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AGRAVO EM
RECLAMAÇÃO. RECURSO QUE NÃO ATACA O FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA.
INVIABILIDADE DO RECURSO.
1. A petição de agravo regimental não impugnou o único fundamento da decisão
agravada. Nesses casos, é inadmissível o agravo, conforme orientação do Supremo Tribunal
Federal. Precedentes.
2. Agravo não conhecido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma da Supremo
Tribunal Federal, em Sessão Virtual, por unanimidade de votos, em não conhecer do agravo interno,
nos termos do voto do Relator.
Brasília, 5 a 12 de maio de 2023.
Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO - Relator
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15/05/2023
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 58.065 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) :MÁRCIO SIQUEIRA BATTIROLA
ADV.(A/S) :VLADIMIR DE AMORIM SILVEIRA
AGDO.(A/S) :JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DO JÚRI DO FORO
CENTRAL DA COMARCA DE PORTO ALEGRE
ADV.(A/S) :SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) :NÃO INDICADO
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no dia 9 de março de 2023. Os Desembargadores, por maioria, rejeitaram o
agravo regimental.
11. Dito isso, não há, nos presentes autos, decisão que permita a
reavaliação da prisão nos moldes do que foi decidido
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nas ADIs 6.581 e 6.582. De modo que carece a presente reclamação de
aderência entre o ato reclamado e os paradigmas tidos por violados; exigência
imprescindível para o cabimento da presente reclamação (Rcl 12.887-AgR, Rel.
Min. Dias Toffoli).
12. Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego
seguimento à reclamação. Fica prejudicado o pedido liminar.
13. Em caso de interposição de recurso, deve a parte trazer aos autos
as decisões pertinentes proferidas nos Autos nº 5018970- 50.2023.8.21.7000,
sob pena de não conhecimento.
2. A parte agravante junta documentos e reitera os fundamentos da
petição inicial.
3. É o relatório.
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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
15/05/2023 PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 58.065 RIO GRANDE DO SUL
VOTO:
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR):
1. O agravo não pode prosperar, tendo em vista que a parte agravante não atacou o único
fundamento da decisão recorrida.
2. Nos termos dos art. 317, § 1º, do RI/STF, cabe à parte agravante impugnar os
fundamentos da decisão que pretender reformar. Nesse sentido, vejam-se: Rcl 8.974-AgR, Rel. Min.
Teori Zavascki; Rcl.
2. 703-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes; Rcl 5.684-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski;
Rcl 9.344-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli; Rcl 12.967-AgR, Relª. Minª. Cármen Lúcia. Esse entendimento
foi, inclusive, incorporado pelo art. 932, III, do CPC/2015.
3. No caso dos autos, neguei seguimento à reclamação pela falta da necessária relação
de aderência estrita entre a decisão reclamada e o paradigma tido por violado. Conforme
documentação anexada ao presente agravo (a qual não foi instruída junto à reclamação quando do
seu ajuizamento), o reclamante já foi julgado e condenado pelo Tribunal do Juri, sem notícia de
recurso, de forma que existe condenação em definitivo. Portanto, trata-se de hipótese que torna
desnecessária a revisão da prisão (a qual já deixou de ser cautelar), conforme a jurisprudência desta
Corte.
4. Tal fundamento não foi enfrentado pelo agravante, o qual se limitou a reiterar os
argumentos da inicial. O agravo passou ao largo do fundamento da decisão monocrática, não o
impugnando.
5. Diante do exposto, não conheço do agravo.
Composição: Ministros Luís Roberto Barroso (Presidente), Cármen Lúcia, Luiz Fux e Alexandre
de Moraes.
Disponibilizaram processos para esta Sessão os Ministros Rosa Weber e André Mendonça
(não participaram do julgamento desses feitos os Ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia,
respectivamente) e Dias Toffoli.
Luiz Gustavo Silva Almeida
Secretário da Primeira Turma