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EXECELENTÍSSIMO SENHOR(A) DESEMBARGADOR (A) PRESIDENTE DO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Processo nº: XXXXXXXXX


Agravante: Flávio Dutra
Agravado: Juízo da 62ª Vara Cível de Serraville/RS

FLÁVIO DUTRA, brasileiro, 51 anos, residente e domiciliado na rua dos


Lestrigões Épicos, nº 725, apartamento 42, na cidade de Serraville, no estado
do Rio Grande do Sul, não se conformando, com a veneranda decisão
proferida nos autos principal, a qual indeferiu o pedido de gratuidade da justiça,
vem respeitosamente, á presença de Vossa Excelência, interpor o presente;

AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedidos de efeitos ativo e


suspensivo;

em face de decisão que indeferiu o pedido de Gratuidade de Justiça na


ação de Reparação de Danos ajuizada pelo agravante, nos termos do Art.
1.015, inc. V do CPC/15.

Pelo Agravante:

Termos em que pede deferimento.

Serraville, Rio Grande do Sul.

DATA.

Advogado/OAB-ESTADO
RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

I. BREVE SÍNTESE E DA DECISÃO AGRAVADA

Trata-se de Ação de Reparação de Danos. Ao analisar o pedido de


Gratuidade de Justiça, em sede de cognição sumária, entendeu MM. Juiz de
Direito que:

“Ao receber a petição protocolada, o magistrado da 62ª Vara Cível de


Serraville/RS, em seu primeiro contato com os autos, negou o pedido de
gratuidade de justiça, determinando o recolhimento das custas iniciais, sob a
alegação de que, mesmo desempregado, o valor do veículo do autor faz com
que não seja crível que este não tenha condições de arcar com as despesas
processuais.”

O que não deve prosperar, pelos motivos de fato e de direito que passa
a expor.

O agravante vem, com devido acatamento, perante Vossa Excelência,


apresentar as suas razões que embasam a interposição do presente agravo de
instrumento que visa a reforma da decisão que JULGOU IMPROCEDENTE o
pedido de justiça gratuita feito pelo agravante.

II. DO DIREITO

II.I DO CABIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

O presente agravo de instrumento é interposto contra decisão proferida


nos autos da ação de responsabilidade civil por danos morais e materiais, em
que o Sr. Flávio Dutra figura como autor, visando reverter a decisão que negou
o pedido de gratuidade de justiça, garantindo assim o seu acesso à justiça, nos
termos do artigo 1.015, inciso I, do Código de Processo Civil.

II.II DA NEGATIVA DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA

O juízo de origem, ao negar o pedido de gratuidade de justiça


formulado pelo agravante, fundamentou sua decisão no valor do veículo do
autor, considerando que este fato seria suficiente para afastar a presunção de
hipossuficiência financeira.
Entretanto, o agravante reitera que está desempregado e não possui
qualquer fonte de renda. O fato de possuir um veículo não significa que ele
tenha condições de arcar com as despesas processuais, especialmente
considerando que o veículo foi danificado no acidente de trânsito objeto da
presente demanda e, portanto, não possui valor de mercado que possa ser
utilizado para custear as despesas processuais.

Portanto, a decisão que indeferiu o pedido de gratuidade de justiça


deve ser reformada, a fim de assegurar o acesso à justiça ao agravante, nos
termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal e do artigo 99 do
Código de Processo Civil.

II.III DAS RAZÕES PARA REFORMA

Data maxima vênia, o argumento utilizado, pelo juízo, para negar a


gratuidade da justiça, está combatido no novo CPC, pois conforme citado
abaixo no corpo deste recurso, art. 99, § 4º, do CPC, “A assistência do
requerente por advogado particular não impede a concessão da
gratuidade da justiça”.

O pedido de assistência judiciária contido no art. 4º da Lei nº 1.060/50,


quanto à declaração de pobreza, pode ser feito mediante simples afirmação, na
própria petição inicial ou no curso do processo, não dependendo a sua
concessão de declaração firmada de próprio punho pelo hipossuficiente.

III. DOS PEDIDOS

Isto posto, requer à Vossa Excelência:

a) seja o presente Agravo de Instrumento recebido e distribuído


incontinentemente.
b) seja deferido os efeitos ativo e suspensivo ao presente Agravo de
Instrumento para suspender os efeitos da decisão interlocutória, e conceder os
benefícios da gratuidade da justiça, determinando o prosseguimento do feito
sem recolhimento das custas e despesas processuais.
c) seja dado provimento ao presente recurso, confirmando a decisão liminar, a
fim de reformar a referida decisão agravada, deferindo a gratuidade da justiça,
nos termos dos requerimentos formulados pelo agravante na declaração de
pobreza firmada e juntada aos autos, e pelos motivos expostos no corpo deste
recurso.
d) Deixa de recolher custas recursais, considerando não ter condições de
arcar com as custas processuais, nos moldes da declaração de pobreza
firmada e juntada aos autos, requerendo, desde já, o benefício da gratuidade
da justiça.

Termos em que pede deferimento.


Advogado/OAB
Data.

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