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PARTE AUTORA, vem, muito respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio
de seu bastante procurador, que esta subscreve (mandato anexo), com fundamento no art.
5º, incisos V, X e XXXII, da Constituiçã o Federal, no art. 6º, incisos IV e V, da Lei nº
8.078/1990, propor a presente
pelo procedimento sumaríssimo, em face de OI S.A., nome fantasia “OI”, cadastrada no CNPJ
sob o nº 75.535.764/0001-43, situada à Rua do Lavradio, nº 71, 2º Andar, Centro, CEP
20.230-070, Rio de Janeiro-RJ, pelos fundamentos de fato e de direito abaixo aduzidos.
A parte requerente é pobre no sentido legal, nã o podendo pagar despesas judiciais, sob
pena de prejudicar seu pró prio sustento, bem como o de sua família.
02 - DOS FATOS
A parte autora é natural de Ituiutaba-MG, e morava em Marabá – PA à trabalho quando
contratou os serviços da empresa OI. À época, contratou os serviços de internet e telefonia
fixa, recebendo e quitando regularmente os produtos contratados com a empresa de
telefonia.
Apó s contatar a empresa requerida, foi informado de que se tratava de débito referente à
contrataçã o de um plano pré-pago de telefonia mó vel, com endereço de instalaçã o na
cidade de Marabá -PA, local no qual o consumidor nã o mais reside há aproximadamente 6
anos.
Para sua surpresa, mesmo apó s confessada a irregularidade da cobrança junto à ANATEL, a
empresa de telefonia procedeu à negativaçã o da parte autora junto aos ó rgã os de restriçã o
de crédito, em razã o da citada cobrança indevida no valor de R$ 168,51, conforme
comprovantes de negativaçã o anexos.
Ocorre que os débitos de 2014 foram regularmente pagos pelo cliente, por meio de acordo
com o SERASA, em nada justificando a cobrança de uma nova dívida, em decorrência de um
serviço nunca contratado pela requerente (serviço de telefonia mó vel pré-pago).
Na verdade, o cliente nã o possui mais qualquer débito com a empresa OI, sendo que a
cobrança/manutençã o da negativaçã o juntos aos ó rgã os de proteçã o ao crédito é
manifestamente ilícita.
Portanto, nã o lhe resta outra alternativa a nã o ser socorrer-se ao Poder Judiciá rio, a fim de
que obtenha a tutela jurisdicional necessá ria à resoluçã o de sua demanda.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
A probabilidade do direito autoral é evidente, uma vez que a pró pria requerida confessa a
irregularidade da cobrança do valor de R$ 168,51, quando da resposta à solicitaçã o da
ANATEL (comprovante anexo), conforme fundamentado em tó pico anterior.
O perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo também é evidente,
porquanto a parte autora tem seu nome mantido junto aos órgãos de proteção ao
crédito, em razão de cobrança manifestamente ilícita, não conseguindo lograr o
necessário financiamento para seu imóvel.
Portanto, a exclusã o ou abstençã o de inclusã o da parte requerente nos cadastros de
proteçã o ao crédito, mesmo que liminarmente, é medida que se impõ e, por tratar-se de
questã o de verdadeira subsistência da parte requerente.
Pelo exposto, uma vez comprovados os requisitos autorizadores, requer-se a conceã o de
tutela de urgência para seja determinada a imediata exclusã o da parte requerente dos
ó rgã os de proteçã o ao crédito , no (SPC, SERASA etc.) s termos do art. 300 e ssss. do CPC.
Dentre os direitos básicos do consumidor, o art. 6º, inciso VIII, do Código de Defesa
do Consumidor estabelece a facilitação da defesa dos direitos do consumidor em
processo judicial por meio da inversão do ônus da prova, quando, a critério do juiz,
haver a verossimilhança dos fatos narrados na inicial ou se demonstrar a situação de
hipossuficiência do consumidor.
Se a parte autora diz que nã o reconhece o débito a ela atribuído, cabe ao réu, sob pena de
responsabilidade indenizató ria, provar a regularidade da negativaçã o do nome dela nos
cadastros de proteçã o ao crédito.
Requer-se, portanto, que seja determinada a inversã o do ô nus da prova em desfavor da
parte requerida, sendo determinado, inclusive, que a requerida:
● Comprove a contrataçã o dos serviços de telefonia mó vel pré-pago que ensejaram a
cobrança do valor de R$ 168,51, fato gerador da negativaçã o indevida;
● Comprove a regularidade da cobrança do valor de R$ 168,51, ensejadora da negativaçã o;
● Comprove a legitimidade da negativaçã o junto aos ó rgã os de restriçã o ao crédito
SPC/SERASA, referente ao crédito de R$ 168,51.
Portanto, pede que seja declarada a responsabilidade civil objetiva da parte requerida pelo
evento danoso (inscriçã o/manutençã o indevida em ó rgã o de proteçã o ao crédito), nos
termos do art. 14 do CDC.
Termos em que,
Pede deferimento.