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QUESTÃO 01
Paulo e Hélio, maiores de idade e capazes, não tendo entrado em acordo quanto ao
pagamento de dívida que o segundo contraíra com o primeiro, concluíram que seria
necessária a intervenção de terceiro, capaz de propor solução para o problema. Levaram,
então, o caso ao conhecimento de Lúcio, professor emérito da faculdade onde Paulo e
Hélio estudavam, que propôs que apenas dois terços da dívida fossem pagos no prazo de
trinta dias, o que foi aceito pelos interessados. Com base nessa situação hipotética,
assinale a opção correta.
a) Ao aceitarem a solução intermediária, os interessados realizaram autocomposição.
b) Configura-se, no caso, a autotutela, dada a inexistência de intervenção do Estado-juiz.
c) A figura do terceiro que conduz os interessados a solução independentemente de
intervenção judiciária indica a ocorrência de mediação.
d) Como a solução proposta se fundamenta na regra jurídica aplicável e tem
executividade própria, trata-se de verdadeira jurisdição.
e) Dada a ocorrência de solução por intervenção de terceiro, fica caracterizada a
arbitragem.
QUESTÃO 02
a) Mediação.
b) Arbitragem.
c) Conciliação.
d) Audiência.
e) Avaliação.
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QUESTÃO 03
"O Estado contemporâneo, como expressão do Estado Social, tem dentre os seus
embasamentos os princípios constitucionais de justiça e os direitos fundamentais. Nesse
contexto, aponte a alternativa INCORRETA:
QUESTÃO 04
QUESTÃO 05
QUESTÃO 06
[...]
QUESTÃO 07
(STF - AgR ARE 838322 RS - RIO GRANDE DO SUL. Relator: Ministro Roberto
Barroso. DJ: 03/03/2015. Publicação: DJEe-056 23/03/2015)
QUESTÃO 08
1. Como cediço, o art. 118 da Lei Complementar 35/79, com redação conferida
pela Lei Complementar 54/86, permite a convocação de juízes de 1º grau de
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jurisdição, em substituição, escolhidos pela maioria absoluta do Tribunal
respectivo ou, se houver, do Órgão Especial.
2. Para que essa convocação seja considerada válida, sem qualquer ofensa ao
[...], indispensável que a prefixação dos juízes a serem convocados, para a
escolha da maioria absoluta, atrele-se a critérios objetivos predeterminados, que
podem ser estipulados, inclusive, nos regimentos internos dos tribunais, desde
que seguidas as balizas normativas do art. 118 da LOMAN (ADI 1484/ES, Rel.
Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, DJe 04/06/2004).
QUESTÃO 09
QUESTÃO 11
QUESTÃO 12
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O PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. OFENSA
AO ART.535 DO CPC. INOCORRÊNCIA. (...) JULGAMENTO ANTECIPADO DA
LIDE. APLICAÇÃO DA SÚMULA N. 7 DESTA CORTE SUPERIOR.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. AGENTES POLÍTICOS. COMPATIBILIDADE
ENTRE REGIME ESPECIAL DE RESPONSABILIZAÇÃO POLÍTICA E A LEI DE
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. ELEMENTO SUBJETIVO DOLOSO.
CARACTERIZAÇÃO. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO.
1. Trata-se de recurso especial interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça
do Estado do Paraná que entendeu caracterizado ato de improbidade
administrativa por parte de ex-Prefeito (recorrente), consubstanciado na falta de
prestação de contas.
2. Nas razões recursais, sustenta a parte recorrente ter havido violação aos arts.
535 do Código de Processo Civil (CPC) – ao argumento de que o acórdão é
omisso – (...) não se pode indeferir produção de provas e depois julgar
procedente o pedido, de forma antecipada, por ausência de prova – (...)
3. Não viola o artigo 535 do CPC, tampouco nega prestação jurisdicional,
acórdão que, mesmo sem ter examinado individualmente cada um dos
argumentos trazidos pelo vencido, adota fundamentação suficiente para decidir
de modo integral a controvérsia, conforme ocorreu no caso em exame.
4. É possível que o juiz entenda desnecessária a produção de certas provas a
teor do caderno probatório já formado nos autos (até porque os momentos
adequados para a produção de provas e para o pedido de produção de provas,
salvo em relação a fatos novos ou a fatos que se tornem controversos em
momento posterior, além de eventual necessidade de convencimento do próprio
juiz, são a inicial e a contestação) e da natureza eminentemente de direito das
questões suscitadas, levando, com isso, à promoção de julgamento antecipado
da lide sem que isto caracterize (...).
5. No caso dos autos, o juiz instrutor e sentenciante foi claro ao dizer que
nenhum dos fatos que o ora recorrente pretendia demonstrar com as provas cuja
produção foi indeferida eram bastantes para interferir no deslinde da matéria
controvertida.
6. (...)
7. (...)
8. (...)
9. Recurso especial parcialmente conhecido e, nesta parte, não provido.
(REsp 127744/PR; Relator: Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES; Órgão
Julgador: T2 - SEGUNDA TURMA; Data do Julgamento: 07/02/2012; Data da
Publicação/Fonte: DJe 14/02/2012)
QUESTÃO 13
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Ação de cobrança de indenização securitária - Pontos controvertidos não
elucidados - Necessidade de realização de nova prova pericial - Determinação de
ofício. - Em casos excepcionais pode o Juiz ou o Tribunal, de ofício, determinar a
produção de provas. - O poder de iniciativa probatória do juiz, quando se sentir
em dúvida quanto à decisão a proferir, deve ser instrumento apenas para afastá-
lo da perplexidade diante das provas incompletas ou contraditórias.
Súmula: DE OFÍCIO, ANULARAM PARCIALMENTE O PROCESSO PARA
REALIZAÇÃO DE OUTRA PERÍCIA, PREJUDICADO O APELO.
QUESTÃO 14
QUESTÃO 15
STJ - HC 240391 / PA
HABEAS CORPUS 2012/0082751-1
Relator(a) Ministro JORGE MUSSI (1138)
Órgão Julgador T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento 14/08/2012 / Data da Publicação/Fonte DJe 30/08/2012
Ementa
HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. NULIDADE. RITO ADOTADO
EM AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. SISTEMA ACUSATÓRIO.
EXEGESE DO ARTIGO 212 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, COM A
REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 11.690/08. EIVA RELATIVA. PRINCÍPIO (...).
AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO CONCRETO À DEFESA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO.
1. A nova redação dada ao artigo 212 do Código de Processo Penal, em vigor a
partir de agosto de 2008, determina que as testemunhas sejam ouvidas direta e
primeiramente pelas partes, possibilitando ao magistrado complementar a
inquirição quando entender necessário quaisquer esclarecimentos.
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2. É cediço que no terreno das nulidades no âmbito do processo penal vige o
sistema da (...), no qual se protege o ato praticado em desacordo com o modelo
legal caso tenha atingido a sua finalidade, cuja invalidação é condicionada à
demonstração do prejuízo causado à parte, ficando a cargo do magistrado o
exercício do juízo de conveniência acerca da retirada da sua eficácia, de acordo
com as peculiaridades verificadas no caso concreto.
3. Na hipótese em apreço, o ato impugnado atingiu a sua finalidade, ou seja, a
prova requerida foi produzida, sendo oportunizada à defesa, ainda que em
momento posterior, a formulação de questões à testemunha ouvida, respeitando-
se (...) constitucionalmente garantidos, motivo pelo qual não houve qualquer
prejuízo efetivo ao paciente.
4. Eventual inobservância à ordem estabelecida no artigo 212 do Código de
Processo Penal caracteriza vício relativo, devendo ser arguido no momento
processual oportuno, com a demonstração da ocorrência do dano sofrido pela
parte, sob pena de preclusão, porquanto vige no cenário das nulidades o brocado
pas de nullité sans grief positivado na letra do artigo 563 do Código de Processo
Penal.
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QUESTÃO 17
QUESTÃO 18
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quadros do IPSEMG e, por conseguinte, de perceber o respectivo benefício
previdenciário, nos termos do art. 4º da Lei Complementar Estadual 64/02.
3 - Manutenção da sentença.
QUESTÃO 19
Apelação Cível 1.0024.03.885339-6/002
Relator Des.(a) Eduardo Mariné da Cunha
Órgão julgador
Câmaras Cíveis 17ª CÂMARA CÍVEL
Comarca de Origem Belo Horizonte
Data do julgamento 17/07/2014
Data da publicação da súmula 29/07/2014
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - ACIDENTE DE
TRÂNSITO - HONORÁRIOS PERICIAIS - REDUÇÃO - AGRAVO RETIDO
PROVIDO - PRELIMINAR DE JULGAMENTO (...) - ACOLHIMENTO - NULIDADE
DO LAUDO PERICIAL – NÃO INTIMAÇÃO SOBRE DATA E LOCAL DE INÍCIO
DOS TRABALHOS - AUSÊNCIA DE RESPOSTA AOS QUESITOS FORMULADOS
PELAS PARTES - PREJUÍZO DEMONSTRADO - OFENSA (...) - SENTENÇA
CASSADA.
Não obstante inexistir qualquer disposição legal a respeito da fixação de
honorários periciais, é cediço que a remuneração do expert deve atender
ao princípio da razoabilidade, sendo medida pelo grau de complexidade do
trabalho, o tempo necessário para a sua realização, o valor do bem objeto da
ação ou o proveito econômico que irá advir à parte.
(...) os autores pugnaram pela condenação da ré ao pagamento de pensão
penal, no valor de R$216,41, e, não, R$2.109,06, devendo ser acolhida,
portanto, a preliminar de nulidade da sentença, por vício de julgamento
(...).
O art. 431-A, do CPC exige que as partes sejam cientificadas da data e local
designados pelo juiz ou indicados pelo perito para a realização da prova. A
observância de tal norma é fundamental para que seja respeitado
o princípio do devido processo legal, do qual derivam os princípios (...),
garantindo a efetiva participação das partes na produção da prova técnica.
Pela própria natureza da perícia a ser realizada e em virtude da
complexidade da matéria, a inobservância do preceito constante do art. 431-
A do CPC, acarretou notório prejuízo à requerida, impossibilitando a
apresentação de laudo pelo seu assistente técnico.
Ao deixar de informar o local e a data em que seriam iniciados os trabalhos
periciais, o i. experto impediu que as partes participassem diretamente da
realização da prova técnica e que contribuíssem para a formação do livre
convencimento do julgador, o que, a toda evidência, acarreta ofensa aos
princípios (...).
Agravo retido provido; preliminar de nulidade parcial da sentença, por vício
de julgamento (...); preliminar de (...) acolhida; sentença cassada. (30
pontos)
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QUESTÃO 20
Apelação Cível 1.0338.09.094075-4/001
Des.(a) Sandra Fonseca
Órgão julgador 6ª CÂMARA CÍVEL
Súmula
DERAM PROVIMENTO AO RECURSO
Comarca de origem Itaúna
Data de julgamento 09/09/2014
Data da publicação da súmula 19/09/2014
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO PAULIANA - INÉPCIA DA PETIÇÃO
INICIAL - ALEGAÇÃO DE FRAUDE AO INVENTÁRIO - DOAÇÃO DE BEM À
HERDEIRA - PLEITO DE ANULAÇÃO DO ATO DE DOAÇÃO REALIZADO -
INÉPCIA DA INICIAL - POSSIBILIDADE DE APRESENTAÇÃO DE DEFESA DA
PARTE CONTRÁRIA - INOCORRÊNCIA - VÍCIOS DE DOCUMENTAÇÃO -
SANÁVEIS - PRINCÍPIO (...) - NECESSIDADE DE PROCESSAMENTO DO
FEITO - SENTENÇA ANULADA.
1 - Se a peça inicial descreve a causa de pedir, assim como consigna
pedido certo e determinado, de forma inteligível, ainda eu não revestida da
melhor formalidade, esclarecendo que pretende a anulação do ato de
doação realizada à herdeira que configura fraude ao inventário, é apto o
petitório, razão pela qual, uma vez possibilitado o adequado entendimento
do pleito vertido pela parte, deve-se prosseguir com a demanda, mormente
quando possibilita a defesa da parte contrária.
2 - As formalidades processuais podem ser dispensadas, mormente quando
não previstas em lei, e quando for possível alcançar a finalidade
do ato processual a que se destinam, considerando os princípios da (...).
3 - A juntada de documentos pessoais das partes como certidão de nascimento e
documentos dos genitores são vícios sanáveis que podem ser requeridos pelo
magistrado, não sendo causa apta à extinção do feito.
QUESTÃO 21
Apelação Criminal 1.0625.13.008356-5/001
Relator Des.(a) Sálvio Chaves
Órgão julgador 7ª CÂMARA CRIMINAL
Súmula
ACOLHERAM A PRELIMINAR ARGUIDA PELA DEFESA E ANULARAM A
SENTENÇA
Comarca de origem São João del-Rei
Data de julgamento 04/09/2014
Data da publicação da súmula 12/09/2014
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - ESTELIONATO - PRELIMINAR DE OFENSA
AO PRINCÍPIO (...) SENTENÇA PROFERIDA POR JUIZ QUE SOMENTE
INICIOU A INSTRUÇÃO CRIMINAL - AUSÊNCIA DAS EXCEÇÕES PREVISTAS
NA LEI ANALÓGICA - NULIDADE CONFIGURADA. Entrando em vigor no
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ordenamento pátrio o teor normativo da Lei 11.719/2008, o Código de Processo
Penal recepcionou também a aplicabilidade do princípio (...). A vinculação do
Julgador que instrui o processo à prolação da Sentença, tem por finalidade
preservar o julgamento do caso judicializado por aquele Magistrado que colheu
as provas, tendo acesso direto à testemunha inquirida, ao réu interrogado,
possuindo melhores condições de visualizar os possíveis entraves ou
naturalidade do repasse das informações orais fornecidas na ocasião da
instrução. (...) o Juiz, titular ou substituto que concluir a audiência julgará a lide,
mostrando-se nula a Sentença proferida pelo Juiz que somente iniciou a
instrução criminal, mas não conclui a referida colheita de provas e sequer
interrogou o Réu. Preliminar acolhida e sentença anulada.
QUESTÃO 22
QUESTÃO 23
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Apelação Cível 1.0702.08.520961-8/001
Relator Des.(a) Mariza Porto
Órgão julgador 11ª CÂMARA CÍVEL
Súmula
NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO
Comarca de Origem Uberlândia
Data de julgamento 30/04/2014
Data da publicação da súmula 12/05/2014
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - COBRANÇA DE CONTRATO DE SEGURO - ART.
47 DO CDC - INTERPRETAÇÃO MAIS FAVORÁVEL AO CONSUMIDOR -
INVALIDEZ PERMANENTE - CONCEITO INTERDISCIPLINAR - COMPROVAÇÃO
- PROVA DOCUMENTAL - PROVAPERICIAL – (...) - AUSÊNCIA DE
HIERARQUIA ENTRE AS PROVAS – (...)- AUSÊNCIA DE VINCULAÇÃO DO JUIZ
À PROVA PERICIAL. SENTENÇA MANTIDA.
1. O artigo 47 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece que as
cláusulas contratuais serão interpretadas sempre de maneira mais favorável ao
consumidor. 2. O conceito de invalidez permanente deve ser considerado de
modo interdisciplinar, levando em conta a idade da segurado, seu nível de
instrução, o local onde reside e a possibilidade de adequar-se a nova tarefa. 3.
Vigora em nosso sistema processual o princípio (...), em que o julgador (...).
4. O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar sua convicção
com outros elementos ou fato provados nos autos. 5. O apelado está
incapacitado permanentemente e por essa razão faz jus ao recebimento do
seguro. Sentença mantida.
QUESTÃO 24
Apelação Cível 1.0024.08.285451-4/001
Des.(a) Domingos Coelho
Órgão julgador 12ª CÂMARA CÍVEL
Súmula
NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO
Comarca de origem Belo Horizonte
Data de julgamento 04/09/2014
Data da publicação da súmula 12/09/2014
EMENTA: AÇÃO ORDINÁRIA. DANOS MORAIS. PEDIDO NÃO FORMULADO.
JULGAMENTO (...). DECOTE. CHEQUE PRESCRITO. PROTESTO INDEVIDO.
PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA. PESSOA JURÍDICA. INSUFICIÊNCIA DE
RECURSOS NÃO COMPROVADA. INDEFERIMENTO. RECURSO NÃO
PROVIDO
1. Conforme o princípio (...), é vedado ao juiz conferir ao autor decisão (...).
Assim, no caso, deve ser decotada a condenação de indenização pelos danos
morais, porquanto não requerida na peça inicial. 2. Expirado o prazo de
apresentação do cheque, o protesto lavrado afigura-se indevido. 3. É certo que,
na esteira de diversos precedentes do C. Superior Tribunal de Justiça, é
admissível a concessão de benefício da Assistência Judiciária Gratuita à pessoa
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jurídica, desde que demonstrada cabalmente a impossibilidade de suportar os
encargos do processo, visto não ser possível presumir tal alegação. Assim,
inexistindo nos autos prova acerca da alegada precariedade financeira, deve ser
indeferida a gratuidade judiciária. 4. Negar provimento ao recurso. (20 pontos)
QUESTÃO 25
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Decisão de fls. 106/108, que saneou o feito, rejeitou a preliminar de ilegitimidade
passiva, a prejudicial de prescrição e determinou a realização de prova pericial,
deferindo a prova testemunhal e o depoimento pessoal das partes.
(…)
Petição de fls. 116, interposta pela ré, requerendo a anulação do processo, por
encontrar-se o advogado do autor, desde à época do ajuizamento da ação
suspenso pela OAB, o que acarreta, na forma da lei, a nulidade absoluta de
todos os atos por ele praticados no processo.
Decisão de fls. 132, determinando a expedição de ofício à OAB para informação
da situação do advogado do autor.
Resposta ao ofício de fls. 133, informando que o advogado encontra-se
suspenso.
Dada vistas às partes, o autor constituiu novo advogado e ratificou todos os atos
feitos no processo, requerendo o indeferimento do pedido de anulação do feito,
tendo a ré, às fls. 141/145, pleiteado a munutenção do pedido.
Sobreveio sentença, de fls. 147/148 que, julgou extinto o feito, sem resolução de
mérito, nos termos do artigo 267,IV, do CPC, condenando o autor nas custas e
honorários sucumbenciais, fixados em 10% sobre o valor da causa, ao
argumento de que nos termos da Lei 8.906/94, em seu artigo 4º, são nulos todos
os atos praticados por advogado impedido, suspenso, licenciado ou que exerça
atividade incompatível com a advocacia, declarando a nulidade da ação desde o
seu início.
Daí o presente recurso, insurgindo-se o apelante contra a sentença, requerendo
sua reforma, ao argumento de que não se justifica a nulidade do feito, diante da
inexistência de prejuízo (pas de nullité sans grief), (…).
Contra-razões de fls. 167/174, pelo improvimento do recurso.
É o relatório.
Conheço do recurso, presentes os pressupostos de sua admissibilidade.
Vejo que assiste razão ao apelante.
O apelante requer a reforma da sentença ao argumento de que não se justifica a
nulidade absoluta do feito, diante da inexistência de prejuízo para as partes (pas
de nullité sans grief), (…), não podendo ser penalizado por irregularidade
cometida por terceiro.
Estou em que não há que se falar em nulidade absoluta do presente feito pela
sua condução por advogado suspenso nos quadros da OAB, mormente porque
houve a constituição de novo procurador (fls. 137/139) que ratificou os atos
anteriormente praticados, (…).
A propósito, vejam-se os escólios de Theotônio Negrão e José Roberto F.
Gouveia, em seu Código de Processo Civil e legislação processual em vigor, 37ª
ed., São Paulo. editora : Saraiva, 2005.p.128:
" Não se decreta a nulidade dos atos praticados por advogado afastado do
exercício profissional, se forem ratificados por novo procurador constituído nos
autos e da irregularidade processual não adveio prejuízo a qualquer das partes" (
STJ-2T-Resp. 449/627- Rel. Min. Eliana Calmon)
(…)
Nos termos do art. 13 do CPC, verificando a incapacidade ou irregularidade de
representação das partes, o magistrado deve suspender o processo, intimar a
parte e marcar prazo razoável para ser sanado o defeito. De tal norma se infere
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que considera-se o defeito da representação mera irregularidade, isto é, um vício
sanável. Primeiro, porque não compromete o ordenamento jurídico; segundo,
porque não prejudica nenhum interesse público, nem o interesse da outra parte;
e, terceiro, porque o direito da parte representada não pode ser prejudicado por
esse tipo de falha do seu advogado. A nulidade só advirá se, cabendo à parte
reparar o defeito ou suprir a omissão, não o fizer no prazo marcado, o que não
ocorreu nesta seara.
(…)
Dessa feita, a extinção do processo, por incapacidade ou irregularidade de
representação das partes, sem a prévia intimação da parte, não condiz com a
função instrumental do processo, com a busca por sua efetividade.
(…)
Isso posto, dou provimento ao recurso, casso a sentença e determino o regular
prosseguimento do feito.
Custas ex lege.
É o meu voto.
A SRª. DESª. MÁRCIA DE PAOLI BALBINO:
VOTO
De acordo.
O SR. DES. LUCAS PEREIRA:
VOTO
De acordo.
SÚMULA: DERAM PROVIMENTO AO RECURSO CASSANDO A SENTENÇA E
DETERMINANDO O REGULAR PROSSEGUIMENTO DO FEITO.
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