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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR Juiz DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL

CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE ITUIUTABA - ESTADO DE MINAS GERAIS

URGENTE – PEDIDO LIMINAR

PARTE AUTORA, vem, muito respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio
de seu bastante procurador, que esta subscreve (mandato anexo), com fundamento no art.
5º, incisos V, X e XXXII, da Constituiçã o Federal, no art. 6º, incisos IV e V, da Lei nº
8.078/1990, propor a presente

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS POR NEGATIVAÇÃO INDEVIDA, com pedido


liminar

pelo procedimento sumaríssimo, em face de OI S.A., nome fantasia “OI”, cadastrada no CNPJ
sob o nº 75.535.764/0001-43, situada à Rua do Lavradio, nº 71, 2º Andar, Centro, CEP
20.230-070, Rio de Janeiro-RJ, pelos fundamentos de fato e de direito abaixo aduzidos.

01- DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

A parte requerente é pobre no sentido legal, nã o podendo pagar despesas judiciais, sob
pena de prejudicar seu pró prio sustento, bem como o de sua família.

Pugna-se pela concessã o dos benefícios da gratuidade da justiça, conforme declaraçõ es de


hipossuficiência em anexo (art. 98 do CPC).

02 - DOS FATOS
A parte autora é natural de Ituiutaba-MG, e morava em Marabá – PA à trabalho quando
contratou os serviços da empresa OI. À época, contratou os serviços de internet e telefonia
fixa, recebendo e quitando regularmente os produtos contratados com a empresa de
telefonia.

Em meados do ano de 2014, voltou a residir na cidade de Ituiutaba-MG, solicitando o


cancelamento dos serviços prestados pela OI, pedido que foi prontamente atendido pela
empresa na época, apó s o pagamento das respectivas despesas pelo requerente.

Anos mais tarde, em novembro/2019, recebeu proposta de acordo pelo SERASA, em


relaçã o à s supostas dívidas decorrentes do cancelamento dos serviços da OI em 2014
(multa e tarifas), no valor total de R$ 261,66.
Por precisar que seu nome permanecesse limpo para lograr financiamento junto ao Banco
Sicoob Credipontal, as dívidas foram novamente pagas pelo cliente logo em 19/11/2019
(comprovantes anexos).

Nã o obstante, em maio de 2020 o consumidor recebeu uma nova cobrança da parte


requerida no valor de R$ 168,51 (boleto anexo), por meio da empresa “Credit Cash
Assessoria Financeira OI”, pertencente ao grupo econô mico da empresa de telefonia,
responsá vel pela cobrança de seus débitos.

Apó s contatar a empresa requerida, foi informado de que se tratava de débito referente à
contrataçã o de um plano pré-pago de telefonia mó vel, com endereço de instalaçã o na
cidade de Marabá -PA, local no qual o consumidor nã o mais reside há aproximadamente 6
anos.

Ao final de um atrapalhado e tumultuado atendimento, que em nada resolveu a demanda


do requerente, formulou-se solicitaçã o/reclamaçã o junto à ANATEL (conforme já
mencionado), oportunidade na qual a empresa de telefonia confessou a irregularidade da
cobrança.

Para sua surpresa, mesmo apó s confessada a irregularidade da cobrança junto à ANATEL, a
empresa de telefonia procedeu à negativaçã o da parte autora junto aos ó rgã os de restriçã o
de crédito, em razã o da citada cobrança indevida no valor de R$ 168,51, conforme
comprovantes de negativaçã o anexos.
Ocorre que os débitos de 2014 foram regularmente pagos pelo cliente, por meio de acordo
com o SERASA, em nada justificando a cobrança de uma nova dívida, em decorrência de um
serviço nunca contratado pela requerente (serviço de telefonia mó vel pré-pago).

Na verdade, o cliente nã o possui mais qualquer débito com a empresa OI, sendo que a
cobrança/manutençã o da negativaçã o juntos aos ó rgã os de proteçã o ao crédito é
manifestamente ilícita.

Ademais, a parte autora está intentando um financiamento para a instalaçã o de rede


fotovoltaica em sua residência, junto ao Banco Sicoob Credipontal, mas está enfrentados
entraves para concluir o contrato, em razã o da citada negativaçã o.

Portanto, nã o lhe resta outra alternativa a nã o ser socorrer-se ao Poder Judiciá rio, a fim de
que obtenha a tutela jurisdicional necessá ria à resoluçã o de sua demanda.

03- DO PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

A concessã o da tutela de urgência está condicionada a comprovaçã o de elementos que


evidenciem a probabilidade do direito do requerente e o perigo de dano ou o risco ao
resultado ú til do processo.

Assim dispõ e o art. 300 do CPC:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

A probabilidade do direito autoral é evidente, uma vez que a pró pria requerida confessa a
irregularidade da cobrança do valor de R$ 168,51, quando da resposta à solicitaçã o da
ANATEL (comprovante anexo), conforme fundamentado em tó pico anterior.
O perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo também é evidente,
porquanto a parte autora tem seu nome mantido junto aos órgãos de proteção ao
crédito, em razão de cobrança manifestamente ilícita, não conseguindo lograr o
necessário financiamento para seu imóvel.
Portanto, a exclusã o ou abstençã o de inclusã o da parte requerente nos cadastros de
proteçã o ao crédito, mesmo que liminarmente, é medida que se impõ e, por tratar-se de
questã o de verdadeira subsistência da parte requerente.
Pelo exposto, uma vez comprovados os requisitos autorizadores, requer-se a conceã o de
tutela de urgência para seja determinada a imediata exclusã o da parte requerente dos
ó rgã os de proteçã o ao crédito , no (SPC, SERASA etc.) s termos do art. 300 e ssss. do CPC.

04- DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Aplica-se, ao caso em tela, as disposiçõ es estatuídas no Có digo de Defesa do Consumidor (


CDC), porquanto a relaçã o estabelecida entre a parte autora (consumidora) e as rés
(fornecedores) cuida-se, em verdade, de manifesta relaçã o de consumo, uma vez que a
parte requerente figurara no papel de destinatá ria final do produto, objeto das cobranças
indevidas.

Há muito o Superior Tribunal de Justiça consolidou a aplicação da Teoria Finalista


nas relações entre consumidor e fornecedor, estatuindo que, a rigor, a efetiva
incidência do CDC a uma relação de consumo está pautada na existência de
destinação final fática e econômica do produto ou serviço, isto é, exige-se total
desvinculação entre o destino do produto ou serviço consumido e qualquer atividade
produtiva desempenhada pelo utente ou adquirente (RMS 27.512/BA, Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 20/08/2009, DJe 23/09/2009).

No caso em tela, a parte autora é destinatária final do produto/serviço que adquiriu,


porquanto há total desvinculação entre a destinação do serviço de telefonia fixa e
qualquer atividade produtiva desempenhada pelo requerente.

Pugna-se, portanto, pela aplicação do Código de Defesa do Consumidor à presente


demanda, pois presentes os requisitos caracterizadores da relação de consumo.
05- DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Dentre os direitos básicos do consumidor, o art. 6º, inciso VIII, do Código de Defesa
do Consumidor estabelece a facilitação da defesa dos direitos do consumidor em
processo judicial por meio da inversão do ônus da prova, quando, a critério do juiz,
haver a verossimilhança dos fatos narrados na inicial ou se demonstrar a situação de
hipossuficiência do consumidor.

Percebe-se, então, que a inversão do ônus da prova ocorrerá em duas hipóteses,


bastando que apenas uma delas esteja presente.

A primeira tange à verossimilhança da alegação, pela qual, buscando facilitar a


defesa do consumidor, o juiz pode considerar provado um fato não em juízo de
certeza, mas de verossimilhança ou de probabilidade; formando, desde logo, o seu
livre convencimento, e dispensando a prova de fato plausível.

Sobre a segunda hipótese, isto é, quando o consumidor for hipossuficiente, seja em


sua modalidade econômica ou técnica, ocorrerá a inversão do ônus da prova sempre
que o consumidor tenha dificuldades de comprovar suas alegações.

No caso em tela, a parte requerente apresenta notável vulnerabilidade econômica e


técnica, nos termos do art. 4º, inciso I, do Código de Defesa do Consumidor, pois não
detém o monopólio das informações relativas ao produto/serviço fornecido pela
parte requerida e não consegue comprovar, a prima facie, a irregularidade das
cobranças ou a não contratação dos serviços prestados pela parte requerida –
gigante do serviço de telefonia fixa.

A verossimilhança dos fatos alegados é incontestável, pois, como citado, a própria


parte requerida confessa, junto à ANATEL (doc. anexo), a ilegalidade das cobranças.

Se a parte autora diz que nã o reconhece o débito a ela atribuído, cabe ao réu, sob pena de
responsabilidade indenizató ria, provar a regularidade da negativaçã o do nome dela nos
cadastros de proteçã o ao crédito.
Requer-se, portanto, que seja determinada a inversã o do ô nus da prova em desfavor da
parte requerida, sendo determinado, inclusive, que a requerida:
● Comprove a contrataçã o dos serviços de telefonia mó vel pré-pago que ensejaram a
cobrança do valor de R$ 168,51, fato gerador da negativaçã o indevida;
● Comprove a regularidade da cobrança do valor de R$ 168,51, ensejadora da negativaçã o;
● Comprove a legitimidade da negativaçã o junto aos ó rgã os de restriçã o ao crédito
SPC/SERASA, referente ao crédito de R$ 168,51.

06- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO


a) Da responsabilidade objetiva
A inscriçã o indevida do nome em ó rgã o de proteçã o ao crédito acarreta a responsabilidade
objetiva do fornecedor dos serviços pelos danos eventualmente causados, ao teor do
previsto no art. 14 do CDC.
Esse é o pacífico entendimento do TJ-MG:
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
- RESPONSABILIDADE OBJETIVA - INSCRIÇÃO DO NOME EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - DANO MORAL -
CONFIGURAÇÃO - VALOR - FIXAÇÃO. - A responsabilidade dos fornecedores, segundo o CDC (art. 14), é objetiva.
Portanto, independentemente da culpa dos fornecedores, eles respondem pelos danos causados aos
consumidores, em razão de defeitos nos serviços que prestam. (...) (TJ-MG - AC: 10521170100288001 MG,
Relator: Ramom Tácio, Data de Julgamento: 09/09/0019, Data de Publicação: 20/09/2019)

Portanto, pede que seja declarada a responsabilidade civil objetiva da parte requerida pelo
evento danoso (inscriçã o/manutençã o indevida em ó rgã o de proteçã o ao crédito), nos
termos do art. 14 do CDC.

b) Da indenização por dano moral - dano moral in re ipsa - da nulidade da


negativação
O termo “responsabilidade civil” expressa a obrigaçã o, imposta a uma pessoa, de reparar
eventuais danos causados a outra, em razã o de atos ilícitos que tenha praticado (fato
pró prio) ou por atos praticados por pessoas que estejam legalmente sob sua
responsabilidade (art. 932 do CC).
Segundo a doutrina (Gediel Claudino de Araú jo Jú nior, 2016), os pressupostos para a
responsabilidade civil sã o: (I) açã o ou omissã o ilegal do agente; (II) culpa do agente; (III)
relaçã o de causalidade; (IV) dano experimentado pela vítima.
Diz o art. 927 do CC:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Pará grafo ú nico. Haverá obrigaçã o de reparar o dano, independentemente de culpa, nos
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. (destaquei)
Quanto à definiçã o de ato ilícito, o diploma cível o conceitua como todo aquele ato que, por
açã o ou omissã o voluntá ria, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral (art. 186 do CC).
Com efeito, ao agente do ato ilícito é imposta a obrigaçã o de indenizar a vítima,
ressarcindo-a de todos os prejuízos por ela experimentados (dano). O Có digo de Defesa do
Consumidor, por sua vez, prevê ao consumidor o direito à reparaçã o de danos patrimoniais
e morais, decorrentes de prá ticas abusivas.
Dispõ e o art. 6º, inciso VI, do CDC:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; (destaquei)

Como se percebe, a condutas da parte requerida em proceder à inscriçã o do consumidor


em ó rgã os/cadastros de proteçã o ao crédito, em razã o de dívida manifestamente indevida,
materializa-se nas hipó teses de prá ticas ilegais e abusivas vedadas pelo art. 39 do CDC e
equivale à defeito/falha na prestaçã o dos serviços (art. 14 do CDC).
Lado outro, de acordo com o entendimento jurisprudencial predominante, o dano moral
pela inscrição ou manutenção indevida do nome do consumidor em cadastro de
devedores inadimplentes é presumido (in re ipsa), e independe de culpa do fornecedor.
Vejamos:
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO INDENIZATÓRIA - EMPRÉSTIMO CONSIGNADO - PAGAMENTO EM DUPLICIDADE - DANOS
MATERIAIS - RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO EM DOBRO - INSCRIÇÃO DO NOME NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO
CRÉDITO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA - DANO MORAL - QUANTIFICAÇÃO - MÉTODO BIFÁSICO - HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS - TERMO INICIAL - JUROS DE MORA - CITAÇÃO. 1. A Responsabilidade Civil
designa o dever que alguém tem de reparar o prejuízo em consequência da ofensa a direito alheio. 2. Tratando-se
de relação de consumo, a responsabilidade da instituição financeira é objetiva, prescindindo da comprovação de
culpa, nos termos do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor. 3. A repetição em dobro do indébito, prevista
no art. 42, parágrafo único, do CDC, pressupõe tanto a existência de pagamento indevido quanto a má-fé do
credor. 4. É entendimento consolidado do STJ de que "a própria inclusão ou manutenção equivocada configura o
dano moral in re ipsa, ou seja, dano vinculado à própria existência do fato ilícito, cujos resultados são
presumidos" (Ag 1.379.761). 5. O arbitramento da quantia devida para compensação do dano moral deve
considerar os precedentes em relação ao mesmo tema e as características do caso concreto, tais como a gravidade
do fato em si, a responsabilidade do agente, a culpa concorrente da vítima e a condição econômica do ofensor. 6.
Tratando-se de responsabilidade contratual, o termo inicial dos juros de mora é a data da citação. 7. Dentro da
ordem prevista no art. 85, § 2º, CPC, o valor da causa encerra critério subsidiário, aplicável apenas quando os
outros dois preferenciais, valor da condenação e do proveito econômico, não forem mensuráveis ou forem
irrisórios. (TJ-MG - AC: 10713140013978001 MG, Relator: José Américo Martins da Costa, Data de Julgamento:
20/08/2020, Data de Publicação: 28/08/2020)
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - RESPONSABILIDADE OBJETIVA -
INSCRIÇÃO DO NOME EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - DANO MORAL - CONFIGURAÇÃO - VALOR -
FIXAÇÃO. (...) - Se a parte autora diz que não reconhece o débito a ela atribuído, cabe ao réu, sob pena de
responsabilidade indenizatória, provar a regularidade da negativação do nome dela nos cadastros de proteção ao
crédito - De acordo com o entendimento jurisprudencial predominante, o dano moral pela inscrição ou
manutenção indevida do nome do consumidor em cadastro de devedores inadimplentes é presumido (in re ipsa)
- A fixação do quantum do dano moral deve se ater: (1) à capacidade/possibilidade daquele que vai indenizar, já
que não pode ser levado à ruína; (2) suficiência àquele que é indenizado, pela satisfação da compensação pelos
danos sofridos. (TJ-MG - AC: 10521170100288001 MG, Relator: Ramom Tácio, Data de Julgamento: 09/09/0019,
Data de Publicação: 20/09/2019)

Outrossim, o nexo de causalidade entre os prejuízos enfrentados pela parte requerente e a


conduta materializada na negativaçã o, por dívida manifestamente indevida, é inconteste.
Sobretudo, a parte requerente vem recebendo cobranças indevidas de taxas do cartão
de crédito (em anexo), adquirido por meio da citada venda casada.
Nã o há , também, qualquer evidência capaz de comprovar a regularidade da cobrança
mencionada e da inscriçã o junto ao SERASA, ô nus da prova que cabe à parte reclamada, e
do qual nã o se desincumbirá .
Nã o se pode desprezar que a indenizaçã o por dano moral, além de recompor o dano
causado a um direito da personalidade, assume, também, matiz punitivo e pedagógico,
fazendo com que o agente causador do ato danoso, notadamente a própria
requerida, evite que tal comportamento seja repetido futuramente (STJ - REsp
945.369/RJ, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, Rel. p/ Acó rdã o Ministro BENEDITO
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, DJe 18/10/2010).
Portanto, requer-se que seja declara a nulidade da dívida materializada na proposta de
negociaçã o (anexa) e determinada a exclusã o da inscriçã o (ou manutençã o) do nome da
parte requerente nos ó rgã os de proteçã o ao crédito em razã o de tal débito.
Por consequência, pede-se a condenaçã o da parte requerida ao pagamento de indenizaçã o
por danos morais in re ipsa no valor de R$ 10.000,00, em razã o da citada negativaçã o
indevida, nos termos do art. 14 do CDC e dos arts. 186 e 927 do CC.

07- DOS REQUERIMENTOS


ISTO POSTO, as partes autoras vêm à presença de Vossa Excelência para requerer o
seguinte:
01) que seja concedido os benefícios da justiça gratuita, uma vez que a parte autora se
declara pobre no sentido jurídico do termo, conforme declaraçõ es em anexo;
02) uma vez comprovados os requisitos autorizadores, que seja concedido o pedido de
tutela de urgência, para a imediata exclusã o do nome da parte requerente dos ó rgã os de
proteçã o ao crédito (SPC, SERASA etc.) sobre quaisquer débitos relacionados à empresa
requerida, nos termos do art. 300 e ss. do CPC;
03) que seja determinada a citaçã o da requerida para que, em querendo, apresentem
defesa no prazo legal, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;
04) que seja declarado o reconhecimento da relaçã o de consumo e determinada a inversã o
do ô nus da prova em desfavor da requerida, determinando-se, inclusive, que a requerida:
(I) comprove a regularidade da cobrança do valor de R$ 168,51, ensejadora da negativaçã o
e o respectivo negó cio jurídico; (II) comprove a legitimidade da negativaçã o junto aos
ó rgã os de restriçã o ao crédito SPC/SERASA, referente ao débito de R$ 168,51;
05) que sejam julgados PROCEDENTES os pedidos formulados na exordial, a fim de (I)
declarar a responsabilidade civil objetiva da parte requerida pelo evento danoso
(inscriçã o/manutençã o indevida em ó rgã o de proteçã o ao crédito), nos termos do art. 144
doCDCC; (II) que seja confirmada a tutela de urgência requerida, para declarar a nulidade
da dívida e determinar a exclusã o da inscriçã o/manutençã o do nome da parte requerente
nos ó rgã os de proteçã o ao crédito; (III) condenar a parte requerida ao pagamento de
indenização por dano moral in re ipsa no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), nos
termos do art. 144 doCDCC e dos arts. 1866 e9277 doCCC;
06) finalmente, que a parte requerida seja condenada ao pagamento de custas e despesas
processuais, bem como honorá rios advocatícios na base de 20% (vinte por cento), sobre o
valor da condenaçã o, que deve ser corrigida de acordo com os índices fixados por lei e
acrescida de juros legais.

08- DAS PROVAS


Protesta-se por todos os meios de provas em direito permitidos, especialmente
depoimento pessoal, sob pena de confesso, testemunhas, cujo rol será oportunamente
apresentado, sem restriçã o de qualquer meio de prova por mais especial que seja.
Nos termos do art. 319, VII, do CPC, a parte requerente registra que nã o se opõ e à
designaçã o de audiência de conciliaçã o.
Atribui-se ao feito o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Termos em que,
Pede deferimento.

Ituiutaba/MG, 27 de agosto de 2.020.


EDSON GOMES FERREIRA JÚNIOR
OAB/MG 130.253

WALDEMAR F. S.DE MORAES


OAB/MG 187.445

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