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1. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA
Inicialmente, pede que sejam deferidos os benefícios da Justiça Gratuita, com fulcro
na Lei nº 1.060/50, vez que a Autora não possui condições de arcar com as custas processuais
e honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento e do de sua família, razão pela
qual é assistida pela Defensoria Pública do Estado da Bahia.
2. DOS FATOS
Ademais, eram previstas 05 (cinco) vagas para a função de auxiliar (FUNÇÃO), para
o local de trabalho de Salvador, o que colocou a Autora apenas na expectativa de ser
convocada.
Frise-se que o processo seletivo simplificado foi executado pelo (NOME), através do
Departamento (NOME), nos termos do edital em anexo, bem como que se trata de seleção
para contratação por tempo determinado, em Regime Especial de Direito Administrativo –
REDA.
Acontece que, para surpresa da Autora, passados quase 07 (sete) meses de sua
aprovação e homologação do processo seletivo simplificado, aquela teve conhecimento de
que a convocação teria ocorrido exclusivamente no Diário Oficial do Estado da Bahia, no dia
19 de junho de 2011, não tendo sido utilizados outros instrumentos de convocação, a exemplo
do correio, e-mail ou contato telefônico.
Nestes termos, o Edital que tinha por finalidade a convocação dos aprovados, indicava
a necessidade de apresentar diversos documentos, a exemplo de cópias de RG, CPF, Título de
Eleitor, comprovante de votação e demais documentos, tendo a Autora deixado de comparecer
em 19 de junho de 2013, data agendada para apresentação da documentação e contratação
pelo Regime Especial de Direito Administrativo – REDA.
Rua Arquimedes Gonçalves, 331, Jardim Baiano, Salvador/BA, CEP: 40110-050. 2
Além da publicação no Diário Oficial do Estado da Bahia, não se tentou mais
nenhuma forma de localização da Autora, o que implicou enormes prejuízos a mesma, já que
não teve conhecimento de sua convocação. Deve-se registrar que existem outros meios de
convocação dos aprovados em processo seletivo e a Secretaria da de Administração
Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia deveria ter esgotado os mesmos.
Com efeito, o prazo da Autora para ser contratada pelo Regime Especial de Direito
Administrativo – REDA ocorreu exclusivamente no dia 19 de junho de 2013, ou seja, em
apenas um dia.
Tal ato é ilegal e arbitrário somente restando a via judicial para repor o mais
rapidamente possível o direito violado da Autora, qual seja, garantir sua vaga no processo
seletivo simplificado previsto no Edital nº (NÚMERO), da Secretária de Administração
Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia, para a função (FUNÇÃO).
3. DO DIREITO
3.1. DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
O direito da Autora está livre de qualquer dúvida razoável, dada a evidência de plano
pela simples análise do edital do concurso e da argumentação fática aqui esposada.
Resta violado também o princípio da confiança, uma vez que gerou na Autora uma
expectativa legítima de convocação através de outros meios existentes hodiernamente. A
proteção da confiança é necessária para estabilização das relações entre a Administração
Pública e os administrados.
A chamada dos aprovados para contratação através de uma única forma viola o
princípio da isonomia e da efetiva publicidade, pois a Autora confiou na sua convocação,
portanto, agiu da mais pura boa-fé.
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A publicidade é um princípio inerente ao Estado Democrático de Direito. A eficácia
dos atos administrativos fica condicionada a efetiva publicidade dos seus atos, que não se
resume a mera publicação de atos no Diário Oficial, pois exige ampla divulgação dos atos
administrativos, inclusive por meio de outros atos reconhecidamente utilizados na sociedade
moderna.
Não é razoável que uma pessoa acompanhe através do Diário Oficial, diariamente,
pelo lapso de quase 01 ano, uma publicação oficial, no aguardo da convocação de um
concurso realizado, mormente quando é realizado em fases.
Por outro lado, o edital do concurso não previu a convocação exclusivamente por
meio do Diário Oficial do Estado da Bahia, tendo em vista que previu este como uma das
formas de convocação. Para tanto, o Superior Tribunal de Justiça:
Assim, na linha dos precedentes, a ação deve ser julgada procedente para reconhecer a
Após análise dos fatos e das provas colacionadas a presente inicial, não surgem
dúvidas de que a Autora não atendeu ao prazo de apresentação da documentação para
contratação pelo regime especial de Direito Administrativo – REDA, por culpa exclusiva da
metodologia de convocação dos aprovados no concurso pela Secretária de Administração
Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia, portanto, presente está a prova
inequívoca dos fatos articulados.
Se a Autora tiver que aguardar o final da ação, após todas as fases processuais e
recursos cabíveis, provavelmente, não suportará tamanha aflição em aguardar a prestação
jurisdicional definitiva.
c) Que seja o pedido de liminar, acima formulado, deferido, inaudita altera pars,
para determinar que o Réu convoque novamente a Autora para entregar a documentação
pertinente a função de (FUNÇÃO), da Secretária de Administração Penitenciária e
Ressocialização do Estado da Bahia, através de todos os meios de comunicação disponíveis,
bem como que determine a contratação da Autora pelo regime especial de direito
administrativo, com a percepção da remuneração e demais vantagens atinentes a função, sob
pena de multa diária no valor de R$1.000,00 (hum mil reais), na hipótese de descumprimento,
tendo em vista a flagrante violação do seu direito;
Nestes termos,
Pede Deferimento