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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ... [1].


URGENTE
A., brasileira, ..., professora, portadora da cédula de identidade sob o n.... ,
inscrita no CPF/MF sob o n..., residente e domiciliada na..., Estado do... Paraná , por seu
procurador legalmente constituído, conforme se infere no incluso mandato, com
escritó rio profissional no endereço constante no rodapé desta, vem, perante Vossa
Excelência, com supedâ neo nos artigo 5º, LXIX, da Constituiçã o, artigo 300 e 319,
ambos, do Có digo de Processo Civil, impetrar MANDADO DE SEGURANÇA COM
PEDIDO DE LIMINAR em face de C., brasileiro, ..., GOVERNADOR DO ESTADO DO ...,
portador da cédula de identidade sob o n..., inscrito no CPF/MF sob o n... , residente e
domiciliado no ..., ..., ..., Estado do ..., CEP ...; e, B...., brasileiro, REITOR..., podendo ser
localizado na ..., ..., ..., ..., Estado do ..., CEP: ..., pelos motivos de fato e direito adiante
transcritos:
I - SÍNTESE DOS FATOS
A Impetrante participou do .... CONCURSO PÚBLICO DE PROVAS DE
TÍTULOS PARA PROVIMENTO DO CARGO DE PROFESSOR DE ENSINO SUPERIOR
realizado pela Universidade ..., conforme EDITAL Nº ..., tendo concorrido para a
Área/Matéria de ....
No dia ... de ... de 20... foi publicado o resultado final do referido concurso
pú blico, tendo a Impetrante se classificado em ...2º Lugar ....
Com o referido resultado o primeiro colocado: X. foi corretamente
convocado (EDITAL Nº .... - doc. ...) e nomeado para exercer o cargo de Professor de
Ensino Superior, conforme se depreende dos editais anexos.
Cumpre destacar que houve a implantação de novos cursos na
Universidade .... Com a referida implantaçã o verificou-se a necessidade de contratar
novos Professores de Ensino Superior, conforme se depreende da Resoluçã o nº ...,
Resoluçã o nº ..., e do Ato Executivo nº. ..., os quais aprovaram a ampliaçã o de vaga para
integrar o .... Concurso Público.
Diante dessa imperiosa necessidade de contrataçã o de novos Professores
de Ensino Superior, foi publicada a Resolução ..., a qual prorrogou o prazo de
validade do certame por mais 02 anos, bem como, fora publicado Edital de
AMPLIAÇÃO do número de vagas abertas para o .... CONCURSO PÚBLICO. Dentre
as matérias/vagas que foram ampliadas, uma vaga foi para a Área/matéria de ...,
Campus de ..., tudo conforme se depreende do Edital nº ... (doc. 13).
Com a ampliaçã o da referida vaga, a Impetrante fora convocada para a
vaga na Área/matéria de ..., Campus de ..., tendo aceitado a vaga, bem como
ENTREGUE TODOS OS DOCUMENTOS SOLICITADOS junto ao setor de Recursos
Humanos da Universidade ..., sendo considerada APTA PARA O CARGO, conforme
Edital nº..., o qual foi publicado no dia ... de ... de 20....
Apó s o RESULTADO DE APTIDÃO, estranhando que nenhuma informaçã o
vinha a respeito de sua NOMEAÇÃO por parte da ..., a Impetrante passou a ligar
constantemente para o Setor de Recursos Humanos da ... – UNIOESTE e Assessoria
Técnica do Gabinete ..., sendo informado à mesma, que seu processo estava APENAS
AGUARDANDO A NOMEAÇÃO. E de fato estava mesmo, uma vez que a Impetrante,
apenas, esperava sua nomeaçã o.
Embora a Impetrante nã o se conformasse com tanto tempo para a
realizaçã o de sua nomeaçã o, a mesma estava ciente que se socorresse no Poder
Judiciá rio ANTES DO VENCIMENTO do prazo de validade do concurso os
Impetrados argumentariam que tinham poder discricionário para realizar a sua
nomeaçã o [12]. Assim, a Impetrante aguardou a chegada do dia ... junho de 20...
(data em que venceu o prazo de validade do concurso público) posto que
transcorreu o prazo de 02 anos da ú ltima e ú nica prorrogaçã o do prazo de validade do
concurso pú blico (c. f. doc. 12).
Portanto, VENCIDO O PRAZO DE VALIDADE DO CERTAME os
Impetrados DEVERIAM ter nomeado a Impetrante, tendo em vista o seu direito
liquido e certo de ser nomeada no concurso pú blico, bem como por se tratar de UM
DEVER DOS IMPETRADOS, tendo em vista que ultrapassado o prazo de validade do
concurso pú blico o ATO DE NOMEAÇÃO DA IMPETRANTE TORNOU-SE
VINCULADA, ou seja, se nã o cumprida é passível de correçã o judicial, exatamente
como ocorre no caso em apreço [13].
Assim, vencido o prazo de validade do concurso público, sem fosse
realizada a nomeaçã o da Impetrante para o cargo de Professora de Ensino Superior,
nã o restaram alternativas a mesma senã o se socorrer as vias judiciais.
II – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DOS PEDIDOS
II. 1 - Da Tempestividade
O prazo decadencial para impetrar mandado de segurança com o objetivo
de obter nomeaçã o de servidor pú blico se inicia a partir do término do prazo de
validade do concurso (... junho de 20...), uma vez que somente com o término do prazo
de validade do concurso é que surge para o candidato aprovado o direito de pleitear
em juízo a sua nomeaçã o. Neste sentido a jurisprudência nã o destoa:
AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONCURSO PÚBLICO. MAGISTÉRIO ESTADUAL.
PRETERIÇÃO. AÇÃO ORDINÁRIA AJUIZADA DEPOIS DE ENCERRADO O PRAZO DE VALIDADE DO CERTAME:
DECADÊNCIA RECONHECIDA DE OFÍCIO. Decadência afastada. É a partir do termo do prazo de validade do
certame que deve ser contado o prazo para a propositura da ação, que dependerá da via eleita pela
postulante: 120 dias, decadencial, para a impetração de mandado de segurança (art. 23 da Lei nº
12.016/09), e cinco anos para o reconhecimento do direito à nomeação (art. 1º do Decreto nº 20.910/32).
Voto vencido do Relator [14]. (sem destaque no original).
MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - NOMEAÇÃO NÃO REALIZADA DURANTE O PRAZO DE
VALIDADE - DECADÊNCIA DO DIREITO DE IMPETRAÇÃO - TERMO INICIAL - DATA DE EXPIRAÇÃO DO
CERTAME - "WRIT" IMPETRADO APÓS ULTRAPASSADOS 120 DIAS (ART. 23, LEI Nº 12.016/2009)- EXTINÇÃO
DO PROCESSO, COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO (ART. 269-IV, CPC). (TJPR - Órgão Especial - MSOE - 1279019-1
- Curitiba - Rel.: Telmo Cherem - Unânime - - J. 30.03.2015) [15]. (sem destaque no original).

Nessa diapasã o, este writ há de ser tido por tempestivo, tendo em vista
que impetrado dentro do prazo decadencial, estabelecido no artigo 23 da Lei nº.
12.016 de 2009.
II. 2 – Da Competência do Tribunal de Justiça – Da Legitimidade
Passiva do Governador
A competência deste Tribunal de Justiça do Estado do ... é estabelecida
pelo artigo 84, I, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça, in verbis: Art. 84.
Compete privativamente ao Ó rgã o Especial, por delegaçã o do Tribunal Pleno: (...); b)
atos do Governador do Estado;
De outro giro, cumpre destacar que a inclusã o do Governador do Estado
no polo passivo desta demanda ocorreu em razã o das disposiçõ es do artigo 87 da
Constituiçã o Estadual do ..., o qual assim dispõ e: “Art. 87. Compete privativamente ao
Governador: (...); XIII - nomear agentes pú blicos, nos termos estabelecidos nesta
Constituiçã o; (...);”
Como o que se discute é a nomeaçã o da Impetrante ao cargo pú blico
Estadual, e sendo competência do governador fazê-la. Legítima e salutar a sua
presença no polo passivo da presente lide. Eis o motivo da inclusã o do Governador do
Estado no polo passivo.
II. 3 - Do Direito à Nomeação – Do Ato vinculado - Prazo De Validade
do Concurso –
Inicialmente há que se destacar que o Supremo Tribunal Federal, em
REPERCUSSÃO GERAL, decidiu que, dentro do prazo de validade do concurso, a
Administraçã o, exercendo o seu poder discricioná rio, poderá escolher o momento que
realizará a nomeaçã o dos candidatos aprovados no certame, tendo até o último dia
do prazo de validade para realizá-la [16]. Todavia, a referida discricionariedade
administrativa sobre o momento da nomeaçã o de um candidato é limitada a um fator
temporal: caso o prazo de validade do concurso expire sem que haja nomeaçõ es,
nascerá à violação que dará causa ao ajuizamento de uma ação judicial
pleiteando o provimento judicial da vaga, exatamente como ocorreu no caso em
tela. Neste sentido o Superior Tribunal de Justiça:
ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO - CONCURSO - APROVAÇAO DE CANDIDATO DENTRO DO NÚMERO
DE VAGAS REVISTAS EM EDITAL - DIREITO LÍQUIDO E CERTO À NOMEAÇAO E À POSSE NO CARGO -
RECURSO PROVIDO. 1. Em conformidade com jurisprudência pacífica desta Corte, o candidato aprovado
em concurso público, dentro do número de vagas previstas em edital, possui direito líquido e certo à
nomeação e à posse. 2. A partir da veiculação, pelo instrumento convocatório, da necessidade de a
Administração prover determinado número de vagas, a nomeação e posse, que seriam, a princípio, atos
discricionários, de acordo com a necessidade do serviço público, tornam-se vinculados, gerando, em
contrapartida, direito subjetivo para o candidato aprovado dentro do número de vagas previstas em
edital. Precedentes. 3. Recurso ordinário provido [17]. (sem destaque no original).
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO. NOMEAÇÃO. DIREITO
SUBJETIVO. 1. A classificação de candidato dentro do número de vagas ofertadas pela Administração gera,
não a mera expectativa, mas o direito subjetivo à nomeação. 2. A administração pratica ato vinculado ao
tornar pública a existência de cargos vagos e o interesse em provê-los. Portanto, até expirar o lapso de
eficácia jurídica do certame, tem o poder-dever de convocar os candidatos aprovados no limite das vagas
que veiculou no edital, respeitada a ordem classificatória. Precedentes. 3. A manutenção da postura de
deixar transcorrer o prazo sem proceder ao provimento dos cargos efetivos existentes por aqueles
legalmente habilitados em concurso público importaria em lesão aos princípios da boa-fé administrativa,
da razoabilidade, da lealdade, da isonomia e da segurança jurídica, os quais cumprem ao Poder Público
observar. 4. Afasta-se a alegada conveniência da Administração como fator limitador da nomeação dos
candidatos aprovados, tendo em vista a exigência constitucional de previsão orçamentária antes da
divulgação do edital (art. 169, § 1º, I e II, CF). 5. Recurso ordinário provido para conceder a segurança [18].
(sem destaque no original).
ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. VAGA
ANUNCIADA NO EDITAL E NÃO PREENCHIDA. ATO VINCULADO. TRIBUNAL PLENO. SESSÃO
ADMINISTRATIVA. INTERESSE NO PREENCHIMENTO DAS VAGAS EXISTENTES. NOMEAÇÃO DA
RECORRENTE, PRÓXIMA DA LISTA CLASSIFICATÓRIA A SER CONVOCADA. DIREITO LÍQUIDO E CERTO.
ORDEM CONCEDIDA. 1. Em tema de concurso público, é cediço que o Edital é lei entre as partes,
estabelecendo regras às quais estão vinculados tanto a Administração quanto os candidatos. 2. Veiculado
no instrumento convocatório o quantitativo de cargos vagos a serem disputados no certame, bem como
restando evidenciado, posteriormente, o interesse no preenchimento das vagas existentes, ante
manifestação do Tribunal Pleno da Corte de origem, em sessão administrativa, IMPORTA EM LESÃO A
DIREITO LÍQUIDO E CERTO A OMISSÃO EM SE NOMEAR CANDIDATO APROVADO, próximo na lista
classificatória. 3. É o que ocorre no caso dos autos, em que a Recorrente restou enquadrada dentro das
vagas originalmente ofertadas em face de uma renúncia à nomeação e de uma exoneração. Contudo,
expirou-se o prazo de validade do concurso, tendo sido preenchidas apenas 3 (três), das 4 (quatro) vagas
anunciadas no edital. Resta, evidenciado, portanto, a violação ao direito subjetivo da Impetrante à
nomeação. 4. Recurso conhecido e provido. [19]. (sem destaque no original).
Servidor público. Concurso para o cargo de fonoaudiológo da Universidade Federal da Paraíba. Edital com
previsão de apenas uma vaga. Candidata aprovada em primeiro lugar. Direito líquido e certo à nomeação e à
posse. 1. O concurso representa uma promessa do Estado, mas promessa que o obriga – o Estado se
obriga ao aproveitamento de acordo com o número de vagas. 2. O candidato aprovado em concurso
público, dentro do número de vagas previstas em edital, como na hipótese, possui não simples
expectativa, e sim direito mesmo e completo, a saber, direito à nomeação e à posse. Precedentes. 3.
Segurança concedida [20]. (sem destaque no original).

No mesmo sentido a jurisprudência:


DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. NOMEAÇÃO DE APROVADOS EM CONCURSO PÚBLICO.
EXISTÊNCIA DE VAGAS PARA CARGO PÚBLICO COM LISTA DE APROVADOS EM CONCURSO VIGENTE:
DIREITO ADQUIRIDO E EXPECTATIVA DE DIREITO. DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. RECUSA DA
ADMINISTRAÇÃO EM PROVER CARGOS VAGOS: NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO. ARTIGOS 37, INCISOS II E IV,
DA CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Os
candidatos aprovados em concurso público têm direito subjetivo à nomeação para a posse que vier a ser
dada nos cargos vagos existentes ou nos que vierem a vagar no prazo de validade do concurso. (...) [21];
(sem destaque no original).
(...) a partir da veiculação, pelo instrumento convocatório, da necessidade de a Administração prover
determinado número de vagas, a nomeação e a posse, que seriam, a princípio, atos discricionários, de
acordo com a necessidade do serviço público, tornam-se vinculados, gerando, em contrapartida, direito
subjetivo para o candidato aprovado dentro do número de vagas previstas em edital [22].
MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO APROVADO DENTRO DO NÚMERO DE
VAGAS. DIREITO LÍQUIDO E CERTO À NOMEAÇÃO. ALEGAÇÃO DE ERRO NA PREVISÃO DA VAGA. MOTIVO
INSUFICIENTE PARA AFASTAR A NOMEAÇÃO. I. Ao realizar concurso público divulgando a existência de vaga
para determinado cargo a Administração Pública revelou o interesse e necessidade de seu provimento,
gerando à impetrante direito líquido e certo à nomeação, uma vez que aprovada em primeiro lugar no
certame. II - "DIREITO À NOMEAÇÃO. CANDIDATO APROVADO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS
NO EDITAL. Dentro do prazo de validade do concurso, a Administração poderá escolher o momento no
qual se realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação, a qual, de acordo com o
edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e, dessa forma, um dever imposto ao poder
público. Uma vez publicado o edital do concurso com número específico de vagas, o ato da Administração
que declara os candidatos aprovados no certame cria um dever de nomeação para a própria
Administração e, portanto, um direito à nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse
número de vagas"(RE 598099, Relator (a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 10/08/2011,
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-189 DIVULG 30-09-2011 PUBLIC 03-10-2011 EMENT VOL-02599-03 PP-
00314). III - Equívoco da Administração por fatos anteriores ao Edital - a existência de candidato aprovado
para o mesmo cargo em certame anterior ainda válido - não constitui motivo suficiente para afastar o direito
subjetivo à nomeação. IV - Remessa oficial não provida [23]. (sem destaque no original).

Portanto, é irrefutá vel o direito da Impetrante de ser nomeada para o


cargo de Professora de Ensino Superior para a Área/Matéria de .... Razão pela
qual, se impõe a sua imediata nomeação, sendo que esta nomeação compete aos
Impetrados.
Outrossim, cumpre destacar que não há mais espaços para ingerências
administrativas. Ou seja, resumidamente, nã o é crível que os Impetrados criem
expedientes inú teis e sem qualquer eficá cia, como ocorreu no caso em tela. Haja vista
que a realizaçã o de Concurso Pú blico pelos Impetrados sem a intenção de contratar
os candidatos aprovados dentro do número de vagas é NO MÍNIMO
DESPERDÍCIO DO ERÁRIO PÚBLICO, qual não pode ser tolerado, sobretudo nos
dias dia hoje.
Ressalta-se que, as informaçõ es trazidas aos autos pela Impetrante além
da causar indignaçã o ao ora peticioná rio, também merecem investigaçõ es mais
aprofundada, por parte do Ministério Pú blico, a fim de que as condutas ilícitas
perpetradas pelos Impetrados sejam devidamente apuradas.
II. 3 – Da Liminar
Diante de tudo que o fora exposto, conclui-se de forma inequívoca que
sobram razõ es para que seja concedida a medida liminar a Impetrante no sentido de
determinar a sua imediata nomeação para a sua vaga na Área/Matéria de ..., posto
que a mesma foi aprovada no ... CONCURSO PÚBLICO DE PROVAS DE TÍTULOS
PARA PROVIMENTO DO CARGO DE PROFESSOR DE ENSINO SUPERIOR realizado
pela Universidade ....
Os danos suportados pela Impetrante saltam aos olhos, posto que a
mesma está trabalhando como professora temporá ria junto a Universidade X...,
mesmo estando aprovado no ... CONCURSO PÚBLICO DE PROVAS DE TÍTULOS
PARA PROVIMENTO DO CARGO DE PROFESSOR DE ENSINO SUPERIOR.
Por oportuno, cumpre destacar que, para a posse da Impetrante no cargo
de professor efetivo de ... falta apenas à expediçã o de decreto nomeando a Impetrante,
sendo que todos os demais procedimentos para investidura no cargo (apresentaçã o
de documentos e realizaçã o de exames médicos) já foram realizados.
Assim, diante dos motivos narrados supra, estã o presentes os requisitos
ensejadores da medida liminar inaudita altera pars, pois nã o restam dú vidas, quanto
ao direito da Impetrante de ser nomeada e os danos que o mesmo está suportando.
III - DOS PEDIDOS
Na conformidade do exposto, requer:
a) Seja deferida a medida liminar inaudita altera pars, a fim de determinar
à imediata nomeação da Impetrante no cargo de Professora Efetiva da
Área/matéria de ..., Campus de ..., sob pena de multa diá ria, a ser fixada ao critério
prudente de Vossa Excelência em favor da Impetrante;
b) Cumulativamente, havendo recalcitraçã o, seja o responsá vel,
responsabilizado por crime de desobediência, nos termos do artigo 26 da Lei de
12.016 de 2009;
c) Requer a notificaçã o dos Impetrados, para que, no prazo de 10 dias,
prestem as informaçõ es necessá rias, nos termos do artigo 7º da Lei 12.016 de 2009;
d) O patrono da Impetrante, sob a égide do artigo 425, IV, do Có digo de
Processo Civil, declara como autênticos todos os documentos imersos com esta
inaugural;
e) Seja ao final, confirmada à segurança, nos termos ora formulados,
ratificando-se os termos da liminar requerida, de forma a conceder em cará ter
definitivo à vaga no cargo de Professora Efetiva da Área/matéria de ..., Campus de
...;
f) Seja ouvido o Ó rgã o do Ministério Pú blico, no prazo de dez dias, nos
termos do artigo 12 da Lei 12016 de 2009;
g) Indica a parte Impetrante que a presente açã o mandamental é
apresentada em três vias da inicial, com os mesmos documentos que a
acompanharam, nos termos do artigo 6º da Lei 12.016 de 2009;
h) Dá -se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).
Nestes termos, pede Deferimento.
Salto do Lontra, .. de ... de 20....
RAFAEL KOLONETZ
OAB/PR 65.094
[1] Art. 90. À s Câ maras Cíveis serã o distribuídos os feitos atinentes a matéria de sua
especializaçã o, assim classificada: (...); II - à Quarta e à Quinta Câ mara Cível: h)
Mandados de segurança e de injunçã o contra atos ou omissõ es de agentes ou ó rgã os
pú blicos, ressalvada outra especializaçã o; (...);
[2] doc. 01. Procuraçã o Ad Juditia;
doc. 02 – RG e CPF;
doc. 03 – Comprovante de residência;
[3] doc. 04 - Edital de Abertura de Inscriçõ es ...– ;
[4] doc. 05 – Resultado Final – Concurso ....;
[5] doc. 06 – Convocaçã o – ...;
doc. 07 - Nomeaçã o - – Diá rio Oficial – ...;
doc. 08 – Posse – ...;
[6] doc. 09 - Resoluçã o n.º ..., de ... de ... de 20...;
[7] doc. 10 - Resoluçã o n.º ..., .. 066 6 de ... de 20...;
[8] doc. 11 - Ato Executivo n.º ... – ...;
[9] doc. 12 - Resoluçã o nº. ... de ... de ... de 20.... Prorrogaçã o do prazo de validade do
Concurso;
[10] doc. 13 - Convocaçã o – ... - Edital ..2000...-..;
[11] doc. 15 - Edital Aptidã o - EDITAL N.º ...200...-;
[12] (...) somente com o término da validade do concurso é que teríamos o início da
contagem do prazo de 120 dias para a impetraçã o de mandado de segurança dirigido
contra ato omissivo da autoridade coatora, que se furtou em nomear o candidato no
cargo para o qual fora aprovado (...); (STJ, AgRg no RMS 36.299/SP, Rel. Min. CASTRO
MEIRA, Segunda Turma, DJe 21/8/12);
[13] Nesse sentido, cristalino é o entendimento do Supremo Tribunal Federal, cuja
transcriçã o, a seguir, de trecho da ementa do precedente RMS 24.551, Rel. Min. Ellen
Gracie, 2ª Turma, DJ 27.10.2003, nã o deixa dú vidas: (...) 1. O prazo decadencial para
se impetrar mandado de segurança com o objetivo de obter nomeação de
servidor público se inicia a partir do término do prazo de validade do concurso.
(...). (sem destaque no original);
[14] TJ-RS - AGV: 70040463606 RS, Relator: Rogerio Gesta Leal, Data de Julgamento:
26/05/2011, Terceira Câ mara Cível, Data de Publicaçã o: Diá rio da Justiça do dia
01/08/2011;
[15] TJ-PR - MS: 12790191 PR 1279019-1 (Acó rdã o), Relator: Telmo Cherem, Data de
Julgamento: 30/03/2015, Ó rgã o Especial, Data de Publicaçã o: DJ: 1542 09/04/2015;
[16] RE 598099, Relator (a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em
10/08/2011, REPERCUSSÃO GERAL – MÉ RITO DJe-189 DIVULG 30-09-2011 PUBLIC
03-10-2011 EMENT VOL-02599-03 PP-00314;
[17] Processo: RMS 20718/SP - Relator (a): Ministro PAULO MEDINA (1121) -
Órgão Julgador: T6 - SEXTA TURMA - Data do Julgamento: 04/12/2007;
[18] STJ - RMS: 27311 AM 2008/0151964-2, Relator: Ministro JORGE MUSSI, Data de
Julgamento: 04/08/2009, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicaçã o: DJe 08/09/2009;
[19] STJ – RMS 26426/AL – Relatora Ministra Laurita Vaz, Quinta Turma, DJ
19/12/2009;
[20] STJ – MS 10381DF – Rel. Ministro Nilson Naves, Terceira seçã o, DJ 24/0409;
[21] RE227.4800-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 21.8.2009;
[22] STJ – RMS 22597/MG – Relatora Ministra Jane Silva, julgado em 12 de junho de
2008.
[23] TRF-1 - REOMS: 69394620114014300 TO 0006939-46.2011.4.01.4300, Relator:
DESEMBARGADOR FEDERAL JIRAIR ARAM MEGUERIAN, Data de Julgamento:
20/09/2013, SEXTA TURMA, Data de Publicaçã o: e-DJF1 p.104 de 10/10/2013;

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