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II Tribunal do Júri
Proc. n º 4.330/93
CONTRA-RAZÕES MINISTERIAIS
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Culto Procurador,
Mérito
Pleiteia a apelante um novo julgamento afirmando que a decisão conde-
natória encontra-se manifestamente contrária à prova dos autos.
Objetiva, em sede recursa!, rediscutir a prova dos autos, almejando su-
cesso que não logrou obter em Plenário. Critica o reconhecimento feito pela
testemunha Hugo da Silveira, a narrativa da recorrente aos policiais, o gara-
gista Cesarino, os frentistas Flávio e Danielson, e Clarete, o lavador de carros.
Como de logo se percebe, difícil se mostra a tarefa da apelante. Pretende
fazer crer aos julgadores togados que as provas contra si arrecadadas são
insuficientes para embasar o veredito condenatório. Árdua sua missão.
No dia 15 de maio de 1997, no Plenário do I Tribunal do Júri, na cidade
do Rio de Janeiro, a testemunha Hugo da Silveira, que de forma decisiva
contribuiu para a elucidação do crime, prestava mais um depoimento no
processo, desta vez perante os julgadores constitucionais da causa, ou seja,
os cidadãos do povo.
Desta feita, e com o Júri devidamente instruído sobre tudo o que consta-
va do processo, inclusive sobre as suas anteriores declarações, narrou como
se viu envolvido no lamentável episódio.
Nas páginas que se seguiram, revelou, em síntese, o que fizera naquele
dia e o retorno, já à noite, para a casa de sua filha. A suspeita sobre os 2
MAURÍCIO AsSAYAG
Promotor de Justiça