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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA

COMARCA DE BRASÍLIA/DF

APELANTE: ALBINO MODKOVSKI

APELADA: TIM S.A.

Processo de Origem nº 0744683-43.2022.8.07.0001

ALBINO MODKOVSKI, brasileiro, separado de fato, autônomo, inscrito no CPF


sob o nº 677.390.599-00, portador da CI 57383887, endereço eletrônico
albinomodkovski@hotmail.com.br, fone (61) 9 9563-8368, residente e domiciliada na QE 30,
Conjunto S13, Guara II, Brasília-DF, CEP 71065-190.por suas advogadas e bastante
procuradoras (instrumento de mandato incluso), com escritório profissional localizado no
endereço presente no rodapé da página, onde recebem comunicações de estilo, que esta
subscrevem, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a
sentença evento 42, com fulcro no artigo 1.009 do Código de Processo Civil, interpor a
presente

APELAÇÃO

tendo como apelada TIM S.A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº
02.421.421/0001-11, endereço eletrônico tim@timbrasil.com.br , telefone (21) 4119-8899,
com endereço comercial na AV JOAO CABRAL DE MELLO NETO, nº 850, Bairro BARRA
DA TIJUCA, Rio de Janeiro/RJ, CEP 22.775- 057

Requer, assim, a intimação das apeladas para, querendo, contrarrazoar e, após, a


remessa dos autos ao Tribunal de Justiça, para recebimento, conhecimento e provimento do
recurso.

Termos em que, pede deferimento.

Goiânia/GO, 15 de April de 2023.


Jenifer Giacomini Elizângela Melo

OAB/GO 60.076 OAB/GO 31.995

OAB/DF 71.365
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

RAZÕES DE APELAÇÃO
APELANTE: ALBINO MODKOVSKI

APELADA: TIM S.A.

Processo de Origem nº 0744683-43.2022.8.07.0001

EGRÉGIO TRIBUNAL

COLENDA CÂMARA

DOUTO RELATOR:

O apelante ajuizou ação de declaratória de inexigibilidade da dívida pela ocorrência da


prescrição c.c. obrigação de fazer, indenização por danos morais e antecipação de tutela,
buscando exclusão dos débitos inseridos como “contas atrasadas” na plataforma SERASA
LIMPA NOME em nome da mesma, em razão da prescrição.

A sentença do ID 153035084 julgou improcedentes os pedidos, considerando que não


há comprovação de que a baixa do score ocorreu por causa desta dívida, tampouco que o
nome da autora foi divulgado para terceiros. 
Tal decisão merece ser reformada, conforme será demonstrado a seguir, motivo pelo
qual move o presente recurso.

1. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE

O Recurso de Apelação é cabível e adequado, visto se tratar sentença, com previsão


expressa no art. 1.009, do CPC.
Também é manejado pela parte legítima, sucumbente e devidamente representada.
Deixa de efetuar o preparo recursal eis que beneficiário da gratuidade da justiça,
comprovada nos autos iniciais.
A apelação é tempestiva, no prazo legal do art. 1.003 do CPC, pois sentença foi
publicada em 21.03.2023.

2. DA EXPOSIÇÃO DO FATO E DA DECISÃO RECORRIDA

O O apelante ajuizou ação de declaratória de inexigibilidade da dívida pela ocorrência


da prescrição c.c. obrigação de fazer, indenização por danos morais e antecipação de tutela,
buscando exclusão dos débitos inseridos como “contas atrasadas” na plataforma SERASA
LIMPA NOME em nome da mesma, em razão da prescrição.
No caso dos autos, o apelante, está com seu nome cadastrado na SERASA -
plataforma web SERASA LIMPA NOME, banco de dados do órgão mantenedor de cadastros
negativos na área destinada a contas atrasadas, em razão de débito oriundo do contrato TIM nº
RMCA00000000001521573326, no valor de R$ 119,90, vencido em 20/08/2016 e contrato
TIM nº RMCA00000000001548385886, no valor de R$ 11,61, vencido em 20/09/2016.
Contudo, tal dívida encontra-se registrada no banco de dados do SERASA após o prazo de 5
anos de seu vencimento, conduta esta que ofende o disposto no art.43 do CDC e enseja a
indenização por danos morais.
Ocorre que o juízo “a quo”, em sede de sentença, julgou improcedentes os pedidos,
considerando que não há comprovação de que a baixa do score ocorreu por causa desta
dívida, tampouco que o nome do autor foi divulgado para terceiros. 
Entretanto, merece ser reformada a presente decisão pelos fundamentos que se expõe a
seguir.

3. DAS RAZÕES DA REFORMA

Inicialmente, cumpre ressaltar que objeto do presente feito não trata sobre a
negativação nos órgãos habituais de proteção ao crédito SERASA/SPC, mas sim da inclusão
de dívida já prescrita em nome do autor na plataforma online SERASA LIMPA NOME,
banco de dados mantido pelo SERASA, como contas atrasadas.
Ademais, conforme bem delineado na sentença recorrida, sabe-se que que é possível a
cobrança extrajudicial de dívida prescrita, entretanto, desde que tal cobrança não seja
abusiva ou vexatória.

Isto é, a cobrança não pode implicar na publicidade da dívida, devendo ser


procedida do modo mais restrito possível, o que não ocorreu no presente caso, em que a
dívida prescrita foi publicada através da plataforma SERASA LIMPA NOME.

Nesse sentido:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO – Pretensão a que
o Réu seja coibido de proceder à cobrança extrajudicial da dívida, em razão da
prescrição – A prescrição extingue o direito do credor à pretensão ao cumprimento
da obrigação, mas não implica extinção da dívida – É possível a mera cobrança
extrajudicial, de forma que não implique na publicidade da dívida e não seja
abusiva, procedendo-se do modo mais restrito possível, ônus decorrente da
perda da pretensão pela inércia - Recurso não provido. (TJSP; Apelação Cível
1001365-95.2019.8.26.0264; Relator (a): Mario de Oliveira; Órgão Julgador: 38ª
Câmara de Direito Privado; Foro de Itajobi - Vara Única; Data do Julgamento:
09/08/2021; Data de Registro: 09/08/2021).

No caso dos autos, as dívidas da apelante inseridas na plataforma SERASA LIMPA


NOME estão prescritas para a cobrança judicial, pois vencidas em 2010, isto é, há mais de 5
anos (art. 206, § 5º, I, do Código Civil).
A prescrição envolve a perda da exigibilidade da obrigação e, por conseguinte, impede
a inclusão ou manutenção do nome do devedor em órgão de proteção ao crédito, conforme
estabelece o artigo 43, parágrafo 5º, do Código de Defesa do Consumidor:

Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às
informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de
consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.

(...) § 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não


serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer
informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos
fornecedores.

No mesmo sentido, o artigo 43, §1º do CDC é claro ao dispor que os CADASTROS
DE CONSUMIDORES não podem conter informações negativas referentes a período
superior a cinco anos
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às
informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de
consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.

§ 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros


e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas
referentes a período superior a cinco anos.

Isto é, tal artigo se refere a qualquer plataforma ou canal de proteção ao crédito


que contenha cadastro de dados de consumidores. Assim, sendo a plataforma LIMPA
NOME um banco de dados mantido pelo SERASA, se configurando, portanto, como
CADASTRO DE CONSUMIDORES, a mesma também não pode manter informações
negativas referentes ao consumidor por tempo superior a 5 anos, logo, se torna ilegal a
publicidade de dívidas vencidas há mais de 5 anos, isto é, prescritas, através da plataforma
LIMPA NOME.
Nessa linha:

DIREITO DO CONSUMIDOR. DÍVIDA PRESCRITA. EXCLUSÃO DO


CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. SERASA LIMPA NOME.
HONORÁRIOS. SENTENÇA REFORMADA. 1. A prescrição envolve a perda da
exigibilidade da obrigação e, por conseguinte, impede a inclusão ou manutenção do
nome do devedor em órgão de proteção ao crédito, conforme estabelece o artigo 43,
parágrafo 5º, do Código de Defesa do Consumidor. 2. A manutenção de
informações desabonadoras do consumidor relativamente a dívida já prescrita
em bancos de dados de órgãos de proteção ao crédito (como o "SERASA
LIMPA NOME") configura tentativa de burla ao instituto da prescrição, pois,
por meio de tal prática, o credor tenta forçar o consumidor a pagar o débito,
sob pena de prejuízos ao score de crédito e de penalização perpétua do devedor.
3. Se o apelado deu causa ao processo ao inscrever dívida prescrita em banco de
dados de órgão de proteção ao crédito, sendo integralmente sucumbente na
demanda, ele deve arcar com a integralidade dos ônus de sucumbência, nos termos
do artigo 85, parágrafo 2º, do Código de Processo Civil. 4. Recurso conhecido e
provido. (Acórdão 1363617, 07394321520208070001, Relator: EUSTÁQUIO DE
CASTRO, 8ª Turma Cível, data de julgamento: 12/8/2021, publicado no DJE:
25/8/2021. Pág.: Sem Página Cadastrada.).

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. DÍVIDA PRESCRITA.


CADASTRO. SERASA LIMPA NOME. SCORE DE CRÉDITO. BURLA A
PRESCRIÇÃO. EXCLUSÃO. HONORÁRIOS. SENTENÇA MANTIDA 1 A
prescrição impede inclusão ou manutenção do nome do devedor em órgão de
proteção ao crédito, conforme art. 43, § 5º do Código de Defesa do Consumidor. 1.1
Anotação do nome da autora na plataforma ?SERASA Limpa Nome?, que
mantém registro de inadimplência do consumidor por tempo indeterminado,
interferindo negativamente no score de crédito, diminuindo a pontuação do
devedor (FONTE: https://www.serasa.com.br/ensina/aumentar-score/o-que-e-score-
de-credito/). 1.2. ?A manutenção de informações desabonadoras do consumidor
relativamente a dívida já prescrita em bancos de dados de órgãos de proteção
ao crédito (como o ?SERASA LIMPA NOME?) configura tentativa de burla ao
instituto da prescrição, pois, por meio de tal prática, o credor tenta forçar o
consumidor a pagar o débito, sob pena de prejuízos ao score de crédito e de
penalização perpétua do devedor.? (Acórdão 1363617, 07394321520208070001,
Relator: EUSTÁQUIO DE CASTRO, 8ª Turma Cível, data de julgamento:
12/8/2021, publicado no DJE: 25/8/2021. Pág.: Sem Página Cadastrada.) 2. Mantida
a sentença, não há que se falar em alteração dos ônus sucumbenciais 3. Recurso
conhecido e desprovido. (AC 0705208-81.2021.8.07.0012, TJDFT, 5ª Turma Cível,
Relatora MARIA IVATÔNIA, Publicado no DJE : 06/06/2022).

Assim, embora legítima a inscrição, pelo credor, do nome do devedor em cadastro de


inadimplentes, a manutenção dessa restrição creditícia após o prazo de 5 anos configura
manifesto ato ilícito.
A Súmula nº 323 do STJ, trata do prazo de manutenção da inscrição de nomes em
cadastros de inadimplentes dos serviços de proteção ao crédito, diante do que pontua os §§ 1º
e 5º do art. 43 do Código de Defesa do Consumidor. Vejamos:

“A inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos serviços de proteção ao


crédito até o prazo máximo de cinco anos, independentemente da prescrição da
execução". (S. 323).

Ora, se o § 1º do artigo 43 do CDC veda a manutenção de informações negativas por


período superior a cinco anos e o § 5º impede a inserção de QUAISQUER
INFORMAÇÕES que possam dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores, logo,
a dívida prescrita não é passível de publicidade por meio dos bancos de dados das
empresas de proteção ao crédito, como a plataforma LIMPA NOME. Assim, tendo em vista
que a dívida está prescrita, a manutenção das informações no campo de “contas atrasadas”
após este prazo é, portanto, indevida.
Dessa forma, o CDC inibe anotações “perpétuas”, pois, caso contrário, bastaria que
as inscrições desabonadoras passassem de um banco de dados para outro para se reiniciar o
prazo de 05 (cinco) anos.
Sendo assim, estando demonstrado que as anotações superaram, e muito, o prazo
legal, está evidenciada a inexigibilidade da dívida através da plataforma LIMPA
NOME e a abusividade na conduta das apeladas, o que gera o dever de indenizar pelos
danos morais causados.
Em que pese o cadastro do SERASA CONSUMIDOR não seja propriamente dito o
registro sensório, como é o caso do tão conhecido SERASA/SCPC, é de se reconhecer que
aquele cadastro também interfere na imagem do consumidor perante o mercado
financeiro, isto porque, as informações registradas no SERASA LIMPA NOME refletem
DIRETAMENTE NO PERFIL do consumidor e no SCORE.
Prova disso é a própria POLÍTICA DE PRIVACIDADE do banco de dados, que os
usuários são obrigados a concordar para ter acesso -
https://www.serasaconsumidor.com.br/politicas-do-site, vejam-se as disposições:

1. Informações gerais sobre a nossa atividade: Somos uma empresa de banco de


dados que reúne e presta informações para apoiar empresas e consumidores por
meio de soluções para gestão de risco de crédito, para facilitar o acesso ao crédito,
educação financeira, marketing e certificação digital. Os dados reunidos em nosso
banco de dados podem ser coletados de fontes oficiais, públicas, privadas (clientes e
parceiros) ou informados por você, em conformidade com a lei, baseado no legítimo
interesse dos bancos de dados ou de terceiro, na proteção ao crédito, para o
cumprimento de obrigação contratual, regulatória ou legal ou no seu Consentimento.

2. Dados coletados e finalidade do tratamento: (...) Os Dados Pessoais são


coletados, em geral, para: i) autenticação da sua identidade; ii) proteção ao
crédito, a fim de apoiar a realização de negócios, análises de risco de crédito,
administrar carteira de clientes, gerenciar cobrança e prevenir fraudes; e iii)
promover nossas ações de marketing e dos nossos clientes e/ou parceiros,
conforme detalhado nos tópicos a seguir: (...)

C. Coletamos Dados do Dispositivo e as informações de histórico de crédito,


inclusive os referentes a transações com instituições financeiras, nos termos da lei,
fornecidos a nós ou captados por nós de quaisquer fontes, para atualização de nossa
base de dados, como insumo para as nossas soluções, os quais poderão ser
utilizados por nós e disponibilizados aos nossos clientes ou parceiros, dentre os
quais a Clear Sale, empresa privada inscrita no CNPJ 03.802.115/0001-98 para:
- subsidiar análises de risco de crédito, para a concessão de crédito, o seu
acompanhamento e cobrança, para a realização de negócios e prevenção à fraude;
- oferecer serviços/produtos e possibilitar nossas ações de marketing e/ou de nossos
clientes e parceiros, bem como para fins de pesquisas de satisfação e para
campanhas com ofertas promocionais das nossas soluções e/ou de nossos clientes e
parceiros.
d. O cálculo periódico e automático do seu Serasa Score poderá ser armazenado para
a formação do seu histórico de scores calculados desde abril de 2017 e alertas de
monitoramento poderão ser enviados para a sua visualização, com a finalidade de
permitir que você acompanhe a evolução do seu risco de crédito
(...)
4. Armazenamento dos Dados Pessoais: Os seus Dados Pessoais ficam
armazenados em nosso sistema para fins legais e comerciais, conforme esclarecido
neste documento, sendo sua responsável a Serasa S/A, pessoa jurídica de direito
privado, com estabelecimento na Alameda dos Quinimuras, 187, Planalto Paulista,
CEP 04068-900, São Paulo/SP, e na Rua Dr. Heitor José Reali, 360, Distrito
Industrial Miguel Abdelnur, CEP 13571-385, São Carlos/SP.

Assim, resta claro que terceiros tem acesso às informações registradas nos bancos
de dados dos serviços de proteção ao crédito, conforme informação extraída dos próprios
Termos de Uso e Políticas de Privacidade da Serasa, inserido no sítio eletrônico do órgão.
Confira-se:
5. A quem a Serasa Experian disponibiliza os dados coletados?

A Serasa Experian trata apenas os Dados que entende serem os mínimos necessários
para cada finalidade e, em razão disso, poderá disponibilizar seus Dados apenas para
as pessoas e empresas que consultam os serviços da Serasa Experian para as
finalidades descritas no item 3, acima.

A Serasa Experian também pode disponibilizar os Dados, quando estritamente


necessário, a (i) empresas do grupo Experian que gerenciam algumas partes dos
serviços, (ii) fornecedores e (iii) revendedores, distribuidores e agentes
envolvidos na prestação dos serviços. (g.n)

Ou seja, o débito do consumidor junto à SERASA LIMPA NOME pode sim ser
disponibilizado a terceiros e, principalmente, vai influenciar de forma negativa a
pontuação do “score” da mesma. Tanto que foi criada ferramenta - "Serasa Turbo", como
incentivo de quitação de débitos para aumentar a pontuação. Vejamos:

- Score Turbo
O Serasa Turbo é uma bonificação de pontuação no Serasa Score que pode ser
alcançada por meio da negociação e pagamento de acordos disponíveis no Serasa
Limpa Nome com pontos Turbo ou por outros meios e funcionalidades
desenvolvidos pela Serasa e informados em termos e materiais específicos.
Para manutenção dos pontos adquiridos é necessário negociar todos os acordos
disponíveis com pontos Turbo no Serasa Limpa Nome e não atrasar qualquer
pagamento, pois a quebra do acordo acarretará a perda da bonificação do Turbo.
Além disso, os pontos Turbo também podem ser perdidos se houver a
disponibilização de novas propostas de acordo pelos seus credores no Serasa Limpa
Nome ou caso seja incluída uma nova dívida em seu CPF no cadastro de
inadimplentes da Serasa Experian.
A pontuação decorrente das bonificações geradas pelo Turbo a partir de negociações
no Serasa Limpa Nome é concedida após a confirmação pelo credor do pagamento
do acordo.
As variações do Serasa Score decorrentes de outros fatores que podem impactar o
cálculo da pontuação de crédito continuarão ocorrendo normalmente.

Portanto, as anotações contidas no SERASA LIMPA NOME possuem publicidade


e validade perante o mercado financeiro, rotulando o consumidor como MAU PAGADOR,
constituindo clara ofensa ao artigo 43 do CDC, o qual determina que nenhuma informação
negativa do consumidor poderá ser mantida em cadastro de consumidores após o prazo
prescricional de 5 anos.
O que se questiona aqui é MEIO DE COBRANÇA POR ÓRGÃO DE PROTEÇÃO
AO CRÉDITO e já foi largamente demonstrado que essas informações são acessadas por
terceiros.
Além disso, o acesso a essa plataforma não é distinto, é o mesmo login para acesso
tanto às restrições quanto às negativações, tudo em um mesmo banco de dados.
Na primeira figura estamos na propaganda LIMPA NOME:
Na sequência, é direcionado ao site do SERASA usual, onde, na MESMA
PLATAFORMA, consta Finanças, Negativadas e Dívidas em Atraso, onde se registram as
Prescritas.

Então, segue-se para o famigerado LIMPA NOME, que nada mais é do que um tópico
dentro do próprio banco de dados do SERASA, portanto, VEDADO informações de dívidas
prescritas.
Se não bastasse isso as cobranças dessas dívidas já prescritas são feitas em nome do
próprio SERASA.
Também há de se ressaltar as grandiosas campanhas veiculadas através de anúncios
nas plataformas de mídias e redes sociais, todas manuseadas pelo órgão de proteção ao crédito
SERASA, “SERASA anuncia campanha para limpar nome –Contas Atrasadas-”:

Ao serem inseridas as dívidas prescritas em seu cadastro os consumidores tem


recebido avisos de mudança e/ou baixa no score, através de e-mails, SMSs, veja:
Veja que tal intuito está em descordo com o artigo 43, § 1º, o qual inibe anotações
“perpétuas”, pois, caso contrário, bastaria que as inscrições desabonadoras passassem de um
banco de dados para outro ou para um banco de dados novo para se reiniciar o prazo de 05
(cinco) anos.
Recentemente, o número de casos semelhantes aumentou, bem como a caracterização
do dano é nítida, que não só afeta o nome do consumidor, como também a sua proteção de
dados, os quais estão passando de empresa em empresa, ligadas ao banco de dados do
SERASA, com parcerias milionárias, as quais estão sendo “vendadas” com o nome
PLATAFORMA LIMPA NOME, sendo que tal local é no banco de dados do próprio órgão
mantenedor:

Fonte: https://www.jota.info/coberturas-especiais/protecao-de-dados/lgpd-prescricao-de-dividas-se-destaca-em-
casos-de-protecao-de-dados-no-tjsp-24052022?
utm_campaign=jota_info__ultimas_noticias__destaques__24052022&utm_medium=email&utm_source=RD+St
ation .
Veja que a decisão fora reformada no sentido de que a dívida está prescrita e não pode
ser cobrada através de órgão de proteção ao crédito, bem como isso interfere no nome do
consumidor e prejudica o seu Score:

“O fato, na análise do relator, desembargador Ramon Mateo Júnior, constitui ato


ilícito que gera o dano imaterial, “pois ainda que não gere a negativação do nome
do devedor e abalo de crédito, enseja a configuração de dano moral pela angústia e
preocupação que causa à pessoa cobrada indevidamente, como se a dívida e a sua
exigibilidade fosse eterna”. O magistrado lembrou que a LGPD obriga o
controlador ou operador que, através da atividade de tratamento de dados pessoais,
cause dano ao titular dos dados a repará-lo.”
Assim, ao contrário do decidido pelo juízo de origem, as informações inseridas na
SERASA LIMPA NOME não são de acesso exclusivo do consumidor.
Em outros termos, em que pese as dívidas prescritas não estejam anotadas no registro
negativo, tais informações são de acesso as empresas conveniadas pelo SERASA e interferem
diretamente na pontuação do score do consumidor que, por óbvio, acaba sendo prejudicado
em razão da dívida prescrita, sendo possível a restrição de crédito em razão de cadastro de
dívidas a plataforma LIMPA NOME, mesmo que o nome do consumidor não esteja de fato
negativado no SERASA/SPC, o que é o caso dos presentes autos.
Em efeitos práticos, a manutenção dos registros na plataforma da SERASA
LIMPA NOME gera os mesmos efeitos nocivos dos cadastros de inadimplentes, isto
porque, de uma maneira ou de outra, acaba por restringir o fornecimento de crédito ao
consumidor.
Considerando esse cenário, tem-se que as informações constantes no banco de dados
da SERASA LIMPA NOME auxiliam diretamente nas práticas comerciais, portanto, tal
sistema deve sujeitar-se as regulamentações contidas no Código de Defesa do Consumidor e
demais normas que tratam sobre esse assunto.
O apelante não pode ser compelido a pagar dívidas prescritas, bem como a enfrentar
constrangimentos oriundos de restrição de crédito e perda de prestígio, em razão do uso
indevido de seu nome e demais dados, elementos da sua personalidade, na plataforma da
SERASA LIMPA NOME, o que assegura o pedido indenizatório
Sobre o tema, confira-se precedentes:

VOTO Nº 38.952 Prestação de serviços. Telefonia. Ação declaratória de


inexigibilidade de débito cumulada com indenização por danos morais. Ainda que o
cadastro de dívida prescrita na plataforma "Serasa Limpa Nome" não
corresponda à negativação, é inegável que também constrange o consumidor a
pagar por débito que não pode mais ser exigido, violando o dever de boa-fé
objetiva e configurando abuso de direito. Dano moral caracterizado.
Precedentes desta Col. Câmara. Verba indenizatória fixada em R$ 5.000,00, valor
compatível com as circunstâncias do caso e com as finalidades da condenação.
Recurso provido.  (TJSP;  Apelação Cível 1045774-98.2021.8.26.0002; Relator
(a): Gomes Varjão; Órgão Julgador: 34ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional
II - Santo Amaro - 11ª Vara Cível; Data do Julgamento: 28/06/2022; Data de
Registro: 28/06/2022).

INDENIZAÇÃO. Serasa “Limpa Nome”. Consumidor equiparado. Aplicação do


CDC. Divulgação de informações de dados do consumidor amparada em dívidas
prescritas. Comprovado o acesso de terceiros às informações registradas nos
cadastros de serviços de proteção ao crédito. Aplicação do art. 43, §5º, do CDC. Não
demonstradas as efetivas cessões de crédito realizadas com os alegados credores
originários, nos termos do art. 43, §2º, do CDC. Responsabilidade solidária dos réus.
Dano moral configurado no caso em concreto. Precedentes desta C. Câmara.
Valor indenizatório que deve atender aos critérios de razoabilidade e
proporcionalidade. Sentença reformada. RECURSO da autora PROVIDO e
DESPROVIDO o apelo da ré. (TJSP; Apelação Cível 1045647-58.2019.8.26.0576;
Relator (a): ANNA PAULA DIAS DA CO; Órgão Julgador: 38ª Câmara de Direito
Privado; Foro de São Jose do Rio Preto - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento:
28/09/2021; Data de Registro: 03/08/2021).

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS Débito prescrito incluído em


cadastro de negociação de dívidas - Portal "Serasa Limpa Nome" Dívida inexigível
- Situação que equivale à negativação, pois o apontamento é visível para
clientes da Serasa Dano moral in re ipsa Violação do artigo 6º, inciso III do
CDC - Sentença reformada Indenização arbitrada em R$ 10.000,00 RECURSO
PROVIDO. (TJSP; Apelação Cível 1007649-87.2020.8.26.0037; Relator (a):
Spencer Almeida Ferreira; Órgão Julgador: 38ª Câmara de Direito Privado; Foro de
Araraquara - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 03/08/2021; Data de Registro:
03/08/2021).

O Tribunal do Distrito Federal decidiu recentemente no Processo nº 0722256-


46.2022.8.07.0003, pela condenação em danos morais em caso semelhante, baseando a decisão neste
sentido:
“Independentemente do nível de publicidade que se dê as informações constantes da
plataforma Serasa Limpa Nome, é certo que há divulgação de informação que ofende a honra do
consumidor, já que se indica falsamente ao mercado que o consumidor é devedor. Reitere-se: dívida
prescrita não pode ser cobrada. Como consequência, não se pode divulgá-la ou realizar qualquer
procedimento que, à revelia do consumidor, indique pretensão de quitar o débito prescrito. A
iniciativa de pagamento de dívida prescrita deve ser absolutamente voluntária. ”
CONHEÇO a apelação e DOU-LHE PROVIMENTO para reformar a sentença, nos seguintes
termos: 1) declarar a inexigibilidade da dívida da apelante no valor de R$ 49,99; 2) condenar a apelada
a excluir a dívida do banco de dados “Serasa Limpa Nome” e a abster-se de cobrá-la, inclusive
extrajudicialmente; e 3) condenar a ré ao pagamento de R$ 2.000,00 a título de indenização por
danos morais, com observância das Súmulas 54 e 362, do Superior Tribunal de Justiça, no que se
refere à correção monetária e juros de mora.  Diante do provimento do recurso do autor, altero a
distribuição do ônus sucumbencial para condenar a ré ao pagamento da totalidade das custas e
honorários advocatícios, conforme art. 85, II, e art. 86, parágrafo único, do CPC. Majoro os honorários

advocatícios para 12% nos termos do art. 85, §11, do Código de Processo Civil. É o voto.
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. DÍVIDA
PRESCRITA. COBRANÇA JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL. ART. 189 DO
CÓDIGO CIVIL. VEDAÇÃO. REGISTRO EM BANCO DE DADOS SERASA
LIMPA NOME. LIMITE TEMPORAL EXTRAPOLADO. EXCLUSÃO. DANOS
MORAIS. SÚMULA 385 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
INEXITÊNCIA DE INSCRIÇÃO LEGÍTIMA PREEXISTENTE.
INAPLICABILIDADE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. HONORÁRIOS
MAJORADOS.  

O Tribunal goiano também vem amparando os consumidores neste mesmo sentido, sendo uma
decisão recente em um processo judicial no Tribunal goiano restou muito bem esclarecida
pelo magistrado André Rodrigues Nacagami, senão veja (sentença em anexo):

Pelo exposto, nos termos do disposto no artigo 487, inciso I, do Código de


Processo Civil, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados na peça
inaugural, para o fim de DECLARAR a inexigibilidade das dívidas oriundas
dos contratos n. 375160224000005312348198000016, no valor de R$ 24,47
(vinte e quatro reais e quarenta e sete centavos), vencida em 23/02/2016, e n.
C26506731073258300200000531234, no valor de R$ 2.139,37 (dois mil cento
e trinta e nove reais e trinta e sete centavos), vencida em 14/01/2016, bem
assim, CONDENAR a parte requerida ao pagamento de indenização pelos
danos morais experimentados pela demandante, estes, fixados em R$ 5.000,00
(cinco mil reais), corrigidos monetariamente desde a data do arbitramento
(Súmula n. 362 do STJ), e acrescidos de juros de mora a partir do evento danoso
(Súmula n. 54 do STJ).

CONDENO a parte requerida ao pagamento das custas processuais e honorários


advocatícios, os quais arbitro em 20% (vinte por cento) sobre o valor da
condenação, nos moldes do disposto no artigo 85, §2º, do Código de Processo
Civil.

“Por seu turno, tem-se que as informações acerca das contas atrasadas no CPF da
autora, a despeito de obtidas no site do SERASA, estão relacionadas com a campanha "Serasa
Score", em que são ofertadas oportunidades aos(às) consumidores(as) que queiram negociar,
quitar dívidas e efetuar pagamentos em atraso, como meio para aumentar o "Score".

Neste ponto, importante ressaltar que tais informações não estão disponíveis ao
público em geral, como ocorre com as constantes nos cadastros de proteção ao crédito, e só
podem ser acessadas pelo(a) seu(ua) titular, mediante cadastro do CPF e senha.
Como cediço, o "Score" consiste em uma forma de o mercado de consumo
avaliar/pontuar o comportamento de um(a) consumidor(a). Sabe-se que a formação da
pontuação ocorre ao longo do tempo e varia por inúmeros fatores, como por exemplo, a
existência de restrição creditícia, o pagamento das contas em dia, etc., e o próprio site do
Serasa esclarece como fator de avaliação a quitação das contas em dia.

Sobre o tema:

SERASA LIMPA NOME. Ação declaratória de inexigibilidade


de débito cumulada com indenização por dano moral julgada
parcialmente procedente para declarar a inexigibilidade da
dívida. Apelo do autor. Dano moral. Anotação, pela parte
apelada, do nome do apelante em plataforma da qual se
extrai inaceitável objetivo de constranger o consumidor ao
pagamento de dívida prescrita, inexigível. Mecanismo de
massa para constranger devedores ao pagamento de dívida
inexigível. Boa-fé violada ante aplicação de "score" na dita
plataforma, na medida em que pagar dívida inexistente ou
inexigível na "Serasa Limpa Nome" se torna o preço para
comprar um bom nome na praça; e não pagar significa não
ter a bonificação da Serasa, cuja marca, por si, já indica
demérito à pessoa lá inscrita, e sinônimo de inadimplência. O
ato abusivo não pressupõe publicidade, pois é danoso por
natureza. O dano moral não advém da negativação ou da
publicidade, mas da agressão à esfera jurídica da pessoa, que
sofre para superar ou anular o abuso. Dano moral configurado.
"Quantum" arbitrado em R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
Recurso parcialmente provido para condenar a parte apelada a
pagar indenização por dano moral no valor de R$ 5.000,00
(cinco mil reais), bem como ao pagamento das custas,
despesas processuais e honorários advocatícios fixados em
20% do valor da condenação. (TJ-SP - AC:
10003795120228260066 SP 1000379-
51.2022.8.26.0066, Relator: JAIRO BRAZIL, Data de
Julgamento: 24/06/2022, 15ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 24/06/2022). (Negritei e grifei).

Com efeito, nos moldes do já ressaltado em linhas pretéritas, na espécie, as dívidas


cobradas venceram em 20/09/2016. Razão pela qual, estão prescritas, haja vista o decurso do
prazo de 05 (cinco) anos (CC, art. 206, §5º, inc. I).

In casu, conforme já relatado em linhas pretéritas, é incontroverso o lançamento da


dívida prescrita no sistema do "Serasa Limpa Nome", donde se conclui que o débito, ora
entendido como inexigível, influenciou a um Score com menor número de pontos, o qual
poderia ser aumentado se fosse paga a dívida prescrita.
O Score, como cediço, se presta a registrar uma pontuação que reflete quão bom
pagador é uma determinada pessoa, tratando-se de uma pontuação que indica se uma pessoa
tem poucas, médias ou grandes chances de não cumprir uma obrigação, baseado em seu
histórico de pagador.

Ademais, como bem se sabe, um Score baixo prejudica, por exemplo, a obtenção
de um empréstimo no mercado, ou mesmo, se exigido para celebração de um determinado
negócio, pode levar à sua frustração.

Ademais, o SERASA, ao comercializar dados do consumidor cadastrados, ultrapassa o


limite permitido pela legislação brasileira e fere o direito à privacidade das pessoas, bem
como seus direitos à intimidade e à imagem, o que inclui o direito à proteção de seus dados
pessoais, bem como que o seu respectivo tratamento seja feito de forma adequada. O dever
de indenizar decorre, de modo imediato, da quebra da confiança e da justa expectativa
da atuação dos réus no mercado de recuperação de crédito em que atuam, porquanto, o
SERASA, deliberadamente, utiliza seus bancos de dados para fins comerciais, de modo a ferir
os direitos dos consumidores.
O dano moral suportado pelo apelante, está, portanto, bem delineado, tendo em vista
que esteve sujeito a restrição de crédito, à diminuição de sua pontuação de “score”, abalando
seu prestígio em praça pública, em razão da inserção de dívidas prescritas na plataforma
SERASA LIMPA NOME, em clara violação à legislação consumerista.
Além disso, em recente tese fixada pela Turma Especial da Subseção II de Direito
Privado foi determinado que: "A cobrança extrajudicial de dívida prescrita é ilícita. O seu
registro na plataforma 'Serasa Limpa Nome' ou similares de mesma natureza, por si só,
não caracteriza dano moral, exceto provada divulgação a terceiros ou alteração no sistema
de pontuação de créditos: score."
Para o advogado e professor Marco Antonio Araújo Júnior, o enunciado não traz
prejuízos aos credores nem configura uma "anistia" a devedores: "O credor tem um prazo
considerável para exigir, inclusive na forma judicial, o cumprimento da obrigação. Mas a
dívida não pode ser perpétua. A prescrição transforma a obrigação jurídica em obrigação
natural e torna a dívida inexigível. O credor interessado deve se movimentar antes do prazo
prescricional." 1

1
Disponível em: https://www.conjur.com.br/2022-nov-03/enunciado-tj-sp-divida-prescrita-reforca-seguranca-
juridica.
Ainda, vale ressaltar que, no caso em testilha, considerando o artigo 14, do CDC,
aplicam-se as diretrizes da responsabilidade objetiva, bastando para responsabilização a
efetiva comprovação do dano e do nexo de causalidade entre a conduta imputada ao
fornecedor ou prestador de serviços e os prejuízos sofridos pelo consumidor, sendo
dispensada a configuração da culpa na conduta do agente.
Neste sentido, resta configurado o DANO MORAL a ser indenizado, porquanto
comprovado o ato ilícito pela apelada, sendo que os danos ao extrapolaram mero
aborrecimento não indenizável, devendo a sentença ser reformada para fins DE DECLARAR
A INEXIGIBILIDADE dos débitos inseridos na plataforma SERASA LIMPA NOME, em
razão da prescrição, bem como determinar a exclusão do cadastro da apelante em tal banco de
dados.

4. DO PEDIDO DE REFORMA

Ante ao exposto, demonstrado o erro da sentença, requer:

a. O recebimento e conhecimento da presente Apelação, eis que presentes todos os


pressupostos de admissibilidade recursais;
b. O provimento do recurso, com a reforma da sentença recorrida, para: 1)
determinar a exclusão definitiva do débito referente ao TIM nº
RMCA00000000001521573326, no valor de R$ 119,90, vencido em 20/08/2016 e
contrato TIM nº RMCA00000000001548385886, no valor de R$ 11,61, vencido em
20/09/2016 constante na Plataforma LIMPA NOME ou qualquer outro canal de órgão
mantenedor de cadastros de proteção ao crédito, pois prescritos; 2) Declarar a
INEXIGIBILIDADE do débito em razão de prescrição; 3) a INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS ante a indevida inserção de informações de dívida prescritas em
plataformas de órgão de proteção ao crédito; 4) bem como honorários majorados
sucumbenciais no patamar de 20% (vinte por cento).

Termos em que, pede deferimento.


Goiânia, 15 de April de 2023.
Elizangela Melo

OAB/GO 31.995 OAB/DF 73.941

Jenifer Giacomini

OAB/GO 60.076 OAB/DF 71.365 OAB/MG 224.534

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