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Sobre o organizador:
Rafael Lemos é Advogado gaúcho, OAB/RS
93.832. Especialista em Processo Civil apresentou
trabalho de conclusão de curso (TCC) na pós-
graduação sobre honorários advocatícios.

Possui escritório próprio em Porto Alegre/RS,


atuando de forma autônoma ou em parceria com
outros advogados.

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2
Os Honorários Advocatícios segundo o STJ.

As teses aqui resumidas foram pesquisadas na


base de jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e
de Tribunais Regionais Federais.

Mais de 300 julgados selecionados, divididos em 52


temas.

Reunimos neste esboço as diversas teses e


julgados que, embora editadas em períodos diversos,
guardam relação com o tema honorário advocatício e
que são aplicadas nos julgamentos.

São 52 tópicos sobre honorários advocatícios, cada


tópico possui ao menos um julgado, outros tópicos mais,
certamente contendo nesse livro digital mais de 300
julgados. Atualizado até 2020.

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Sumário

1)Os honorários advocatícios têm natureza alimentar, sendo possível a


penhora de verbas remuneratórias para o seu pagamento. .................. 12

2) O § 8º do art. 85 do Código de Processo Civil de 2015 transmite regra


excepcional, de aplicação subsidiária, em que se permite a fixação dos
honorários sucumbenciais por critério de equidade, para as hipóteses
em que, havendo ou não condenação: (I) o proveito econômico obtido
pelo vencedor seja inestimável ou irrisório; ou (II) o valor da causa seja
muito baixo............................................................................................ 13

3) Não é possível a compensação de honorários advocatícios quando a


sua fixação ocorrer na vigência do CPC/2015 - art. 85, § 14. ............... 14

4) A majoração da verba honorária sucumbencial recursal ................... 15

5) Quando devida a verba honorária recursal, mas, por omissão, o


relator deixar de aplicá-la em decisão monocrática, poderá o colegiado
arbitrá-la ................................................................................................ 16

6) O recurso interposto pelo vencedor para ampliar a condenação - que


não seja conhecido, rejeitado ou desprovido - não implica honorários de
sucumbência recursal para a parte contrária. ....................................... 17

7) Por critério de simetria, não é cabível a condenação da parte vencida


ao pagamento de honorários advocatícios em favor do Ministério Público
nos autos de ação civil pública ou de ação coletiva, salvo comprovada
má-fé..................................................................................................... 18

8) São devidos honorários advocatícios nas reclamações julgadas a


partir da vigência do Código de Processo Civil de 2015, quando
angularizada a relação processual. ....................................................... 19

4
9) Na hipótese de rejeição da impugnação ao cumprimento de sentença,
não são cabíveis honorários advocatícios. ............................................ 20

CURSO OFICINA DE DIREITO DE FAMÍLIA......... 21

10) São devidos honorários advocatícios no cumprimento de sentença,


haja ou não impugnação, depois de escoado o prazo para pagamento
voluntário, que se inicia após a intimação do advogado da parte
executada. ............................................................................................ 22

11) Não é possível a modificação do valor de verba honorária fixada em


sentença transitada em julgado, sob pena de ofensa à coisa julgada. .. 23

12) São devidos honorários advocatícios sucumbenciais pelo exequente


em virtude do acolhimento total ou parcial de exceção de pré-
executividade. ....................................................................................... 24

13) Em embargos de terceiro, quem deu causa à constrição indevida


deve arcar com os honorários advocatícios. (Súmula n. 303/STJ) ........ 25

14) O marco temporal para a aplicação das normas do Código de


Processo Civil de 2015, a respeito da fixação e da distribuição dos
honorários de sucumbência, é a data da prolação de sentença/acórdão
que as impõe. ....................................................................................... 26

15) Não se aplica a regra do art. 85, § 2º, do CPC/2015, direcionada ao


arbitramento dos honorários advocatícios sucumbenciais, na hipótese
em que a sentença tiver sido proferida na vigência do antigo diploma
processual civil. ..................................................................................... 27

16) É inviável o arbitramento de honorários advocatícios de


sucumbência, diretamente pelo Superior Tribunal de Justiça - STJ, com
base no art. 85 do Código de Processo Civil de 2015, sob pena de

5
configurar supressão de grau de jurisdição e de desvirtuar a
competência recursal da Corte. ............................................................ 28

17) Somente nos recursos interpostos contra decisão publicada a partir


de 18 de março de 2016 será possível o arbitramento de honorários
sucumbenciais recursais, na forma do art. 85, § 11, do NCPC. ............ 29

18) O § 11 do art. 85 do CPC/2015, que disciplinou a hipótese de


majoração da verba honorária em grau de recurso, tem dupla
funcionalidade: atender à justa remuneração do patrono pelo trabalho
adicional na fase recursal e inibir o exercício abusivo do direito de
recorrer. ................................................................................................ 30

19) Os honorários recursais não têm autonomia nem existência


independente da sucumbência fixada na origem e representam um
acréscimo ao ônus estabelecido previamente, motivo por que na
hipótese de descabimento ou de ausência de fixação anterior, não
haverá falar em honorários recursais. ................................................... 31

20) Para a majoração de honorários advocatícios na instância recursal,


não é exigível a comprovação de trabalho adicional do advogado, que
será considerado apenas para a quantificação de tal verba. ................. 32

21) Os honorários recursais incidem apenas quando houver a


instauração de novo grau recursal e não a cada recurso interposto no
mesmo grau de jurisdição. .................................................................... 33

22) Os honorários recursais de que trata o art. 85, § 11, do CPC/2015,


são aplicáveis tanto nas hipóteses de não conhecimento integral quanto
de não provimento do recurso. .............................................................. 34

6
23) São devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas
execuções individuais de sentença proferida em ações coletivas, ainda
que não embargadas. ........................................................................... 35

24) O art. 85, § 7º, do CPC/2015 não afasta a aplicação do


entendimento consolidado na Súmula 345 do STJ, de modo que são
devidos honorários advocatícios nos procedimentos individuais de
cumprimento de sentença decorrente de ação coletiva, ainda que não
impugnados e promovidos em litisconsórcio. ........................................ 36

25) EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. RITO DA PRISÃO - "Inadmissível


que se incluam, sob o procedimento pelo qual há a ameaça de
constrição à liberdade do devedor de alimentos, disciplinado no art. 733
do CPC/1973 (art. 528 do CPC/2015), verbas estranhas à pensão
alimentícia objeto de cobrança, como as custas processuais e os
honorários de advogado, crédito para o qual o sistema legal prevê
instrumentos próprios de realização que não o violento expediente da
prisão civil por dívida". .......................................................................... 37

26) Sucumbência do beneficiário da Justiça Gratuita Sendo o


beneficiário a sucumbir, será condenado em custas e honorários,
condenação esta que restará suspensa pelo prazo de cinco anos. ...... 38

27) Sucumbência recíproca e compensação de verba honorária O


CPC/2015 (art. 85, § 14) não mais permite a compensação de verba
honorária em caso de sucumbência recíproca, contrariamente ao que
acontecia no CPC/1973 (art. 21). .......................................................... 39

28) Impossibilidade de compensação de honorários sucumbenciais com


resultado útil do processo – Justiça Gratuita. ........................................ 40

29) Justiça gratuita e honorários na contratação de advogado particular.


.............................................................................................................. 41

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30) São devidos honorários sucumbenciais ao beneficiário da gratuidade
que vence a demanda. .......................................................................... 44

31) 3ª Turma do STJ define que tabela da OAB é apenas referência na


fixação de honorários do defensor dativo (não conveniado). ................ 45

32) Nos termos da Súmula 326 desta Corte, "na ação de indenização
por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na
inicial não implica sucumbência recíproca". .......................................... 48

33) Na vigência do novo CPC, a desistência da execução por falta de


bens penhoráveis não enseja a condenação do exequente em
honorários advocatícios. ....................................................................... 49

34) Desistência - Condenação em honorários de sucumbência -


Princípio da Causalidade. ..................................................................... 50

35) O STJ já confirmou, por várias vezes, a responsabilidade daquele


que deu causa à propositura da ação em arcar integralmente com os
honorários contratuais do advogado da parte contrária, que se sagrou
vencedora na ação................................................................................ 51

36) Dedução dos honorários contratuais deve ocorrer sobre valor líquido
efetivamente recebido pelo cliente, quando há pedido de destaque do
montante da condenação (Lei 8.906/94, art. 22, § 4º). .......................... 54

37) DIVISÃO PROPORCIONAL. Honorários de sucumbência devem ser


pagos a advogado que deixou causa. ................................................... 55

38) Transação firmada pelas partes, sem a aquiescência do advogado,


não tem o condão de prejudicar os honorários convencionados e os de
sucumbência. ........................................................................................ 57

8
39) Advogado não tem direito imediato a honorários em contrato de êxito
se renunciou antes do fim da ação........................................................ 58

40) ADVOGADO EMPREGADO X HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA


.............................................................................................................. 60

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41) TRF4 = Não é cabível pagamento de honorários sobre valor


incontroverso de execução. .................................................................. 63

42) Execução de sucumbência independe de revogação de justiça


gratuita em ação própria. ...................................................................... 64

43) Para o STJ," é pacífico o entendimento no tribunal segundo o qual


não cabe a fixação de honorários advocatícios na hipótese em que o
devedor apresenta os cálculos para expedição da correspondente
requisição de pequeno valor, caso o credor concorde com o valor
apresentado, o que se denomina execução invertida”. ......................... 68

44) A 4a Turma do STJ reforçou que, segundo a jurisprudência daquela


Corte "são devidos honorários advocatícios em ações cautelares de
exibição de documentos e de produção antecipada de provas, desde

9
que demonstrada a recusa administrativa e configurada a resistência
pela parte ré em fornecê-los". ............................................................... 69

45) Perda de objeto. Morte do autor. Honorários. Sucumbência. .......... 70

46) "(...) Os advogados têm direito ao arbitramento judicial de honorários


na hipótese de resilição unilateral do contrato por parte do cliente. ...... 71

47) MAJORAÇÃO DE HONORÁRIOS. Julgado em que se analisa se os


honorários advocatícios fixados podem ou não ser majorados ou
exigíveis tendo em vista a concessão da gratuidade da justiça. Ação
ajuizada em virtude de acidente de trânsito onde foi constatada culpa
concorrente da vítima. ........................................................................... 72

48) Na fase de cumprimento de sentença, cálculo de honorários inclui


somente parcelas vencidas da dívida. .................................................. 74

50) ADVOGADOS CORRESPONDENTES........................................... 75

50.1) ATRASO NO PAGAMENTO GERA DANO MORAL.................. 75

50.2.) TJ-ES - Sentença - 4a Vara do JEC - Vila Velha - Processo:


0010377-60.2014.808.0545 - Indenização Dano Moral = R$ 3 mil. .... 76

51.) Improcedência da ação e fixação de honorários de advogado:


Indenizatória ajuizada ante vício de veículo que ficou mais de 30 dias no
conserto e julgada improcedente. Discussão acerca dos honorários
advocatícios que foram fixados em 10% sobre o valor da causa a ser
divididos entre todas as partes que compõem o polo passivo e não 10%
para cada advogado de cada parte. ...................................................... 79

52) EXECUÇÃO Juiz, no despacho inicial da execução, fixou os


honorários advocatícios; esse valor é, em princípio, provisório; ocorre
que, no curso da execução, foi firmado acordo entre as partes, sem

10
nada dispor sobre honorários; o advogado poderá executar esse valor
fixado no despacho inicial Quando houver sentença homologatória de
transação firmada entre as partes e esta não dispor sobre os honorários
sucumbenciais, a decisão inicial que arbitra os honorários advocatícios
em execução de título extrajudicial pode ser considerada título
executivo. .............................................................................................. 81

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Marketing Digital .................................................................. 81

11
1) Os honorários advocatícios têm natureza alimentar, sendo
possível a penhora de verbas remuneratórias para o seu
pagamento.

Acórdãos:

AgInt no REsp 1407062/MG, Rel. Ministro LUIS FELIPE


SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 26/02/2019, DJe 08/04/2019;

AgInt no REsp 1732927/DF, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO,


QUARTA TURMA, julgado em 12/02/2019, DJe 22/03/2019;

AgInt no AREsp 1366890/DF, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO


BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 25/02/2019, DJe
13/03/2019;

AgInt no AREsp 1073544/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI,


QUARTA TURMA, julgado em 02/10/2018, DJe 10/10/2018;

AgInt no REsp 1703312/RJ, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES


(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª REGIÃO), QUARTA
TURMA, julgado em 23/08/2018, DJe 29/08/2018;

REsp 1714505/DF, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA


TURMA, julgado em 10/04/2018, DJe 25/05/2018.

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2) O § 8º do art. 85 do Código de Processo Civil de 2015 transmite
regra excepcional, de aplicação subsidiária, em que se permite a
fixação dos honorários sucumbenciais por critério de equidade,
para as hipóteses em que, havendo ou não condenação: (I) o
proveito econômico obtido pelo vencedor seja inestimável ou
irrisório; ou (II) o valor da causa seja muito baixo.

Acórdãos:

AgInt nos EDcl no REsp 1746254/SP, Rel. Ministro ANTONIO


CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 11/06/2019, DJe
21/06/2019;

AgInt no REsp 1757742/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO,


QUARTA TURMA, julgado em 23/04/2019, DJe 23/05/2019;

AgInt no AREsp 1424719/SP, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,


SEGUNDA TURMA, julgado em 14/05/2019, DJe 21/05/2019;

AgInt no REsp 1797038/DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL


MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 14/05/2019, DJe
21/05/2019;

AgInt no REsp 1771319/RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO


BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 01/04/2019, DJe
09/04/2019;

AgInt no AREsp 1297942/MS, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO,


TERCEIRA TURMA, julgado em 18/03/2019, DJe 20/03/2019.

13
3) Não é possível a compensação de honorários advocatícios
quando a sua fixação ocorrer na vigência do CPC/2015 - art. 85, §
14.

Acórdãos:

REsp 1737864/GO, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,


SEGUNDA TURMA, julgado em 11/12/2018, DJe 29/05/2019;

AgInt no AREsp 1231423/SP, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,


SEGUNDA TURMA, julgado em 21/03/2019, DJe 27/03/2019/;

AgInt no AREsp 1220453/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE


SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 08/05/2018, DJe 14/05/2018;

Decisões Monocráticas:

REsp 1604665/PB, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,


TERCEIRA TURMA, julgado em 02/04/2019, publicado em 30/04/2019.

Saiba mais: Súmula Anotada n. 306.

14
4) A majoração da verba honorária sucumbencial recursal, prevista
no art. 85, § 11, do CPC/2015, pressupõe a existência cumulativa
dos seguintes requisitos: a) decisão recorrida publicada a partir de
18.03.2016, data de entrada em vigor do novo Código de Processo
Civil; b) recurso não conhecido integralmente ou não provido,
monocraticamente ou pelo órgão colegiado competente; e c)
condenação em honorários advocatícios desde a origem no feito
em que interposto o recurso.

Acórdãos:

AgInt no AREsp 1349182/RJ, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO,


TERCEIRA TURMA, julgado em 10/06/2019, DJe 12/06/2019;

AgInt no AREsp 1328067/ES, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA,


PRIMEIRA TURMA, julgado em 09/05/2019, DJe 06/06/2019;

AgInt no AREsp 1310670/RJ, Rel. Ministro MARCO BUZZI,


QUARTA TURMA, julgado em 30/05/2019, DJe 03/06/2019;

REsp 1804904/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA


TURMA, julgado em 16/05/2019, DJe 30/05/2019;

EDcl no AgInt no AREsp 1342474/MS, Rel. Ministro RAUL


ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 11/04/2019, DJe 08/05/2019;

AgInt nos EDcl no REsp 1745960/MS, Rel. Ministra MARIA


ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 02/04/2019, DJe
08/04/2019.

15
5) Quando devida a verba honorária recursal, mas, por omissão, o
relator deixar de aplicá-la em decisão monocrática, poderá o
colegiado arbitrá-la ex officio, por se tratar de matéria de ordem
pública, que independe de provocação da parte.

Acórdãos:

AgInt no AREsp 976183/MT, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS


FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 04/06/2019, DJe 10/06/2019;

AgInt no AREsp 1415439/MG, Rel. Ministro MARCO BUZZI,


QUARTA TURMA, julgado em 13/05/2019, DJe 17/05/2019;

EDcl nos EAREsp 788432/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,


SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 02/04/2019, DJe 04/04/2019;

EDcl no AgInt no AREsp 1213629/RJ, Rel. Ministra MARIA


ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 06/12/2018, DJe
18/12/2018;

AgInt no AREsp 1281022/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO,


QUARTA TURMA, julgado em 06/11/2018, DJe 12/11/2018;

EDcl no AgInt no AREsp 1063425/GO, Rel. Ministro LÁZARO


GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª
REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em 20/03/2018, DJe 27/03/2018.

16
6) O recurso interposto pelo vencedor para ampliar a condenação -
que não seja conhecido, rejeitado ou desprovido - não implica
honorários de sucumbência recursal para a parte contrária.

Acórdãos:

AgInt no AREsp 1244491/SP, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA,


PRIMEIRA TURMA, julgado em 28/03/2019, DJe 09/04/2019;

EDcl no AgInt no AREsp 1040024/GO, Rel. Ministra NANCY


ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/08/2017, DJe
31/08/2017;

Decisões Monocráticas:

AgInt no AREsp 1246646, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA,


PRIMEIRA TURMA, julgado em 04/04/2019, publicado em 09/04/2019.

17
7) Por critério de simetria, não é cabível a condenação da parte
vencida ao pagamento de honorários advocatícios em favor do
Ministério Público nos autos de ação civil pública ou de ação
coletiva, salvo comprovada má-fé.

Acórdãos:

REsp 1796436/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA


TURMA, julgado em 09/05/2019, DJe 18/06/2019;

AgInt nos EDcl no REsp 1742216/MS, Rel. Ministra NANCY


ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 01/04/2019, DJe
03/04/2019;

AgInt nos EDcl no AgInt nos EDcl no AREsp 317587/SP, Rel.


Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 26/03/2019,
DJe 01/04/2019;

REsp 1304939/RS, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS


CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/02/2019, DJe 06/03/2019;

REsp 1718535/RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,


TERCEIRA TURMA, julgado em 27/11/2018, DJe 06/12/2018;

AgInt nos EAREsp 828525/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE


SALOMÃO, CORTE ESPECIAL, julgado em 03/10/2018, DJe
16/10/2018.

18
8) São devidos honorários advocatícios nas reclamações julgadas
a partir da vigência do Código de Processo Civil de 2015, quando
angularizada a relação processual.

Acórdãos:

EDcl na Rcl 35958/CE, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO


BELLIZZE, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 26/06/2019, DJe
01/07/2019;

AgInt na Rcl 32688/RJ, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES,


PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2018, DJe 19/12/2018;

EDcl na Rcl 33747/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,


SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 12/12/2018, DJe 14/12/2018;

EDcl nos EDcl na Rcl 28431/DF, Rel. Ministro FRANCISCO


FALCÃO, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/09/2018, DJe 20/09/2018;

EDcl no AgInt na Rcl 33971/DF, Rel. Ministro PAULO DE TARSO


SANSEVERINO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 23/05/2018, DJe
28/05/2018;

EDcl na Rcl 28523/PE, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS,


TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 22/11/2017, DJe 27/11/2017.

19
9) Na hipótese de rejeição da impugnação ao cumprimento de
sentença, não são cabíveis honorários advocatícios. (Súmula n.
519/STJ) (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/1973 - TEMA
408).

Acórdãos:

AgInt nos EAREsp 940231/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES,


CORTE ESPECIAL, julgado em 21/05/2019, DJe 31/05/2019;

AgInt no AREsp 1375555/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE


SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 29/04/2019, DJe 02/05/2019;

REsp 1770191/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA


TURMA, julgado em 27/11/2018, DJe 17/12/2018;

EDcl no AgInt no REsp 1657458/PR, Rel. Ministro MAURO


CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/11/2017,
DJe 14/11/2017;

AgInt no AREsp 1010783/RS, Rel. Ministra REGINA HELENA


COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 12/09/2017, DJe 21/09/2017;

AgInt no REsp 1230500/PR, Rel. Ministra MARIA ISABEL


GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 13/06/2017, DJe 27/06/2017;

REsp 1134186/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,


CORTE ESPECIAL, julgado em 01/08/2011, DJe 21/10/2011.

Saiba mais: Súmula Anotada n. 519.

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Shikicima, Advogado militante em São Paulo, Conselheiro Secional da
OAB-SP (2016-2018), Presidente da Comissão de Direito de Família da
OAB/SP (2010-2018), Membro Consultor da Comissão de Direito Civil
da OAB/SP (2013 a 2015), Membro Efetivo da Comissão de Franchisi
ng da OAB/SP (2013 a 2015), Vice-Presidente da Comissão de Apoio ao
Advogado Professor da OAB/SP (2004-2006). Leciona em diversos
cursos jurídicos bem como de Cursos de Pós Graduação de Direito de
Família e Sucessões.

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21
10) São devidos honorários advocatícios no cumprimento de
sentença, haja ou não impugnação, depois de escoado o prazo para
pagamento voluntário, que se inicia após a intimação do advogado
da parte executada. (Súmula n. 517/STJ).

Acórdãos:

EDcl no AgRg nos EDcl no AREsp 744734/SP, Rel. Ministro


MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 26/06/2018, DJe
01/08/2018;

REsp 1695761/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS


CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 26/06/2018, DJe 29/06/2018;

AgInt no AREsp 661117/RJ, Rel. Ministro BENEDITO


GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 10/04/2018, DJe
19/04/2018;

AgInt no AREsp 899863/DF, Rel. Ministro MARCO BUZZI,


QUARTA TURMA, julgado em 10/04/2018, DJe 17/04/2018;

AgInt no AREsp 961576/DF, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS


FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 16/11/2017, DJe 21/11/2017;

REsp 1134186/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,


CORTE ESPECIAL, julgado em 01/08/2011, DJe 21/10/2011.

Saiba mais: Súmula Anotada n. 517.

22
11) Não é possível a modificação do valor de verba honorária fixada
em sentença transitada em julgado, sob pena de ofensa à coisa
julgada.

Acórdãos:

REsp 1804030/MG, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,


SEGUNDA TURMA, julgado em 06/06/2019, DJe 18/06/2019;

AgInt no AREsp 938838/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,


TERCEIRA TURMA, julgado em 18/03/2019, DJe 22/03/2019;

REsp 1707510/MG, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA


TURMA, julgado em 03/04/2018, DJe 09/04/2018;

AgInt nos EDcl no REsp 1642223/RS, Rel. Ministro SÉRGIO


KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/11/2017, DJe 17/11/2017;

AgInt no REsp 1672078/RS, Rel. Ministra REGINA HELENA


COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 21/09/2017, DJe 29/09/2017;

REsp 1624311/RS, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,


SEGUNDA TURMA, julgado em 15/12/2016, DJe 07/03/2017.

23
12) São devidos honorários advocatícios sucumbenciais pelo
exequente em virtude do acolhimento total ou parcial de exceção
de pré-executividade.

Acórdãos:

EDcl no REsp 1759643/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,


SEGUNDA TURMA, julgado em 14/05/2019, DJe 29/05/2019;

AgInt no REsp 1551618/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI,


QUARTA TURMA, julgado em 22/05/2018, DJe 30/05/2018;

AgInt no REsp 1495088/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES


MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 24/04/2018, DJe
10/05/2018;

EDcl no AgInt no AREsp 961343/RJ, Rel. Ministro MAURO


CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/04/2018,
DJe 03/05/2018;

AgInt no REsp 1615173/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO


BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 17/04/2018, DJe
20/04/2018;

AgInt nos EDcl no REsp 1326400/SP, Rel. Ministro LÁZARO


GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª
REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em 06/02/2018, DJe 09/02/2018.

24
13) Em embargos de terceiro, quem deu causa à constrição
indevida deve arcar com os honorários advocatícios. (Súmula n.
303/STJ).

Acórdãos:

AgInt nos EDcl nos EDcl no AREsp 1222042/SP, Rel. Ministro


RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 28/05/2019, DJe
14/06/2019;

AgInt no AREsp 553710/MG, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA,


PRIMEIRA TURMA, julgado em 13/12/2018, DJe 12/02/2019;

AgInt no AREsp 1274490/MG, Rel. Ministro LUIS FELIPE


SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 18/09/2018, DJe 21/09/2018;

REsp 1726186/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA


TURMA, julgado em 08/05/2018, DJe 11/05/2018;

REsp 1712588/PR, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA


TURMA, julgado em 17/04/2018, DJe 23/04/2018;

AgInt no AREsp 982664/SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL


GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 10/04/2018, DJe 17/04/2018.

25
14) O marco temporal para a aplicação das normas do Código de
Processo Civil de 2015, a respeito da fixação e da distribuição dos
honorários de sucumbência, é a data da prolação de
sentença/acórdão que as impõe.

Acórdãos:

AgInt no AREsp 1402297/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO


BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/05/2019, DJe
31/05/2019;

EDcl no AgInt no AREsp 1253863/RJ, Rel. Ministro HERMAN


BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 09/05/2019, DJe
30/05/2019;

AgInt nos EDcl no REsp 1539726/RS, Rel. Ministro OG


FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/05/2019, DJe
22/05/2019;

AgInt nos EDcl no REsp 1452097/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO


NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 13/05/2019, DJe
20/05/2019;

AgInt no REsp 1694752/SP, Rel. Ministro BENEDITO


GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 09/05/2019, DJe
14/05/2019;

AREsp 1332651/RJ, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,


SEGUNDA TURMA, julgado em 07/05/2019, DJe 13/05/2019;

EAREsp 1255986/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,


CORTE ESPECIAL, julgado em 20/03/2019, DJe 06/05/2019.

26
15) Não se aplica a regra do art. 85, § 2º, do CPC/2015, direcionada
ao arbitramento dos honorários advocatícios sucumbenciais, na
hipótese em que a sentença tiver sido proferida na vigência do
antigo diploma processual civil.

Acórdãos:

EDcl no REsp 1552434/GO, Rel. Ministro PAULO DE TARSO


SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 23/04/2019, DJe
29/04/2019;

AgInt no REsp 1669008/PR, Rel. Ministro MARCO BUZZI,


QUARTA TURMA, julgado em 23/04/2019, DJe 26/04/2019;

REsp 1792282/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA


TURMA, julgado em 26/02/2019, DJe 11/03/2019;

AgInt no REsp 1639045/PR, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,


PRIMEIRA TURMA, julgado em 13/12/2018, DJe 04/02/2019.

27
16) É inviável o arbitramento de honorários advocatícios de
sucumbência, diretamente pelo Superior Tribunal de Justiça - STJ,
com base no art. 85 do Código de Processo Civil de 2015, sob pena
de configurar supressão de grau de jurisdição e de desvirtuar a
competência recursal da Corte.

Acórdãos:

REsp 1795767/PE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA


TURMA, julgado em 28/03/2019, DJe 28/05/2019;

AgInt nos EDcl no REsp 1724143/DF, Rel. Ministra REGINA


HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 25/04/2019, DJe
02/05/2019;

Decisões Monocráticas: REsp 1739248/RJ, Rel. Ministro SÉRGIO


KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/05/2019, publicado em
16/05/2019;

REsp 1788961/CE, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,


julgado em 20/03/2019, publicado em 22/03/2019.

28
17) Somente nos recursos interpostos contra decisão publicada a
partir de 18 de março de 2016 será possível o arbitramento de
honorários sucumbenciais recursais, na forma do art. 85, § 11, do
NCPC.

Acórdãos:

AgInt no AREsp 1175283/PR, Rel. Ministra MARIA ISABEL


GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 28/05/2019, DJe 31/05/2019;

EDcl nos EDcl no REsp 1719198/MG, Rel. Ministro HERMAN


BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/05/2019, DJe
30/05/2019;

AgInt no AREsp 871707/SE, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA,


PRIMEIRA TURMA, julgado em 09/05/2019, DJe 28/05/2019;

AgInt no AREsp 1263058/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES


MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 13/05/2019, DJe
20/05/2019;

AgInt no AREsp 1371903/SP, Rel. Ministra ASSUSETE


MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/05/2019, DJe
13/05/2019;

AREsp 1431734/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL


MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/03/2019, DJe
22/03/2019.

29
18) O § 11 do art. 85 do CPC/2015, que disciplinou a hipótese de
majoração da verba honorária em grau de recurso, tem dupla
funcionalidade: atender à justa remuneração do patrono pelo
trabalho adicional na fase recursal e inibir o exercício abusivo do
direito de recorrer.

Acórdãos:

EDcl no REsp 1714952/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,


SEGUNDA TURMA, julgado em 07/02/2019, DJe 11/03/2019;

EDcl no AgInt no AREsp 1334666/RS, Rel. Ministro MARCO


BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 27/11/2018, DJe 10/12/2018;

AgInt nos EDcl no AREsp 1272353/SP, Rel. Ministra ASSUSETE


MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/11/2018, DJe
12/11/2018;

AgInt no REsp 1658473/MG, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,


SEGUNDA TURMA, julgado em 23/08/2018, DJe 29/08/2018;

AgInt nos EDcl no AREsp 743572/SC, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO


DE NORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em 16/08/2016, DJe
31/08/2016.

30
19) Os honorários recursais não têm autonomia nem existência
independente da sucumbência fixada na origem e representam um
acréscimo ao ônus estabelecido previamente, motivo por que na
hipótese de descabimento ou de ausência de fixação anterior, não
haverá falar em honorários recursais.

Acórdãos:

AgInt no AREsp 1341886/SP, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS


FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 27/05/2019, DJe 30/05/2019;

EDcl no REsp 1731612/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,


SEGUNDA TURMA, julgado em 19/03/2019, DJe 23/04/2019;

AgInt no AREsp 1167338/DF, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA,


PRIMEIRA TURMA, julgado em 12/03/2019, DJe 26/03/2019;

AREsp 1447321/GO, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL


MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/03/2019, DJe
22/03/2019;

AgInt nos EDcl no AREsp 1272353/SP, Rel. Ministra ASSUSETE


MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/11/2018, DJe
12/11/2018;

AgInt no REsp 1674473/DF, Rel. Ministra MARIA ISABEL


GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 11/09/2018, DJe 18/09/2018.

31
20) Para a majoração de honorários advocatícios na instância
recursal, não é exigível a comprovação de trabalho adicional do
advogado, que será considerado apenas para a quantificação de tal
verba.

Acórdãos:

AgInt no AREsp 1430718/MS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO


BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/05/2019, DJe
31/05/2019;

AgInt no AREsp 1398238/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,


TERCEIRA TURMA, julgado em 20/05/2019, DJe 22/05/2019;

AgInt nos EDcl no AREsp 1316346/SC, Rel. Ministro PAULO DE


TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/04/2019,
DJe 25/04/2019;

AgInt no AREsp 1383469/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL


MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/04/2019, DJe
22/04/2019;

AgInt no AREsp 1343592/MT, Rel. Ministro RICARDO VILLAS


BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/04/2019, DJe
12/04/2019;

AgInt no AREsp 1308254/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO,


QUARTA TURMA, julgado em 21/03/2019, DJe 02/04/2019.

32
21) Os honorários recursais incidem apenas quando houver a
instauração de novo grau recursal e não a cada recurso interposto
no mesmo grau de jurisdição.

Acórdãos:

AgInt no AREsp 1411615/RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO


BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/05/2019, DJe
31/05/2019;

EDcl no AgInt no REsp 1716471/MG, Rel. Ministro NAPOLEÃO


NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 13/05/2019, DJe
20/05/2019;

AgInt no AREsp 363721/RS, Rel. Ministra ASSUSETE


MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/05/2019, DJe
13/05/2019;

AgInt no AREsp 1358458/SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL


GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 23/04/2019, DJe 25/04/2019;

AgInt no AREsp 1373385/PR, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO,


QUARTA TURMA, julgado em 02/04/2019, DJe 15/04/2019;

EDcl no AgInt no REsp 1638863/RS, Rel. Ministro GURGEL DE


FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 01/04/2019, DJe 04/04/2019.

33
22) Os honorários recursais de que trata o art. 85, § 11, do
CPC/2015, são aplicáveis tanto nas hipóteses de não conhecimento
integral quanto de não provimento do recurso.

Acórdãos:

REsp 1799511/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA


TURMA, julgado em 11/04/2019, DJe 31/05/2019;

AgInt no AREsp 1347176/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS


BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 29/04/2019, DJe
06/05/2019;

AgInt no REsp 1727940/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI,


QUARTA TURMA, julgado em 16/08/2018, DJe 23/08/2018;

AgInt no AREsp 1263123/SP, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES


(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª REGIÃO), QUARTA
TURMA, julgado em 26/06/2018, DJe 29/06/2018;

AgInt no AREsp 1263297/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO


BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 12/06/2018, DJe
27/06/2018;

AgInt no AREsp 1257862/SP, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO,


TERCEIRA TURMA, julgado em 05/06/2018, DJe 15/06/2018.

34
23) São devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas
execuções individuais de sentença proferida em ações coletivas,
ainda que não embargadas. (Súmula n. 345/STJ).

Acórdãos:

REsp 1709778/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA


TURMA, julgado em 09/05/2019, DJe 30/05/2019;

AgInt no AREsp 1236023/SP, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,


PRIMEIRA TURMA, julgado em 02/08/2018, DJe 09/08/2018;

AgRg no AgRg no REsp 1180206/RS, Rel. Ministro JORGE


MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 24/04/2018, DJe 04/05/2018;

AgInt no AREsp 1007254/DF, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA,


PRIMEIRA TURMA, julgado em 06/02/2018, DJe 08/03/2018;

AgInt no REsp 1522483/AL, Rel. Ministro BENEDITO


GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/11/2017, DJe
21/11/2017;

AgInt no REsp 1661193/SP, Rel. Ministra REGINA HELENA


COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 26/09/2017, DJe 30/10/2017.

Saiba mais: Súmula Anotada n. 345.

35
24) O art. 85, § 7º, do CPC/2015 não afasta a aplicação do
entendimento consolidado na Súmula 345 do STJ, de modo que são
devidos honorários advocatícios nos procedimentos individuais de
cumprimento de sentença decorrente de ação coletiva, ainda que
não impugnados e promovidos em litisconsórcio. (Tese julgada sob
o rito do art. 1.039 do CPC/2015 - TEMA 973).

Acórdãos:

AgInt no AREsp 1251443/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES,


SEGUNDA TURMA, julgado em 23/05/2019, DJe 29/05/2019;

AgInt no REsp 1760167/PE, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL


MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 14/05/2019, DJe
21/05/2019;

AgInt na ExeMS 10424/DF, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI


CRUZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 27/03/2019, DJe 03/04/2019;

AgInt no AREsp 933746/SP, Rel. Ministro BENEDITO


GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 23/10/2018, DJe
31/10/2018;

AgInt no AREsp 1226407/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES


MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/09/2018, DJe
01/10/2018;

REsp 1648498/RS, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, CORTE


ESPECIAL, julgado em 20/06/2018, DJe 27/06/2018.

Saiba mais: Súmula Anotada n. 345.

36
25) EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. RITO DA PRISÃO - "Inadmissível
que se incluam, sob o procedimento pelo qual há a ameaça de
constrição à liberdade do devedor de alimentos, disciplinado no art.
733 do CPC/1973 (art. 528 do CPC/2015), verbas estranhas à pensão
alimentícia objeto de cobrança, como as custas processuais e os
honorários de advogado, crédito para o qual o sistema legal prevê
instrumentos próprios de realização que não o violento expediente
da prisão civil por dívida".

Acórdão: STJ, HC 224.769/DF, Rel. Ministro PAULO DE TARSO


SANSEVERINO, 3a Turma, DJe 17/02/2012) 25.1) "Na execução de que
trata o art. 733 do CPC/1973 (art. 528 do CPC/2015) não se inclui
parcelas outras que não as decorrentes da obrigação alimentar imposta
judicialmente, não sendo a ameaça de prisão civil apropriada para
compelir o devedor também ao pagamento dos honorários advocatícios.
'

Acórdãos:

STJ, RHC 16.526/MG, Rel. Ministro CASTRO FILHO, 3a Turma,


DJ 28/02/2005, p. 317;

RHC 7.148/MG, Rel. Ministro CID FLAQUER ESCARTEZZINI, 5a


Turma, DJ 30/03/1998, p. 102.

37
26) Sucumbência do beneficiário da Justiça Gratuita Sendo o
beneficiário a sucumbir, será condenado em custas e honorários,
condenação esta que restará suspensa pelo prazo de cinco anos.

Neste intervalo de tempo, havendo alteração em seu patrimônio,


tais custas e honorários poderão ser cobrados. Assim, como a
sucumbência do beneficiário da gratuidade não impede sua condenação
em custas e honorários, deve-se aplicar o disposto no art. 82, § 2º, do
CPC/2015. Entretanto, em razão do § 3º do mesmo artigo, as verbas
sucumbenciais terão a sua exigibilidade suspensa pelo prazo de cinco
anos a contar do trânsito em julgado da decisão em que foram
dispostas. Sobrevindo ao beneficiário, neste lapso temporal, alteração
em sua condição financeira, demonstrando que pode arcar com tais
consequências financeiras, poderão estas despesas ser cobradas.

Neste sentido o STF decidiu “[...] ser cabível a condenação do


Autor na verba de sucumbência, ficando suspensa a exigibilidade na
forma da Lei nº 1.060” (STF, 1ª T., ARE nº 663901 AgR, Rel. Min. Luiz
Fux, j. 26/6/2012, Acórdão eletrônico, DJe 159, divulg. 13/8/2012, publ.
14/8/2012), tendo o STJ seguido o mesmo caminho: “O beneficiário da
justiça gratuita não é isento do pagamento dos ônus sucumbenciais,
apenas sua exigibilidade fica suspensa até que cesse a situação de
hipossuficiência ou se decorridos cinco anos, conforme prevê o art. 12
da Lei 1.060/50” (STJ, 2ª T., AgRg no AREsp nº 590.499/SP, Rel. Min.
Humberto Martins, DJe de 21/11/2014).

38
27) Sucumbência recíproca e compensação de verba honorária O
CPC/2015 (art. 85, § 14) não mais permite a compensação de verba
honorária em caso de sucumbência recíproca, contrariamente ao
que acontecia no CPC/1973 (art. 21).

Entretanto, mesmo na vigência do diploma anterior, o STJ já vinha


se posicionando no sentido de não admitir a compensação por entender
que “[...] a verba honorária pertence ao advogado, que tem sobre ela
direito autônomo” (STJ, 2ª T., EDcl no AgRg no AREsp nº 629.132/RS,
Rel. Min. Humberto Martins, j. 28/4/2015, DJe de 6/5/2015).

39
28) Impossibilidade de compensação de honorários sucumbenciais
com resultado útil do processo – Justiça Gratuita.

Decidiu o TRF da 1ª Região que, “Concedida a justiça gratuita ao


hipossuficiente não é crível determinar a compensação da verba
honorária de sucumbência com eventuais benefícios pecuniários
provenientes do resultado final do processo, razão pela qual deve ser
decotada da sentença a parte que autorizou referida compensação, uma
vez que, a teor do art. 12da Lei 1.060/1650, quando concedida justiça
gratuita à parte vencida fica suspensa a execução dos honorários da
parte vencedora enquanto permanecer o estado de necessidade até o
máximo de cinco anos, quando a obrigação restará prescrita” (TRF-1ª
Região, 6ª T., AC nº 0034270- 77.2013.4.01.3800/ MG, Rel. Des.
Federal Jirair Aram Meguerian, eDJF1 de 12/11/2014, p. 148).

40
29) Justiça gratuita e honorários na contratação de advogado
particular.

O beneficiário da gratuidade não está compelido a socorrer-se da


Defensoria Pública ou de qualquer outro aparato estatal destinado a tal
mister. Pode ele, desejando, contratar advogado particular e postular o
benefício.

Tendo optado pela contratação de advogado particular, os


honorários avençados são devidos. Neste sentido decidiu o STJ que “De
acordo com o entendimento deste Superior Tribunal, a parte deve arcar
com a verba honorária que contratou, ainda que litigue sob o pálio da
Justiça Gratuita” (STJ, 3ª T., AgRg no REsp nº 1336619/RS, Rel. Min.
Paulo de Tarso Sanseverino, j. 11/6/2013, DJe de 19/6/2013).

Em voto bastante elucidativo, esta mesma Corte assentou que:

“‘1 [...] havendo a celebração de contrato com previsão de


pagamento de honorários ad exito, estes serão devidos,
independentemente da sua situação econômica ser modificada pelo
resultado final da ação, não se aplicando a isenção prevista no art. 3º, V,
da Lei nº 1.060/50, presumindo-se que a esta renunciou’ (REsp
1.153.163/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,
julgado em 26/6/2012, DJe 2/8/2012).

2. Entendimento contrário tem a virtualidade de fazer com que a


decisão que concede a gratuidade de justiça apanhe ato
extraprocessual e pretérito, qual seja o próprio contrato celebrado entre
o advogado e o cliente, interpretação que vulnera a cláusula de sobre
direito da intangibilidade do ato jurídico perfeito (CF/88, art. 5º, inciso
XXXVI; LINDB, art. 6º).

41
3. Ademais, estender os benefícios da justiça gratuita aos
honorários contratuais, retirando do causídico a merecida remuneração
pelo serviço prestado, não viabiliza, absolutamente, maior acesso do
hipossuficiente ao Judiciário.

Antes, dificulta-o, pois não haverá advogado que aceitará


patrocinar os interesses de necessitados para ser remunerado
posteriormente com amparo em cláusula contratual ad exitum,
circunstância que, a um só tempo, também fomentará a procura pelas
Defensorias Públicas, com inegável prejuízo à coletividade de pessoas –
igualmente necessitadas – que delas precisam” (4ª T., REsp nº
1065782/RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 7/3/2013, DJe de
22/3/2013).

42
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as matérias, necessitando de treinamento e especializações em
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43
30) São devidos honorários sucumbenciais ao beneficiário da
gratuidade que vence a demanda.

Súmula nº 450 do STF: “São devidos honorários de advogado


sempre que vencedor o beneficiário de justiça gratuita”.

44
31) 3ª Turma do STJ define que tabela da OAB é apenas referência
na fixação de honorários do defensor dativo (não conveniado).

31.1) STJ está julgando a obrigatoriedade ou não da aplicação dos


valores da tabela de honorários aos dativos - Tema Repetitivo 984 Na
Terceira Seção, o ministro Sebastião Reis Júnior apresentará, em 14 de
agosto, o voto-vista no recurso repetitivo que discute a obrigatoriedade
ou não de ser observada, em processos criminais, a tabela de
honorários sugerida pelas OABs a título de verba devida aos advogados
dativos (Tema 984).

Para o ministro Rogerio Schietti Cruz, relator, o ponto central está


em definir se o artigo 22 da Lei 8.906/1994 é vinculante ou meramente
referencial. Estão sobrestados apenas os recursos especiais interpostos
e aqueles já decididos, mas com recursos internos pendentes –
exclusivamente no que tange à discussão sobre honorários
advocatícios.

31.2) STJ determina que valor dos honorários para advogados


dativos (não conveniados) deve ser o da tabela da OAB RECURSO
ESPECIAL - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - ATUAÇÃO COMO
DEFENSOR DATIVO - ARTIGO 22, § 1º, DA LEI N. 8.904/94 -
FIXAÇÃO - TABELA DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL -
INCIDÊNCIA, NA ESPÉCIE - PRECEDENTES - RECURSO ESPECIAL
PROVIDO. I - No dia-a-dia forense, há situações em que não se pode
contar, imediatamente, com o defensor ou advogado credenciado a
convênio e, diante de tal dificuldade insuperável, não resta ao

45
Magistrado outra hipótese senão nomear um advogado chamado dativo.
II - O advogado que atuar como defensor dativo, quando inexistente ou
insuficiente a Defensoria Pública no local da prestação do serviço, faz
jus aos honorários advocatícios, fixados, no caso, em R$ 2.000,00 (dois
mil reais), com base no artigo 257 do RISTJ e 20, § 4º, do Código de
Processo Civil. III - Recurso especial provido. (STJ, REsp 1200578/MS,
Rel. Ministro Massami Uyeda, 3a Turma, DJe 08/05/2012). Colhe-se do
voto condutor do iminente ministro: "(...) Nesses termos, registra-se que,
salvo motivo relevante, o advogado nomeado pelo juízo não pode
declinar do encargo, obrigando-se a exercer a função e dever estatal de
prestar assistência jurídica integral e gratuita aos necessitados, sob
pena de infração disciplinar prevista no artigo 34, inciso XII, da Lei n.º
8.904/94, assim redigido:"(...) XII - recusar-se a prestar, sem justo
motivo, assistência judiciária, quando nomeado em virtude de
impossibilidade da Defensoria Pública'". Tal disciplina, é certo, tem sua
razão de ser. Como cediço, no dia a dia forense, há situações em que
não se pode contar, imediatamente, com o Defensor ou advogado
credenciado a convênio e, diante de tal dificuldade insuperável, não
resta ao Magistrado outra hipótese senão nomear um advogado
chamado dativo. E este advogado, como já salientado, não podendo
declinar de tal nomeação, desincumbindo-se dos serviços que a ele
compete, ensejando-se, com isso, a devida e justa remuneração. É
nesse sentido que dispõe o artigo 22, § 1º, da Lei n. 8.904/94, in
verbis:(...)" - Nesse sentido:"(...) 1. Consoante entendimento deste
Superior Tribunal, o defensor dativo tem direito aos honorários
advocatícios fixados pelo magistrado e pagos pelo Estado de acordo
com os valores mínimos estabelecidos na tabela da Ordem dos
Advogados do Brasil da respectiva Seção. (...)"(STJ, AgRg no REsp
1572333/SC, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, 6a Turma, DJe
01/07/2016). Na mesma direção: “o arbitramento judicial dos honorários

46
advocatícios ao defensor dativo, nomeado para oficiar em processos
criminais, deve observar os valores mínimos estabelecidos na tabela da
OAB, considerados o grau de zelo do profissional e a dificuldade da
causa como parâmetros norteadores do quantum "(STJ, REsp.
1377798/ES, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, 6a Turma, DJe 2/9/2014).

Ainda: RECURSO ESPECIAL. ATUAÇÃO COMO


ADVOGADODATIVO EM PROCESSO CRIMINAL. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. ART. 22, § 1º, DA LEI N.º N.º 8.904/94. INCIDÊNCIA.
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. O defensor dativo terá
direito aos honorários advocatícios fixados pelo Magistrado e pago pelo
Estado de acordo com os valores mínimos estabelecidos na Tabela da
Ordem dos Advogados do Brasil da respectiva Seção. Precedentes
deste Superior Tribunal de Justiça. 2. Agravo regimental a que se nega
provimento. (STJ, AgRg no REsp 1350442/ES, Rel. Ministro Jorge
Mussi, 5a Turma, DJe 01/02/2013).

Outros precedentes:

REsp 1225967 / RS, Relator Ministro Mauro Campbell Marques, 2a


Turma, DJe 15/04/2011,

AgRg no Ag 924.663/MG, Rel. Min. José Delgado, Primeira Turma,


DJe de 24.4.2008;

REsp898.337/MT, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma,


DJe de4.3.2009;

AgRg no REsp 888.571/RS, Rel. Min. Humberto Martins, Segunda


Turma, DJe de 20.2.2008.

47
32) Nos termos da Súmula 326 desta Corte, "na ação de
indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao
postulado na inicial não implica sucumbência recíproca".

Acórdãos:

AgInt no REsp 1788373/RS, Rel. Ministro MARCO BUZZI, 4a


Turma, DJe 01/07/2019;

AgInt no REsp 1784052/CE, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO


BELLIZZE, 3a Turma, DJe 25/06/2019;

REsp 1791371/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, 2a Turma,


DJe 29/05/2019;

AgInt no REsp 1309505/GO, Rel. Ministro LUIS FELIPE


SALOMÃO, 4a Turma, DJe 26/03/2019;

AgInt no AREsp 303.132/PE, Rel. Ministra MARIA ISABEL


GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 30/11/2016.

48
33) Na vigência do novo CPC, a desistência da execução por falta
de bens penhoráveis não enseja a condenação do exequente em
honorários advocatícios.

(Informativo de Jurisprudência nº 0653, de 30.8.2019). STJ, REsp


1.675.741-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, por
unanimidade, julgado em 11/06/2019, DJe 05/08/2019.

49
34) Desistência - Condenação em honorários de sucumbência -
Princípio da Causalidade.

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO.
COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO. PEDIDO DE DESISTÊNCIA.
CONDENAÇÃO AOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PRINCÍPIO DA
CAUSALIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 83/STJ. AGRAVO
DESPROVIDO. 1. Nos termos da jurisprudência desta Corte Superior,
independentemente da existência de procuração com poderes
específicos, o comparecimento espontâneo do réu aos autos supre a
ausência ou a nulidade da citação. Aplicação do princípio da
causalidade para justificar a condenação da parte autora ao pagamento
de honorários advocatícios. Incidência da Súmula 83/STJ. 2. Agravo
interno desprovido. (STJ, AgInt no AREsp 1032132/MG, Rel. Ministro
Marco Aurélio Bellizze, 3ª Turma, DJe 18/05/2017).

50
35) O STJ já confirmou, por várias vezes, a responsabilidade
daquele que deu causa à propositura da ação em arcar
integralmente com os honorários contratuais do advogado da parte
contrária, que se sagrou vencedora na ação.

Há, no entanto, julgados em sentido contrário: "AGRAVO


REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. VALOR DEVIDO A TÍTULO DE
PERDAS E DANOS. IMPROVIMENTO. 1.- Aquele que deu causa ao
processo deve restituir os valores despendidos pela outra parte com os
honorários contratuais, que integram o valor devido a título de perdas e
danos, nos termos dos arts. 389, 395 e 404 do CC/02. (STJ, REsp
1134725/MG, Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI, 3a Turma, DJe
24/06/2011) 2.- Agravo Regimental improvido."- (STJ, AgRg nos EDcl no
REsp 1412965/RS, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, 3ª TURMA, DJe
5/2/2014.) no mesmo sentido: "(...) HONORÁRIOS
CONTRATUAIS.INCLUSÃO NA INDENIZAÇÃO DE DANOS
MATERIAIS. POSSIBILIDADE.PRECEDENTES. (...) 4. Esta Corte já se
manifestou no sentido da possibilidade da inclusão do valor dos
honorários contratuais na rubrica de danos materiais. Precedentes:
AgRg no REsp 1.312.613/MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino,
Terceira Turma; AgRg nos EDcl no REsp 1.412.965/RS, Rel. Min. Sidnei
Beneti, Terceira Turma; REsp 1.134.725/MG, Rel. Min. NANCY Andrighi,
Terceira Turma.Agravo regimental improvido.” (STJ, AgRg no AREsp
606.676/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, 2a Turma, DJe
19/02/2015) ainda: "AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. HONORÁRIOS CONTRATUAIS. INCLUSÃO NA
INDENIZAÇÃO DE DANOS MATERIAIS. POSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. SÚMULA 83/STJ. 1. O STJ já se manifestou no

51
sentido da possibilidade da inclusão do valor dos honorários contratuais
na rubrica de danos materiais. Precedentes: STJ, AgRg no AREsp
606676/RS, Rel. Ministro Humberto Martins, 2a Turma; STJ, AgRg no
REsp 1312613/ MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, 3a Turma;
STJ, AgRg nos EDcl no REsp 1412965/RS, Rel. Min. Sidnei Beneti, 3a
Turma; STJ, REsp 1134725/MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3a Turma. 2.
Agravo Interno não provido."- (STJ, AgInt no AREsp 809029/SC, Rel.
Ministro HERMAN BENJAMIN, 2a Turma, DJe 08/09/2016).

Em sentido contrário: RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL


CIVIL. CPC/1973. AÇÃO DE COBRANÇA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS E DE ASSISTENTE TÉCNICO. ATUAÇÃO EM OUTRA
DEMANDA. DESCABIMENTO DO AJUIZAMENTO DE AÇÃO DE
COBRANÇA CONTRA O VENCIDO PARA PLEITEAR
RESSARCIMENTO DE HONORÁRIOS CONTRATUAIS DO
ADVOGADO QUE ATUOU NO LITÍGIO ANTERIOR. JULGADOS
DESTA CORTE SUPERIOR. OMISSÃO DA SENTENÇA QUANTO AO
RESSARCIMENTO DOS HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO.
AJUIZAMENTO DE AÇÃO AUTÔNOMA. DESCABIMENTO.
APLICAÇÃO DO ENTENDIMENTO FIRMADO NA SÚMULA 453/STJ. 1.
Controvérsia acerca da possibilidade de se cobrar, em ação autônoma,
honorários advocatícios contratuais e honorários de assistente técnico
relativo à atuação em demanda anterior. 2. Descabimento da
condenação do vencido ao ressarcimento dos honorários contratuais do
advogado que atuou no processo em favor da parte vencedora.
Jurisprudência pacífica desta Corte Superior. 3. Distinção entre
honorários contratuais e de sucumbência. 4. "Os honorários
sucumbenciais, quando omitidos em decisão transitada em julgado, não
podem ser cobrados em execução ou em ação própria” (Súmula
453/STJ). 5. Aplicação do entendimento consolidado na Súmula

52
453/STJ à hipótese de sentença omissa quanto à condenação ao
ressarcimento de honorários do assistente técnico. 6. Tratamento
diverso da matéria pelo CPC/2015.7. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
(STJ, REsp 1566168/RJ, Rel. Ministro PAULO DE TARSO
SANSEVERINO, 3a Turma, DJe 05/05/2017).

Ainda: "(...) 6. A Segunda Seção do STJ já se pronunciou no


sentido de ser incabível a condenação da parte sucumbente aos
honorários contratuais despendidos pela vencedora. 7. Recurso especial
provido. (STJ, REsp 1568935/ RJ, Rel. Ministro RICARDO VILLAS
BÔAS CUEVA, 3a Turma, DJe 13/04/2016). e ainda: (...) HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. RESTITUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
(...) 2. A Segunda Seção do STJ já se pronunciou no sentido de ser
incabível a condenação da parte sucumbente aos honorários contratuais
despendidos pela vencedora.3. (...) (STJ, AgRg no AREsp 810591/SP,
Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, 4ª Turma, DJe 15/02/2016).

53
36) Dedução dos honorários contratuais deve ocorrer sobre valor
líquido efetivamente recebido pelo cliente, quando há pedido de
destaque do montante da condenação (Lei 8.906/94, art. 22, § 4º).

RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. RESERVA DO PERCENTUAL.
OMISSÃO DO CONTRATO. BASE DE INCIDÊNCIA. VALOR LÍQUIDO
RECEBIDO PELO CLIENTE. 1. É pacífica a jurisprudência do STJ no
sentido de que "a alegação de inobservância de regras de distribuição
processual entre os órgãos fracionários de um Tribunal constitui
nulidade relativa que deve ser arguida pela parte interessada na
primeira oportunidade, sob pena de preclusão" (REsp 1.370.263/MG,
Rel. Ministro Sidnei Beneti, Terceira Turma, julgado em 20/02/2014, DJe
25/09/2014). 2. Dispõe a Lei n. 8.906/94 que "se o advogado fizer juntar
aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado
de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam
pagos diretamente, por dedução de quantia a ser recebida pelo
constituinte, salvo se este provar que já as pagou" (§ 4º do art. 22). 3.
Realizada as exigências da habilitação, há direito potestativo do
advogado em receber os seus honorários, nos termos em que
contratados, decotando-se diretamente do crédito a ser auferido pelo
vencedor. 4. No tocante à base de cálculo, na omissão do contrato, a
dedução dos honorários deverá ocorrer de acordo com a quantia
efetivamente recebida pelo cliente, ou seja, sobre seu valor líquido.
Deveras, o destaque da remuneração do advogado dar-se-á após a
exata definição do crédito a ser recebido pelo credor, posteriormente ao
desconto dos consectários legais. 5. Recurso especial não provido.
(STJ, REsp 1376513/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, 4a
Turma, DJe 22/11/2017).

54
37) DIVISÃO PROPORCIONAL. Honorários de sucumbência devem
ser pagos a advogado que deixou causa.

RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL. HONORÁRIOS DE


SUCUMBÊNCIA. DIVERSIDADE DE ADVOGADOS EM ATUAÇÃO
SUCESSIVA. NATUREZA REMUNERATÓRIA DOS HONORÁRIOS.
DIREITO QUE TEM COMO TITULAR O PROFISSIONAL QUE
DESENVOLVEU SEUS TRABALHOS NO PROCESSO. 1. A regra da
responsabilidade pelos encargos do processo não se vincula
necessariamente à sucumbência, mas sim ao princípio da causalidade,
mais abrangente que o da sucumbência, segundo o qual aquele que
litiga o faz por sua conta e risco e se expõe ao pagamento das despesas
pelo simples fato de sucumbir. 2. Os honorários são, por excelência, a
forma de remuneração pelo trabalho desenvolvido pelo advogado, vital a
seu desenvolvimento e manutenção, por meio do qual provê o seu
sustento. Com o advento da Lei n. 8.906 de 1994 - Estatuto da Ordem
dos Advogados do Brasil, os honorários sucumbenciais passaram a se
configurar exclusivamente como paga pelo trabalho desenvolvido pelo
advogado, perdendo a natureza indenizatória para assumirem a feição
retributória. 3. A constatação de a natureza alimentar da verba honorária
e mais especificamente dos honorários sucumbenciais, tem como
pressuposto a prestação do serviço técnico e especializado pelo
profissional da advocacia, que se mostra, ao mesmo tempo, como
fundamento para seu recebimento. 4. Os honorários são a remuneração
do serviço prestado pelo profissional que regularmente atuou no
processo e a titularidade do direito a seu recebimento deve ser atribuída
a todos os advogados que em algum momento, no curso processual,
desempenharam seu mister. 5. A verba honorária fixada em sentença
deve ser dividida entre todos os procuradores que patrocinaram a

55
defesa da parte vencedora, na medida de sua atuação. 6. Recurso
especial a que se nega provimento. (STJ, REsp 1222194/BA, Rel.
Ministro Luis Felipe Salomão, 4a Turma, DJe 04/08/2015).

56
38) Transação firmada pelas partes, sem a aquiescência do
advogado, não tem o condão de prejudicar os honorários
convencionados e os de sucumbência.

AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO


RECURSO ESPECIAL. ANULAÇÃO DE TODOS OS ATOS
PRATICADOS NA INSTÂNCIA SUPERIOR. IMPOSSIBILIDADE.
AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
TRANSAÇÃO ENTRE AS PARTES. AUSÊNCIA DE RENÚNCIA
EXPRESSA DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. 1. (...) 4. Ao
compulsar os autos, observa-se que não houve renúncia expressa do
causídico aos honorários fixados na sentença. Além disso, não é
possível sobrepor mera dedução de renúncia à verdadeira manifestação
expressa, até porque o advogado possui direito tanto aos honorários
contratuais quanto aos sucumbenciais. 5. A transação firmada pelas
partes, sem a aquiescência do advogado, não tem o condão de
prejudicar os honorários convencionados e os de sucumbência, não
sendo possível ao magistrado, sponte própria, considerar que a
percepção de verba acordada exclui a fixada na sentença. 6. Agravo
interno não provido. (STJ, AgInt nos EDcl no REsp 1300229/PR, Rel.
Ministro Luis Felipe Salomão, 4a Turma, DJe 20/11/2018).

57
39) Advogado não tem direito imediato a honorários em contrato de
êxito se renunciou antes do fim da ação.

RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE ARBITRAMENTO DE HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS. EXISTÊNCIA DE PREVISÃO EXPRESSA DE
REMUNERAÇÃO AD EXITUM. CAUSÍDICO QUE RENUNCIOU AOS
PODERES ANTES DO ENCERRAMENTO DAS DEMANDAS
RELACIONADAS AOS SERVIÇOS CONTRATADOS. 1. Nas hipóteses
em que estipulado o êxito como condição remuneratória dos serviços
advocatícios prestados, a renúncia do patrono originário, antes do
julgamento definitivo da causa, não lhe confere o direito imediato ao
arbitramento de verba honorária proporcional ao trabalho realizado,
revelando-se necessário aguardar o desfecho processual positivo para a
apuração do quantum devido, observado o necessário rateio dos valores
com o advogado substituto (aquele que veio a assumir a condução da
demanda). 2. Com efeito, sobressai o comportamento contraditório do
advogado, que celebrou contrato de risco (ad exitum) com o banco,
limitando sua remuneração aos honorários sucumbenciais, mas, após
ter renunciado ao mandato, deduziu pretensão de arbitramento da verba
honorária proporcional ao serviço prestado nas causas pendentes.
Ademais, parece incoerente e injusta a interpretação que venha a
colocar em situação menos vantajosa o causídico que, malgrado não
tenha obtido sucesso na demanda, envidou esforços em prol dos
interesses do mandante até a conclusão da lide. 3. De outra parte, é
certo que, nos contratos de prestação de serviços advocatícios ad
exitum, a vitória processual constitui condição suspensiva (artigo 125 do
Código Civil), cujo implemento é obrigatório para que o advogado faça
jus à devida remuneração. Ou seja, o direito aos honorários somente é
adquirido com a ocorrência do sucesso na demanda. 4. Diante desse

58
quadro, a rescisão unilateral do contrato, promovida pelo próprio
mandatário - no exercício do direito potestativo de renúncia ao mandato
-, não tem o condão de ilidir a supracitada condição, ficando os efeitos
remuneratórios do pacto subordinados ao seu efetivo implemento,
ressalvadas as hipóteses expressamente convencionadas. 5. O fato
jurídico delineado nos autos não se amolda sequer à norma disposta na
primeira parte do artigo 129 do Código Civil, segundo a qual se reputa
verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for
maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer. 6. Cuida-se de
ficção legal, que condena o dolo daquele que impede ou força o
implemento da condição em proveito próprio. Nessa esteira, encontra-se
compreendida a rescisão unilateral imotivada perpetrada pelo cliente,
que configura, por óbvio, obstáculo ao implemento da condição
estipulada no contrato de prestação de serviços advocatícios - vitória na
causa -, autorizando o arbitramento judicial da verba honorária devida
ao causídico, cuja plena atuação quedara frustrada por culpa do
mandante. 7. Por outro turno, em se tratando de renúncia do advogado,
é certo que a não ocorrência da condição prevista no contrato ad exitum
impede a aquisição do direito remuneratório pretendido, não se podendo
cogitar da incidência de qualquer presunção legal na hipótese de
rescisão antecipada. O exercício da pretensão de arbitramento dos
honorários advocatícios será viável, contudo, após concretizada a vitória
do antigo cliente nas demandas pendentes, devendo ser observado o
critério de rateio (com o advogado substituto) previsto no contrato.8.
Recurso especial provido para julgar improcedente a pretensão de
arbitramento da verba honorária deduzida na inicial, invertendo-se o
ônus sucumbencial. - (STJ, REsp 1337749/MS, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, 4a Turma, DJe 06/04/2017).

59
40) ADVOGADO EMPREGADO X HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA

Estatuía a Lei 8.906/1.994 (EOAB), em seu art. 24, § 3º, ser”.(...)


nula qualquer disposição, cláusula, regulamento ou convenção individual
ou coletiva que retire do advogado o direito ao recebimento dos
honorários de sucumbência". Esse dispositivo legal, em função de
medida liminar concedida pelo STF no bojo da ADIn nº 1.194-4, teve a
sua eficácia suspensa, admitindo-se liberdade de pactuação a respeito.

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62
41) TRF4 = Não é cabível pagamento de honorários sobre
valor incontroverso de execução.

Processo: AI 5031259- 80.2017.4.04.0000/SC

Não é cabível o pagamento de honorários advocatícios sobre


valores incontroversos em execução. A tese foi comprovada pela
Advocacia-Geral da União (AGU) junto ao Tribunal Regional Federal da
4ª Região (TRF4) para evitar que a União fosse obrigada a pagar
honorários advocatícios indevidos.

Entre as razões que embasaram o julgado, está o entendimento de


que a decisão recorrida propiciaria sensível prejuízo à Fazenda Pública,
“além de cerceamento do direito de defesa, visto que terá de optar entre
impugnar e responder por honorários sobre a integralidade do montante
executado ou deixar de impugnar e desembolsar valores em excesso”.

63
42) Execução de sucumbência independe de revogação de justiça
gratuita em ação própria.

A 3ª turma do STJ proveu recurso de advogados, credores em


honorários de sucumbência, que sustentaram a desnecessidade de
instauração de incidente processual para a revogação do benefício da
gratuidade de justiça. Na origem, pretende-se, em uma ação anulatória
em fase de cumprimento de sentença, o pagamento dos honorários
advocatícios de sucumbência devidos por beneficiário de gratuidade de
justiça.

O acórdão contestado acolheu exceção de pré-executividade e


extinguiu o cumprimento de sentença, ao fundamento de que a
cobrança da verba exige a prévia revogação da gratuidade de justiça,
em incidente próprio. A ministra Nancy Andrighi, relatora, consignou
inicialmente que a concessão da gratuidade de justiça não implica
absoluta exoneração da parte quanto ao custeio do processo. Explicou a
ministra que a essência do benefício está na dispensa do beneficiário do
adiantamento das custas e despesas processuais. “No entanto, em
sendo vencido o beneficiário, recairá sobre este a responsabilidade de
arcar com o pagamento do que lhe foi previamente dispensado e, ainda,
ressarcir a parte adversária – vencedora –, quanto ao que ela
desembolsou ao longo do processo, além de responder pelos honorários
advocatícios decorrentes de sua sucumbência.”

Disse a relatora, citando doutrina, que o benefício da gratuidade de


justiça atua apenas no âmbito da “responsabilidade provisória” pelo
custeio do processo. Prosseguindo, esclareceu que a circunstância de a
execução das verbas sucumbenciais depender da comprovação da
condição suspensiva não impede a instauração “direta” de cumprimento
de sentença. “Em conclusão, entende-se admissível o requerimento de

64
cumprimento de sentença, pelo respectivo credor, para o pagamento
das custas, despesas processuais e honorários advocatícios devidos
pelo beneficiário da gratuidade de justiça que fora vencido na lide, desde
que demonstrada a modificação da situação de insuficiência de recursos
que justificou a concessão do benefício.”

Dessa forma, Nancy restabeleceu decisão de 1º grau que rejeitou


a exceção de pré-executividade apresentada pela recorrida. A ministra
ainda afastou multa do art. 1.026 do CPC/15 que havia sido aplicada
pelo Tribunal de origem. A decisão da turma foi unânime e restou assim
ementada: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL.
AÇÃO ANULATÓRIA EM FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.
NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INEXISTÊNCIA.
EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA.
DEVEDOR BENEFICIÁRIO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA.
EXECUÇÃO DA VERBA. POSSIBILIDADE. DEMONSTRAÇÃO DA
MODIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO BENEFICIÁRIO.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INTUITO PROCRASTINATÓRIO NÃO
VERIFICADO. MULTA AFASTADA. 1. Cuida-se, na origem, de ação
anulatória em fase de cumprimento de sentença, no qual se pretende o
pagamento de honorários advocatícios de sucumbência, devidos por
beneficiário de gratuidade de justiça. 2. Cumprimento de sentença
requerido em 15/02/2012. Recurso especial interposto em 05/12/2017 e
concluso ao Gabinete em 13/04/2018. 3. Os propósitos recursais são: a)
a cassação do acórdão recorrido, por negativa de prestação
jurisdicional; b) o prosseguimento do cumprimento de sentença, com
vistas ao pagamento dos honorários advocatícios de sucumbência,
diante da modificação da situação financeira da beneficiária da
gratuidade de justiça e; c) o afastamento da multa aplicada no
julgamento dos embargos de declaração no Tribunal de origem. 4.

65
Devidamente analisadas e discutidas as questões de mérito, e
suficientemente fundamentado o acórdão recorrido, não há como
reconhecer a alegada negativa de prestação jurisdicional. 5. A essência
da gratuidade de justiça está em dispensar o beneficiário do
adiantamento das custas e despesas processuais, a fim de que não seja
obstado o exercício pleno de seu direito de ação ou de defesa. No
entanto, em sendo vencido o beneficiário, cairá sobre este a
responsabilidade de arcar com o pagamento do que lhe foi previamente
dispensado e, ainda, ressarcir a parte adversária - vencedora -, quanto
ao que ela desembolsou ao longo do processo, além de responder pelos
honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência (art. 98, § 2º,
do CPC/15).6. Nos termos do art. 98, § 3º, do CPC, a obrigação do
beneficiário da gratuidade de justiça de pagar as verbas de
sucumbência fica sob condição suspensiva de exigibilidade, somente
podendo ser executada se, no prazo de 5 (cinco) anos, o credor
demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos
que justificou a concessão do benefício. 7. A execução das verbas de
sucumbência não pressupõe prévia revogação do benefício concedido.
Pelo contrário, a norma do art. 98, § 3º, do CPC, combinada com o art.
514 do mesmo Códex, viabiliza o requerimento de cumprimento de
sentença pelo credor, desde que este comprove o implemento da
condição suspensiva, consistente na modificação da situação financeira
do beneficiário da gratuidade de justiça. 8. Entendimento que não
implica limitação da ampla defesa e do contraditório, haja vista a
expressa previsão legal quanto à possibilidade de arguição da
inexigibilidade da obrigação em sede de impugnação (art. 525, § 1º, do
CPC/15), aliada à possibilidade de instrução probatória, se entender
necessário o julgador. 9. Ausente o intuito procrastinatório na oposição
de embargos de declaração, afasta-se a multa do art. 1.026, § 2º, do
CPC.10. Recurso especial conhecido e provido. (STJ, REsp

66
1733505/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,
julgado em 17/09/2019, DJe 20/09/2019).

67
43) Para o STJ," é pacífico o entendimento no tribunal segundo o
qual não cabe a fixação de honorários advocatícios na hipótese em
que o devedor apresenta os cálculos para expedição da
correspondente requisição de pequeno valor, caso o credor
concorde com o valor apresentado, o que se denomina execução
invertida”.

STJ, REsp 1761489/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, 2a


Turma, julgado em 07/11/2019, DJe 22/11/2019.

68
44) A 4a Turma do STJ reforçou que, segundo a jurisprudência
daquela Corte "são devidos honorários advocatícios em ações
cautelares de exibição de documentos e de produção antecipada de
provas, desde que demonstrada a recusa administrativa e
configurada a resistência pela parte ré em fornecê-los".

AgInt no AgInt no AREsp 1290492/SP, Rel. Ministro MARCO


BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 26/08/2019, DJe 30/08/2019.

69
45) Perda de objeto. Morte do autor. Honorários. Sucumbência.

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO.


FALECIMENTO APÓS DEFERIMENTO DE ANTECIPAÇÃO DE
TUTELA. PERDA DE OBJETO. EXTINÇÃO DA AÇÃO.
SUCUMBÊNCIA. PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. 1. Diante do falecimento do autor, resta configurada a
perda do objeto da ação. O direito ao fornecimento de medicamentos
pelo Poder Público é intransmissível, em razão de sua natureza
personalíssima, impondo-se a extinção do feito, nos termos do art. 485,
IX e § 3º, do NCPC. 2. Considerando que foi deferida a tutela de
urgência, houve um exame sumário da prova até então apresentada
com juízo favorável às alegações da requerente, sendo reputada a
verossimilhança do pedido inicial. Neste contexto, devem ser os réus
condenados ao pagamento dos honorários de sucumbência. 3. Nas
ações que versam sobre fornecimento de medicamento, a fixação dos
honorários advocatícios deve se dar de forma equitativa, pois a
demanda possui valor econômico inestimável por se tratar de tutela da
saúde, sendo aplicáveis as disposições do art. 85, § 8º do CPC/15. 4.
Considerando o tempo de tramitação da ação e as diligências
necessárias fixo a verba honorária em R$ 3.000 (três mil reais por ente),
porquanto em consonância com decisões desta Corte em ações dessa
natureza. (TRF4, AC 5012817-02.2014.4.04.7104, SEXTA TURMA,
Relatora TAÍS SCHILLING FERRAZ, juntado aos autos em 27/03/2019).

70
46) "(...) Os advogados têm direito ao arbitramento judicial de
honorários na hipótese de resilição unilateral do contrato por parte
do cliente.

REsp 1632766/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3a Turma, DJe


12/06/2017.

71
47) MAJORAÇÃO DE HONORÁRIOS. Julgado em que se analisa se
os honorários advocatícios fixados podem ou não ser majorados
ou exigíveis tendo em vista a concessão da gratuidade da justiça.
Ação ajuizada em virtude de acidente de trânsito onde foi
constatada culpa concorrente da vítima.

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO


DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. ACIDENTE
DE TRÂNSITO. CULPA CONCORRENTE DA VÍTIMA. QUANTUM DO
DANO MORAL. VALOR RAZOÁVEL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
RECURSAIS. CABIMENTO. EXIGIBILIDADE SUSPENSA. JUSTIÇA
GRATUITA. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. O valor arbitrado
pelas instâncias ordinárias a título de danos morais somente pode ser
revisado em sede de recurso especial quando irrisório ou exorbitante. 2.
No caso, o montante fixado em R$ 15.000,00 (quinze mil reais) não se
mostra irrisório nem desproporcional aos danos sofridos pela vítima,
que, ademais, conforme consignou o Tribunal a quo, concorreu
decisivamente para a causa do acidente ao trafegar de bicicleta sem
nenhum equipamento de sinalização noturna, conforme exigido pelo
Código de Trânsito Brasileiro. 3. A Segunda Seção, no julgamento do
AgInt nos EREsp 1.539.725/DF, concluiu ser devida a majoração da
verba honorária sucumbencial, nos termos do art. 85, § 11, do
CPC/2015, quando estiverem presentes os seguintes requisitos,
simultaneamente: “a) decisão recorrida publicada a partir de 18.3.2016,
quando entrou em vigor o novo Código de Processo Civil; b) recurso não
conhecido integralmente ou desprovido, monocraticamente ou pelo
órgão colegiado competente; e c) condenação em honorários
advocatícios desde a origem no feito em que interposto o recurso” (Rel.
Ministro Antonio Carlos Ferreira, DJe de 19.10.2017). . Hipótese em

72
que, não obstante cabível a majoração dos honorários sucumbenciais,
em razão do desprovimento do recurso especial, prejudicada a
exigibilidade da verba honorária, em razão do deferimento do benefício
da assistência judiciária gratuita pela instância ordinária. 5. Agravo
interno a que se nega provimento. (STJ, AgInt no AREsp 1328294/SP,
Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 26/11/2019,
DJe 19/12/2019).

73
48) Na fase de cumprimento de sentença, cálculo de honorários
inclui somente parcelas vencidas da dívida.

Para a 3a Turma do STJ, na fase de cumprimento de sentença, a


verba honorária, quando cabível, é calculada exclusivamente sobre as
parcelas vencidas da dívida. Com base nesse entendimento, o
colegiado deu provimento a recurso especial para reformar acórdão do
Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). No recurso
apresentado ao STJ, o recorrente sustentou que os honorários
advocatícios fixados na fase de cumprimento de sentença não incluem
as parcelas vincendas da dívida. Argumentou que ninguém pode cobrar
em juízo uma dívida ainda não vencida, pois as parcelas vincendas
carecem de exigibilidade e não podem ser objeto de pretensão
executória.

74
50) ADVOGADOS CORRESPONDENTES

50.1) ATRASO NO PAGAMENTO GERA DANO MORAL -


"RECURSO INOMINADO. ALEGA QUE HOUVE INADIMPLEMENTO
POR VÁRIOS DIAS. PAGAMENTO EXTEMPORÂNEO. DANO MORAL
CONFIGURADO. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO CONHECIDO
E PROVIDO". - (TJ-SE, Recurso Inominado, Recurso Inominado nº
201701001433, Acórdão nº 5506/ 2017, Juiz (a) Relator (a): Aldo de
Albuquerque Mello, Turma Recursal dos JECs, Julgado à unanimidade
em 10.7.2017).

Resumo: Advogado do Sergipe obteve êxito em indenização a


título de dano moral por atraso no pagamento de seus honorários como
advogado correspondente. O prazo fatal de até 90 (noventa dias)
expirou e, meses após, conforme descrito na inicial, a banca de
advocacia continuou se esquivando do pagamento.

Na inicial o Requerente ainda destacado a sua condição de


advogado iniciante, postulando compensação por danos morais no valor
de R$ 2 mil, além do valor avençado pelos serviços prestados. Na
sentença, o magistrado indeferiu o pleito de compensação por danos
morais aduzindo" mero aborrecimento”.

Inconformado, o advogado impetrou Recurso Inominado, o qual foi


conhecido e provido por unanimidade pela Turma Recursal do TJSE
para condenar o Requerido, escritório de advocacia, ao pagamento de
R$ 1 mil a título de danos morais.

75
50.2.) TJ-ES - Sentença - 4a Vara do JEC - Vila Velha - Processo:
0010377-60.2014.808.0545 - Indenização Dano Moral = R$ 3 mil.
Fragmentos da sentença: "(...) propôs esta demanda dizendo que
foi contratado pela requerida para lhe prestar serviços (extração de
cópias de processo em Vila Velha/ES). Foi acordado receber R$60,00. A
diligência foi realizada em 14/01/14.

Não recebeu seus honorários; quer recebê-los e quer indenização


por danos morais. (...) se defendeu. (...) Na audiência de conciliação,
instrução e julgamento, o autor informou que no mês passado foram
pagos os honorários pleiteados nesta ação, mas insistiu na continuidade
da demanda eis que a quantia foi depositada sem correção e porque
entende pertinente ser indenizado por danos morais. É o relato. Decido.
Fundamentação: Preliminar: Não houve a perda do objeto; De fato há
documento provando o pagamento em 19/10/15; mas o pagamento não
afasta a pretensão do autor de recebê-la corrigida monetariamente e
com incidência de juros de mora, conforme artigo 389 do Código Civil
Brasileiro; e deve ser apreciado o pedido de indenização por danos
morais. MÉRITO: A sociedade de advogados disse que problemas
internos causaram a inadimplência; mas tais argumentos sequer foram
provados; além disso, há nos autos um e-mail (de 05/02/14) da
sociedade de advogados dizendo ao autor que encaminhou o recibo de
honorários ao seu cliente para pagamento. Ora, vê-se que a requerida
contratou os serviços do autor mas repassou a obrigação de pagar a
terceiro (seu cliente); portanto, não são verossímeis os argumentos
contidos em sua defesa. Por isso, a requerida não cumpriu sua
obrigação de pagar e deve responder por seu inadimplemento; resta
analisar a pretensão do autor. PAGAMENTO DA DILIGÊNCIA: Há
documento provando o pagamento em 19/10/15; mas o pagamento não
afasta a pretensão do autor de recebê-la corrigida monetariamente e

76
com incidência de juros de mora, conforme artigo 389 do Código Civil
Brasileiro. O autor prestou serviços àquela sociedade de advogados em
janeiro de 2014 e em fevereiro daquele ano enviou planilha para receber
seu crédito; não o recebeu extrajudicialmente; somente após a
propositura da ação, e mesmo assim, no mês de outubro deste ano
(2015) é que foram depositados os honorários. A Requerida deve ser
compelida a pagar os juros e atualização monetária segundo índices
oficiais regularmente estabelecidos pela Tribunal de Justiça do Estado
do Espírito Santo que incidem a partir de 05.2.2015 eis que há nos autos
um e-mail enviado pela requerida ao autor dizendo que enviou o recibo
para pagamento. Por simples cálculo aritmético, utilizando-se ferramenta
disponibilizada no sítio eletrônico do TJES (...) Valor atualizado até
17/11/2015: R$ 83,86. Valor a pagar (saldo atualizado menos valor pago
(R$60,00). INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS: O valor devido ao
autor é ínfimo; não é razoável que só o receba mais de um ano após a
prestação do serviço e mesmo assim somente após a propositura desta
ação. A teoria da perda do tempo útil, que vem sendo aplicada nas
relações consumeristas para obrigar o inadimplente à indenizar por dano
moral, deve ser adaptada e aplicada neste caso. O dever de
indenização pela perda do tempo livre se configura em situações
intoleráveis, em que há desídia e desrespeito; é verossímil que isto
ocorreu neste caso eis que o valor cobrado pelo autor é irrisório e
deveria ter sido solvido há muito tempo. É verossímil que o autor saiu de
sua rotina e perdeu tempo livre para solucionar este problema causados
por ato ilícito (inadimplência) e desarrazoado pela requerida; a conduta
da requerida é intolerável e gerou transtorno, constrangimento,
frustração; mais que mero aborrecimento. O valor do dano moral deve
ser arbitrado com moderação, norteando o julgador pelos critérios da
gravidade e repercussão da ofensa, levando-se em conta as
circunstâncias do caso, razoável arbitrar o valor de R$ 3.000,00 (três mil

77
reais). DISPOSITIVO: Pelo exposto, julgo procedente a pretensão do
autor. Condeno (...) a pagar ao autor (...) a quantia de R$23,85 (...). A
quantia deve ser corrigida monetariamente e acrescida de juros de mora
de 1% (um por cento) ao mês, por força do artigo 406 do Código Civil
Brasileiro (CC/02) a partir da data deste julgado. Condeno o réu (...) a
indenizar o autor (...) por danos morais. Fixo a indenização em R$
3.000,00 (três mil reais). A quantia deve ser corrigida monetariamente e
acrescida de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, por força do
artigo 406 do Código Civil Brasileiro (CC/02). O termo inicial para
incidência de juros e correção nas indenizações por danos morais é a
partir da fixação (Enunciado 1 - II Encontro das Turmas Recursais do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Espírito santo em 2008). Em
consequência da resolução de mérito (artigo 269, I, do Código de
Processo Civil) julgo extinta a fase de conhecimento. Sem custas e
honorários advocatícios nos termos do artigo 54 e 55 da lei 9.099/95 que
incidirão em caso de recurso. Ante o que preceitua o artigo 40 da lei
9.099/95, submeto esta decisão ao (a) Exmo. (a) Sr (a) Juiz (a) de
Direito. Em Vila Velha, no dia 18 de novembro de 2015. (...) Juiz Leigo
(...). SENTENÇA. Vistos etc. Homologo por sentença o projeto
apresentado pelo Sr. (...) Juiz Leigo para que surta seus jurídicos e
legais efeitos. Publique-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado e
feitas as anotações devidas, se nada for requerido, arquivem-se, com as
cautelas de lei. Em Vila Velha, Estado do Espírito Santo, no dia
18.11.2015, (...) Juíza de Direito (..)."

78
51.) Improcedência da ação e fixação de honorários de advogado:
Indenizatória ajuizada ante vício de veículo que ficou mais de 30
dias no conserto e julgada improcedente. Discussão acerca dos
honorários advocatícios que foram fixados em 10% sobre o valor
da causa a ser divididos entre todas as partes que compõem o polo
passivo e não 10% para cada advogado de cada parte.

RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE CONSUMO.


JULGAMENTO DE IMPROCEDÊNCIA. LITISCONSÓRCIO PASSIVO
FACULTATIVO. HONORÁRIOS. VALOR INVIDIDUAL. BASE DE
CÁLCULO. FIXAÇÃO. ART. 85, §§ 2º E 6º, DO CPC/15. VÍCIO DO
PRODUTO. ART. 18 DO CDC. FORNECEDORES. CADEIA DE
CONSUMO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. COTA-PARTE.
DIVISÃO. PARTES IGUAIS. PRESUNÇÃO. ART. 283 DO CC/02.
BENEFÍCIO ECONÔMICO DO CLIENTE. JUSTA REMUNERAÇÃO DO
ADVOGADO. 1. Ação de reparação por dano material cumulada com
compensação por dano moral, em razão de defeitos apresentados em
veículo e na demora superior a 30 (trinta) dias para o saneamento dos
vícios apresentados, fundada no art. 18 do CDC. 2. Recurso especial
interposto em: 11/12/2018; concluso ao gabinete em: 18/11/2019;
aplicação do CPC/15. 3. O propósito recursal consiste em determinar se,
na hipótese de litisconsórcio passivo facultativo, o julgamento de
improcedência da ação deve acarretar a fixação de honorários em favor
de cada vencedor, com base no valor atribuído à causa e em percentual
mínimo de 10% (dez por cento). 4. Nos termos do art. 85, § 2º, do
CPC/15, deverá ser observado o parâmetro de 10% a 20% sobre o valor
da condenação, sendo possível, no entanto, a utilização, como base de
cálculo dos honorários, do proveito econômico obtido ou, se não
passível sua mensuração, do valor da causa atualizado. 5. O art. 85, §

79
2º, do CPC/15 prevê uma ordem de preferência, de modo que a base de
cálculo dos honorários é definida segundo a impossibilidade de a
hipótese concreta se enquadrar na previsão anterior prevalente. 6. Nos
termos do § 6º do art. 85 do CPC/15, na sentença de improcedência do
pedido em ações condenatórias, a base de cálculo dos honorários
corresponde ao proveito econômico do cliente, evitado pela atuação do
advogado. 7. Conforme a redação do art. 18, caput, do CDC, todos os
fornecedores de produto de consumo respondem de forma solidária
pelos vícios de qualidade ou quantidade, e, na forma do art. 283 do
CC/02, a responsabilidade dos codevedores é presumidamente
igualitária. 9. Na hipótese concreta, embora não tenha observado
estritamente o comando do art. 85, § 6º, do CPC/15, a solução do
Tribunal de origem de ratear igualmente entre os litisconsortes passivos
facultativos o percentual de 10% sobre o valor da causa acaba por
refletir a cota-parte igualitária, decorrente da solidariedade, que cada um
dos fornecedores deixou de ficar obrigado a pagar em favor do
consumidor em razão do julgamento de improcedência do pedido
fundado no art. 18, § 1º, do CDC. 10. Recurso especial desprovido. STJ,
REsp 1848517/DF, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3a Turma, DJe
20/02/2020.

80
52) EXECUÇÃO Juiz, no despacho inicial da execução, fixou os
honorários advocatícios; esse valor é, em princípio, provisório;
ocorre que, no curso da execução, foi firmado acordo entre as
partes, sem nada dispor sobre honorários; o advogado poderá
executar esse valor fixado no despacho inicial Quando houver
sentença homologatória de transação firmada entre as partes e
esta não dispor sobre os honorários sucumbenciais, a decisão
inicial que arbitra os honorários advocatícios em execução de título
extrajudicial pode ser considerada título executivo.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.819.956-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas


Cueva, Rel. Acd. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 10/12/2019
(STJ, Informativo de Jurisprudência nº 0663, de 14.2.2020).

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