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Processo n° 0700658-26.2023.8.02.0040
Autor: : Maria de Lourdes Rodrigues
Silva Réu: Município de Atalaia
RECURSO DE APELAÇÃO
Atalaia/AL, 14/09/2023.
Processo n° 0700658-26.2023.8.02.0040
Autor: Maria de Lourdes Rodrigues Silva
Réu: Município de Atalaia
1. DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO
2. DO PREPARO
O (a) Autor (a) não tem legitimidade ativa para propor a ação, pois não há
litisconsórcio necessário entre o MP e os substituídos na ACP;
É o relato necessário.
4. RAZÕES DA REFORMA
O juiz de piso entendeu que o (a) Apelante não tem legitimidade ativa para
propor a ação declaratória de nulidade, pois não há litisconsórcio necessário
entre o MP e os substituídos na ACP. No entanto, esse entendimento é
equivocado.
A legitimidade ativa para propor a ação declaratória de nulidade não
depende da existência de litisconsórcio necessário. A ação declaratória de
nulidade é uma ação autônoma, que pode ser proposta por qualquer interessado,
inclusive por um litisconsorte facultativo.
No caso concreto, o (a) Apelante é um (a) servidor (a) público (a) que foi
prejudicado (a) pela sentença proferida na ACP. Ele (a) tem interesse jurídico em
desconstituir essa sentença, pois ela ainda não recebeu os valores devidos.
Ademais, veja-se o que diz o art. 996, do CPC, sobre a legitimidade do
terceiro interessado:
Sendo assim, resta claro que o (a) Apelante possui legitimidade, visto que
não foi citada para integrar a lide, fato que gerou enorme transtorno e prejuizo,
pois teve ceifado seu direito a recebimento da verba que lhe cabia.
A jurisprudência do Colendo Superior Tribunal de Justiça (STJ), é pacifica
quanto ao tema, quando há ausência de citação e o cabimento da querela
nullitatis, observe-se:
O juiz a quo entendeu que o (a) Apelante poderia ter participado da ACP,
mas não o fez. No entanto, esse entendimento é equivocado. O (a) Apelante não
poderia ter participado da ACP, pois ela não foi cientificada da existência da
ação.
A citação é um ato processual essencial, que garante o direito de defesa
O juiz ordinário entendeu que a ação do (a) Apelado é prescrita, pois ela
foi proposta mais de 20 anos após a prolação da sentença na ACP. No entanto,
esse entendimento também é equivocado.
A prescrição é um instituto de ordem pública, que deve ser decretado de
ofício pelo juiz. No entanto, no caso concreto, o juiz a quo não poderia declarar a
prescrição, pois a autora não foi citada para integrar a lide na ACP.
Ademais, o Colendo STJ já apreciou o tema sobre a falta de citação e a
não aplicação da prescrição, veja-se:
5. DOS PEDIDOS