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Unidade I – Atos Jurisdicionais

1) Princípio da fundamentação das decisões


2) Atos jurisdicionais
3) Atos de comunicação
4) Contagem de prazos
1) Princípio da fundamentação das decisões
- Controle de racionalidade do ato decisório

- Art. 93, IX, CR/88: “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
serão públicos, e fundamentadas todas as suas decisões, sob pena de
nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às
próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos
quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não
prejudique o interesse público à informação.”
1) Princípio da fundamentação das decisões
CPP - Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será
sempre motivada e fundamentada. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o
juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que
justifiquem a aplicação da medida adotada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)  
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,
sentença ou acórdão, que: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar
sua relação com a causa ou a questão decidida; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de
sua incidência no caso; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
1) Princípio da fundamentação das decisões
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese,
infirmar a conclusão adotada pelo julgador;  (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus
fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta
àqueles fundamentos;(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado
pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a
superação do entendimento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
1) Princípio da fundamentação das decisões
Supremo Tribunal Federal:
E M E N T A: HABEAS CORPUS - ACÓRDÃOS PROFERIDOS EM SEDE DE APELAÇÃO E DE EMBARGOS DECLARATÓRIOS
- IMPUTAÇÃO DE ROUBO DUPLAMENTE QUALIFICADO - DECISÕES QUE NÃO ANALISARAM OS ARGUMENTOS
SUSCITADOS PELA DEFESA DO RÉU - EXIGÊNCIA CONSTITUCIONAL DE MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS -
INOBSERVÂNCIA - NULIDADE DO ACÓRDÃO - PEDIDO DEFERIDO EM PARTE. A FUNDAMENTAÇÃO CONSTITUI
PRESSUPOSTO DE LEGITIMIDADE DAS DECISÕES JUDICIAIS. - A fundamentação dos atos decisórios qualifica-se
como pressuposto constitucional de validade e eficácia das decisões emanadas do Poder Judiciário. A
inobservância do dever imposto pelo art. 93, IX, da Carta Política, precisamente por traduzir grave transgressão de
natureza constitucional, afeta a legitimidade jurídica do ato decisório e gera, de maneira irremissível, a
conseqüente nulidade do pronunciamento judicial. Precedentes. A DECISÃO JUDICIAL DEVE ANALISAR TODAS AS
QUESTÕES SUSCITADAS PELA DEFESA DO RÉU. - Reveste-se de nulidade o ato decisório, que, descumprindo o
mandamento constitucional que impõe a qualquer Juiz ou Tribunal o dever de motivar a sentença ou o acórdão,
deixa de examinar, com sensível prejuízo para o réu, fundamento relevante em que se apóia a defesa técnica do
acusado. (Habeas Corpus nº 74.073, rel. Ministro Celso de Mello, j. 20/05/1997, p. DJ 27-06-1997 PP-30227,
EMENT VOL-01875-03 PP-00597)
1) Princípio da fundamentação das decisões
Supremo Tribunal Federal:
“Sobre o direito de ver os seus argumentos contemplados pelo órgão
julgador (RechtaufBerücksichtigung), que corresponde, obviamente, ao
dever do juiz ou da Administração de a eles conferir atenção
(Beachtenspflicht), pode-se afirmar que envolve não só o dever de tomar
conhecimento (Kenntnisnahmepflicht), como também o de considerar,
séria e detidamente, as razões apresentadas (Erwägungspflicht).” (MS-
24.268-0, rel. Min. Ellen Gracie, rel. para acórdão Min. Gilmar Mendes)
1) Princípio da fundamentação das decisões
Corte Interamericana de Direitos Humanos – Caso Chocrón Chocrón Vrs. Venezuela:
El deber de motivar las resoluciones es una garantía vinculada com la correcta administración de justicia,
que protege el derecho de los ciudadanos a ser juzgados por las razones que el Derecho su ministra, y
otorga credibilidad a las decisiones jurídicas em el marco de una sociedad democrática152. Por tanto, las
decisiones que adoptenlos órganos internos que puedan afectar derechos humanos deben estar
debidamente fundamentadas, pues de lo contrarioserían decisiones arbitrarias153. En este sentido, la
argumentación de um fallo y de ciertosactos administrativos deben permitir conocer cuál es fueron los
hechos, motivos y normas en que se basó la autoridad para tomar su decisión, a fin de descartar
cualquier indicio de arbitrariedade 154. Asimismo, la motivación demuestra a las partes que éstas han
sido oídas y, em aquellos casos en que las decisiones son recurribles, les proporciona la posibilidad de
criticar la resolución y lograrun nuevo examen de la cuestión ante las instancias superiores155. Por todo
ello, eldeberde motivación es una de las “debidas garantías” incluída sen el artículo 8.1 para salvaguardar
el derecho a um debido proceso. (Corte Interamericana de Direitos Humanos, caso ChocrónChocrón vs.
Venezuela, disponível em http://corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_227_esp.pdf, consulta
realizada em 23 de fevereiro de 2017)
2) Atos jurisdicionais

2.1) Despachos – mero impulso do processo sem conteúdo decisório.


Ex. Ato que marca audiência ou que determina a intimação de
testemunhas.
2) Atos jurisdicionais
2.2) Decisões judiciais
2.2.1) Decisões interlocutórias – aquelas proferidas no curso do
procedimento.
a) Simples: possui conteúdo decisório, mas não são recorríveis. Ex.
Decisão que (in)defere a substituição de uma testemunha ou que
(in)defere uma prova.
b) Mistas: tem conteúdo decisório colocando fim a uma fase do
procedimento ou julgando um incidente processual. Ex. Decisão de
pronúncia.
2) Atos jurisdicionais

2.2) Decisões judiciais


2.2.2) Decisões com força de definitivas: julgam incidentes processuais.
Ex. decisão que julga incidente de insanidade mental, incidente de
ilicitude de prova, etc.
2) Atos jurisdicionais
2.2) Decisões judiciais
2.2.3) Sentença: decisões que julgam o caso penal para absolver ou condenar o acusado.
a) Princípio da correlação entre acusação e sentença
b) Classificação
b.1) Absolutória
b.1.1) Própria – Julga o mérito do caso penal para absolver o réu sem impor nenhuma
restrição.
b.1.2) Imprópria – Julga o mérito da ação penal reconhecendo a prática do injusto penal e a
inexistência de culpabilidade do réu por desenvolvimento mental que não permitia a ele
entender o caráter ilícito do fato e impor medida de segurança contra o acusado.
2) Atos jurisdicionais
Art. 381.  A sentença conterá:
I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias
para identificá-las;
II - a exposição sucinta da acusação e da defesa;
III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão;
IV - a indicação dos artigos de lei aplicados;
V - o dispositivo;
VI - a data e a assinatura do juiz.
2) Atos jurisdicionais
Art. 386.  O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte
dispositiva, desde que reconheça:
I - estar provada a inexistência do fato;
II - não haver prova da existência do fato;
III - não constituir o fato infração penal;
IV –  estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; 
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; 
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
2) Atos jurisdicionais
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts
. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver
fundada dúvida sobre sua existência; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
VII – não existir prova suficiente para a condenação.
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Parágrafo único.  Na sentença absolutória, o juiz:
I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade;
II – ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente aplicadas; 
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
III - aplicará medida de segurança, se cabível.
2) Atos jurisdicionais
2.2) Decisões judiciais
2.2.3) Sentença:
b) Classificação
b.2) Condenatórias: julgam o caso penal reconhecendo a autoria e a
materialidade da prática do crime (fato típico, ilícito e culpável) e impõe a
pena aplicada individualmente.

- Poderia o juiz condenar diante de pedido de absolvição do Ministério


Público?
2) Atos jurisdicionais
2.2) Decisões judiciais
2.2.3) Sentença:

Art. 385.  Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença


condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição,
bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.

- (In)constitucionalidade?
2) Atos jurisdicionais
Art. 387.  O juiz, ao proferir sentença condenatória:  (Vide Lei nº 11.719, de 2008)
I - mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal, e cuja existência
reconhecer;
II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicação da
pena, de acordo com o disposto nos arts. 59 e 60 do Decreto-Lei no
 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;   (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
III - aplicará as penas de acordo com essas conclusões; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos
pelo ofendido; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
V - atenderá, quanto à aplicação provisória de interdições de direitos e medidas de segurança, ao disposto no 
Título Xl deste Livro;
VI - determinará se a sentença deverá ser publicada na íntegra ou em resumo e designará o jornal em que
será feita a publicação (art. 73, § 1o, do Código Penal).
2) Atos jurisdicionais
§ 1o  O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o
caso, a imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem
prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser interposta. 
(Incluído pela Lei nº 12.736, de 2012)
§ 2o  O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação,
no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do
regime inicial de pena privativa de liberdade.            
(Incluído pela Lei nº 12.736, de 2012)
2) Atos jurisdicionais
2.2) Decisões judiciais
2.2.3) Sentença:
c) Publicação da sentença (art. 389 CPP) – entrega em mãos do escrivão.
Art. 389.  A sentença será publicada em mão do escrivão, que lavrará nos autos
o respectivo termo, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim.

d) Intimação da sentença
- Publicação oficial – advogado
- Pessoal – acusado e vítima
- Entrega dos autos – Ministério Público e Defensoria Pública
2) Atos jurisdicionais
2.2) Decisões judiciais
2.2.3) Sentença:
e) Alteração na capitulação do crime:
e.1) Emendatio Libelli: correção da inicial para adequar o fato narrado e efetivamente provado ao tipo
penal previsto em lei. (art. 383, CPP)
Art. 383.  O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe
definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave.           
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1o  Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão
condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei.           
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2o  Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos.               
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
2) Atos jurisdicionais
2.2) Decisões judiciais
2.2.3) Sentença:
e) Alteração na capitulação do crime:
e.2) Mutatio Libelli: Mutação do fato em razão das provas produzidas. (art. 384, CPP).
Art. 384.  Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de
prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério
Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o
processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1o  Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Código. 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2o  Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de
qualquer das partes, designará dia e hora para continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novo
interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 3o  Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 4o  Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o
juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 5o  Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
2) Atos jurisdicionais
2.2) Decisões judiciais
2.2.3) Sentença:
e) Alteração na capitulação do crime:

Súmula 453 STF - Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo
único do Código de Processo Penal, que possibilitam dar nova definição
jurídica ao fato delituoso, em virtude de circunstância elementar não
contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa.
2) Atos jurisdicionais
2.2) Decisões judiciais
2.2.3) Sentença:
f) Intimação da sentença
f.1) ao réu - Pessoal
f.2) ao defensor
f.2.1) Constituído – Publicação
f.2.2) Defensoria Pública – Carga dos autos
f.2.3) Dativo - Pessoal
f.3) ao Ministério Público – Carga dos autos
3) Atos de comunicação
3) Atos de comunicação
3.1) Citação
3.1.1) Pessoal – oficial de justiça
Art. 351.  A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à
jurisdição do juiz que a houver ordenado.
Art. 357.  São requisitos da citação por mandado:
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão dia e
hora da citação;
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa.
Art. 353.  Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será citado
mediante precatória.
Art. 358.  A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço.
Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. 
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
STF – Súmula 351 - É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da federação em que
o juiz exerce a sua jurisdição.
3) Atos de comunicação
3) Atos de comunicação
3.1) Citação
3..1.2) Ficta
a) Edital
Art. 361.  Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão
suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção
antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos
termos do disposto no art. 312. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
Súmula 455 STJ - A decisão que determina a produção antecipada de provas com
base no art. 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada,
não a justificando unicamente o mero decurso do tempo.
3) Atos de comunicação
3) Atos de comunicação
3.1) Citação
3..1.2) Ficta
b) Hora certa
Art. 362.  Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida
nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil
. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Parágrafo único.  Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer,
ser-lhe-á nomeado defensor dativo.           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
3) Atos de comunicação
3) Atos de comunicação
3.1) Citação
3..1.2) Ficta
b) Hora certa:
CPC/2015 - Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu
domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da
família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na
hora que designar.
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a
intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de
correspondência.
CPC/2015 - Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho,
comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência.
§ 1º Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando
por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção ou subseção judiciárias.
3) Atos de comunicação
3) Atos de comunicação
3.1) Citação
3..1.2) Ficta
b) Hora certa:
§ 2º A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que houver sido
intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar a receber o
mandado.
§ 3º Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família ou vizinho,
conforme o caso, declarando-lhe o nome.
§ 4º O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador especial se houver
revelia.
 Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou
interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou
correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
3) Atos de comunicação
3) Atos de comunicação
3.2) Intimação:
3.2.1) Pessoal
a) Acusado – oficial de justiça
b) Ministério Público – carga dos autos.
c) Defensor Público – carga dos autos.
d) Oficial – do defensor constituído.
3) Atos de comunicação
3) Atos de comunicação
3.3) Cartas – Atos de cooperação
a) Precatória – Comarcas distintas dentro do território nacional e no mesmo grau
jurisdicional.
Art. 353.  Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será
citado mediante precatória.
  Art. 354.  A precatória indicará:
I - o juiz deprecado e o juiz deprecante;
II - a sede da jurisdição de um e de outro;
Ill - o fim para que é feita a citação, com todas as especificações;
IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer.
3) Atos de comunicação
3) Atos de comunicação
3.3) Cartas
b) Rogatória – Entre Estados Nacionais diversos. A parte deve mostrar a
imprescindibilidade da rogatória. Suspende o prazo prescricional. São
remetidas via diplomática. O cumprimento se dá segundo as regras
processuais do Estado destinatário.

c) Carta de ordem – Entre órgãos jurisdicionais diversos do mais graduado


para o menos graduado.
4) Contagem de prazo no Processo Penal
Art. 797.  Excetuadas as sessões de julgamento, que não serão marcadas para domingo ou dia feriado, os
demais atos do processo poderão ser praticados em período de férias, em domingos e dias feriados.
Todavia, os julgamentos iniciados em dia útil não se interromperão pela superveniência de feriado ou
domingo.
Art. 798.  Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo
por férias, domingo ou dia feriado.
§ 1o  Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
§ 2o  A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo escrivão; será, porém, considerado findo o
prazo, ainda que omitida aquela formalidade, se feita a prova do dia em que começou a correr.
§ 3o  O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato.
§ 4o  Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo judicial oposto
pela parte contrária.
§ 5o  Salvo os casos expressos, os prazos correrão:
a) da intimação;
b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte;
c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou despacho.
4) Contagem de prazo no Processo Penal
- Regras:
1) O prazo é contado em dias corridos.
2) O prazo começa da intimação da parte.
3) O prazo não começa em dia que não tenha havido expediente forense,
caso a intimação se dê em dia que não útil, será considerada realizada no
primeiro dia útil subsequente.
4) O prazo vencido em dia que não tenha expediente forense será
prorrogado para o primeiro dia útil subsequente.

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