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EXCELENTÍSSIMA SENHORA RELATORA DESEMBARGADORA DA 7ª

CÂMARA CÍVIL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO


AMAZONAS.

Processo nº: 0481620-05.2022.8.04.0001

GUSTAVO FREITAS DA CRUZ, por seu procurador in fine assinado, já devidamente


qualificada nos processos em epígrafe, vem, com devido respeito perante VOSSA
EXCELÊNCIA, com fulcro no art. 1.021 do código processo civil, interposto por
DOUGLAS DA SILVA ARAÚJO igualmente qualificado, apresentar AGRAVO
INTERNO em face da decisão monocrática (p.10), na forma da peça em anexo.

Nestes termos, pede e espera deferimento.

Ceará, 17 de abril de 2023

Advogado Joyceane
OAB nº 66170

Advogado Lucas
OAB n° 60690
RAZÕES DO AGRAVO INTERNO

Ação de Indenização por Danos Morais: Recurso de Apelação

Procedência: 7ª câmara cívil

Processo: 0481620-05.2022.8.04.0001

Agravante: Gustavo Freitas da Cruz

Agravado: Douglas da Silva Araújo

EGRÉGIO TRIBUNAL

COLENDA TURMA

PRECLARO RELATOR

1. Da Tempestividade

Da impugnada Decisão Monocrática proferida nas folhas n° 060/063 dos autos, os


Agravantes foram intimidados com a publicação no DOJ no dia xx/xx/xxxx, numa
Quarta-Feira; respeitando o prazo de 15 dias previsto em lei, conforme o artigo 1.005,
parágrafo 5°, do Código de Processo Civil.

2. Breve Síntese da Decisão Recorrida


O agravante figura o réu na ação em que visa a ação de indenização por danos materiais,
em que o autor pede o pagamento dos danos causados em sua motocicleta, em que foram
realizadas pelo agravante, porém considerou que a quantia era muita elevada, recusando-
se a pagar o valor estipulado.

Diante do ocorrido, o agravado recorreu ao recurso de apelação, ingressando com a


presente ação, requerendo a reparação do prejuízo causado a sua motocicleta. o MM.
Magistrado proferiu decisão nos autos do processo que tramita, nas fls n° 10 onde foi
embargada a decisão, no seguinte teor:

Foi proferida a sentença que julgou procedente


o pedido, condenando o agravado a pagar o valor
de R$ 12.500, 00 (doze mil e quinhentos reais), em
título da indenização.

Apesar de todo o respeito em relação ao posicionamento da Excelentíssima


Desembargadora, é visto que não há respaldo legal, motivando a interposição de Agravo
em face da presente decisão, o qual foi indeferida sob os seguintes argumentos:
Por isso tal fundamentação precisa ser reformada, em face das razões e fundamentos a
seguir demonstradas.

3. Da admissibilidade do presente recurso


Tem-se os presentes de combate a decisão monocrática da Excelentíssima Relatora que
conheceu e deu provimento ao Recurso de Apelação interposto pela ora agravado em face
do agravante, anulando a sentença inaugural.

Em se tratando de decisão monocrática proferida pelo relator do processo, a forma de


impugnação é agravo interno, nos termos do art. 1021, parágrafo segundo, do Código de
Processo Civil. Vejamos:

“Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá


agravo interno para o respectivo órgão colegiado,
observadas, quanto ao processamento, as regras do
regimento interno do tribunal.

§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o


agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de
15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação,
o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com
inclusão em pauta.”

Além disso, o Regimento Interno deste TJCE dispõe no Capítulo V, art. 268 e seguintes:

“Art. 268. Ressalvadas outras previsões legais ou


regimentais, caberá agravo interno, sem efeito suspensivo,
no prazo de 15 (quinze) dias, contra atos do Presidente do
Tribunal, do Vice-Presidente e do relator nos processos de
suas competências, que causarem prejuízo ao direito das
partes, excetuando-se os casos em que a legislação
estabelecer outros meios de impugnação desses
decisórios.

Art. 269. O agravo interno será dirigido ao prolator da


decisão recorrida, e terá curso em apenso aos autos em que
foi proferida aquela.

Art. 270. O prolator da decisão recorrida adotará as


seguintes medidas: (NR) (Redação dada pelo Assento
Regimental nº 02/2017)

I – se o recurso for interposto em processo de natureza


civil, o relator, após ouvir a parte agravada e não sendo o
caso de reconsiderar o provimento judicial combatido,
julgará o agravo interno, após prévia inclusão em pauta,
proferindo voto.”

III – Da sinopse fática

Todavia, já em sede de análise pelo Tribunal, proferiu-se decisão monocrática dando


razão ao apelante, tornando nula a sentença proferida pelo Juízo Cível, no entender de
que aquela violaria opinião jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça.

Ressalta-se ainda, que no mesmo caminho de não se analisar inteiramente os autos e as


contrarrazões, não se atentou a Decisão Singular ora combatida em considerar que o
inadimplemento não se deu por vontade da agravante, tendo sido surpreendida pela
execução, pois em nenhum momento tomou ciência da suspensão dos repasses da fonte
pagadora.

Em suma, a decisão monocrática em realizar a indenização prejudica o Agravante, logo


que o processo foi decidido apenas por uma parte, sem qualquer manifestação dos demais,
fazendo então a realização do Agravo Interno, com intuito de não prejudicar o Agravante
e manter o processo em justificativa justa e clara, para que ambas as partes possam entrar
em um consentimento de plena vontade de ambos.

4. Do Pedido
Ex positis, é o presente Agravo Interno para exorar a VOSSAS EXCELÊNCIAS que se
dignem em provê-lo para reformar a decisão monocrática (p. XX-XX), mantendo a
sentença a quo em todos os seus termos.

Nestes termos, pede e espera deferimento.

MANAUS-AM, XX/XX/XXXX.

Advogado

OAB

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