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Sobre o organizador:
Rafael Lemos é Advogado gaúcho, OAB/RS
93.832. Especialista em Processo Civil apresentou
trabalho de conclusão de curso (TCC) na pós-
graduação sobre honorários advocatícios.
2
Os Honorários Advocatícios segundo o STJ.
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para ter acesso a conteúdos que não te ensinam na
faculdade.
3
Sumário
4
9) Na hipótese de rejeição da impugnação ao cumprimento de sentença,
não são cabíveis honorários advocatícios. ............................................ 20
5
configurar supressão de grau de jurisdição e de desvirtuar a
competência recursal da Corte. ............................................................ 28
6
23) São devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas
execuções individuais de sentença proferida em ações coletivas, ainda
que não embargadas. ........................................................................... 35
7
Modelos de petições para baixar GRÁTIS. 43
30) São devidos honorários sucumbenciais ao beneficiário da gratuidade
que vence a demanda. .......................................................................... 44
32) Nos termos da Súmula 326 desta Corte, "na ação de indenização
por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na
inicial não implica sucumbência recíproca". .......................................... 48
36) Dedução dos honorários contratuais deve ocorrer sobre valor líquido
efetivamente recebido pelo cliente, quando há pedido de destaque do
montante da condenação (Lei 8.906/94, art. 22, § 4º). .......................... 54
8
39) Advogado não tem direito imediato a honorários em contrato de êxito
se renunciou antes do fim da ação........................................................ 58
9
que demonstrada a recusa administrativa e configurada a resistência
pela parte ré em fornecê-los". ............................................................... 69
10
nada dispor sobre honorários; o advogado poderá executar esse valor
fixado no despacho inicial Quando houver sentença homologatória de
transação firmada entre as partes e esta não dispor sobre os honorários
sucumbenciais, a decisão inicial que arbitra os honorários advocatícios
em execução de título extrajudicial pode ser considerada título
executivo. .............................................................................................. 81
11
1) Os honorários advocatícios têm natureza alimentar, sendo
possível a penhora de verbas remuneratórias para o seu
pagamento.
Acórdãos:
12
2) O § 8º do art. 85 do Código de Processo Civil de 2015 transmite
regra excepcional, de aplicação subsidiária, em que se permite a
fixação dos honorários sucumbenciais por critério de equidade,
para as hipóteses em que, havendo ou não condenação: (I) o
proveito econômico obtido pelo vencedor seja inestimável ou
irrisório; ou (II) o valor da causa seja muito baixo.
Acórdãos:
13
3) Não é possível a compensação de honorários advocatícios
quando a sua fixação ocorrer na vigência do CPC/2015 - art. 85, §
14.
Acórdãos:
Decisões Monocráticas:
14
4) A majoração da verba honorária sucumbencial recursal, prevista
no art. 85, § 11, do CPC/2015, pressupõe a existência cumulativa
dos seguintes requisitos: a) decisão recorrida publicada a partir de
18.03.2016, data de entrada em vigor do novo Código de Processo
Civil; b) recurso não conhecido integralmente ou não provido,
monocraticamente ou pelo órgão colegiado competente; e c)
condenação em honorários advocatícios desde a origem no feito
em que interposto o recurso.
Acórdãos:
15
5) Quando devida a verba honorária recursal, mas, por omissão, o
relator deixar de aplicá-la em decisão monocrática, poderá o
colegiado arbitrá-la ex officio, por se tratar de matéria de ordem
pública, que independe de provocação da parte.
Acórdãos:
16
6) O recurso interposto pelo vencedor para ampliar a condenação -
que não seja conhecido, rejeitado ou desprovido - não implica
honorários de sucumbência recursal para a parte contrária.
Acórdãos:
Decisões Monocráticas:
17
7) Por critério de simetria, não é cabível a condenação da parte
vencida ao pagamento de honorários advocatícios em favor do
Ministério Público nos autos de ação civil pública ou de ação
coletiva, salvo comprovada má-fé.
Acórdãos:
18
8) São devidos honorários advocatícios nas reclamações julgadas
a partir da vigência do Código de Processo Civil de 2015, quando
angularizada a relação processual.
Acórdãos:
19
9) Na hipótese de rejeição da impugnação ao cumprimento de
sentença, não são cabíveis honorários advocatícios. (Súmula n.
519/STJ) (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/1973 - TEMA
408).
Acórdãos:
20
CURSO OFICINA DE DIREITO DE FAMÍLIA
21
10) São devidos honorários advocatícios no cumprimento de
sentença, haja ou não impugnação, depois de escoado o prazo para
pagamento voluntário, que se inicia após a intimação do advogado
da parte executada. (Súmula n. 517/STJ).
Acórdãos:
22
11) Não é possível a modificação do valor de verba honorária fixada
em sentença transitada em julgado, sob pena de ofensa à coisa
julgada.
Acórdãos:
23
12) São devidos honorários advocatícios sucumbenciais pelo
exequente em virtude do acolhimento total ou parcial de exceção
de pré-executividade.
Acórdãos:
24
13) Em embargos de terceiro, quem deu causa à constrição
indevida deve arcar com os honorários advocatícios. (Súmula n.
303/STJ).
Acórdãos:
25
14) O marco temporal para a aplicação das normas do Código de
Processo Civil de 2015, a respeito da fixação e da distribuição dos
honorários de sucumbência, é a data da prolação de
sentença/acórdão que as impõe.
Acórdãos:
26
15) Não se aplica a regra do art. 85, § 2º, do CPC/2015, direcionada
ao arbitramento dos honorários advocatícios sucumbenciais, na
hipótese em que a sentença tiver sido proferida na vigência do
antigo diploma processual civil.
Acórdãos:
27
16) É inviável o arbitramento de honorários advocatícios de
sucumbência, diretamente pelo Superior Tribunal de Justiça - STJ,
com base no art. 85 do Código de Processo Civil de 2015, sob pena
de configurar supressão de grau de jurisdição e de desvirtuar a
competência recursal da Corte.
Acórdãos:
28
17) Somente nos recursos interpostos contra decisão publicada a
partir de 18 de março de 2016 será possível o arbitramento de
honorários sucumbenciais recursais, na forma do art. 85, § 11, do
NCPC.
Acórdãos:
29
18) O § 11 do art. 85 do CPC/2015, que disciplinou a hipótese de
majoração da verba honorária em grau de recurso, tem dupla
funcionalidade: atender à justa remuneração do patrono pelo
trabalho adicional na fase recursal e inibir o exercício abusivo do
direito de recorrer.
Acórdãos:
30
19) Os honorários recursais não têm autonomia nem existência
independente da sucumbência fixada na origem e representam um
acréscimo ao ônus estabelecido previamente, motivo por que na
hipótese de descabimento ou de ausência de fixação anterior, não
haverá falar em honorários recursais.
Acórdãos:
31
20) Para a majoração de honorários advocatícios na instância
recursal, não é exigível a comprovação de trabalho adicional do
advogado, que será considerado apenas para a quantificação de tal
verba.
Acórdãos:
32
21) Os honorários recursais incidem apenas quando houver a
instauração de novo grau recursal e não a cada recurso interposto
no mesmo grau de jurisdição.
Acórdãos:
33
22) Os honorários recursais de que trata o art. 85, § 11, do
CPC/2015, são aplicáveis tanto nas hipóteses de não conhecimento
integral quanto de não provimento do recurso.
Acórdãos:
34
23) São devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas
execuções individuais de sentença proferida em ações coletivas,
ainda que não embargadas. (Súmula n. 345/STJ).
Acórdãos:
35
24) O art. 85, § 7º, do CPC/2015 não afasta a aplicação do
entendimento consolidado na Súmula 345 do STJ, de modo que são
devidos honorários advocatícios nos procedimentos individuais de
cumprimento de sentença decorrente de ação coletiva, ainda que
não impugnados e promovidos em litisconsórcio. (Tese julgada sob
o rito do art. 1.039 do CPC/2015 - TEMA 973).
Acórdãos:
36
25) EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. RITO DA PRISÃO - "Inadmissível
que se incluam, sob o procedimento pelo qual há a ameaça de
constrição à liberdade do devedor de alimentos, disciplinado no art.
733 do CPC/1973 (art. 528 do CPC/2015), verbas estranhas à pensão
alimentícia objeto de cobrança, como as custas processuais e os
honorários de advogado, crédito para o qual o sistema legal prevê
instrumentos próprios de realização que não o violento expediente
da prisão civil por dívida".
Acórdãos:
37
26) Sucumbência do beneficiário da Justiça Gratuita Sendo o
beneficiário a sucumbir, será condenado em custas e honorários,
condenação esta que restará suspensa pelo prazo de cinco anos.
38
27) Sucumbência recíproca e compensação de verba honorária O
CPC/2015 (art. 85, § 14) não mais permite a compensação de verba
honorária em caso de sucumbência recíproca, contrariamente ao
que acontecia no CPC/1973 (art. 21).
39
28) Impossibilidade de compensação de honorários sucumbenciais
com resultado útil do processo – Justiça Gratuita.
40
29) Justiça gratuita e honorários na contratação de advogado
particular.
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3. Ademais, estender os benefícios da justiça gratuita aos
honorários contratuais, retirando do causídico a merecida remuneração
pelo serviço prestado, não viabiliza, absolutamente, maior acesso do
hipossuficiente ao Judiciário.
42
Modelos de petições para baixar GRÁTIS.
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30) São devidos honorários sucumbenciais ao beneficiário da
gratuidade que vence a demanda.
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31) 3ª Turma do STJ define que tabela da OAB é apenas referência
na fixação de honorários do defensor dativo (não conveniado).
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Magistrado outra hipótese senão nomear um advogado chamado dativo.
II - O advogado que atuar como defensor dativo, quando inexistente ou
insuficiente a Defensoria Pública no local da prestação do serviço, faz
jus aos honorários advocatícios, fixados, no caso, em R$ 2.000,00 (dois
mil reais), com base no artigo 257 do RISTJ e 20, § 4º, do Código de
Processo Civil. III - Recurso especial provido. (STJ, REsp 1200578/MS,
Rel. Ministro Massami Uyeda, 3a Turma, DJe 08/05/2012). Colhe-se do
voto condutor do iminente ministro: "(...) Nesses termos, registra-se que,
salvo motivo relevante, o advogado nomeado pelo juízo não pode
declinar do encargo, obrigando-se a exercer a função e dever estatal de
prestar assistência jurídica integral e gratuita aos necessitados, sob
pena de infração disciplinar prevista no artigo 34, inciso XII, da Lei n.º
8.904/94, assim redigido:"(...) XII - recusar-se a prestar, sem justo
motivo, assistência judiciária, quando nomeado em virtude de
impossibilidade da Defensoria Pública'". Tal disciplina, é certo, tem sua
razão de ser. Como cediço, no dia a dia forense, há situações em que
não se pode contar, imediatamente, com o Defensor ou advogado
credenciado a convênio e, diante de tal dificuldade insuperável, não
resta ao Magistrado outra hipótese senão nomear um advogado
chamado dativo. E este advogado, como já salientado, não podendo
declinar de tal nomeação, desincumbindo-se dos serviços que a ele
compete, ensejando-se, com isso, a devida e justa remuneração. É
nesse sentido que dispõe o artigo 22, § 1º, da Lei n. 8.904/94, in
verbis:(...)" - Nesse sentido:"(...) 1. Consoante entendimento deste
Superior Tribunal, o defensor dativo tem direito aos honorários
advocatícios fixados pelo magistrado e pagos pelo Estado de acordo
com os valores mínimos estabelecidos na tabela da Ordem dos
Advogados do Brasil da respectiva Seção. (...)"(STJ, AgRg no REsp
1572333/SC, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, 6a Turma, DJe
01/07/2016). Na mesma direção: “o arbitramento judicial dos honorários
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advocatícios ao defensor dativo, nomeado para oficiar em processos
criminais, deve observar os valores mínimos estabelecidos na tabela da
OAB, considerados o grau de zelo do profissional e a dificuldade da
causa como parâmetros norteadores do quantum "(STJ, REsp.
1377798/ES, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, 6a Turma, DJe 2/9/2014).
Outros precedentes:
47
32) Nos termos da Súmula 326 desta Corte, "na ação de
indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao
postulado na inicial não implica sucumbência recíproca".
Acórdãos:
48
33) Na vigência do novo CPC, a desistência da execução por falta
de bens penhoráveis não enseja a condenação do exequente em
honorários advocatícios.
49
34) Desistência - Condenação em honorários de sucumbência -
Princípio da Causalidade.
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35) O STJ já confirmou, por várias vezes, a responsabilidade
daquele que deu causa à propositura da ação em arcar
integralmente com os honorários contratuais do advogado da parte
contrária, que se sagrou vencedora na ação.
51
sentido da possibilidade da inclusão do valor dos honorários contratuais
na rubrica de danos materiais. Precedentes: STJ, AgRg no AREsp
606676/RS, Rel. Ministro Humberto Martins, 2a Turma; STJ, AgRg no
REsp 1312613/ MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, 3a Turma;
STJ, AgRg nos EDcl no REsp 1412965/RS, Rel. Min. Sidnei Beneti, 3a
Turma; STJ, REsp 1134725/MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3a Turma. 2.
Agravo Interno não provido."- (STJ, AgInt no AREsp 809029/SC, Rel.
Ministro HERMAN BENJAMIN, 2a Turma, DJe 08/09/2016).
52
453/STJ à hipótese de sentença omissa quanto à condenação ao
ressarcimento de honorários do assistente técnico. 6. Tratamento
diverso da matéria pelo CPC/2015.7. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
(STJ, REsp 1566168/RJ, Rel. Ministro PAULO DE TARSO
SANSEVERINO, 3a Turma, DJe 05/05/2017).
53
36) Dedução dos honorários contratuais deve ocorrer sobre valor
líquido efetivamente recebido pelo cliente, quando há pedido de
destaque do montante da condenação (Lei 8.906/94, art. 22, § 4º).
54
37) DIVISÃO PROPORCIONAL. Honorários de sucumbência devem
ser pagos a advogado que deixou causa.
55
defesa da parte vencedora, na medida de sua atuação. 6. Recurso
especial a que se nega provimento. (STJ, REsp 1222194/BA, Rel.
Ministro Luis Felipe Salomão, 4a Turma, DJe 04/08/2015).
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38) Transação firmada pelas partes, sem a aquiescência do
advogado, não tem o condão de prejudicar os honorários
convencionados e os de sucumbência.
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39) Advogado não tem direito imediato a honorários em contrato de
êxito se renunciou antes do fim da ação.
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quadro, a rescisão unilateral do contrato, promovida pelo próprio
mandatário - no exercício do direito potestativo de renúncia ao mandato
-, não tem o condão de ilidir a supracitada condição, ficando os efeitos
remuneratórios do pacto subordinados ao seu efetivo implemento,
ressalvadas as hipóteses expressamente convencionadas. 5. O fato
jurídico delineado nos autos não se amolda sequer à norma disposta na
primeira parte do artigo 129 do Código Civil, segundo a qual se reputa
verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for
maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer. 6. Cuida-se de
ficção legal, que condena o dolo daquele que impede ou força o
implemento da condição em proveito próprio. Nessa esteira, encontra-se
compreendida a rescisão unilateral imotivada perpetrada pelo cliente,
que configura, por óbvio, obstáculo ao implemento da condição
estipulada no contrato de prestação de serviços advocatícios - vitória na
causa -, autorizando o arbitramento judicial da verba honorária devida
ao causídico, cuja plena atuação quedara frustrada por culpa do
mandante. 7. Por outro turno, em se tratando de renúncia do advogado,
é certo que a não ocorrência da condição prevista no contrato ad exitum
impede a aquisição do direito remuneratório pretendido, não se podendo
cogitar da incidência de qualquer presunção legal na hipótese de
rescisão antecipada. O exercício da pretensão de arbitramento dos
honorários advocatícios será viável, contudo, após concretizada a vitória
do antigo cliente nas demandas pendentes, devendo ser observado o
critério de rateio (com o advogado substituto) previsto no contrato.8.
Recurso especial provido para julgar improcedente a pretensão de
arbitramento da verba honorária deduzida na inicial, invertendo-se o
ônus sucumbencial. - (STJ, REsp 1337749/MS, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, 4a Turma, DJe 06/04/2017).
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40) ADVOGADO EMPREGADO X HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA
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61
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41) TRF4 = Não é cabível pagamento de honorários sobre
valor incontroverso de execução.
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42) Execução de sucumbência independe de revogação de justiça
gratuita em ação própria.
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cumprimento de sentença, pelo respectivo credor, para o pagamento
das custas, despesas processuais e honorários advocatícios devidos
pelo beneficiário da gratuidade de justiça que fora vencido na lide, desde
que demonstrada a modificação da situação de insuficiência de recursos
que justificou a concessão do benefício.”
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Devidamente analisadas e discutidas as questões de mérito, e
suficientemente fundamentado o acórdão recorrido, não há como
reconhecer a alegada negativa de prestação jurisdicional. 5. A essência
da gratuidade de justiça está em dispensar o beneficiário do
adiantamento das custas e despesas processuais, a fim de que não seja
obstado o exercício pleno de seu direito de ação ou de defesa. No
entanto, em sendo vencido o beneficiário, cairá sobre este a
responsabilidade de arcar com o pagamento do que lhe foi previamente
dispensado e, ainda, ressarcir a parte adversária - vencedora -, quanto
ao que ela desembolsou ao longo do processo, além de responder pelos
honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência (art. 98, § 2º,
do CPC/15).6. Nos termos do art. 98, § 3º, do CPC, a obrigação do
beneficiário da gratuidade de justiça de pagar as verbas de
sucumbência fica sob condição suspensiva de exigibilidade, somente
podendo ser executada se, no prazo de 5 (cinco) anos, o credor
demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos
que justificou a concessão do benefício. 7. A execução das verbas de
sucumbência não pressupõe prévia revogação do benefício concedido.
Pelo contrário, a norma do art. 98, § 3º, do CPC, combinada com o art.
514 do mesmo Códex, viabiliza o requerimento de cumprimento de
sentença pelo credor, desde que este comprove o implemento da
condição suspensiva, consistente na modificação da situação financeira
do beneficiário da gratuidade de justiça. 8. Entendimento que não
implica limitação da ampla defesa e do contraditório, haja vista a
expressa previsão legal quanto à possibilidade de arguição da
inexigibilidade da obrigação em sede de impugnação (art. 525, § 1º, do
CPC/15), aliada à possibilidade de instrução probatória, se entender
necessário o julgador. 9. Ausente o intuito procrastinatório na oposição
de embargos de declaração, afasta-se a multa do art. 1.026, § 2º, do
CPC.10. Recurso especial conhecido e provido. (STJ, REsp
66
1733505/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,
julgado em 17/09/2019, DJe 20/09/2019).
67
43) Para o STJ," é pacífico o entendimento no tribunal segundo o
qual não cabe a fixação de honorários advocatícios na hipótese em
que o devedor apresenta os cálculos para expedição da
correspondente requisição de pequeno valor, caso o credor
concorde com o valor apresentado, o que se denomina execução
invertida”.
68
44) A 4a Turma do STJ reforçou que, segundo a jurisprudência
daquela Corte "são devidos honorários advocatícios em ações
cautelares de exibição de documentos e de produção antecipada de
provas, desde que demonstrada a recusa administrativa e
configurada a resistência pela parte ré em fornecê-los".
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45) Perda de objeto. Morte do autor. Honorários. Sucumbência.
70
46) "(...) Os advogados têm direito ao arbitramento judicial de
honorários na hipótese de resilição unilateral do contrato por parte
do cliente.
71
47) MAJORAÇÃO DE HONORÁRIOS. Julgado em que se analisa se
os honorários advocatícios fixados podem ou não ser majorados
ou exigíveis tendo em vista a concessão da gratuidade da justiça.
Ação ajuizada em virtude de acidente de trânsito onde foi
constatada culpa concorrente da vítima.
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que, não obstante cabível a majoração dos honorários sucumbenciais,
em razão do desprovimento do recurso especial, prejudicada a
exigibilidade da verba honorária, em razão do deferimento do benefício
da assistência judiciária gratuita pela instância ordinária. 5. Agravo
interno a que se nega provimento. (STJ, AgInt no AREsp 1328294/SP,
Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 26/11/2019,
DJe 19/12/2019).
73
48) Na fase de cumprimento de sentença, cálculo de honorários
inclui somente parcelas vencidas da dívida.
74
50) ADVOGADOS CORRESPONDENTES
75
50.2.) TJ-ES - Sentença - 4a Vara do JEC - Vila Velha - Processo:
0010377-60.2014.808.0545 - Indenização Dano Moral = R$ 3 mil.
Fragmentos da sentença: "(...) propôs esta demanda dizendo que
foi contratado pela requerida para lhe prestar serviços (extração de
cópias de processo em Vila Velha/ES). Foi acordado receber R$60,00. A
diligência foi realizada em 14/01/14.
76
com incidência de juros de mora, conforme artigo 389 do Código Civil
Brasileiro. O autor prestou serviços àquela sociedade de advogados em
janeiro de 2014 e em fevereiro daquele ano enviou planilha para receber
seu crédito; não o recebeu extrajudicialmente; somente após a
propositura da ação, e mesmo assim, no mês de outubro deste ano
(2015) é que foram depositados os honorários. A Requerida deve ser
compelida a pagar os juros e atualização monetária segundo índices
oficiais regularmente estabelecidos pela Tribunal de Justiça do Estado
do Espírito Santo que incidem a partir de 05.2.2015 eis que há nos autos
um e-mail enviado pela requerida ao autor dizendo que enviou o recibo
para pagamento. Por simples cálculo aritmético, utilizando-se ferramenta
disponibilizada no sítio eletrônico do TJES (...) Valor atualizado até
17/11/2015: R$ 83,86. Valor a pagar (saldo atualizado menos valor pago
(R$60,00). INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS: O valor devido ao
autor é ínfimo; não é razoável que só o receba mais de um ano após a
prestação do serviço e mesmo assim somente após a propositura desta
ação. A teoria da perda do tempo útil, que vem sendo aplicada nas
relações consumeristas para obrigar o inadimplente à indenizar por dano
moral, deve ser adaptada e aplicada neste caso. O dever de
indenização pela perda do tempo livre se configura em situações
intoleráveis, em que há desídia e desrespeito; é verossímil que isto
ocorreu neste caso eis que o valor cobrado pelo autor é irrisório e
deveria ter sido solvido há muito tempo. É verossímil que o autor saiu de
sua rotina e perdeu tempo livre para solucionar este problema causados
por ato ilícito (inadimplência) e desarrazoado pela requerida; a conduta
da requerida é intolerável e gerou transtorno, constrangimento,
frustração; mais que mero aborrecimento. O valor do dano moral deve
ser arbitrado com moderação, norteando o julgador pelos critérios da
gravidade e repercussão da ofensa, levando-se em conta as
circunstâncias do caso, razoável arbitrar o valor de R$ 3.000,00 (três mil
77
reais). DISPOSITIVO: Pelo exposto, julgo procedente a pretensão do
autor. Condeno (...) a pagar ao autor (...) a quantia de R$23,85 (...). A
quantia deve ser corrigida monetariamente e acrescida de juros de mora
de 1% (um por cento) ao mês, por força do artigo 406 do Código Civil
Brasileiro (CC/02) a partir da data deste julgado. Condeno o réu (...) a
indenizar o autor (...) por danos morais. Fixo a indenização em R$
3.000,00 (três mil reais). A quantia deve ser corrigida monetariamente e
acrescida de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, por força do
artigo 406 do Código Civil Brasileiro (CC/02). O termo inicial para
incidência de juros e correção nas indenizações por danos morais é a
partir da fixação (Enunciado 1 - II Encontro das Turmas Recursais do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Espírito santo em 2008). Em
consequência da resolução de mérito (artigo 269, I, do Código de
Processo Civil) julgo extinta a fase de conhecimento. Sem custas e
honorários advocatícios nos termos do artigo 54 e 55 da lei 9.099/95 que
incidirão em caso de recurso. Ante o que preceitua o artigo 40 da lei
9.099/95, submeto esta decisão ao (a) Exmo. (a) Sr (a) Juiz (a) de
Direito. Em Vila Velha, no dia 18 de novembro de 2015. (...) Juiz Leigo
(...). SENTENÇA. Vistos etc. Homologo por sentença o projeto
apresentado pelo Sr. (...) Juiz Leigo para que surta seus jurídicos e
legais efeitos. Publique-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado e
feitas as anotações devidas, se nada for requerido, arquivem-se, com as
cautelas de lei. Em Vila Velha, Estado do Espírito Santo, no dia
18.11.2015, (...) Juíza de Direito (..)."
78
51.) Improcedência da ação e fixação de honorários de advogado:
Indenizatória ajuizada ante vício de veículo que ficou mais de 30
dias no conserto e julgada improcedente. Discussão acerca dos
honorários advocatícios que foram fixados em 10% sobre o valor
da causa a ser divididos entre todas as partes que compõem o polo
passivo e não 10% para cada advogado de cada parte.
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2º, do CPC/15 prevê uma ordem de preferência, de modo que a base de
cálculo dos honorários é definida segundo a impossibilidade de a
hipótese concreta se enquadrar na previsão anterior prevalente. 6. Nos
termos do § 6º do art. 85 do CPC/15, na sentença de improcedência do
pedido em ações condenatórias, a base de cálculo dos honorários
corresponde ao proveito econômico do cliente, evitado pela atuação do
advogado. 7. Conforme a redação do art. 18, caput, do CDC, todos os
fornecedores de produto de consumo respondem de forma solidária
pelos vícios de qualidade ou quantidade, e, na forma do art. 283 do
CC/02, a responsabilidade dos codevedores é presumidamente
igualitária. 9. Na hipótese concreta, embora não tenha observado
estritamente o comando do art. 85, § 6º, do CPC/15, a solução do
Tribunal de origem de ratear igualmente entre os litisconsortes passivos
facultativos o percentual de 10% sobre o valor da causa acaba por
refletir a cota-parte igualitária, decorrente da solidariedade, que cada um
dos fornecedores deixou de ficar obrigado a pagar em favor do
consumidor em razão do julgamento de improcedência do pedido
fundado no art. 18, § 1º, do CDC. 10. Recurso especial desprovido. STJ,
REsp 1848517/DF, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3a Turma, DJe
20/02/2020.
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52) EXECUÇÃO Juiz, no despacho inicial da execução, fixou os
honorários advocatícios; esse valor é, em princípio, provisório;
ocorre que, no curso da execução, foi firmado acordo entre as
partes, sem nada dispor sobre honorários; o advogado poderá
executar esse valor fixado no despacho inicial Quando houver
sentença homologatória de transação firmada entre as partes e
esta não dispor sobre os honorários sucumbenciais, a decisão
inicial que arbitra os honorários advocatícios em execução de título
extrajudicial pode ser considerada título executivo.
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