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PRINCÍPIO DA INICIATIVA DAS PARTES

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CAUTELAR. EMENDA. DETERMINAÇÃO DE


CONVERSÃO DA AÇÃO CAUTELAR DE SUSTAÇÃO DE PROTESTO EM AÇÃO ORDINÁRIA
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA.
VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INICIATIVA DA PARTE. REGULARIDADE DO
PROCEDIMENTO ELEITO. REFORMA DA DECISÃO. No caso em testilha, consoante
narrado pelo Recorrente, para obter a sustação de protesto antes de ingressar com
eventual ação declaratória de inexistência de dívida, ingressou com ação cautelar. A
princípio, sem prejuízo do julgamento que será proferido ao final, o procedimento
cautelar eleito pelo ora Agravante está adequado e não se visualiza a ausência dos
requisitos da petição inicial que justificasse a emenda ou impedisse o processamento
do feito. Deve ser respeitada a iniciativa da parte e determinar-se o impulso processual
com a eventual prestação da tutela jurisdicional pleiteada. Não se figura admissível,
por emenda à petição inicial, a determinação de conversão de rito. Agravo
parcialmente provido. (TJ-SP - AI: 00830048120138260000 SP 0083004-
81.2013.8.26.0000, Relator: Sandra Galhardo Esteves, Data de Julgamento:
25/07/2013, 12ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 25/07/2013)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CIVIL. PROCESSO CIVIL. PRINCÍPIO DA INICIATIVA DAS


PARTES. PRINCÍPIO DA DEMANDA. DECISÃO ULTRA PETITA IMPOSSIBILIDADE.
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. 1. O pressuposto de
qualquer atividade jurisdicional é a de que o CPC resguarda o princípio da iniciativa das
partes e impõe que a atividade jurisdicional deve ser exercida com apreço ao princípio
da demanda pelo qual a lide deve ser julgada nos limites em que é proposta. Logo, o
disposto no art. 884 do Código Civil, não autoriza eventual decisão “ultra petita, uma
vez que nenhum Juiz pode prestar tutela jurisdicional senão quando a parte ou o
interessado a requerer, nos casos e forma legais, não podendo abranger coisa diversa
do que foi pedido (arts. 2º, 128, 459 e 460, do Código de Processo Civil). 2. Não se
encontrou qualquer dos vícios a que alude o artigo 535 do Código de Processo Civil. Os
pontos questionados foram devidamente esclarecidos e a prestação jurisdicional foi
entregue de forma completa. 3. Embargos de declaração rejeitados. (TJ-DF - EMD1:
201001100249081 Apelação Cível, Relator: FLAVIO ROSTIROLA, Data de Julgamento:
25/11/2015, 3ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 04/12/2015 . Pág.:
184)

PROCESSUAL CIVIL - APELAÇÃO - AÇÃO INDENIZATÓRIA - ERRO MÉDICO -


ESCLARECIMENTO DOS PONTOS CONTROVERTIDOS - AUSÊNCIA DE PROVA
INDISPENSÁVEL - DECLARAÇÃO DE NULIDADE - CASSAÇÃO DA SENTENÇA - INICIATIVA
DO TRIBUNAL - PERÍCIA DETERMINADA DE OFÍCIO - BUSCA DA VERDADE REAL -
MITIGAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INICIATIVA DAS PARTES - POSSIBILIDADE - INTERESSE
PÚBLICO - EFETIVIDADE DO PROCESSO E DA JUSTIÇA - 1) O tribunal de segundo grau de
jurisdição, forte na busca da verdade real permitida pelo art. 130, do Código de
Processo Civil, e mitigando o princípio da iniciativa das partes, em sede de apelação
cível, pode, de ofício, declarar a nulidade do processo e cassar a sentença,
determinando a baixa dos autos para realização de perícia, quando verificar que a
prova pericial capaz de elucidar os fatos controvertidos foi dispensada pelo juízo da
causa, máxime quando requerida essa providência por uma das partes em momento
próprio - 2) A iniciativa probatória do tribunal na vigência do atual estatuto processual,
em busca da verdade real, é deveras ampla, posto que posta em prática no interesse
público de efetividade do processo e da Justiça - 3) Em ação de indenização fundada
em erro médico, a realização de prova médico-pericial constitui providência
indispensável ao esclarecimento dos pontos controvertidos, mormente porque,
segundo interpretação a contrário senso dos arts. 420, § único e 427, ambos da lei
processual, nessa espécie de causa, o princípio do livre convencimento do juiz não tem
aplicabilidade absoluta. (TJ-AP - AC: 374608 AP, Relator: Desembargador MÁRIO
GURTYEV, Data de Julgamento: 12/08/2008, Câmara Única, Data de Publicação: DOE
4320, página (s) 19 de 25/08/2008)

PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL

HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. CRIMES CONTRA A ORDEM


TRIBUTÁRIA E ECONÔMICA. OITIVA DE TESTEMUNHA INDICADA DE OFÍCIO PELO
JUÍZO. CONSONÂNCIA COM OS PRINCÍPIOS DO IMPULSO OFICIAL E DA BUSCA DA
VERDADE REAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE. HABEAS CORPUS NÃO
CONHECIDO. 1. O habeas corpus não pode ser utilizado como substitutivo de recurso
próprio, a fim de que não se desvirtue a finalidade dessa garantia constitucional, com a
exceção de quando a ilegalidade apontada é flagrante, hipótese em que se concede a
ordem de ofício. 2. Nos termos do art. 209 do CPP, o juiz, quando julgar necessário,
poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes, em consonância
com os princípios do Impulso Oficial e da Busca da Verdade Real. 3. No caso, o Juiz
decidiu ouvir duas testemunhas, além das indicadas pelas partes, porque foram
nomeadas na representação fiscal como preposto da empresa e sócio, tendo, então,
grande importância para a busca da verdade real. Precedentes. 4. Habeas corpus não
conhecido. (STJ - HC: 339836 PE 2015/0272377-7, Relator: Ministro REYNALDO SOARES
DA FONSECA, Data de Julgamento: 06/02/2018, T5 - QUINTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 14/02/2018)

EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. ABANDONO PROCESSUAL PELO CREDOR.


INCOMPATIBILIDADE COM O PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL. O artigo 878 da CLT,
antes da alteração prevista pela Lei nº 13.467/2017, prescrevia que qualquer
interessado poderia promover a execução, inclusive o próprio juiz, de ofício, do que se
conclui que a inexistência de bens penhoráveis, a não localização do executado, ou
mesmo a morosidade judicial não poderiam ensejar a pronúncia da prescrição
intercorrente no processo de execução do trabalho. E, mesmo após a nova lei, o prazo
de 2 anos fixado no art. 11-A da CLT não pode ser aplicado retroativamente, sobretudo
em prejuízo do crédito trabalhista, na forma do art. 916 da CLT. Agravo de petição do
exequente a que se dá provimento. (TRT-2 02124006320075020090 SP, Relator:
PAULO EDUARDO VIEIRA DE OLIVEIRA, 3ª Turma - Cadeira 2, Data de Publicação:
19/02/2020)

EXTINÇÃO DO PROCESSO. FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL. PRINCÍPIO DO IMPULSO


OFICIAL. INCOMPATIBILIDADE. O processo se desenvolve por impulso oficial. Em
relação execução trabalhista, o art. 878 da CLT materializa o princípio do impulso
oficial, dispondo que “A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou
exofficio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo
anterior. (TRT-5 - AP: 00632004420035050023 BA, Relator: VÂNIA J. T. CHAVES, 3ª.
TURMA, Data de Publicação: DJ 20/06/2017.)

APELAÇÃO. EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. ABANDONO DE CAUSA.


PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 1. Ainda que
o processo seja regido pelo Princípio do Impulso Oficial do juiz, cumprindo ao juízo zela
pela rápida duração do processo com determinação de medida necessárias para
assegura a sua efetividade, o Código de Processo Civil é expresso ao dispor que
incumbe ao autor da demanda adotar as providências necessárias para viabilizar a
citação do réu ou executado; 2. O Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento de
que o julgador não está obrigado a responder todas as questões suscitadas; 3. À parte
recorrente foi oportunizado se manifestar em duas ocasiões, quedando-se inerte e
configurando, portanto, abandono da causa; 4. Recurso conhecido e negado
provimento. (TJ-AM 06265527420148040001 AM 0626552-74.2014.8.04.0001,
Relator: Airton Luís Corrêa Gentil, Data de Julgamento: 30/07/2018, Terceira Câmara
Cível)

PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO

PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TENTATIVA DE ESTELIONATO.


SENTENÇA CONDENATÓRIA. NULIDADES. PROVA EMPRESTADA. INDEFERIMENTO DE
PERÍCIA GRAFOTÉCNICA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. NÃO OCORRÊNCIA.
RESGUARDO AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. 1. Pelo
entendimento desta Corte, é admissível a utilização de prova emprestada, desde que
tenha havido a correlata observância ao contraditório e à ampla defesa. In casu, consta
do acórdão vergastado que a prova supostamente acoimada de ilegítima (a que alude
a defesa) foi juntada aos autos principais antes mesmo da apresentação de defesa
prévia. Note-se que a indigitada prova foi oportunizada à defesa desde a deflagração
da persecução penal, razão pela qual não se vislumbra qualquer ilegalidade apta à
concessão da ordem. 2. A caracterização de cerceamento do direito de defesa pelo
indeferimento de alguma prova requerida pela parte possui como condicionante
possível arbitrariedade praticada pelo órgão julgador, e não simplesmente a
consideração ou entendimento da parte pela indispensabilidade de sua realização. 3.
Ordem denegada. (STJ - HC: 419745 SP 2017/0260929-1, Relator: Ministro SEBASTIÃO
REIS JÚNIOR, Data de Julgamento: 19/03/2019, T6 - SEXTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 26/03/2019)

PROCESSUAL PENAL. AÇÃO PENAL. INSTRUÇÃO CRIMINAL. REALIZAÇÃO DO


INTERROGATÓRIO DO RÉU AO FINAL. PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA
DEFESA. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PROVIMENTO DO
AGRAVO. 1. O art. 7º da Lei n. 8.038/1990 determina que "recebida a denúncia ou a
queixa, o relator designará dia e hora para o interrogatório, mandando citar o acusado
ou querelado e intimar o órgão do Ministério Público, bem como o querelante ou o
assistente, se for o caso". A interpretação literal do comando normativo é no sentido
de que o interrogatório do réu, nos processos de competência originária do Supremo
Tribunal Federal, deve ser o ato inaugural da instrução processual penal. 2. No
entanto, o dispositivo não se coaduna com os princípios do contraditório e da ampla
defesa, que impõem a realização do ato apenas ao término da instrução. 3. Nesse
sentido é o entendimento do Pleno e dessa 1 ª Turma (AP 528 AgR, Rei. Min. RICARDO
LEW ANDOWSKI, Tribunal Pleno, DJe de 8/6/2011). (AP 988 AgR, Relator (a): Min.
MARCO AURELIO, Relator (a) p/ Acórdão: Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira
Turma, julgado em 04/04/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-101 DIVULG 15-05-2017
PUBLIC 16-05-2017). 4. Provimento do Agravo para reformar a decisão agravada,
determinando que a instrução processual penal se inicie com a oitiva das testemunhas
arroladas pela acusação, realizando-se o interrogatório ao final. (STF - AgR AP: 1027 DF
- DISTRITO FEDERAL 0016395-51.2018.1.00.0000, Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Data
de Julgamento: 02/10/2018, Primeira Turma)

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. INTIMAÇÃO DA
PARTE. PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO. AGRAVO INTERNO PROVIDO. RECURSO
ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Consoante o entendimento consolidado pela
Segunda Seção desta Corte, "incide a prescrição intercorrente, nas causas regidas pelo
CPC/73, quando o exequente permanece inerte por prazo superior ao de prescrição do
direito material vindicado, conforme interpretação extraída do art. 202, parágrafo
único, do Código Civil de 2002" (Incidente de Assunção de Competência no REsp
1.604.412/SC, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, julgado em 27/06/2018, DJe de
22/08/2018). 2. A prescrição intercorrente independe de intimação pessoal para dar
andamento ao processo. 3. Mesmo sendo possível o reconhecimento de ofício da
prescrição intercorrente, é necessário o prévio contraditório, não para que a parte
promova, extemporaneamente, o andamento do processo, mas para assegurar a
oportunidade de apresentar defesa quanto à eventual ocorrência de fatos impeditivos,
interruptivos ou suspensivos da prescrição. 4. Agravo interno provido para conhecer
do agravo a fim de dar parcial provimento ao recurso especial e determinar o retorno
dos autos à origem, apenas para dar oportunidade à parte de se pronunciar quanto à
eventual circunstância obstativa do transcurso do prazo prescricional. (STJ - AgInt no
AREsp: 1356274 PR 2018/0225196-1, Relator: Ministro RAUL ARAÚJO, Data de
Julgamento: 12/11/2019, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 09/12/2019)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO MONITÓRIA - PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO


SUBSTANCIAL - NÃO OBSERVÂNCIA - CERCEAMENTO DE DEFESA. A não observância do
princípio do contraditório substancial gera cerceamento de defesa. (TJ-MG - AC:
10528070026422001 MG, Relator: Maurílio Gabriel, Data de Julgamento: 21/03/2019,
Data de Publicação: 29/03/2019)

APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA – PRELIMINAR – NULIDADE POR AUSÊNCIA


DE FUNDAMENTAÇÃO – ARTIGO 93, CF – SUPRESSÃO INTEGRAL DO CAPÍTULO
DESTINADO À FUNDAMENTAÇÃO – ARTIGOS 11 e 489, § 1.º, IV, DO CPC/15 – LEI
9.099/95 – VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO SUBSTANCIAL – DEVER DE
MOTIVAÇÃO – NULIDADE ABSOLUTA – RECURSO PROVIDO. 1. A necessidade de
fundamentação das decisões decorre da possibilidade do juiz, ante a
discricionariedade peculiar de sua função, incorrer em arbitrariedades. A
fundamentação acaba por ser o meio que permite à sociedade fiscalizar a atuação do
magistrado, uma vez que tem a sua disposição os fundamentos lógicos que explicam a
escolha tomada no ato de decidir, dando-se enchanças para possíveis impugnações. 2.
Dessome-se dos dispositivos constitucionais e processuais que a fundamentação é
requisito essencial da atuação dos órgãos que integram o Poder Judiciário, sob pena de
nulidade absoluta, em que o magistrado deve sempre explicitar, no caso concreto, os
motivos do seu convencimento. 3. Analisando os autos, constata-se que o capítulo
relativo à fundamentação do decisum foi integralmente suprimido pelo juízo de piso,
contando a sentença vergastada apenas com os capítulos do relatório e do dispositivo.
Ademais, o magistrado sentenciante sequer se debruçou, ainda que genericamente,
sobre os argumentos despendidos em contestação, deixando de enfrentar alegações
que poderiam, em tese, modificar a sua conclusão, tampouco mencionou os
elementos de sua convicção. 4. Trata-se, portanto, de flagrante violação ao pleno
exercício do direito ao contraditório substancial das partes e ao dever de motivação do
magistrado, ao passo em que a omissão em comento inviabiliza a rediscussão da
demanda em instâncias superiores, tendo em vista que as partes sequer tem
conhecimento das razões que fundamentaram a conclusão do sentenciante. 5.
Apelação criminal conhecida e provida. (TJ-AM 06105786020158040001 AM 0610578-
60.2015.8.04.0001, Relator: João Mauro Bessa, Data de Julgamento: 03/07/2017,
Conselho da Magistratura)

PRINCÍPIO DO INQUISITÓRIO

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


MATÉRIA DE FATO. DILAÇÃO PROBATÓRIA. DESCABIMENTO. Nos casos em que a
inconformidade com a execução está fundada em matéria de ordem pública ou em
erro material reconhecível de plano - tal como suspeição, incompetência absoluta,
prescrição, decadência e condições da ação, submetidas ao princípio do inquisitório -,
a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e desta Corte têm entendido pela
admissibilidade de sua retificação a qualquer tempo, independentemente da
apresentação de impugnação/embargos e sem implicar violação alguma à coisa
julgada. Hipótese em que os argumentos deduzidos pela parte Agravante revolvem
matéria de fato, tais como demonstração e avaliação dos motivos que a levaram ao
descumprimento da ordem judicial que ensejou a cominação da multa e rediscussão
dos critérios adotados pelo Juízo para o seu arbitramento. Questões essas que
revolvem necessariamente dilação probatória, o que se mostra incompatível com a via
estreita da exceção de pré-executividade. (TRF-4 - AG: 50659996420174040000
5065999-64.2017.4.04.0000, Relator: ROGERIO FAVRETO, Data de Julgamento:
20/08/2019, TERCEIRA TURMA)

TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. RECONHECIMENTO DE OFÍCIO.


SUSPENSÃO POR 180 DIAS. INAPLICABILIDADE DO § 3.º DO ARTIGO 2.º DA LEF. 1. A
prescrição constitui matéria de ordem pública, submetida ao princípio do inquisitório e
que pode ser conhecida de ofício. 2. Nos tributos sujeitos a lançamento por
homologação, considera-se constituído o crédito tributário no momento da declaração
realizada pelo contribuinte. 3. Aplica-se o prazo quinquenal estipulado no artigo 174
do CTN, segundo o qual a ação para cobrança do crédito tributário prescreve em 5
(cinco) anos contados da data da sua constituição definitiva. 4. A prescrição, nas
execuções fiscais ajuizadas antes da vigência da LC 118/05, é interrompida pela citação
pessoal feita ao devedor, nos termos da redação anterior do artigo 174, parágrafo
único, inciso I do CTN. Precedentes deste Tribunal. 5. As hipóteses contidas nos artigos
2.º, § 3.º e 8º, § 2.º, da Lei n.º 6.830/80 não são passíveis de suspender ou interromper
o prazo prescricional, estando a sua aplicação sujeita aos limites impostos pelo artigo
174 do Código Tributário Nacional, norma hierarquicamente superior. 6. O prazo
suspensivo de 180 dias previsto no art. 2.º, § 3.º, da Lei n.º 6.830/80, de acordo com a
jurisprudência hegemônica desta Turma, bem como do STJ, só é aplicável à execução
fiscal da dívida não-tributária, o que não é o caso. 7. Na espécie, a prescrição já estava
consumada quando da propositura da demanda executiva. (TRF-4 - AC:
221438720124049999 RS 0022143-87.2012.404.9999, Relator: JOEL ILAN PACIORNIK,
Data de Julgamento: 21/05/2014, PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: D.E.
28/05/2014)

I - AGRAVO DE INSTRUMENTO DA RECLAMANTE. RECURSO DE REVISTA. BANCÁRIA.


EMPREGADA DO BANCO BRADESCO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
DECORRENTES DA DISPENSA POR JUSTA CAUSA DESCONSTITUÍDA EM JUÍZO .
TRABALHADORA INDEVIDAMENTE ACUSADA DE PARTICIPAÇÃO EM QUADRILHA.
OPERAÇÃO NÊMESIS. FRAUDE EM LICITAÇÕES NA ÁREA DE SEGURANÇA PÚBLICA NO
ESTADO DA BAHIA. ABSOLVIÇÃO NA ESFERA PENAL. ACUSAÇÕES SEM PROVAS CABAIS.
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. Agravo de instrumento a que se dá provimento para
determinar o processamento do recurso de revista, ante uma possível violação do art.
5º, X, da Constituição Federal. II - RECURSO DE REVISTA DA RECLAMANTE. NULIDADE
DO ACÓRDÃO DO REGIONAL POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. O dever
legal de fundamentar as decisões judiciais, previsto no artigo 93, IX, da Constituição
Federal, foi atendido pela Corte regional, contendo o acórdão recorrido, de forma
explícita, os fundamentos pelos quais foi dado solução à controvérsia. Recurso de
revista de que não se conhece. BANCÁRIA. EMPREGADA DO BANCO BRADESCO.
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DA DISPENSA POR JUSTA CAUSA
DESCONSTITUÍDA EM JUÍZO . TRABALHADORA INDEVIDAMENTE ACUSADA DE
PARTICIPAÇÃO EM QUADRILHA. OPERAÇÃO NÊMESIS. FRAUDE EM LICITAÇÕES NA
ÁREA DE SEGURANÇA PÚBLICA NO ESTADO DA BAHIA. ABSOLVIÇÃO NA ESFERA PENAL.
ACUSAÇÕES SEM PROVAS CABAIS. PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. 1 - De acordo com a
jurisprudência pacífica, o que se exige é a prova dos fatos que ensejam o pedido de
indenização por danos morais (art. 818 da CLT e 333, I, do CPC), e não a prova dos
danos imateriais, esta, de resto, impossível. Portanto, o dano moral verifica-se in
reipsa (a coisa fala por si). 2 - No caso dos autos, o banco reclamado dispensou a
reclamante por justa causa, sob a alegação de que teria incorrido em mau
procedimento, ato de concorrência, desídia, indisciplina e insubordinação. 3 - No
entanto, as premissas fáticas registradas no acórdão recorrido foram as seguintes: a
perícia feita nos autos do próprio inquérito policial demonstrou que a assinatura da
reclamante foi falsificada em cheques; a nomeação da empregada como procuradora
da empresa MEDLINKS foi feita sem sua assinatura e à sua revelia; os contatos
telefônicos da trabalhadora com pessoas envolvidas em crime, por si mesmos, não
demonstram sua participação em quadrilha; na realidade, "a acionante foi,
inocentemente, enredada nas ações realizadas pela quadrilha"; a empregada foi
absolvida na esfera criminal; foi regular, e feito apenas uma vez, o empréstimo pessoal
da demandante a terceiro; a dispensa por justa causa também ocorreu quando a
reclamante estava em gozo de benefício previdenciário. 4 - Como se vê, as acusações
que pesaram contra a reclamante, gravíssimas, capazes de destruir sua vida
profissional e sua imagem perante a sociedade, e com repercussão inequívoca na sua
esfera íntima, estavam fundadas em elementos de prova duvidosos desde o
nascedouro . Nesse contexto, a zona cinzenta em que transcorriam os fatos, os quais
foram divulgados amplamente na mídia, até poderiam levar o empregador a dispensar
a trabalhadora sem justa causa, mas não por justa causa, ainda mais quando estava ela
em gozo de benefício previdenciário, ressaltando-se que não configurava crime os
aspectos de a demandante ter sido indiciada em inquérito policial ou até mesmo vir a
se tornar ré em ação penal. 5 - A presunção da inocência, imperativo constitucional,
ínsito à dignidade da pessoa humana, recomendava que o banco fosse cauteloso,
especialmente porque não consta no acórdão recorrido que tenham sido produzidas
provas contra a reclamante no âmbito administrativo do empregador e porque o
próprio inquérito policial já demonstrava que as assinaturas da trabalhadora foram
falsificadas e a persecução penal estava em zona gris. A prudência do empregador se
impunha , sobretudo, porque no inquérito policial prevalece o princípio do inquisitório,
quer dizer, predomina a investigação sem o prévio exercício do direito de defesa;
assim, no inquérito policial, a cidadã ficou à mercê dos acontecimentos, no meio de
um escândalo de grandes proporções, sem ter como defender suas honras subjetiva e
objetiva. 6 - No caso concreto, os danos morais não decorrem da simples dispensa por
justa causa desconstituída em juízo. Os danos morais resultam da conduta abusiva do
empregador, que, ao dispensar por justa causa a reclamante, sinalizou para a
empregada, para seus colegas de trabalho e para a sociedade em geral, uma
"condenação administrativa" sem elementos cabais de sua conduta irregular,
inadmissível até porque ninguém é obrigado a provar a sua inocência, a qual é
constitucionalmente presumida. Nesse caso, pelo contrário, caberia a quem acusa
(seja a autoridade na esfera pública, seja o empregador na esfera privada) provar a
suposta conduta desonesta da cidadã. 8 - Para a calúnia contra a reclamante, em tese,
há a ação penal, mas para o dano moral efetivo decorrente da relação de emprego, há
a reclamação, que deve dar a resposta que o caso merece, para fazer prevalecer a
dignidade da pessoa humana e coibir o comportamento danoso do empregador. 9 -
Assim, a dispensa por justa causa, sem que houvesse prova inequívoca dos fatos,
resulta no reconhecimento da violação direta da honra da reclamante, estando
evidenciado o dano moral in reipsa (a coisa fala por si). 9 - Recurso de revista a que se
dá provimento. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS DECORRENTES DO
ACIDENTE DE TRABALHO. PENSÃO VITALÍCIA. Conforme consignado no acórdão do
Regional, foram analisados os elementos constantes dos autos e verificado que não há
como imputar ao reclamado o pagamento das indenizações pretendidas pela
reclamante, por não estar comprovada a existência de nexo de causalidade entre as
patologias apresentadas pela empregada e o labor desempenhado na empresa. Ficou
registrado, ainda, no acórdão do Regional que não ficou provada, no presente feito, a
existência de qualquer prejuízo de cunho material em desfavor da reclamante,
mormente para concessão de pensão mensal vitalícia. Por conseguinte, não se
constata violação dos dispositivos invocados. E para se concluir de modo contrário,
seria necessário analisar o conjunto probatório delineado nos autos, o que é vedado,
conforme Súmula nº 126 desta Corte, cuja aplicação afasta a fundamentação jurídica
invocada pela recorrente. Recurso de revista de que não se conhece. (TST - RR:
502005520095050026, Relator: Kátia Magalhães Arruda, Data de Julgamento:
04/03/2015, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 06/03/2015)

PRINCÍPIO DO DISPOSITIVO

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. PROCESSO DE EXECUÇÃO. PRINCÍPIO DO DISPOSITIVO.


APLICAÇÃO. Pelo princípio do dispositivo embora os processos comecem por iniciativa
das partes e se desenvolvam por impulso oficial, não podem prescindir na iniciativa da
parte interessada, sob pena de violação da imparcialidade e da inércia da jurisdição.
Recurso conhecido e desprovido. (TJ-AM - APL: 00052538820178040000 AM 0005253-
88.2017.8.04.0000, Relator: Flávio Humberto Pascarelli Lopes, Data de Julgamento:
08/10/2018, Terceira Câmara Cível, Data de Publicação: 08/10/2018)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA


PÚBLICA. IMPUGNAÇÃO. PRINCÍPIO DO DISPOSITIVO. Ainda que o cálculo elaborado
pela Contadoria Judicial se afigure o mais correto sob o aspecto técnico, o
reconhecimento de excesso de execução fica limitado ao montante apontado pelo
devedor em sua impugnação ao cumprimento de sentença, sob pena de afronta ao
disposto nos artigos 141 e 492 do Código de Processo Civil de 2015. (TRF-4 - AG:
50188642220184040000 5018864-22.2018.4.04.0000, Relator: ROGER RAUPP RIOS,
Data de Julgamento: 10/10/2018, PRIMEIRA TURMA)
PROCESSUAL CIVIL. SENTENÇA EM DESACORDO COM O PRINCÍPIO DO DISPOSITIVO.
ANULAÇÃO DE OFÍCIO. Os decisórios proferidos em desacordo com o princípio do
dispositivo - vale dizer, citra, extra ou ultra petita - traduzem error in procedendo,
constituindo questão de ordem pública, sanável em qualquer instância processual,
passível, portanto, de anulação exofficio da sentença. (TRF-4 - AC:
24460720174049999 RS 0002446-07.2017.404.9999, Relator: JOÃO BATISTA PINTO
SILVEIRA, Data de Julgamento: 07/06/2017, SEXTA TURMA)

PRINCÍPIO DA LEALDADE PROCESSUAL

HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. PLEITO DEFENSIVO DE ANULAÇÃO DO PROCESSO


DESDE A NOMEAÇÃO DE DEFENSOR DATIVO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO
PREJUÍZO. PRINCÍPIO DA LEALDADE PROCESSUAL. ORDEM DENEGADA. 1. A recusa
justificada de atendimento pela Defensoria Pública, suprida por defensor dativo, não
obstou o direito à defesa técnica do Impetrante, portanto, ausente o prejuízo. 2. O art.
563 do Código de Processo Penal dispõe que "nenhum ato será declarado nulo, se da
nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa", consagra o princípio
do prejuízo, também conhecido pela expressão pas de nullitésansgrief. 3. Nenhuma
das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa. Isso porque ninguém pode se
beneficiar da própria torpeza, diante do princípio da lealdade processual. 4. Ordem de
habeas corpus denegada. (STJ - HC: 468831 SC 2018/0236103-1, Relator: Ministra
LAURITA VAZ, Data de Julgamento: 05/02/2019, T6 - SEXTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 22/02/2019)

AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRETENSÃO DE IMPOSIÇÃO DE


MULTA PELA SIMPLES INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA
DECISÃO OBSTATIVA DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE DESRESPEITO AO
PRINCÍPIO DA LEALDADE PROCESSUAL. 1. A interposição de agravo de instrumento
contra decisão obstativa de recurso extraordinário, por si só, não revela desrespeito ao
princípio da lealdade processual. 2. Agravo regimental desprovido. (STF - AI: 684774 RJ,
Relator: Min. AYRES BRITTO, Data de Julgamento: 19/04/2011, Segunda Turma, Data
de Publicação: DJe-159 DIVULG 18-08-2011 PUBLIC 19-08-2011 EMENT VOL-02569-03
PP-00495)

AGRAVO DE PETIÇÃO. NOTIFICAÇÃO INICIAL INVÁLIDA. CONFIGURAÇÃO. PEDIDO


AUTORAL DE CITAÇÃO EDITALÍCIA. CIÊNCIA DO CORRETO ENDEREÇO DA PARTE RÉ NO
CURSO DA DEMANDA. OFENSA AO PRINCÍPIO DA LEALDADE PROCESSUAL.
MANUTENÇÃO. No caso em análise, restou configurada a ofensa ao princípio da
lealdade processual que deve ser observado pelas partes, restando comprovado nos
autos que o autor sonegou informação de suma importância à composição da relação
processual, qual seja, o correto endereço da reclamada a possibilitar sua citação
pessoal, inviabilizando à parte ré o exercício do contraditório e da ampla defesa (art.
5º, LV, da CF), com o intuito de obter em seu favor os reflexos advindos da pena de
revelia aplicada à empresa. Portanto, correta a sentença que declarou nula a
notificação inicial e todos os atos que se sucederam a ela. Agravo Improvido.
(Processo: AP - 0000521-12.2017.5.06.0145, Redator: Eduardo Pugliesi, Data de
julgamento: 25/10/2018, Primeira Turma, Data da assinatura: 25/10/2018) (TRT-6 - AP:
00005211220175060145, Data de Julgamento: 25/10/2018, Primeira Turma)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE COBRANÇA DE DIFERENÇA DE INDENIZAÇÃO DO


SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT - NÃO COMPARECIMENTO DA PARTE NA PERÍCIA
MÉDICA - PEDIDO JULGADO IMPROCEDENTE - ARGUIÇÃO DE NULIDADE DE
INTIMAÇÃO - VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA LEALDADE PROCESSUAL - SENTENÇA
CONFIRMADA. - Incumbe à parte promover todos os atos e diligências necessárias para
que o feito chegue ao termo que motivou o acionamento da máquina judiciária,
sabidamente dispendiosa - Se o juiz determina a realização de prova técnica e a parte
pessoalmente intimada não comparece, tal omissão voluntária e intencional
compromete o andamento do feito, devendo a parte ser responsabilizada pelas
consequências geradas por sua conduta - A lealdade processual é obrigação precípua
das partes litigantes em um processo judicial, pois a ninguém é dado beneficiar-se da
própria torpeza. (TJ-MG - AC: 10000170830525002 MG, Relator: Sérgio André da
Fonseca Xavier, Data de Julgamento: 18/02/2020, Data de Publicação: 19/02/2020)
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO


EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI
MUNICIPAL. SUBSÍDIO DO PREFEITO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE. 1. O
Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de ser garantido o direito
de acesso à informação de interesse coletivo, salvo àquelas que forem protegidas por
sigilo imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 2. Inaplicável o art. 85, §
11, do CPC/2015, uma vez que não é cabível condenação em honorários advocatícios.
3. Agravo interno a que se nega provimento.(STF - AgR ARE: 939551 RJ - RIO DE
JANEIRO, Relator: Min. ROBERTO BARROSO, Data de Julgamento: 27/10/2017,
Primeira Turma, Data de Publicação: DJe-258 14-11-2017)

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. INTEMPESTIVIDADE DO


APELO NOBRE. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE. OFENSA. INOCORRÊNCIA. AGRAVO
REGIMENTAL IMPROVIDO. 1. Consoante as informações da certidão de intimação do
acórdão recorrido, publicada pelo Tribunal estadual, ficou claro que a decisão
colegiada foi publicada em 1/12/2014 (segunda-feira), sendo o recurso especial
interposto somente em 17/12/2014 (terça-feira), um dia após o termino do prazo
recursal, portanto, intempestivo. 2. Agravo regimental improvido.(STJ - AgRg no AREsp:
686514 SP 2015/0079623-0, Relator: Ministro NEFI CORDEIRO, Data de Julgamento:
06/06/2017, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 13/06/2017)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


RECURSO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO CPC/1973. SENTENÇA PROFERIDA EM
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO. AUSÊNCIA DA PARTE NA AUDIÊNCIA. NECESSIDADE DE
NOVA INTIMAÇÃO. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS. 1. O prazo
para interposição de recurso de decisão ou sentença publicada na audiência conta-se a
partir desse ato processual, de acordo com o disposto no art. 242, § 1º, do CPC/1973.
2. Não obstante, como a presença da parte na audiência de conciliação não é
obrigatória, proferida sentença, deve o litigante ausente ser dela intimado, por força
do princípio da publicidade dos atos processuais. Precedentes. 3. Agravo regimental a
que se nega provimento.(STJ - AgRg no AREsp: 547272 SP 2014/0160113-8, Relator:
Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, Data de Julgamento: 14/02/2017, T4 - QUARTA
TURMA, Data de Publicação: DJe 21/02/2017)

AGRAVO REGIMENTAL. ENVIO DE CÓPIA DE TERMOS DE DEPOIMENTO PRESTADOS EM


ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA PARA A AUTORIDADE JUDICIÁRIA
COMPETENTE. LEVANTAMENTO INTEGRAL DO SIGILO DOS AUTOS. POSSIBILIDADE.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS. RECURSO DESPROVIDO. 1. A
publicidade dos atos processuais, garantida no artigo 5º, LX, da Constituição Federal,
constitui verdadeiro instrumento democrático de controle da função jurisdicional,
razão pela qual a sua mitigação, embora autorizada de forma expressa pelo Poder
Constituinte Originário, deve receber o tratamento peculiar às restrições a qualquer
direito fundamental, como a efetiva demonstração da sua necessidade e a maior
brevidade possível da intervenção. 2. O aspecto temporal da norma contida no artigo
7º, § 3º, da Lei n. 12.850/13 tem que ser interpretado essencialmente com relação ao
direito à ampla defesa, não tendo o condão de limitar a publicidade dos termos de
declaração do colaborador, ainda mais de forma irrestrita e até o recebimento da
denúncia, caso a medida não encontre suporte no binômio necessidade e adequação
da restrição da garantia fundamental. 3. Ainda que o artigo 5º, inciso II, da Lei n.
12.850/13 estabeleça como direito do colaborador ter seu nome, qualificação, imagem
e demais informações pessoais preservados, é imperioso que razões de ordem prática
justifiquem o afastamento da publicidade dos atos processuais, caso esta seja a
medida necessária à salvaguarda de tais bens jurídicos. 4. No caso, o agravante, que
concordou com os termos do acordo de colaboração premiada e não impugnou a
coleta dos depoimentos somente em áudio e vídeo, não logra êxito no seu dever de
apontar qualquer prejuízo concreto com o levantamento do sigilo nos moldes em que
determinado, cingindo-se a argumentar, de forma abstrata, que a medida teria
impacto direto na sua segurança e de sua família, sem a necessária individualização de
qualquer dano ou perigo de sua ocorrência, circunstância que inviabiliza o acolhimento
do pleito recursal. 5. Agravo regimental desprovido.(STF - AgR Pet: 6631 DF - DISTRITO
FEDERAL 0002466-82.2017.1.00.0000, Relator: Min. EDSON FACHIN, Data de
Julgamento: 13/06/2017, Segunda Turma)
PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO.

AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO. A


ausência de impugnação do acórdão da Turma no momento processual adequado
ocasiona a preclusão da oportunidade de recorrer, impossibilitando que a parte, após
denegado o recurso extraordinário de outra integrante do polo passivo, interponha
agravo interno em face da referida decisão. Neste contexto, o não conhecimento do
presente agravo é medida que se impõe, e sendo constatado o caráter inadmissível do
apelo, aplica-se a multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do CPC. Agravo interno não
conhecido, com aplicação de multa.(TST - Ag-AIRR: 2129002320095020038, Relator:
Renato de Lacerda Paiva, Data de Julgamento: 01/04/2019, Órgão Especial, Data de
Publicação: DEJT 09/04/2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.


ADITAMENTO DO PEDIDO. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA PRECLUSÃO
E DA ESTABILIZAÇÃO DA DEMANDA. Inviável neste momento processual o aditamento
do pedido de cumprimento de sentença, eis que a parte devedora já foi intimada e
ofertou impugnação, já processada. Ofensa aos princípios da preclusão e da
estabilização da demanda. RECURSO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº
70077115806, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Isabel Dias
Almeida, Julgado em 26/06/2018).(TJ-RS - AI: 70077115806 RS, Relator: Isabel Dias
Almeida, Data de Julgamento: 26/06/2018, Quinta Câmara Cível, Data de Publicação:
Diário da Justiça do dia 06/07/2018)

NULIDADE PROCESSUAL EM EXECUÇÃO. PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO. No que tange às


nulidades processuais, o "caput" do artigo 795 da CLT, da mesma forma que o art. 278
do CPC/2015, proclamam o princípio da preclusão, cumprindo à parte arguir as
nulidades relativas na primeira vez em que tiver de falar nos autos e, no seu silêncio,
ocorre a preclusão.(TRT-12 - AP: 00700200400812867 SC 00700-2004-008-12-86-7,
Relator: ROBERTO BASILONE LEITE, SECRETARIA DA 2A TURMA, Data de Publicação:
31/08/2016)
PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – OMISSÃO CARACTERIZADA – EXIGIBILIDADE DAS


FATURAS DE ENERGIA ELÉTRICA – PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE – DESOBEDIÊNCIA. -
Ao analisar os embargos à execução, observa-se que o Embargante não suscitou
naqueles qualquer inconformismo acerca da exegibilidade das faturas de energia
elétrica, motivo pelo qual deve-se aplicar o princípio da eventualidade que imputa ao
Contestante alegar toda a matéria que entende controvertida em sede de
Contestação, sob pena de preclusão; - Certo é que a ausência de arguição em
contestação torna precluso o direito da faculdade de perquirir a matéria pretendida
mais a frente, por força do que prescreve o artigo 336 do Código de Processo Civil. -
ACLARATÓRIOS ACOLHIDOS.(TJ-AM - ED: 00002481720198040000 AM 0000248-
17.2019.8.04.0000, Relator: Aristóteles Lima Thury, Data de Julgamento: 18/03/2019,
Terceira Câmara Cível, Data de Publicação: 19/03/2019)

AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. DESERÇÃO


AFASTADA. AUSÊNCIA DE RENOVAÇÃO DAS RAZÕES ESGRIMIDAS NO RECURSO DE
REVISTA. PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE. INOBSERVÂNCIA. Impõe-se confirmar a
decisão agravada, uma vez que as razões expendidas pela agravante não se mostram
suficientes a demonstrar o apontado equívoco em relação à negativa de seguimento
do agravo de instrumento. Agravo conhecido e não provido.(TST - Ag-AIRR:
13772920155090026, Relator: Hugo Carlos Scheuermann, Data de Julgamento:
15/08/2018, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/08/2018)

PROCESSO TRABALHISTA. PRINCÍPIOS DA EVENTUALIDADE E DA CONCENTRAÇÃO.


INCIDÊNCIA. Com é cediço, incidem no processo trabalhista os princípios da
eventualidade e da concentração da defesa, haja vista que as partes litigantes devem
produzir todas as suas razões de uma só vez, simultânea e cumulativamente, sob pena
de preclusão.(TRT-5 - RecOrd: 00002059820135050037 BA, Relator: PIRES RIBEIRO, 5ª.
TURMA, Data de Publicação: DJ 20/03/2018.)
DIREITO DO TRABALHO. DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO. HORAS EXTRAS.
PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE. ONUS DA PROVA. Em relação à postulação de horas
extras, cabe ao demandante, por se tratar de fato constitutivo do seu direito (arts. 818,
I, da CLT, e 373, I, do CPC) e tendo em vista, inclusive, o princípio processual da
eventualidade, demonstrar, de forma numérica, ainda que por amostragem, eventual
falta de pagamento por parte da Acionada ou pagamento a menor de horas extras e
respectivo adicional, o que não ocorreu no feito sub judice, sucumbindo perante o
ônus da prova. Apelo provido em parte. Sentença reformada. (Processo: RO - 0001534-
10.2014.5.06.0191, Redator: Ibrahim Alves da Silva Filho, Data de julgamento:
14/03/2019, Primeira Turma, Data da assinatura: 19/03/2019)(TRT-6 - RO:
00015341020145060191, Data de Julgamento: 14/03/2019, Primeira Turma)

PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO

AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO RESCISÓRIA. ALTERAÇÃO DE


JURISPRUDÊNCIA. DESCABIMENTO. SÚMULA 343/STF. TEMA 136/STF. VIOLAÇÃO DO
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.
1. No julgamento do RE 590.809, sob a sistemática da repercussão geral, o STF reiterou
entendimento de que a alteração de jurisprudência não autoriza o manejo de ação
rescisória (Tema 136/STF). 2. "Não há repercussão geral quando a controvérsia refere-
se à alegação de ofensa ao princípio da inafastabilidade de jurisdição, nas hipóteses
em que se verificaram óbices intransponíveis à entrega da prestação jurisdicional de
mérito" (RE-RG 956.302, Rel. Min. EDSON FACHIN, julgado em 19/5/2016, publicado
em 16/6/2016 (Tema 895/STF). Agravo interno improvido.(STJ - AgInt no RE nos EDcl
na AR: 4564 DF 2010/0165497-9, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS, Data de
Julgamento: 29/06/2018, CE - CORTE ESPECIAL, Data de Publicação: DJe 03/08/2018)

TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXIGÊNCIA DE


DEPÓSITO PRÉVIO. EXIGIBILIDADE DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO. PRINCÍPIO DA
INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO. SÚMULA VINCULANTE 28/STF. MATÉRIA DE
NATUREZA EMINENTEMENTE CONSTITUCIONAL. USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DA
SUPREMA CORTE. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL DO
MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇU/RJ A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O Tribunal de
origem consignou que, em relação à exigência de depósito como requisito de
admissibilidade de ação em que se busca discutir exigibilidade de crédito tributário não
se coaduna com o nosso ordenamento jurídico, pois ofende diretamente o princípio da
inafastabilidade da jurisdição, consubstanciado no art. 5o., XXXV da CRFB. Além disso,
inexiste qualquer celeuma a respeito, tendo em vista o raciocínio contido no verbete
da súmula vinculante 28 do STF. 2. A tese recursal tem prisma constitucional, o que
impede o deslinde da controvérsia no âmbito do Recurso Especial, sob pena de
usurpação da competência, por esta Corte Superior, do Supremo Tribunal Federal,
consoante pacífica jurisprudência do STJ. Precedentes: AgRg no REsp. 1.381.657/MG,
Rel. Min. CASTRO MEIRA, DJe 18.6.2013; AgRg no AREsp. 825.427/PR, Rel. Min. SÉRGIO
KUKINA, DJe 19.4.2016. 3. Agravo Interno do MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇU/RJ a que se
nega provimento.(STJ - AgInt no AREsp: 689136 RJ 2015/0090799-2, Relator: Ministro
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Data de Julgamento: 29/04/2019, T1 - PRIMEIRA
TURMA, Data de Publicação: DJe 08/05/2019)

AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA


AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO
GERAL. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO. ÓBICES
PROCESSUAIS INTRANSPONÍVEIS. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL. Trata-se de agravo interno interposto em face de decisão da
Vice-Presidência do TST pela qual fora denegado seguimento ao recurso extraordinário
com base em precedente de repercussão geral. A Suprema Corte rejeitou a
repercussão geral da suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla
defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal quando o julgamento da
causa depende de prévia análise da adequada aplicação das normas
infraconstitucionais (Tema 660). Por outro lado, a Suprema Corte rejeitou a
repercussão geral da ofensa ao princípio dainafastabilidade de jurisdiçãona hipótese
em que há óbice processual intransponível ao julgamento de mérito (RE 956302/GO,
Relator Ministro Edson Fachin, DJe-124 divulgado 15-06-2016, publicado 16-06-2016)
(Tema895). Nesse contexto, ficam mantidos os fundamentos adotados pela decisão
agravada. Agravo interno não provido.(TST - Ag-AIRR: 207142320155040000, Relator:
Renato de Lacerda Paiva, Data de Julgamento: 10/02/2020, Órgão Especial, Data de
Publicação: DEJT 19/02/2020)

APELAÇÃO CÍVEL. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. DEMOLITÓRIA. INTERESSE DE


AGIR MANIFESTO. PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO. Conquanto
permitido ao Município, nos termos da legislação local de regência, executar a
demolição de obra irregular, reconhece-se o seu interesse de agir ao buscar a tutela
jurisdicional para a execução da medida, ex vi do princípio da inafastabilidade da
jurisdição (artigo 5º, XXXV, da Constituição Federal).(TJ-SC - AC:
03008365720178240163 Capivari de Baixo 0300836-57.2017.8.24.0163, Relator: Sônia
Maria Schmitz, Data de Julgamento: 12/03/2020, Quarta Câmara de Direito Público)

EMENTA: APELAÇÃO. EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL. INTERESSE DE AGIR. EXISTENCIA.


ESGOTAMENTO DA VIA EXTRAJUDICIAL. DESNECESSIDADE. PRINCIPIO DA
INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO. SENTENÇA CASSADA. Possui interesse de agir a
parte que interpõe ação de execução de titulo extrajudicial, independentemente de se
comprovar o esgotamento da via extrajudicial.(TJ-MG - AC: 10878180010257001 MG,
Relator: Amauri Pinto Ferreira, Data de Julgamento: 17/10/2019, Data de Publicação:
30/10/2019)

PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZÓAVEL DO PROCESSO

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. AUSÊNCIA DE PROTESTO. PRECLUSÃO. ATIVAÇÃO DO


PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZÓAVEL DO PROCESSO. A invalidade da decisão
interlocutória somente se materializa quando a parte lança, tempestivamente, o seu
protesto em audiência, sob pena de preclusão na forma do "caput" do art. 795, da CLT,
o que não se verificou nestes autos, conforme termo de audiência acostado. Preclusa,
pois, a oportunidade de insurgência quanto a alteração do valor da causa, fixada de
ofício, pelo julgador. Ativação do princípio da duração razoável do processo.(TRT-3 -
RO: 00101966220195030096 0010196-62.2019.5.03.0096, Relator: Taisa Maria M. de
Lima, Decima Turma)
AGRAVO DE PETIÇÃO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. INCORREÇÃO DA PENHORA.
CABIMENTO. PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO. I - O Magistrado
detém a incumbência de velar pela duração razoável do processo, sendo o responsável
por coibir a prática de atos ilegais, cuja consequência enseja a procrastinação indevida
do feito. II - Sendo assim, uma vez questionada a legalidade do ato de constrição, cabe
ao Estado-Juiz decidir acerca da pertinência subjetiva da penhora, a fim de evitar que a
atividade jurisdicional viole direito legítimo de terceiro alheio à execução, causando
desnecessário tumulto processual. II - Agravo desprovido. (Processo: AP - 0062000-
48.1999.5.06.0141 (00620-1999-141-06-00-3), Redator: Solange Moura de Andrade,
Data de julgamento: 14/05/2019, Segunda Turma, Data de publicação: 22/05/2019)
(TRT-6 - AP: 00620004819995060141, Data de Julgamento: 14/05/2019, Segunda
Turma, Data de Publicação: 22/05/2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRANSPORTE. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PESQUISA


DE BENS. SISTEMA INFOJUD. PRINCÌPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO. CASO
CONCRETO. Nos termos da jurisprudência da Corte Superior e deste Órgão fracionário,
é possível o deferimento do pedido de consulta de bens em nome da parte devedora
via sistema Infojud, a fim de dar efetividade ao cumprimento de sentença. No caso em
testilha, os exequentes buscam a satisfação do seu crédito desde o ano de 2011,
motivo pelo qual, em atenção ao Princípio da Duração Razoável do Processo e aos
demais princípios que orientam a execução, revela-se razoável o pedido de juntada das
declarações de imposto de renda dos executados desde o ano de sua citação válida na
fase de conhecimento.Agravo de instrumento provido.(Agravo de Instrumento, Nº
70081683039, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Umberto GuaspariSudbrack, Julgado em: 18-07-2019)

AGRAVO INTERNO. PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO.


LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO. LIMITAÇÃO. O juiz, em caso de litisconsórcio
facultativo, segundo o parágrafo único do artigo 46, do Código de Processo Civil, está
autorizado a limitar o número de litisconsortes, em benefício do bom andamento do
processo e do exercício do direito de defesa.(TRF-4 - AG: 50409958820184040000
5040995-88.2018.4.04.0000, Relator: LUÍS ALBERTO D'AZEVEDO AURVALLE,
Data de Julgamento: 22/05/2019, QUARTA TURMA)

PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA (PROCESSUAL)

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. CANCELAMENTO DE


REGISTRO. ABUSO NO DIREITO DE DEMANDAR. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA BOA-FÉ
OBJETIVA PROCESSUAL. MANTIDA A EXTINÇÃO POR AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR.
PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE. Não preenche as condições de ação a demanda que é
ajuizada de forma despropositada e com o fracionamento de seus pedidos em
processos distintos ajuizados ao mesmo tempo, mostrando-se abusiva. Manutenção
da sentença de extinção, por falta de interesse de agir. APELO DESPROVIDO.
UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70078094810, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Gelson Rolim Stocker, Julgado em 13/09/2018).

AGRAVO DE INSTRUMENTO – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – INCLUSÃO INDEVIDA NO POLO


PASSIVO DE PARTE EXECUTADA, CUJA ILEGITIMIDADE FOI RECONHECIDA POR
SENTENÇA – BLOQUEIO DE BEM MÓVEL – EXEQUENTE INTIMADO POR DUAS VEZES
PARA SE MANIFESTAR E QUE SE QUEDOU INERTE AGINDO COM DESÍDIA,
IMPRUDÊNCIA E DE MANEIRA DESLEAL EM DETRIMENTO DO PRINCÍPIO DA BOA-FÉ
OBJETIVA PROCESSUAL – CORRETA, PORTANTO, SUA CONDENAÇÃO POR LITIGÂNCIA
DE MÁ-FÉ – DECISÃO MANTIDA. - Recurso desprovido.(TJ-SP - AI:
20530440720178260000 SP 2053044-07.2017.8.26.0000, Relator: Edgard Rosa, Data
de Julgamento: 08/06/2017, 25ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
09/06/2017)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO JURÍDICO. PERDA DO INTERESSE DE


AGIR. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. CONDENAÇÃO DA
REQUERENTE AO PAGAMENTO DOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS. RECURSO DA
ACIONANTE. PRETENSÃO DE INVERSÃO DOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS BASEADO NO
PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE. INSUBSISTÊNCIA. PERDA DO INTERESSE DE AGIR ENTRE O
AJUIZAMENTO DA AÇÃO E A EMISSÃO DO MANDADO DE CITAÇÃO DOS RÉUS, EM
RAZÃO DO PAGAMENTO DO QUINHÃO HEREDITÁRIO BUSCADO. INTERPRETAÇÃO
SISTEMÁTICA DO PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE E DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO
PROCESSO CIVIL. PRINCÍPIOS DA BOA-FÉ OBJETIVA PROCESSUAL E DA COOPERAÇÃO
(ARTS. 5º E 6º, DO CPC). DEVERES DE INFORMAÇÃO E PREVENÇÃO VIOLADOS PELA
REQUERENTE. CONDUTA OMISSIVA QUE ACARRETOU DESNECESSÁRIA
MOVIMENTAÇÃO DE TODA A MÁQUINA JUDICIÁRIA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS RECURSAIS.
No momento em que houve a perda do interesse de agir a estrutura do processo ainda
era linear - integrado por apenas dois sujeitos, autor e juiz - e que, se a requerente
tivesse observado o dever de informação, pouparia a triangularização da relação
processual, com a citação dos requeridos, bem como a prática de todos os atos
processuais ulteriores, que perduraram mais de 4 (quatro) anos sem
necessidade/utilidade. O comportamento omissivo da requerente, deixando de
informar ao magistrado singular acerca da resolução extrajudicial do conflito com o
pagamento espontâneo da quantia devida pelos requeridos - e que, por isso, não mais
se justificava o tempo, a energia e o dinheiro gastos pelo Poder Judiciário na resolução
da demanda - desrespeitou nitidamente o modelo objetivo de conduta que se espera
daqueles que participam do processo.(TJ-SC - AC: 03014734420148240282 Jaguaruna
0301473-44.2014.8.24.0282, Relator: Rubens Schulz, Data de Julgamento: 30/05/2019,
Segunda Câmara de Direito Civil)

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO ORDINÁRIA. AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO. ACORDO


FRUSTRADO. MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. INAPLICABILIDADE. PRINCÍPIO DA
BOA-FÉ OBJETIVA PROCESSUAL - É dever do juiz tentar conciliar as partes a todo
tempo, daí que a manifestação de interesse na conciliação, ainda que ela não se
concretize, não frustra legítimas expectativas, inaplicável, portanto, a sanção de multa.
Inteligência do princípio da boa-fé objetiva processual.(TJ-MG 100240948274170011
MG 1.0024.09.482741-7/001(1), Relator: JOSÉ FLÁVIO DE ALMEIDA, Data de
Julgamento: 24/03/2010, Data de Publicação: 19/04/2010)

PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO (PROCESSUAL)


AGRAVO DE PETIÇÃO. PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO PROCESSUAL. ART. 6º DO CPC
SUPLETIVO. Não há que se falar em nulidade de decisão judicial que, sem violar o
princípio constitucional do contraditório nem qualquer outra garantia normativamente
positivada, pacifica a controvérsia em harmonia com o princípio da cooperação
processual, previsto no art. 6º do Código de Processo Civil, segundo o qual "todos os
sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo
razoável, decisão de mérito justa e efetiva". Agravo de petição a que se nega
provimento. (Processo: AP - 0000102-33.2015.5.06.0251, Redator: Milton Gouveia,
Data de julgamento: 06/02/2020, Terceira Turma, Data da assinatura: 06/02/2020)
(TRT-6 - AP: 00001023320155060251, Data de Julgamento: 06/02/2020, Terceira
Turma)

EXTINÇÃO DO PROCESSO. INTIMAÇÃO PRÉVIA. PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO.


OBSERVÂNCIA. APELAÇÃO DESPROVIDA. Ao contrário do que defende o banco
apelante, o magistrado de primeiro grau, antes de determinar a extinção do processo,
determinou - sim - a intimação da parte para que requeresse as medidas que
entendesse cabíveis, razão por que não prospera a alegação de que houve
desobediência ao princípio da cooperação, previsto no art. 6º do CPC.Veja-se,
inclusive, que o magistrado atentou para o decorrente dever de esclarecimento ao
intimar a parte ora apelante, com a expressa ressalva de que adotasse as medidas
necessárias para o prosseguimento do feito, sob pena de extinção.O fato de o banco
recorrente ser empresa de grande porte, tal circunstância não afasta o seu dever de
observar os prazos e as determinações judiciais.Recurso de apelação não provido.(TJ-
PE - APL: 5142965 PE, Relator: Alberto Nogueira Virgínio, Data de Julgamento:
28/11/2018, 2ª Câmara Cível, Data de Publicação: 07/01/2019)

PROCESSO CIVIL. INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. OMISSÃO DIANTE DA DETERMINAÇÃO


PARA EMENDA DA INICIAL. PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO. - Na vigência do CPC73, o
critério eleito pelo juízo de primeiro grau para definição do valor da causa não pode
ser rediscutido em sede de apelação, por força da preclusão, se não impugnado por
meio de agravo de instrumento - O princípio da cooperação se dirige a todos que
participam do processo, mas é ônus da parte autora indicar o valor da causa quando o
juízo não dispuser de elementos para tanto - Negado provimento à apelação.(TRF-3 -
ApCiv: 00000724820134036131 SP, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL FAUSTO DE
SANCTIS, Data de Julgamento: 13/02/2020, DÉCIMA PRIMEIRA TURMA, Data de
Publicação: e-DJF3 Judicial 1 DATA:04/03/2020)

PRINCÍPIO DA PARIDADE DE TRATAMENTO

DANO MATERIAL. No processo do trabalho atua o princípio da verdade real, na qual o


Juiz, para formar sua convicção, pode atuar de ofício, não havendo que se falar em
violação ao princípio do contraditório ou da ampla defesa, uma vez que por mais que o
juiz determine novas provas para auxiliar em seu convencimento, a sua imparcialidade
está presente, bem como está presente, em todo o decurso processual, o princípio da
paridade de tratamento. Portanto, ocorrendo a lesão a um direito subjetivo, provado
em juízo, nasce para o titular deste uma pretensão de restauração. Recurso obreiro
conhecido e provido em parte. I -(TRT-10 - AP: 355200810110004 DF 00836-2012-009-
10-00-9 RO, Relator: Juiz Paulo Henrique Blair , Data de Julgamento: 06/02/2013, 3ª
Turma, Data de Publicação: 22/02/2013 no DEJT)

MENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE RESTITUIÇÃO C/C DANOS MORAIS - RAZÕES


DISSOCIADAS DOS FUNDAMENTOS CONTIDOS NA SENTENÇA - CONHECIMENTO
PARCIAL DO RECURSO - TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA - RELAÇÃO CONTRATUAL
- DATA DA CITAÇÃO - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - CRITÉRIOS DISTINTOS -
IMPOSSIBILIDADE. - É inadmissível a parte da Apelação cujas razões são dissociadas da
fundamentação da Sentença, por não atender ao disposto no art. 1.010, II e III, do
CPC/2015 - Em se tratando de responsabilidade contratual, sobre o valor do reembolso
dos montantes descontados indevidamente, devem incidir juros de mora de 1% (um
por cento) ao mês, a partir da citação, sendo inaplicável a Súmula nº 54, do c. STJ, que
disciplina ilícitos extracontratuais - A adoção de valores proporcionalmente distintos
no estabelecimento da remuneração dos Advogados dos litigantes contraria o Princípio
da paridade no tratamento dado às partes, previsto nos arts. 7º e 139, I, do CPC/2015.
(TJ-MG - AC: 10236170016646001 MG, Relator: Roberto Vasconcellos, Data de
Julgamento: 06/02/2020, Data de Publicação: 18/02/2020)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação de prestação de contas em fase de cumprimento de
sentença. Penhora sobre locativos de imóveis de propriedade da executada. Alegada
impenhorabilidade. Não comprovação. Comprovada destinação dos locativos para
promover reformas nos imóveis locados. Somente possui natureza alimentar a verba
estritamente necessária à subsistência do devedor e da família. Dever do devedor de
mostrar o modo menos gravoso e mais efetivo, para satisfazer o crédito do exequente.
Princípio da menor onerosidade contido no art. 805 do CPC que representa uma via de
mão dupla, devendo ser interpretado à luz do princípio da paridade no tratamento das
partes. Aplicabilidade do art. 7º, do CPC. Credor que não pode ser obrigado a aceitar
penhora menos eficaz e sem liquidez, sem que se verifique cabalmente que a penhora
original não é capaz de reduzir o devedor à situação de ruína, fome e desabrigo seu e
de sua família. Executada que não comprovou a destinação alimentar do valor, ônus
que lhe incumbia. Inexistência de malferição do princípio da dignidade da pessoa
humana e do mínimo existencial. Penhora mantida. RECURSO DESPROVIDO.(TJ-SP - AI:
20797591820198260000 SP 2079759-18.2019.8.26.0000, Relator: Rodolfo Pellizari,
Data de Julgamento: 22/04/2019, 6ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
22/04/2019)

Apelação. Ação reivindicatória. Ausência de demonstração de posse injusta do


demandado. Violação do princípio da igualdade entre as partes. Valorização da prova.
Sentença de procedência. Confirmada. 1. No caso, diferentemente do alegado pelo
autor, inexiste violação do princípio da paridade de tratamento entre as partes (CPC,
art. 139). Garantido, no tramitar do processo, a igualdade de oportunidades e dos
mesmos meios de participação (provas) às partes. 2. Constitui poder-dever do juiz,
determinar prova de ofício, independente de requerimento da parte ou de quem quer
que seja que participe do processo, quando os fatos não se encontrarem
suficientemente esclarecidos ou ainda quando estes outros sujeitos já não têm mais a
oportunidade processual para formular esse requerimento. 3. Inexistência de
equivocada valoração do conjunto probatório acostado ao feito. 4. Não há se falar em
posse injusta exercida pelos demandados, à medida em que não restou comprovado
pela parte autora o uso indevido do imóvel. Contrariamente, o demandado
desincumbiu-se de seu ônus probatório, sendo, inclusive, reintegrado na posse do
bem. Ademais, comprovadamente exerce a posse com fulcro em causa apta a esse fim.
Doutrina e jurisprudência a respeito. Sentença confirmada. Apelação desprovida....
(Apelação Cível Nº 70076107036, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Glênio José WassersteinHekman, Julgado em 15/05/2019).(TJ-RS - AC:
70076107036 RS, Relator: Glênio José WassersteinHekman, Data de Julgamento:
15/05/2019, Vigésima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
24/05/2019)

PRINCÍPIO DOS FINS SOCIAIS E ÀS EXIGÊNCIAS DO BEM COMUM

ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO - LICENÇA-PRÊMIO NÃO


USUFRUÍDA - CONVERSÃO EM PECÚNIA - POSSIBILIDADE - RECURSOS DESPROVIDOS,
SEM DIVERGÊNCIA. A LICENÇA-PRÊMIO NÃO USUFRUÍDA "OPORTUNO TEMPORE" HÁ
DE SER CONVERTIDA EM PECÚNIA POR OCASIÃO DA INATIVIDADE DO SERVIDOR. O
DIREITO SE EXALTA E SE PROCLAMA QUANDO NÃO USUFRUÍDO COM O BENEPLÁCITO
DA ADMINISTRAÇÃO. O JUIZ, NA FUNÇÃO DE APLICADOR DA LEI, NÃO HÁ DE SE
APARTAR, EM PRINCÍPIO, DOS FINS SOCIAIS A QUE ELA SE DIRIGE E ÀS EXIGÊNCIAS DO
BEM COMUM (ART. (...) (TJ-DF - AC: 20020110344835 DF, Relator: EDUARDO DE
MORAES OLIVEIRA, Data de Julgamento: 24/11/2003, 1ª Turma Cível, Data de
Publicação: DJU 17/08/2004 Pág. : 83)

ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO - LICENÇA-PRÊMIO NÃO


USUFRUÍDA - CONVERSÃO EM PECÚNIA - POSSIBILIDADE - RECURSOS DESPROVIDOS,
SEM DIVERGÊNCIA. A LICENÇA-PRÊMIO NÃO USUFRUÍDA "OPORTUNO TEMPORE" HÁ
DE SER CONVERTIDA EM PECÚNIA POR OCASIÃO DA INATIVIDADE DO SERVIDOR. O
DIREITO SE EXALTA E SE PROCLAMA QUANDO NÃO USUFRUÍDO COM O BENEPLÁCITO
DA ADMINISTRAÇÃO. O JUIZ, NA FUNÇÃO DE APLICADOR DA LEI, NÃO HÁ DE SE
APARTAR, EM PRINCÍPIO, DOS FINS SOCIAIS A QUE ELA SE DIRIGE E ÀS EXIGÊNCIAS DO
BEM COMUM (ART. 5º DA LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL), DEVENDO, NA
REALIDADE DO CASO CONCRETO, FAZER UMA INTERPRETAÇÃO CONSTRUTIVA E
VALORATIVA DO TEXTO LEGAL.(TJ-DF - AC: 344831920028070001 DF 0034483-
19.2002.807.0001, Relator: EDUARDO DE MORAES OLIVEIRA, Data de Julgamento:
24/11/2003, 1ª Turma Cível, Data de Publicação: 17/08/2004, DJU Pág. 83 Seção: 3)

PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE DECISÃO SURPRESA

INDEFERIMENTO DA INICIAL – AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO AUTOR PARA EMENDAR A


INICIAL – VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA PROIBIÇÃO DE DECISÃO SURPRESA E DA
PRIMAZIA DA DECISÃO DE MÉRITO – SENTENÇA NULA – RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. O indeferimento liminar e imediato da petição inicial – fora das exceções
legais e sem dar ao autor a oportunidade de se manifestar sobre a suposta
irregularidade e/ou defeito, nos termos do art. 321 do CPC – implica manifesta
violação aos princípios da proibição de decisão surpresa (portanto, do contraditório) e
da primazia da decisão de mérito. Recurso conhecido e provido para tornar
insubsistente a sentença recorrida e determinar a remessa dos autos à origem para o
normal e regular prosseguimento do feito.(TJ-MS - APL: 08000734220188120019 MS
0800073-42.2018.8.12.0019, Relator: Des. Alexandre Bastos, Data de Julgamento:
27/05/2019, 4ª Câmara Cível, Data de Publicação: 29/05/2019)

APELAÇÃO CÍVEL - NULIDADE DA SENTENÇA POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO E


OFENSA AO PRINCÍPIO DA "PROIBIÇÃO DA DECISÃO SURPRESA" - INOCORRÊNCIA -
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL - INSCRIÇÃO NEGATIVA - AUSÊNCIA DE PROVA DA
RELAÇÃO JURÍDICA - DÉBITO DECORRENTE DE CESSAO DA LINHA TELEFÔNICA COM
CONSEQUENTE PORTABILIDADE EM FAVOR DE TERCEIRO - DANO MORAL
CONFIGURADO - INDENIZAÇÃO DEVIDA - 'QUANTUM' INDENIZATÓRIO - PEDIDO
PROCEDENTE. - Não é necessário que o magistrado ao proferir sua decisão tente
convencer as partes do seu entendimento, sustentando teses jurídicas, bastando que
apresente, fundamentadamente, ainda que de forma sucinta e objetiva, os motivos
que o levaram a decidir. - Com o advento do Novo Código de Processo Civil,
especialmente da previsão contida nos artigos 9º e 10º, há imposição ao magistrado
para ouvir as partes antes de decidir a respeito de questões sobre as quais não lhes foi
dado o direito de manifestar, evitando-se, assim, decisões surpresa. Todavia, proferida
decisão coerente com as questões postas pelas partes, revelando-se oportunizar a
necessária preservação do contraditório e da ampla defesa, deve ser rechaçada a
preliminar de ofensa ao princípio da "proibição da decisão surpresa". - Tendo o fato
positivo da relação sido peremptoriamente negado pela parte autora, e não havendo
qualquer prova em sentido contrário, sendo que não demonstrada à existência de
relação jurídica entre os demandantes e débitos de responsabilidade da parte autora a
ensejar a negativação do seu nome, indevida a inscrição nos órgãos restritivos ao
crédito. - A inclusão indevida do nome nos cadastros negativadores acarreta a
responsabilidade do suposto credor de indenizar pelo dano moral causado
injustamente à vítima, porquanto, presumíveis os prejuízos sofridos em decorrência de
tal ato. - O 'quantum' indenizatório por dano moral não deve ser causa de
enriquecimento ilícito nem ser tão diminuto em seu valor que perc a o sentido de
punição.(TJ-MG - AC: 10701150047267001 MG, Relator: Valdez Leite Machado, Data
de Julgamento: 26/01/2017, Câmaras Cíveis / 14ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
03/02/2017)

CIVIL. PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DA PARTE


AUTORA. DECISÃO SURPRESA. IMPOSSIBILIDADE. SENTENÇA ANULADA. 1. A ausência
de intimação da parte autora acerca de fato utilizado como razão de decidir, gera
nulidade da sentença, vez que constatada evidente violação ao princípio da proibição
de decisão-surpresa. 2. Apelo provido. Sentença anulada. 3. Decisão unânime.(TJ-PE -
APL: 5241603 PE, Relator: José Viana Ulisses Filho, Data de Julgamento: 19/06/2019, 1ª
Câmara Regional de Caruaru - 1ª Turma, Data de Publicação: 01/07/2019)

EXECUÇÃO – Nota promissória – Ajuizamento tempestivo – Extinção do processo (arts.


269, IV e 219, § 4º, do CPC/1973)– Descabimento – Inaplicabilidade do art. 219, § 4º,
do CPC/1973 – Inimputabilidade da demora da citação à exequente – Ausência de
inércia – Não configuração da prescrição da pretensão executória – Aplicabilidade do
princípio da proibição de decisão surpresa – Prosseguimento do feito – Extinção
afastada – RECURSO PROVIDO.(TJ-SP 01208789620108260100 SP 0120878-
96.2010.8.26.0100, Relator: Renato Rangel Desinano, Data de Julgamento:
26/10/2017, 11ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 26/10/2017)
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE
OU ERRO MATERIAL. MATÉRIA DEVIDAMENTE APRECIADA PELO ACÓRDÃO
RECORRIDO. INOVAÇÃO RECURSAL. RECURSO DESPROVIDO. 1. O artigo 1.022, do Novo
Código de Processo Civil, quanto às hipóteses de cabimento dos embargos de
declaração, passou a prever, ao lado da omissão, da obscuridade e da contradição, o
erro material, o que já vinha sendo admitido em sede doutrinária e jurisprudencial. 2.
No caso em questão, inexiste omissão, contradição ou obscuridade, uma vez que, pela
leitura do inteiro teor do acórdão embargado, depreende-se que este apreciou
devidamente a matéria em debate, analisando de forma exaustiva, clara e objetiva as
questões relativas ao interesse processual e da dotação orçamentária. 3. As questões
concernentes à ilegitimidade passiva e da existência de litisconsórcio passivo
necessário não foram ventiladas em recurso de apelação, sequer ainda em
contestação, o que caracteriza, a toda evidência, a inovação recursal. 4. O Egrégio
Superior Tribunal de Justiça já se manifestou no sentido de que "É vedada a inovação
de teses em embargos de declaração e, por isso, inexiste omissão em acórdão que
julgou a apelação sem se pronunciar sobre matérias não arguidas nas razões de
apelação" (REsp nº 1.401.028/SP. Relatora: Ministra Eliana Calmon. Segunda Turma,
DJe 01/10/2013). 5. Ressalte-se, por oportuno, que esse entendimento da Corte
Superior vai ao encontro, inclusive, com as inovações trazidas pelo Novo Código de
Processo Civil de 2015, nomeadamente o disposto no artigo 10, que consagrou o
princípio da proibição das decisões surpresa. 6. Depreende-se, pois, que a parte
embargante pretende, na verdade, modificar o julgado, com a rediscussão da matéria,
e não sanar qualquer dos mencionados vícios. Note-se que somente em hipóteses
excepcionais pode-se emprestar efeitos infringentes aos embargos de declaração, não
sendo este o caso dos presentes embargos de declaração. 7. Embargos de declaração
desprovidos.(TRF-2 - APELREEX: 00867440420154025101 RJ 0086744-
04.2015.4.02.5101, Relator: ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES, Data de
Julgamento: 27/02/2017, 5ª TURMA ESPECIALIZADA)

PRINCÍPIO DA FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS


APELAÇÃO CRIMINAL MINISTERIAL. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. PRELIMINAR DE
NULIDADE TÓPICA DA SENTENÇA. FIXAÇÃO DA PENA E SUBSTITUIÇÃO POR
RESTRITIVAS DE DIREITOS. PRINCÍPIOS DA FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS
E LEGALIDADE. 1 - Se devidamente realizada pelo sentenciante a individualização da
pena, com observância dos requisitos legais previstos no Código Penal, avaliando cada
circunstância judicial com base no caso concreto, não há que se falar em qualquer
nulidade a ser reparada, por ofensa ao princípio da fundamentação das decisões
judiciais (art. 93, IX, da CF). Preliminar afastada. 2 - Inexiste ofensa ao princípio da
legalidade, quando não comprovado qualquer prejuízo para as partes, diante do
estabelecimento pelo magistrado de substituição de pena privativa de liberdade por
restritivas de direitos sem determinar a modalidade de pena substitutiva. Preliminar
rechaçada. DO MÉRITO. MAJORAÇÃO DA PENA. REANÁLISE DAS CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS. SUBSTITUIÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE
DIREITOS. 3 - Se as circunstâncias judiciais do art. 59 do CP estão devidamente
analisadas de acordo com os fatos dos autos, não há que falar em majoração da pena
base, sobretudo, se estabelecida dentro dos parâmetros da razoabilidade e em
consonância com os critérios legais de imposição de sanção pelo Estado. 4 -
Substituída em primeiro grau de jurisdição a pena corpórea por restritivas de direitos,
não incorre em supressão de instância, a fixação das modalidades da referida
reprimenda neste grau de jurisdição, já que não demonstrado qualquer prejuízo para
as partes. 5 - Recurso conhecido e parcialmente provido.(TJ-GO - APR:
126724220158090146, Relator: DES. J. PAGANUCCI JR., Data de Julgamento:
18/10/2018, 1A CAMARA CRIMINAL, Data de Publicação: DJ 2629 de 19/11/2018)

EMENTA: PENAL - ROUBO MAJORADO - TENTATIVA - FRAÇÃO MÁXIMA DE REDUÇÃO -


IMPERATIVIDADE - FRAÇÃO INTERMEDIÁRIA APLICADA SEM FUNDAMENTAÇÃO -
OFENSA AOPRINCÍPIO DA FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES - NULIDADE SANÁVEL
PELA APLICAÇÃO DA REDUÇÃO MÁXIMA - PENA REFORMULADA - PUNIBILIDADE
EXTINTA - PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA - RECONHECIMENTO - DEMAIS
PLEITOS MERITÓRIOS PREJUDICADOS. - Não tendo sido a redução aplicada em seu
grau máximo, e não havendo fundamentação para tal, configurada está a hipótese de
nulidade, a qual somente pode ser afastada pela aplicação da redução da pena no grau
máximo para que não haja qualquer prejuízo ao réu - Se verificado que, após operada
a redução da pena, transcorreu o lapso prescricional entre dois marcos interruptivos,
extinta está a punibilidade do agente.(TJ-MG - APR: 10699160010756001 MG, Relator:
Júlio Cezar Guttierrez, Data de Julgamento: 10/07/2019, Data de Publicação:
17/07/2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. VIOLAÇÃO AO


PRINCÍPIO DA FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS. ART. 91, IX DA CF/88. ART.
489, § 1º, III DO CPC/15. SENTENÇA ANULADA. IMPOSSIBILIDADE DE JULGAMENTO DA
CAUSA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. DECISÃO
ANULADA. Trata-se de recurso de Agravo de Instrumento interposto pela parte
autora/agravante, em decorrência de decisão interlocutória que condicionou o
deferimento de tutela cautelar antecedente a prestação de caução real, trazendo o
argumento da ausência de argumentação da dita decisão no tocante a exigência da
caução. Merece prosperar a tese autoral eis que de fato a decisão apresentou
fundamentos que serviriam para justificar qualquer outra decisão judicial, tanto para o
deferimento da tutela cautelar em si como para a determinação de prestação de
caução real. O princípio da fundamentação das decisões judiciais se presta assegurar
as garantias fundamentais que permeiam o devido processo legal, de modo que sua
violação gera a nulidade da sentença viciada. Art. 91, IX da CF/88. Art. 489, § 1º, III do
CPC/15. Precedentes TJCE. A matéria não poderá, contudo, ser analisado neste
momento por este juízo eis que o não conhecimento da matéria pelo juízo de piso
ocasionaria a supressão de instância. Precedentes STJ e TJCE. Recurso conhecido e
provido. Decisão Anulada. ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acorda
a 2ª Câmara Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, por
unanimidade, em conhecer do presente recurso para no mérito julgar-lhe provido,
anulando a decisão agravada. Fortaleza, 09 de agosto de 2017 CARLOS ALBERTO
MENDES FORTE Presidente do Órgão Julgador DESEMBARGADOR TEODORO SILVA
SANTOS Relator PROCURADOR (A) DE JUSTIÇA(TJ-CE - AI: 06214622920178060000 CE
0621462-29.2017.8.06.0000, Relator: TEODORO SILVA SANTOS, 2ª Câmara Direito
Privado, Data de Publicação: 09/08/2017)
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. MULTA POR INFRAÇÃO DE
TRÂNSITO. ANULAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. VALIDADE DA NOTIFICAÇÃO. REDISCUSSÃO
DA MATÉRIA. PRETENSÃO DE REFORMA DO JULGADO. REJULGAMENTO. INEXISTÊNCIA
DE VÍCIOS PREVISTOS NO ART. 535 DO ANTIGO CPC, OU NO ART. 1.022 DO NOVO
CODEX. SEDE PROCESSUAL INADEQUADA. EXCEPCIONALIDADE DOS EFEITOS
INFRINGENTES. RESOLUÇÃO INTEGRAL, CONSISTENTE E MOTIVADA DA QUESTÃO
POSTA EM JUÍZO. CONFORMIDADE COM O PRINCÍPIO DA FUNDAMENTAÇÃO DAS
DECISÕES JUDICIAIS. - Se as razões de embargos de declaração consistem em nítida
rediscussão da matéria apreciada e exaurida no acórdão embargado, tal pretensão,
sendo de reforma do julgado, mediante inapropriado rejulgamento, não encontra sede
processual adequada na via declaratória, restrita ao saneamento dos vícios previstos
no art. 535 do antigo CPC, ou no art. 1.022 do novo Codex, ou de erro material nos
termos do art. 463, I, do antigo CPC, ou do art. 494, I, do novo Codex, quando os
efeitos infringentes são extremamente excepcionais. - O órgão julgador não está
obrigado a rebater especificamente todos os argumentos da parte, quando, por outros
motivos, devidamente expostos e suficientemente compreensíveis, tiver firmado seu
convencimento e resolvido, integral e consistentemente, a questão posta em juízo, a
partir das alegações apresentadas e provas produzidas, conforme o princípio da
fundamentação das decisões judiciais. Da mesma forma, não está obrigado a analisar
expressamente todas as provas documentais adunadas e valorá-las conforme a
vontade das partes, se formou seu convencimento tomando por base os documentos a
que fez referência na decisão, os quais não foram infirmados pelos frágeis documentos
que a Embargante alega terem sido ignorados no julgado. - Recurso não provido.(TRF-2
- AC: 01467672020144025110 RJ 0146767-20.2014.4.02.5110, Relator: SERGIO
SCHWAITZER, Data de Julgamento: 06/06/2017, 7ª TURMA ESPECIALIZADA)

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