordo com seu livre convencimento motivado. Diz
também, que a omissão deve ser aferida em cotejo com os pedidos (autor e réu) e não
com as razões invocadas pelos litigantes. O juiz (p. 455) não está obrigado a analisar
todas as teses das partes, afirma também mencionado autor.
9. Com mais razão deve o juiz decidir cada um dos pedidos formulados pela parte:
"Portanto, para cada pedido de tutela jurisdicional, deve haver, necessariamente, uma
decisão explícita sobre o mesmo. A Constituição Federal (LGL\1988\3) veda que o
Judiciário silencie a respeito de pedidos formulados, não proferindo seus respectivos
julgamentos, sob pena de incorrer em descumprimento de dever constitucional. (Carmen
Lúcia Antunes Rocha afirma, sobre o dever de prestação jurisdicional, que "a sua
negativa ou a sua oferta insuficiente quanto ao objeto da prestação ou ao tempo de seu
desempenho é descumprimento do dever positivo de que se não pode escusar a pessoa
estatal, acarretando a sua responsabilidade integral", O direito constitucional à jurisdição
, p. 34). O STF, em inúmeros julgados da 2.ª T. a relatados pelo Min. Marco Aurélio, tem
reconhecido, acertadamente, que representa violação ao direito constitucional à
prestação jurisdicional a omissão na apreciação de pedido das partes. Expressivo é o
texto da ementa do julgamento, onde se afirma que "a garantia constitucional alusiva ao
acesso ao Judiciário engloba a entrega da prestação jurisdicional de forma completa,
emitindo o Estado-juiz entendimento explícito sobre as matérias de defesa veiculadas
pelas partes. Nisto está a essência da norma inserta no art. 5.º, XXXV, da CF/1988
(LGL\1988\3)" (STF - 2.ª T. - RE 172084/MG - DJ 03.03.1995, p. 4111. Neste sentido,
também STF - 2.ª T. - rel. Min. Marco Aurélio - AG 238664/DF - j. 10.04.1999; STF - 2.ª
T. - rel. Min. Marco Aurélio - RE 158.655/PA - DJ 02.05.1997). Portanto, correlato ao
garantido direito de acesso à justiça, está o dever constitucional de "completude
decisória" dos provimentos judiciais, consistente na obrigação do Poder Judiciário julgar,
explicitamente, todos os pedidos que foram levados ao seu exame. (Joaquim Felipe
Spadoni, A função constitucional dos embargos de declaração e suas hipóteses de
Página 8
A influência do contraditório na convicção do juiz:
fundamentação de sentença e de acórdão
cabimento, Aspectos polêmicos e atuais dos recursos cíveis, 8. série, São Paulo: Ed. RT,
2005).
10. Inegável, como já dissemos antes, a existência de paralelo entre o direito de ação e
o direito de defesa. Neste sentido, ensinam Ada Pellegrini Grinover, Cândido Dinamarco,
Antonio Carlos Araújo Cintra: "Tomada nesse sentido, da exceção é lícito afirmar que
configura direito análogo e correlato à ação, mais parecendo um particular aspecto
desta: aspecto esse que resulta exatamente da diversa posição que assumem no
processo os sujeitos da relação processual. Tanto o direito de ação como o de defesa
compreendem uma série de poderes, faculdades e ônus que visam à preparação da
prestação jurisdicional" ( Teoria geral do processo, 17. Ed., Malheiros, 2001, p. 273).
11. Teresa Arruda Alvim Wambier, Omissão judicial e embargos de declaração, São
Paulo: Ed. RT, 2005, passim.
13. Fredie Didier Jr., Da exceção: o direito de defesa e as defesas, RePro 116.
15. Arts. 168, parágrafo único, e 424 do CC/2002 (LGL\2002\400), e art. 51 do CDC
(LGL\1990\40).
16. Estas expressões são utilizadas no clássico Da cognição no processo civil, de Kazuo
Watanabe, Cebepej, 2. ed., passim, especialmente p. 111 a 113.
17. Michele Taruffo, La motivazione della sentenza civile. Padua: Cedam, 2002, cap. VI,
p. 402.
18. Joaquim Felipe Spadoni afirma com razão que: "Deve a decisão revelar todo o
contexto de sua justificação. Neste contexto revelado devem estar presentes,
necessariamente, o enfrentamento e decisão de todas as questões fáticas e jurídicas
suscitadas pelas partes e que são relevantes para se aferir a correção do julgamento.
Ainda, e considerando que o juiz, no direito brasileiro, pode proferir decisão com base
em argumentos jurídicos diferentes daqueles constantes nas defesas das partes, deve
ele também demonstrar o porquê do afastamento destes fundamentos invocados e o
porquê da aplicação de outro distinto dos que lhe foram apresentados." (A função
constitucional dos embargos de declaração e suas hipóteses de cabimento, Aspectos
polêmicos e atuais dos recursos cíveis, 8. série, São Paulo: Ed. RT, 2005).
Página 9