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06/11/2023
Número: 1012034-74.2023.4.01.3312
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: Vara Federal Cível e Criminal da SSJ de Irecê-BA
Última distribuição : 26/10/2023
Valor da causa: R$ 463.016,28
Assuntos: PASEP, Indenização por Dano Moral, PIS/PASEP, Atualização de Conta
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
IBANEZ FERNANDO BASTOS BESSA (AUTOR) DIOGO MAGALHAES FRANCA CARVALHO (ADVOGADO)
BANCO DO BRASIL SA (REU)
UNIÃO FEDERAL (REU)
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Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
18829 26/10/2023 16:23 Petição inicial Petição inicial
26673
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA VARA FEDERAL DA
SUBSEÇÃO DE IRECÊ/BA
IBANEZ FERNANDO BASTOS BESSA, brasileiro, casado, aposentado, inscrito no CPF/MF n.º
109.061.855-72, portador do documento de identidade RG n.º 20.430.203-07, SSP/BA, data de
emissão 17/05/2019, natural de Barra/BA, data de nascimento 02/11/1952, filho de ELZA
BASTOS BESSA e MANOEL ALVES BESSA, residente e domiciliado à Rua Nilton Silva Teixeira,
nº 14, Polivalente, Xique-Xique, Bahia, CEP 47.400-000, telefone: (74) 99987-9541, por conduto
de seu Advogado, regularmente constituído por meio da Procuração anexa, propor a presente
em face em face da UNIÃO FEDERAL, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob
nº 26.994.558/0001-23, com sede em ST de Industria Gráficas, Quadra, 06, Lote 800, Bairro:
Asa Sul, Brasília/DF, CEP: 70.610-460, e BANCO DO BRASIL S.A, pessoa jurídica de direito
público, inscrita no CNPJ sob nº 00.000.000/0001-91, com sede em Q Saun Quadra 5 LOTE B
Torres I, II e III, S/N, andar 1 A 16 SALA 101 A 1601, Bairro: Asa Norte, Brasília/DF, CEP: 70.040-
912, tel. (61) 3493-9002, pelos fatos e razões a seguir.
I – DA PRIORIDADE DA TRAMITAÇÃO
Consoante ao demonstrado nos documentos pessoais da parte demandante (RG em anexo), esta
é pessoa idosa, fazendo jus, portanto, ao direito da prioridade na tramitação de procedimentos
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judiciais, nos termos do Código de Processo Civil Brasileiro.
O Requerente atualmente não possui condições de arcar com as despesas processuais, sob
pena de inviabilizar a sua sobrevivência a manutenção de sua família, razão pela qual não
poderia arcar com as despesas processuais.
Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus o Requerente ao benefício
da gratuidade de justiça:
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(TJ-SP 22259076620178260000 SP 2225907-
66.2017.8.26.0000, Relator: Roberto Mac Cracken, 22ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 07/12/2017)
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e pelo artigo 98 do CPC,
requer seja deferida a gratuidade de justiça ao requerente.
Ocorre que ao realizar o saque em 14/06/2017, só recebeu o valor equivalente a R$ 1.583,46 (um
mil, quinhentos e oitenta e três reais e quarenta e seis centavos), junto ao Banco do Brasil.
Ou seja, após 38 (trinta e oito) anos, o montante somado totalizou R$ 1.583,46 (um mil,
quinhentos e oitenta e três reais e quarenta e seis centavos)?
Evidentemente que tais cálculos merecem ser revistos, uma vez que se trata de grave prejuízo à
parte hipossuficiente da relação em notório enriquecimento ilícito.
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estiveram em posse dos demandados, tudo leva a crer que o Banco do Brasil e a União foram
negligentes e não administraram corretamente o numerário do PASEP da demandante.
Inquestionável a legitimidade passiva da União quando cabe a ela a gestão dos valores
referentes ao PIS/PASEP, por meio do Conselho Diretor, vinculado ao Ministério da Fazenda, em
clara redação do art. 7º, do Decreto 4.751/03.
Nesse sentido:
Com efeito, como o Conselho do Fundo de Participação do PIS/PASEP foi criado como órgão
vinculado ao Ministério da Fazenda e não é dotado de personalidade jurídica própria, deve,
portanto, a União figurar no polo passivo da ação originária, em razão de sua competência para
arrecadação e administração do tributo em questão.
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as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras,
rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à
Justiça do Trabalho; (...)”
Assim, certa é a competência da Justiça Federal, sendo notável que figura como parte sujeita aos
efeitos legais da presente relação a União Federal e o Banco do Brasil S/A.
Por força da Lei Complementar 8/70 que, ao instituir o PASEP, outorgou ao Banco do Brasil, em
seus arts. 2º e 5º, a atribuição de administrar e operacionalizar o Programa, sendo responsável
pela gestão dos valores referentes ao PIS/PASEP.
Nesse sentido, é inequívoco que ao gerir tais valores foi diretamente beneficiado pelo proveito
econômico advindo exatamente do uso destes valores. Ou seja, as instituições bancárias são
remuneradas pelo uso e disposição do dinheiro que gere, realizando empréstimos e demais
transações remuneradas pelos correntistas.
Dessa forma, é evidente que ao deixar de repassar atualizações mínimas sofridas pela moeda, a
Instituição Bancária se beneficia do dinheiro do Autor em claro enriquecimento ilícito, devendo,
portanto, compor o polo passivo.
Nesse sentido:
Diante disso, o Banco do Brasil como agente operador do Programa PASEP, possui gerência
procedimental sobre as contas e dever de guarda dos valores repassados, motivo pelo qual se
insere na relação jurídica processual em tela, que questiona justamente aspectos desta
operacionalização, junto com a responsabilidade constitucional da União.
Razões pelas quais, argui pela legitimidade passiva igualmente da Instituição Bancária no
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presente pleito.
VI - DA PRESCRIÇÃO
Entretanto, em algumas situações, o titular do direito violado não possui a ciência de sua
violação, ou mesmo, não apresenta a condição necessária para identificar e exercer medida
prévia reparadora.
Por tratar-se de depósitos mensais e sucessivos, não há que se falar em prescrição, uma vez que
o saque (data em que o Autor teve acesso ao ilícito), ocorreu somente em 14/06/2017.
Ou seja, previamente a esta data, o Autor sequer poderia ter acesso à atualização indevida dos
valores que lhe pertenciam.
Além disso, a jurisprudência dominante entende que o prazo prescricional é decenal, vejamos:
Portanto, considerando que o prazo prescricional adotado é de dez anos contados da tomada de
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ciência do dano, que deverá ser contado a partir do recebimento da documentação com a
descrição dos valores disponíveis da conta do PASEP da parte autora, é evidente que a parte
requerente propôs esta demanda sem haver o decurso deste prazo
Desta forma, a partir de 1º de julho de 1976, as contribuições recolhidas, quer como PIS, quer
como PASEP, são destinadas ao mesmo Fundo: PIS/PASEP, cujo financiamento incumbe tanto
às pessoas jurídicas de direito privado, como às de direito público, a teor dos arts. 1º e 2º, da Lei
nº 9.715/98.
OBJETIVO DO FUNDO: Proporcionar aos servidores públicos a participação nas receitas das
entidades e órgãos da Administração Pública.
Desta forma, não obstante a autorização constitucional pela utilização do fundo para financiar o
seguro-desemprego e ao abono (Art. 239 CF), referidos valores permanecem de titularidade
do cidadão, que poderia saca-los nas hipóteses legais.
O Decreto nº 4.751, de 17 de junto de 2003, que dispõe sobre o Fundo PIS-PASEP, tratou de
prever expressamente o direito do detentor da conta o direito aos juros e correção monetária
inerentes ao resultado das aplicações dos recursos.
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na conta individual do participante.
Ou seja, por menores que sejam os rendimentos das aplicações realizadas, o montante auferido
ao longo dos anos, jamais poderia alcançar somente R$ 1.583,46 (um mil, quinhentos e oitenta
e três reais e quarenta e seis centavos).
Sobre o tema, insta consignar relevante precedente que contempla adequada compreensão
sobre o tema:
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julgado procedente para condenar o Banco do Brasil ao
pagamento R$ 80.760,63." (Processo nº: 0015070-
40.2018.4.02.5107 - SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE
JANEIRO 2ª VARA FEDERAL DE ITABORAÍ – JUIZADO
ESPECIAL. Julgado em 23/05/18)
Trata-se, portanto, de aplicar-se o previsto no Decreto nº 4.751 sob pena de grave ofensa ao
princípio da legalidade em detrimento do contribuinte que vê seu direito ceifado.
E conclui sobre os efeitos nefastos da não atualização devida, os quais devem ser atualizados
por índices capazes de corrigir a variação inflacionária da moeda.
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utiliza a caderneta de poupança como índice de correção
quando tem o objetivo de passar credibilidade ao investidor
ou de atrair contratantes, é porque tem consciência de que o
aludido índice não é adequado a medir a variação de preços
na economia. Por isso, beira a iniquidade permitir utilizá-lo
quando em questão condenações judiciais."
Por tais razões que a todos os valores em posse da Administração Pública, em especial os
depósitos do PIS/PASEP, devem ser devidamente remunerados pelos índices de atualização
devidos, bem como pela incidência de juros, do resultado líquido adicional das operações
realizadas e de qualquer outro benefício aplicável ao referido fundo, nos termos do
parágrafo único do Art. 3º do Decreto nº 4.751, de 17 de junto de 2003.
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atribuído.
Trata-se da efetiva aplicação do Princípio da Isonomia, segundo o qual, todos devem ser tratados
de forma igual perante a lei, observados os limites de sua desigualdade, conforme bem delineado
pela doutrina:
Nesse sentido, a jurisprudência orienta a inversão do ônus da prova para viabilizar o acesso à
justiça:
Diante disso, o Autor além de lesado, sofreu grave abalo à sua dignidade, pois vítima de ato que
atingiu sua integridade como trabalhador e pai de família.
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Trata-se de dano que independe de prova do abalo, conforme já posicionado na jurisprudência:
Portanto, evidentemente superado o mero dissabor do dia a dia, tem-se por evidenciado o dano
moral indenizável. Afinal, não apenas deixou o Autor de auferir valor que lhe era direito, mas
igualmente não pode resolver seu problema diretamente com a Ré, obrigando a ingressar com a
presente ação.
O simples envolvimento num processo judicial já envolve desgaste emocional que desborda do
mero aborrecimento do cotidiano, afetando principalmente o tempo útil do Autor, gerando o dano
pelo desvio produtivo.
Conforme disposto nos fatos iniciais, o Consumidor teve que desperdiçar seu tempo útil para
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solucionar problemas que foram causados pela empresa Ré que não demonstrou qualquer
intenção na solução do problema, obrigando o ingresso da presente ação.
Este transtorno involuntário é o que a doutrina denomina de DANO PELA PERDA DO TEMPO
ÚTIL, pois afeta diretamente a rotina do consumidor gerando um desvio produtivo involuntário,
que obviamente causam angústia e stress.
Humberto Theodoro Júnior leciona de forma simples e didática sobre o tema, aplicando-se
perfeitamente ao presente caso:
Nesse sentido:
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provoca classificada como ato ilícito. Cumpre reiterar que
o ato ilícito deve ser colmatado pela usurpação
do tempo livre, enquanto violação a direito da
personalidade, pelo afastamento do dever de segurança
que deve permear as relações de consumo, pela
ino bse rvâ ncia d a boa -f é obje tiva e seu s dever es
anexos, pelo abuso da função social do contrato (seja na
fase pré-contratual, contratual ou pós-contratual) e, em
último grau, pelo desrespeito ao princípio da dignidade da
pessoa humana." (GASPAR, Alan Monteiro.
Responsabilidade civil pela perda indevida do tempo
útil do consumidor. Revista Síntese: Direito Civil e
Processual Civil, n. 104, nov-dez/2016, p. 62)
Trata-se de notório desvio produtivo caracterizado pela perda do tempo que lhe seria útil ao
descanso, lazer ou de forma produtiva, acaba sendo destinado na solução de problemas de
causas alheias à sua responsabilidade e vontade.
A perda de tempo de vida útil do consumidor, em razão da falha da prestação do serviço não
constitui mero aborrecimento do cotidiano, mas verdadeiro impacto negativo em sua vida,
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devendo ser INDENIZADO.
XI - DO QUANTUM INDENIZATÓRIO
O quantum indenizatório deve ser fixado de modo a não só garantir à parte que o postula a
recomposição do dano em face da lesão experimentada, mas igualmente deve servir de
reprimenda àquele que efetuou a conduta ilícita, como assevera a doutrina:
Neste sentido é a lição do Exmo. Des. Cláudio Eduardo Regis de Figueiredo e Silva, ao disciplinar
o tema:
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do patrimônio do lesante"(Reparação Civil por Danos
Morais, RT, 1993, p. 220). Tutela-se, assim, o direito
viola d o. ( TJSC, Recu rso Ino min ado n . 0302581-
94.2017.8.24.0091, da Capital - Eduardo Luz, rel. Des.
Cláudio Eduardo Regis de Figueiredo e Silva, Primeira
Turma de Recursos - Capital, j. 15-03-2018)
Ou seja, enquanto o papel jurisdicional não fixar condenações que sirvam igualmente ao
desestímulo e inibição de novas práticas lesivas, situações como estas seguirão se repetindo
e tumultuando o judiciário.
Portanto, cabível a indenização por danos morais, E nesse sentido, a indenização por dano moral
deve representar para a vítima uma satisfação capaz de amenizar de alguma forma o abalo
sofrido e de infligir ao causador sanção e alerta para que não volte a repetir o ato, uma vez que
fica evidenciado completo descaso aos transtornos causados.
a) A prioridade na tramitação do processo, nos termos do art. 1.048, inc. I do CPC, em razão da
requerente ser pessoa idosa;
b) O deferimento do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, pois a parte Autora não tem
condições de arcar com as custas processuais sem o prejuízo de seu sustento e de sua família,
nos termos do Art. 98 do CPC;
d) A citação das Requeridas, para, querendo, apresentar defesa, dentro do prazo legal, sob pena
de revelia;
h) Requer ainda a condenação dos Réus à título de DANOS MORAIS, valor não inferior a R$
10.000,00 (dez mil reais), considerando as condições das partes, principalmente o potencial
econômico-social da lesante, a gravidade da lesão, sua repercussão e as circunstâncias fáticas;
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parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC;
Dá-se à causa o valor de R$ 463.016,28 (quatrocentos e sessenta e três mil, dezesseis reais
e vinte e oito centavos), à título fixação de rito processual.
(assinado eletronicamente)
OAB/BA 37.286
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