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Termos em que,
Pede deferimento.
Salvador-BA, em 10 de outubro de 2022.
1. DO CABIMENTO
O presente recurso tem previsão legal no art. 1.021 caput do CPC, in verbis:
2. DA TEMPESTIVIDADE
1
http://www5.tjba.jus.br/portal/wp-content/uploads/2020/07/REGIMENTO-INTERNO-ATUALIZADO-
EM-02072020.pdf, acesso em 29/09/2020.
§ 4º – Dispensa-se o preparo do agravo interno.
(ALTERADO CONFORME EMENDA REGIMENTAL
N. 04/2016, DE 16 DE MARÇO DE 2016, DJe
17/03/2016).
4. MÉRITO
“(..)
Cumpre analisar a tempestividade, requisito extrínseco da
admissibilidade recursal.
2
http://www5.tjba.jus.br/portal/wp-content/uploads/2019/12/Tabela_Custas_2020.pdf, acesso em
29/09/2020.
Da análise dos autos, observa-se que a decisão recorrida
foi disponibilizada no DJE (Diário da Justiça Eletrônico) em
21/08/2019, uma quarta-feira, considerando-se publicada na
quinta-feira, dia 22 de agosto de 2019, iniciando-se a
contagem do prazo recursal de 15 dias, no dia 23 de agosto
de 2019.
A este respeito, é preciso registrar que o CPC é claro, ao
estatuir no art. 224 o seguinte:
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão
contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do
vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão
protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem
com dia em que o expediente forense for encerrado antes
ou iniciado depois da hora normal ou houver
indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia
útil seguinte ao da disponibilização da informação no
Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil
que seguir ao da publicação.
Não há dúvida, portanto, acercada da data do início do
prazo para interposição da Apelação.
Também não há controvérsia acerca do prazo para
interposição deste Recurso, que é de 15 dias, a teor do que
dispõe o art. 1.003, §5º, CPC:
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se
da data em que os advogados, a sociedade de advogados,
a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério
Público são intimados da decisão.
[...]
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para
interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze)
dias.
Assim, contando-se os 15 dias úteis para a interposição do
Recurso ora sob análise, tem-se que o prazo expiraria no
dia 12 de setembro de 2019.
Sucede que, em exame acurado destes autos, conclui-se
que a juntada da peça recursal se deu de forma
extemporânea, isto é, em 21 de fevereiro de 2020.
Desta forma, impõe-se a declaração de intempestividade
do recurso.
Nesse sentido:
APELAÇÃO. INTEMPESTIVIDADE CERTIFICADA. NÃO
CONHECIMENTO DO RECURSO. Ausência de requisito de
admissibilidade. Intempestividade certificada. Hipótese de
não conhecimento do recurso. Recurso não conhecido.(TJ-
RJ - APL: 00322572520158190042, Relator: Des(a). RENATA
MACHADO COTTA, Data de Julgamento: 02/05/2021,
TERCEIRA CÂMARA CÍVEL)
EMENTA: APELAÇÃO - NÃO CONHECIMENTO -
INTEMPESTIVIDADE CARACTERIZADA. Não é possível o
conhecimento de recurso interposto fora do prazo legal.
(TJ-MG - APR: 10073120031890001 Bocaiúva, Relator:
Alexandre Victor de Carvalho, Data de Julgamento:
20/10/2020, Câmaras Criminais / 5ª CÂMARA CRIMINAL,
Data de Publicação: 28/10/2020)
Por oportuno, faz-se pertinente mencionar, que após a
publicação da decisão atacada, o Agravante opôs
embargos de declaração, que eventualmente poderiam
interromper o prazo para interposição do presente Agravo
de Instrumento.
Mas tal fato não se concretizou, uma vez que os segundos
embargos de declaração, além de também não serem
conhecidos, foram considerados protelatórios.
Nesse sentido:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS. NÃO
INTERRUPÇÃO DO PRAZO RECURSAL.
INTEMPESTIVIDADE. PRECEDENTES. 1. A parte agravante
não observou o prazo para a interposição do recurso
extraordinário (art. 1.003, § 5º, c/c art. 219, ambos do CPC).
2. Os Embargos de declaração incabíveis não interrompem
nem suspendem o prazo para a interposição do recurso
extraordinário. 3. Agravo regimental não provido, com
imposição de multa de 5% (cinco por cento) do valor
atualizado da causa (art. 1021, § 4º, do CPC), caso seja
unânime a votação. 4. Honorários advocatícios majorados
ao máximo legal em desfavor da parte recorrente, caso as
instâncias de origem os tenham fixado, nos termos do
artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil, observados
os limites dos §§ 2º e 3º e a eventual concessão de justiça
gratuita.(STF - ARE: 1278369 GO 0347615-
72.2012.8.09.0160, Relator: LUIZ FUX (Presidente), Data de
Julgamento: 23/11/2020, Tribunal Pleno, Data de
Publicação: 16/12/2020. Sem grifo no original)
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 2009181 - CE
(2021/0339148-9) DECISÃO Trata-se de Agravo de decisão
que inadmitiu Recurso Especial (art. 105, III, a e c, da CF)
interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do
Estado do Ceará cuja ementa é a seguinte (fl. 157, e-STJ):
APELAÇÃO CÍVEL. ADMINISTRATIVO.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO (LATO SENSU).
NÃO CARACTERIZAÇÃO. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS.
PACIENTE COM SUSPEITA DE INFECÇÃO POR H1N1.
CONDUTA DILIGENTE DO MUNICÍPIO. DANO MORAL NÃO
CONFIGURADO. INEXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR.
SENTENÇA MODIFICADA. 1. No caso dos autos, a autora
requer indenização por danos morais decorrentes do
comportamento dos agentes públicos a serviço do
requerido, que teriam agido sem a devida cautela em
repassar informações falsas, difamatórias e injuriosas, de
que ela apresentava sintomas da gripe suína e estaria
infectada da moléstia grave. 2. A suspeita de infecção da
autora ocorreu logo após a declaração, em abril de 2009,
pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de pandemia da
gripe A H1N1. Desse modo, diante da fundada suspeita de
que a autora estaria infectada pelo vírus H1N1, a conduta
do Município se mostraria diligente e adequada. 3. A
documentação acostada aos autos pela própria
demandante revela que sua identidade foi mantida em
segredo. 4. Ausentes o fato administrativo ou a alegada
conduta abusiva, bem como o dano, não há que se falar em
dever de indenizar. 5. Apelação conhecida e provida.
Sentença modificada. Opostos Embargos de Declaração,
não foram conhecidos (fl. 192, e-STJ). A agravante, nas
razões do Recurso Especial, alega que ocorreu, além de
divergência jurisprudencial, violação do art. 186 do CC.
Requer a reforma da decisão recorrida "para que seja
reconhecido o direito aos danos morais a serem arbitrados
e mantidos" (fl. 212, e-STJ), ante a suposta ofensa ao
direito de privacidade da parte. Não foram apresentadas
contrarrazões. O recurso foi inadmitido na origem (fls. 219-
222, e-STJ), o que deu ensejo à interposição do Agravo de
fls. 224-238, e-STJ. É o relatório. Decido. Os autos foram
recebidos neste Gabinete em 2.2.2022. O presente recurso
não ultrapassa a barreira de admissibilidade. A decisão
impugnada inadmitiu o Recurso Especial, tendo em vista a
seguinte fundamentação (fl. 220, e-STJ): De pronto, verifico
não ter sido satisfeito um dos pressupostos de
admissibilidade para o processamento do recurso, qual
seja, a tempestividade. De acordo com o Código de
Processo Civil, em seu artigo 1.003, § 5º: "Excetuados os
embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos
e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias". Analisando
de maneira detida os autos, vejo que o acórdão recorrido
(páginas 157/164) foi publicado no Diário de Justiça
Eletrônico no dia 6/7/2020 (certidão de página 170), de
modo que a parte teria até o dia 27/7/2020 para apresentar
o recurso. No entanto, analisando o sistema SAJ-SG,
concluo que a peça recursal de páginas 199/212 somente
foi protocolizada em 13/11/2020, considerando-se, assim,
para todos os efeitos, que o recurso é intempestivo.
Oportuno mencionar que durante este interregno, a parte
opôs embargos declaratórios, que não foram sequer
conhecidos (monocrática de páginas 190/192), porquanto
considerados manifestamente inadmissíveis (página 192).
Verifica-se que, de fato, o apelo nobre, na hipótese dos
autos, é intempestivo. Isso porque, consoante a
jurisprudência do STJ, "os embargos de declaração,
quando não conhecidos em razão de serem
manifestamente protelatórios, não interrompem ou
suspendem o prazo para interposição de outro recurso"
( AgRg no REsp 1.837.503/RS, Rel. Ministro Antônio
Saldanha Palheiro, Sexta Turma, DJe 13/10/2020). Na
mesma linha: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO.
PRISÃO INDEVIDA. DANO MORAL. HIPÓTESE EM QUE
APESAR DA TEMPESTIVA INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS
INFRINGENTES CONTRA O ACÓRDÃO PROLATADO PELO
TRIBUNAL DE ORIGEM, TAL RECURSO NÃO FOI
CONHECIDO POR SER MANIFESTAMENTE INCABÍVEL.
SITUAÇÃO QUE, CONSOANTE FORTE ENTENDIMENTO
JURISPRUDENCIAL DESTE STJ, NÃO SUSPENDE NEM
INTERROMPE O PRAZO PARA O MANEJO DO RECURSO
CABÍVEL. PRECEDENTES: AGINT NO ARESP 653.112/SP,
REL. MIN. GURGEL DE FARIA, DJe 9.4.2019; AGRG NO
ARESP 602.144/SP, REL. MIN. HERMAN BENJAMIN, DJe
19.3.2015; AGRG NO RESP 1.402.804/SP, REL. MIN.
MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe 31.3.2014, E; AGRG
NO RESP 1.396.078/DF, REL. MIN. OG FERNANDES, DJe
20.11.2014, DENTRE OUTROS. INTEMPESTIVIDADE DO
APELO RARO INAFASTÁVEL. AGRAVO REGIMENTAL DA
FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO. 1. É intempestivo o Apelo Raro interposto
contra decisão final de Tribunal local ou regional que
entende manifestamente incabíveis os Embargos
Infringentes antecedentes, porquanto o seu manejo
indevido não tem o condão de suspender ou interromper o
prazo para o recurso adequado. Entendimento consolidado
pelo STJ. 2. Agravo Regimental da FAZENDA DO ESTADO
DE SÃO PAULO a que se nega provimento. ( AgRg no
AREsp 716.783/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA
FILHO, PRIMEIRA TURMA, DJe 8/10/2020) PROCESSUAL
CIVIL. AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. APLICABILIDADE.
INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO INTERNO.
INTERPOSIÇÃO FORA DO PRAZO. ARTS. 219, 1.003, § 5º,
E 1.070 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015.
INTEMPESTIVIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO
CONHECIDOS, POIS INTEMPESTIVOS. NÃO
INTERRUPÇÃO DO PRAZO. I - Consoante o decidido pelo
Plenário desta Corte na sessão realizada em 09.03.2016, o
regime recursal será determinado pela data da publicação
do provimento jurisdicional impugnado. In casu, aplica-se
o Código de Processo Civil de 2015. II - E intempestivo o
agravo interno interposto fora do prazo de quinze dias
úteis, previsto nos arts. 219, 1.003, § 5º, e 1.070, do Código
de Processo Civil de 2015. III - A jurisprudência desta Corte
firmou o entendimento de que os recursos manifestamente
incabíveis como, por exemplo, embargos de declaração
intempestivos, não interrompem ou suspendem o prazo
para a interposição de outros recursos. IV - Agravo Interno
não conhecido. ( AgInt nos EDcl no AREsp 1.435.532/SP,
Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA,
DJe 26/3/2020, grifei) PENAL. PROCESSO PENAL.
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS NA
ORIGEM. MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIOS. NÃO
INTERRUPÇÃO PARA O PRAZO DE INTERPOSIÇÃO DE
RECURSO ESPECIAL. PRECEDENTES. RECURSO
INTEMPESTIVO. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. I -
É consolidada a jurisprudência deste Superior Tribunal de
Justiça no sentido de que os embargos de declaração,
quando não conhecidos em razão de serem
manifestamente protelatórios, não interrompem ou
suspendem o prazo para interposição de outro recu rso.
Precedentes. (...) Agravo regimental desprovido. ( AgRg no
AREsp 1.153.985/DF, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA
TURMA, DJe 30/5/2018) Diante do exposto, conheço do
Agravo para não conhecer do Recurso Especial. Publique-
se. Intimem-se. Brasília, 08 de fevereiro de 2022. MINISTRO
HERMAN BENJAMIN Relator(STJ - AREsp: 2009181 CE
2021/0339148-9, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN,
Data de Publicação: DJ 02/03/2022)
AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
RECURSO ESPECIAL INTEMPESTIVO. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO INTERPOSTOS NA ORIGEM NÃO
CONHECIDOS POR INTEMPESTIVIDADE. NÃO
INTERRUPÇÃO DO PRAZO RECURSAL. AGRAVO NÃO
PROVIDO. 1. É intempestivo o recurso especial interposto
após o prazo legal de 15 dias. 2. A jurisprudência, visando
coibir abusos e o desvirtuamento do efeito interruptivo dos
embargos, firmou a compreensão de que a oposição de
embargos aclaratórios, quando intempestivos ou
manifestamente incabíveis, não tem o condão de
interromper o prazo para a interposição do recurso
especial (ut, AgInt no AREsp 1265139/RR, Rel. Ministro
ROGERIO SCHIETTI CRUZ, Sexta Turma, DJe 09/10/2018) 3.
Agravo regimental não provido. (STJ - AgRg nos EDcl no
AREsp: 1322344 SP 2018/0163891-5, Relator: Ministro
REYNALDO SOARES DA FONSECA, Data de Julgamento:
27/11/2018, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe
10/12/2018. Sem grifo no original.)
\n\nAPELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL.
INTEMPESTIVIDADE DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
RECURSO REJEITADO. AUSÊNCIA INTERRUPÇÃO DO
PRAZO RECURSAL. INTEMPESTIVIDADE DA APELAÇÃO
INTERPOSTA QUANDO DA INTIMAÇÃO DA REJEIÇÃO
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. \n- Assente na
jurisprudência que os embargos de declaração
intempestivos ou considerados flagrantemente
protelatórios não acarretam a interrupção do prazo
recursal.\n- Intempestiva a apelação interposta quando da
intimação da rejeição dos embargos de declaração
opostos fora do prazo recursal, porque já transcorrido o
prazo do apelo na medida em que os declaratórios
intempestivos não interrompem o prazo recursal. \
nRECURSO NÃO CONHECIDO.\n (TJ-RS - AC:
50003083820078210068 RS, Relator: Marilene Bonzanini,
Data de Julgamento: 28/01/2022, Vigésima Segunda
Câmara Cível, Data de Publicação: 28/01/2022)
Dessa forma, a interposição da Apelação no dia 21 de
fevereiro de 2020 revela-se extemporânea, uma vez que,
não fora interrompido o prazo para o recurso vertical,
pelos aclaratórios inadmissíveis.
Ante o exposto, não conheço do recurso, com fulcro no
art. 932, III, CPC.
Salvador/BA, 8 de setembro de 2022.
Alberto Raimundo Gomes dos Santos
Juiz de Direito Substituto de 2º Grau – Relator”
Conforme se infere da leitura da v. decisão do Eminente Relator, a
intempestividade derivaria do fato do não conhecimento dos embargos de
declaração id 96703531 e id 96703535, interpostos em primeiro grau que, no
entender do Eminente Relator, não teriam interrompido o prazo para a
interposição dos recursos de apelação.
Ainda na esteira dos bons tratadistas, especificamente no que diz respeito aos
embargos de declaração, esclarece FLÁVIO CHEIM JORGE4 que os embargos
de declaração “são de fundamento vinculado, ou seja, seu cabimento fica
adstrito à ALEGAÇÃO específica de errores in procedendo: omissão,
obscuridade e contradição [...]”.
3
BARBOSA MOREIRA, José Carlos. Comentários ao Código de Processo Civil. 8. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2000, v. 5, p. 252-253
4
CHEIM JORGE, Flávio. Teoria Geral dos Recursos Cíveis. 3. ed. São Paulo: RT, 2007, p. 262, com nossos
itálicos e maiúsculas)
5
Revista da EMERJ, v. 12, nº 46, 2009, p. 92, com nossas maiúsculas e sublinhas.
‘(...)a existência ou inexistência de omissão, contradição
ou obscuridade na decisão embargada é matéria de mérito,
estando, assim, além do mero juízo de admissibilidade.
APONTADO PELO EMBARGANTE QUALQUER DOS TRÊS
VÍCIOS, OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DEVERÃO SER
CONHECIDOS. A EFETIVA EXISTÊNCIA OU INEXISTÊNCIA
DESSES VÍCIOS LEVARÁ, RESPECTIVAMENTE, AO
PROVIMENTO OU DESPROVIMENTO DOS EMBARGOS,
MAS NÃO À SUA INADMISSIBILIDADE.
5 DOS PEDIDOS