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ATENÇÃO-SC.
Autos nº XXXXXXXXXXXX
I. SÍNTESE FÁTICA
O Requerente ajuizou ação de indenização por danos materiais e morais, alegando que
teria ocorrido acidente automobilístico na data 20 de dezembro de 2022 por culpa exclusiva do
Requerido.
Alegou, para tanto, que o Requerido que estava como o motorista da Camioneta, agiu com
imprudência, pois teria alternado de faixa sem sinalização prévia, desta foma pedido dano moral
que está postulando no montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e danos materiais no valor de
R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), em razão da perda total do seu veículo (sem seguro).
Razão, porém, não lhe assiste, porquanto toda a narrativa distorce a realidade dos fatos,
invertendo a responsabilidade das partes, tendo em vista que era uma noite chuvosa, com grande
volume de água na pista, diferente do alegado, após o acidente, o Requerente tambem proferiu
diversas palavras de baixo calão contra o Requerido, causando sofrimento psicológico, conforme
presenciado pelas testemunhas Ana e José, que estavam no veículo com Gilberto e mais Rubens e
Maria que passaram pelo local logo após o acidenteante.
Ademais, a presente contestação com reconvenção é tempestiva, nos termos do art. 335,
I, do CPC/15, que concede o prazo de 15 (quinze) dias úteis para sua apresentação, tendo como
início o dia seguinte à audiência conciliatória do dia 19/09/2018.
Com fulcro no art. 5º, LXXIV, da CRFB/88, e do art. 98, do CPC/15, o Requerido faz jus à
concessão do benefício da gratuidade da justiça, pois não detêm recursos suficientes para arcar
com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejudicar a sua subsistência ou a de sua
família.
III. TEMPESTIVIDADE
IV. PRELIMINARES
Pelo que se depreende da documentação juntada à inicial, o Autor declarou ser pobre nos
termos da lei para auferir os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita.
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que
evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade,
devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.
Desta forma percebe-se que o juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos
elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade,
devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos
referidos pressupostos.
O Requerido aqui representado, não praticou qualquer ato ilícito contra o Requerente,
sendo inexistente o nexo causal entre a conduta do Requerido e o dano sofrido pelo Requerente,
não havendo o seu dever de reparar os valores pleiteados nesta inicial.
Portanto, a responsabilidade civil diz que, AQUELE QUE CAUSA O DANO tem o dever de
reparar, tanto no caso de reparação de danos morais como de danos materiais, é culpa do
Requerente, desta forma se configura a obrigação de indenizar o responsavel pelo ocorrido.
No presente caso concreto, quem causou os danos materiais e morais foi o próprio
requerente, por sua conduta imprudente. Vejamos o art. 186 do Código Civil.
Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
V. MÉRITO
Por sua vez, a alegação de ocorrência de dano moral do Autor não merece prosperar, pois não foi
demonstrado o efetivo dano sofrido. Trata-se, ao contrário, de mero aborrecimento, não havendo
que se falar em dano in re ipsa.
Veja-se decisão recentíssima do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que declara que
acidentes de trânsito faz parte dos riscos do dia-a-dia:
[...] "'Não se nega que o envolvimento em acidente de trânsito provoca um
certo abalo momentâneo pelo "susto" da colisão, porém os transtornos e
aborrecimentos normais à situação não configuram dano moral. A ocorrência
de sinistros de trânsito faz parte dos riscos a que estamos sujeitos no dia-a-dia
e, inexistentes maiores consequências, como lesões de natureza grave, não há
falar em indenização por danos morais. (Apelação Cível n. 2007.050494-9, rel.
Des. César Abreu, j. 11-11-2010)." (TJSC, Apelação Cível n. 2013.057638-9, de
Caçador, rel. Des. Stanley da Silva Braga, j. 24-06-2014)". [...].[2] [Grifo nosso]
Por esse motivo, o argumento de dano moral não merece acolhimento.
V.I.II. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
Nem sequer de longe conseguiu provar os alegados danos morais, confusos nos valores
pleiteados, Desta forma na inicial do Requerente as pretensões estabelecidas não merecem ser
acolhida, pois ausentes os motivos fáticos e jurídicos que autorizem o reconhecimento da
procedência desse pedido. Quem deu causa, ao litigio foi o Requerente.
Excelência, com a narração dos fatos, restou evidente os prejuízos matérias causados pelo
Requerente ao Requerido.
Portanto, responsabiliza-se o Requerente pelos danos causados ao Requerido, a obrigação
de indenizar de acordo com os mandamentos legais.
Vejamos o que diz o Código Civil Brasileiro nestes termos:
Art. 927. “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo”.
Não pretende o Requerido obter lucro algum com esta indenização, deseja somente a
recomposição material pelo dano sofrido.
No caso em tela, a Requerente tem a obrigação de indenizar, pois resta claro o prejuízo
financeiro causado pelo seu ato ao Requerido
VI. RECONVENÇÃO
Nos termos do artigo 343 do Novo Código de Processo Civil, o Requerido propõe,
juntamente com a contestação, reconvenção
O artigo 343 diz o seguinte:
VII. PEDIDOS
d) Seja o Autor intimado para corrigir o valor do dano material e para que comprove a
necessidade da justiça gratuita;