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II – DA JUSTIÇA GRATUITA
Ocorre que antes de celebrar o Contrato a Requerida garantiu à Requerente que, apesar
de realizar a matrícula na unidade de Lajes, poderia realizar transferência para o mesmo curso
na unidade de Blumenau.
Frustrada com a notícia de que não seria possível dar prosseguimento ao curso em que
se matriculara na unidade desejada, a Acionante foi comunicada que teria que escolher outro
curso disponível na unidade ou pagar multa referente à quebra de contrato. Todavia, nenhum
dos cursos ofertados pela unidade de Blumenau são de interesse da parte Autora.
IV – DO DIREITO
Logo, o direito a ser aplicado na espécie é o presente no CDC, não havendo dúvidas a
este respeito.
(...)
Restou comprovado que a Autora, tentou de toda a forma resolver o problema no meio
administrativo com a Ré, não obtendo êxito.
Aliás, cabe salientar que, o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, no seu Art. 6º
protege a integridade moral da consumidora:
Portanto, provado está, que a Demandante, pelo que sofreu e ainda sofre, faz jus a uma
indenização a título de dano moral do tipo satisfatória para apaziguar sua dor e sua estima
perdida, como também, uma indenização a título de dano moral do tipo punitivo e preventivo
para que a empresa Demandada, seja punida pela prática abusiva cometida.
Em tal seara, cumpre ao Juiz a árdua e importante tarefa de estipular uma quantia para
compensar o abalo moral sofrido pelo ofendido.
No caso sob enfoque, atentando para a repercussão dos fatos, contumácia, natureza e
extensão do dano, bem como, para as condições do ofensor e do ofendido, mormente à situação
econômico financeira, a fim de que haja compensação pela dor sofrida, a indenização deve ser
arbitrada em valor a apurar ficando como sugestão o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais),
sendo o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de indenização pelo dano moral do tipo
satisfatório e o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de indenização pelo dano moral do
tipo punitivo, preventivo e pedagógico.
IV.IV DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
O Código de Defesa do Consumidor traz, no inciso VIII, artigo 6º, previsão normativa
visa facilitar a defesa do consumidor lesado, com a inversão do ônus da prova, a favor do
mesmo; vislumbra-se que para a inversão do ônus da prova se faz necessária a verossimilhança
da alegação, conforme o entendimento do Juiz, e/ou a hipossuficiência da Autora.
Sendo assim, a Requerente requer a este MM Juízo seja concedida a inversão do ônus
da prova.
V – DOS PEDIDOS
Dá-se a causa o valor de R$ 22.189,00 (vinte e dois mil cento e oitenta e nove reais);
Nestes Termos,
Pede e espera deferimento.
Blumenau - SC, 11 de março de 2021