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do conceito, o genero de relacáo social que surge quando o amor, PADROES DE RECONHECIMENTO INTERSUBJETIVO:
sob a pressáo cognitiva do direito, se purifica, constituindo-se em AMOR, DIREITO, SOLIDARIEDADE
urna solidariedade universal entre os membros de urna coletivida-
de; visto que nessa atitude todo sujeito pode respeitar o outro ern
sua particularidade individual, eferua-se nela a forma mais exigen-
te de reconhecimento recíproco.
Em comparacáo com a solucáo pro posta por Mead, porém,
transparece agora que faltava em princípio a essa concepcáo for-
mal de eticidade qualquer indicacáo de por que os indivíduos de- Com os meios construtivos da psicologia social de Mead foi
vem experimentar para com o outro sentimentos de respeito soli- possível dar a teoria hegeliana da "luta por reconhecirnenro" urna
dário; sem o acréscimo de urna orientacáo pelos objetivos e valores inflexáo "materialista". Nao foi somente a premissa geral do pri-
comuns, como os que Mead perseguiu objetivistarnente com sua meiro Hegel, segundo a qual a forrnacáo prática da identidade hu-
idéia de divisa o funcional de trabalho, o conceito de solidariedade mana pressupóe a experiencia do reconhecimento intersubjetivo, que
carece do fundamento dado por um contexto de experiencia mo- reaparece u em Mead na forma alterada de urna hipótese empírica
tivador. Para poder demonstrar ao outro o reconhecimento que se de pesquisa; também foi possível encontrar em sua obra os equiva-
apresenta num interesse solidario pelo seu modo de vida, é preciso lentes teóricos, oriundos de urna concepcáo pós-metafísica e natu-
antes o estímulo de urna experiencia que me en sine que nós parti- ralista, para a distincáo conceitual de diversas etapas de reconheci-
lhamos uns com os outros, num sentido existencial, a exposicáo a mento, e mesmo para a afirrnacáo, de longo alcance, acerca de urna
certos perigos; mas quais riscos dessa espécie realmente nos vinculam luta que medeia essas etapas. Portanto, com a inclusáo da psicología
de maneira prévia é possível medir, por sua vez, pelas concepcóes social de Mead, a idéia que o jovem Hegel tracou em seus escritos
que possuímos em comum acerca de urna vida bem-sucedida no de Jena com rudimentos geniais pode se tornar afio condutor de
quadro da coletividade. A questáo de em que medida a integracáo urna teoria social de teor normativo; seu propósito é esclarecer os
social das sociedades depende normativa mente de urna concepcáo processos de mudanca social reportando-se as pretensóes normativas
comum de vida boa constitui hoje o tema do debate entre o líbera- estruturalmente inscritas na relacáo de reconhecimento recíproco.
lismo e o "comunitarismo"; no final, teremos de fazer urna referencia O ponto de partida dessa teoría da sociedade deve ser consti-
indireta a essa discussáo, quando tentarmos derivar das idéias de- tuido pelo princípio no qual o pragmatista Mead coincidira funda-
senvolvidas por Hegel e Mead um conceito formal de eticidade. mentalmente com o primeiro Hegel: a reproducáo da vida social se
efetua sob o imperativo de um reconhecimento recíproco porque os
sujeitos só podem chegar a urnaauto-relacáo prática quando apren-
dem a se conceber, da perspectiva normativa de seus parceiros de
interacáo, como seus destinatarios sociais. No entanto, urna tese
relevante para a explicacáo disso só resulta dessa premissa geral se
nela é incluído um elemento dinámico: aquele imperativo ancora-
do no processo da vida social opera como urnacoercáo normativa,
melte Schriften (ed. de Günther Dux, Odo Marquard, Elisabeth Stróker}. Frank- 36 Cf. acerca disso Niklas Luhmann, Liebe als Passion. Zur Codierung
furt, 1981, vol. V, p. 7 ss. von lntimitdt. Frankfurt, 1982, cap. 13.
48 Winnicott, Donald W., "Ven der Abhangigkeir und Unabhángigkeit 50 Ibid., p. 56 ss.
in der Entwicklung des Individuums". In: Reifungsprozesse und [crdemde Um- 51 Winnicott, Donald W., "Ven der Abhangigkeit und Unabhangigkeir
welt, ed. cit., p. 108 ss. in der Entwicklung des Individuums". In: Reifungsprozesse und [ordernde Um-
49 Winnicott, "Die Theorie von der Beziehungzwischen Mutter und Kind". welt, ed. cit., p. 112.
In: Reifungsprozesse und [ordernde Umwelt, ed. cit., p. 63. 52 Ibid., p. 111 ss.
mecanismos foi tratado por Winnicott sob a rubrica de "destruicáo", cessária por causa de seu valor de sobrevivéncia, Ela é urna rnác-
o segundo é apresentado por ele no quadro de seu conceito de "fe- ambiente e, ao mesmo ternpo, urna máe-objero, o objeto do amor
nómenos transicionais". excitado. No último papel, ela é repetidamente destruída ou dani-
Em resposta a percepcáo gradual de urna realidade que resis- ficada. A enanca integra gradualmente esses dais aspectos da rnáe e
te a estar disponível, o bebe desenvolve logo urna disposicáo para gradualmente se torna capaz, ao rnesrno ternpo, de amar a rnáe so-
atos agressivos, dirigidos primariamente a rnáe, percebida agora brevivente com ternura"S5.
também corno independente; corno que para rebelar-se contra a Se concebemos dessa maneira o primeiro processo de desliga-
experiencia do desvanecimento da onipoténcia, ele procura destruir mento da enanca como o resultado de manifestacóes de comporta-
o corpo dela, vivenciado até aqui apenas como fonte de prazer, mento agressivo, entáo se revela justificada a proposta de [essica
aplicando-Ihe golpes, mordidas e ernpurróes. Nos enfoques interpre- Benjamín de aduzir aqui a "[uta por reconhecimento" descrita por
tativos convencionais, essas erupcóes de agressividade infantil sao
colocadas na maioria da vezes num nexo causal com frustracóes que
ocorrem devido aexperiencia da perda do controle onipotente; para
54 Cf. sobretudo: ibid., p. 104 ss; d. também a respeiro desse complexo:
Winnicott, ao contrário, elas representa m ern si acóes oportunas, Schreiber, Marianne, "Kann der Mensch Verantworrung für seine Aggressivi-
através das quaiso bebe testa de maneira inconsciente se o objeto, tát übernehmen? Aspekre aus der Psychologie D. W. Winnicotts und Melanie
Kleins". In: Alfred Schópf (org.), Aggression und Gewalt. Würzburg, 1983, p.
155 ss.
53 Winnicott, Donald W., "Objektverwendung und Identifizierung". lo: 55 Wionicott, Donald W., "Moral und Erziehung". In: Reifungsprozesse
Vom Spiel zur Kreatíuitat, ed. cit., p. 105. und [brdernde Umwelt, ed. cit., p. 133.
und das Problem der Macht. BasiléiaIFrankfurr, 1990, particularmente p. 39 ss. ne". In: Vom Spiel zur Kreativitiit, ed. cir., p. 23.
l 170
Luta por reconhecimento 171
que aquela esfera de mediacáo ontológica deve sua constituicáo a urna relacáo particular de reconhecimento, cabe urna importancia
solucáo de urna tarefa que continua a subsistir para os homens ao central a afirmacáo de Winnicott segundo a qual a capacidade de
longo de sua vida, ola o lugar psíquico da génese de todos os inte-
é estar só depende da confianca da enanca na durabilidade da dedi-
resses que o adulto demonstrará pelas objetivacóes culturais. Nao cacáo materna. A tese assim tracada fornece urna res posta acerca
sem senso para agudezas especulativas, Winnicott diz: "Afirmamos da espécie de auto-relacáo a que um sujeito pode chegar quando se
aqui que a tarefa de aceitacáo da realidade nunca é totalmente com- sabe amado por urna pessoa vivenciada como independente, pela
pletada, que nenhum ser humano está livre da pressáo de relacio- qual ele sente também, de sua parte, afeicáo ou amor.
nar realidade interna e externa, e que a libertacáo dessa pressáo é Se a rnáe soube passar pelo teste de seu filho, tolerando os
oferecida por um domínio de experiencia intermediária [... ] nao co- ataques agressivos sem a vinganca de privá-lo do amor, entáo, da
locada em questáo (arte, religiáo etc.). Esse domínio intermediário perspectiva dele, ela pertence de agora em diante a um mundo exte-
está em continuidade direra com o domínio lúdico das enancas pe- rior aceito com dor; pela primeira vez, como foi diro, ele terá de
quenas, que cstáo 'perdidas' no seu jogo"58. tomar consciencia agora de sua dependencia em relacáo a dedica-
Essa última frase dá também urna indicacáo de por que o con- cáo dela. Se o amor da máe é duradouro e confiável, a crianca é
ceito de "objetos transicionais" pode ser compreendido como urna capaz de desenvolver ao mesmo tempo, a sombra de sua confia-
arnpliacáo direta daquela interpretacáo do amor nos termos da teoria bilidade intersubjetiva, urna confianca na satisfacáo social de suas
do reconhecimento que se encontra nos escritos de Winnicott. Pois, próprias demandas ditadas pela carencia; pelas vias psíquicas aber-
de acordo com ele, a enanca só está em condicóes de um relaciona- ras dessa forma, vai se desdobrando nela, de maneira gradual, urna
mento com os objetos escolhidos no qua! "ola se perde" quando pode "capacidade elementar de estar só". Winnicott atribui a capacida-
demonstrar, mesmo depois da separacáo da máe, tanta confianca de da enanca pequena de estar a sós, no sentido de que eIa corneca
na continuidade da dedicacáo desta que ela, sob a prorecáo de urna a descobrir de maneira descontraída "sua própria vida pessoal", a
intersubjetividade sentida, pode estar a sós, despreocupada; a criati- experiencia da "existencia contínua de urna rnáe confiável,,6o: só
vidade infantil, e mesmo a faculdade humana de imaginacáo em na medida em que "há um bom objeto na realidade psíquica do
geral, está ligada ao pressuposto de urna "capacidade de estar só", indivíduo,,61 ele pode se entregar a seus impulsos internos, sem o
que por sua vez se realiza somente através da confianca elementar medo de ser abandonado, buscando entendé-los de um modo cria-
na disposicáo.da pessoa amada para a dedicacáo-", Daqui resultam tivo e aberto a experiencia.
discernimentos profundos acerca do nexo de criatividade e reconhe- O deslocamento do foco para aquela parte do próprio Sel] que
cimento, os quais, no entanto, nao térn mais interesse para nós neste Mead charnou de "Eu" pressupóe, por isso, urna confianca em que
lugar; em contrapartida, para a tentativa de reconstruir o amor como a pessoa amada preserve sua afeicáo mesmo que a própria atencáo
nao se direcione a ela, mas, por sua vez, essa seguranC;a é apenas o
lado exterior de urna certeza amadurecida de que as próprias ca-
58 [bid., pp. 23-4. rencias váo encontrar permanentemente satisfacáo por parte do
69 Cf., para urna visáo de conjunto, Leopold Pospisvil, Anthropologie des 70 Cf. Habermas, jürgen, "Überlegungen zum evolutionaren Srellenwert
Rechts. Recht und Gesellschaft in archaíschen und modernen Kulturen. Muni- des modernen Rechrs". In: Zur Rekonstruktion des Historischen Materialismus.
que, 1982, cap. 111, p. 65 ss. Frankfurr, 1976, p. 260 ss.
amor, isto é, o resseguro num ramo da pesquisa empírica; ero vez begriffs und zur Theorie der sittlichen Gefüh/e. Würzburg, 1897.
trutura do reconhecimento jurídico torno u-se urn pouco rnais trans- quais conclus6es se podem tirar preliminarmente da comparacáo
parente: confluem nela, por assim dizer, duas operacóes da cons- entre o reconhecimento jurídico e a estima social: em ambos os casos
ciencia, urna vez que, por um lado, ela pressupóe um saber moral como já sabemos, urn hornem respeitado em virtude de deterrni-
é
sobre as obrigacóes jurídicas que ternos de observar perante pessoas nadas propriedades, mas no prirneiro caso se trata daquela proprie-
autónomas, ao passo que, por outro, só urna interpretacáo empírica dade universal que faz dele urna pessoa; no segundo caso, pelo con-
da situacáo nos informa sobre se se trata, quanto a um defrontante t~ário, trata-se das propriedades particulares que o caracrerizam,
concreto, de um ser com a propriedade que faz aplicar aque1as obri- diferenrernsm¿ de outras pessoas. Daí ser central para o reconheci-
gacóes, Por isso, na estrutura do reconhecimento jurídico, justamente mento jurídico a questáo de como se determina aquela proprieda-
porque está constituída de maneira universalista sob as condicóes de constitutiva das pessoas como tais, enguanto para a estima so-
modernas, está infrangivelmente inserida a tarefa de urna aplicacáo cial se coloca a questáo de como se constitui o sistema referencial
específica a situacáo: urn direito universalmente válido deve ser ques- valorativo no interior do gual se pode medir o "valor" das proprie-
a
tionado, luz das descricóes empíricas da situacáo, no sentido de dades características.
saber a que círculo de sujeitos ele deve se aplicar, visto que eles Na forrnulacáo desse primeiro resultado interino, já está men-
pertencem a classe das pessoas moralmente imputáveis. Nessa zona cionado tambérn o segundo problema que se impusera a nós no que
de interpretacóes da siruacáo referidas a aplicacáo, as relacóes ju- concerne as propriedades estruturais do reconhecimento jurídico:
rídicas modernas constituem, como veremos, um dos lugares em que é preciso definir a capacidade pela qual os sujeitos se respeitam
pode suceder urna luta por reconhecirnento". mutuamente, quando se reconhecem como pessoas de direito. Urna
Do reconhecimento da pessoa enquanto tal se distingue entáo resposta a questáo assim colocada possui um peso tanto maior por-
a estima por um ser humano, porque está ern jogo nela nao a apli- que ela mantém a disposicáo, ao mesmo tempo, a chave para urna
cacáo empírica de normas gerais, intuitivamente sabidas, mas sim análise da funcáo que a adjudicacáo de direitos assume sob condi-
a avaliacáo gradual de propriedades e capacidades concretas; daí cóes pós-tradicionais; pois, após seu desligamento das atribuir;6es
de status, sua tarefa tem de estar talhada, ao que tu do indica, prin-
1986, p. 122 ss. 78 Darwall, Stephen L., "Two Kinds oí Respect", ed. cir., p., 254.
tacóes simbolicamente articulado, mas sernpre aberto e poroso, no depois que se desenvolveu a ponto de nao caber mais nas condicóes-
qual se formula m os valores e os objetivos éticos, cujo todo consti- limite das sociedades articuladas em estamentos. A mudanca estru-
tui a autocompreensáo cultural de urna sociedade; um sernelhante tural que isso pos em marcha é marcada, no plano de urna história
quadro de orientacóes pode servir de sistema referencial para a ava- conceitual, pela transicáo dos conceitos de honra as categorias da
liacáo de determinadas propriedades da personalidade, visto que seu "reputacáo" ou "prestígio" social.
"valor" social se me de pelo grau ern que elas parecem estar em Enquanto as concepcóes dos objetivos éticos da sociedade sao
condicóes de contribuir a realizacáo das predeterrninacóes dos ob- formuladas ainda de maneira substancial, e as suas concepcóes axio-
jetivos sociais 89 . A autocompreensáo cultural de urna sociedade lógicas correspondentes sao articuladas de maneira hierárquica, de
predetermina os critérios pelos quais se orienta a estima social das modo que se dá urna escala de formas de cornportamento de maior
pessoas, já que suas capacidades e realizacóes sao julgadas inter- ou menor valor, a medida da reputacáo de urna pessoa é definida
subjetivamente, conforme a medida em que cooperaram na imple- nos termos da honra social: a eticidade convencional dessas coleri-
mentacáo de valores culturalmente definidos; nesse sentido, essa vidades permite estratificar verticalmente os campos das tarefas so-
forma de reconhecimento recíproco está ligada também a pressu- ciais de acordo com sua suposta contribuicáo para a realizacáo dos
posicáo de uro contexto de vida social cujos membros constituem valores centrais, de modo que lhes podem ser atribuídas formas
urna comunidade de valores mediante a orientacáo por concepcóes específicas de conduta de vida, cuja observancia faz com que o in-
de objetivos comuns. Mas, se a estima social é determinada por divíduo alcance a "honra" apropriada a seu estamento. Nesse as-
concepcóes de objetivos éticos que predominam numa sociedade, pecto, o termo "honra" designa em sociedades articuladas em esta-
as formas que ela pode assumir sao urna grandeza nao menos variá- mentos a medida relativa de reputacáo social que urna pessoa é capaz
vel históricamente do que as do reconhecimento jurídico. Seu alcance de adquirir quando consegue cumprir habitualmente expectativas
social e a medida de sua simetria dependem entáo do grau de plura- coletivas de comportamento atadas "eticamente" ao status social:
lizacáo do horizonte de valores socialmente definido, tanto quanto "No plano do conteúdo", escreve Max Weber, "a honra estamental
do caráter dos ideais de personalidade aí destacados. Quanto mais encontra sua expressáo normalmente na imposicáo de urna condu-
as concepcóes dos objetivos éticos se abrem a diversos valores e ra de vida específica a qualquer um que queira pertencer ao CÍr-
quanto mais a ordenacáo hierárquica cede a urna concorréncia hori- culo,,90. As propriedades da personalidade pelas quais a avaliacáo
zontal, tanto mais a estima social assumirá um trace individualizante social de urna pessoa se orienta sob essas condicóes nao sao, por
e criará relacóes simétricas. Daí ser natural cornecar identificando isso, aquelas de uro sujeito biograficamente individuado, mas as de
as propriedades dessa forma específica de reconhecimento também um grupo determinado por status e culturalmente tipificado: é o seu
na mudanca histórica que ela experimentou na passagem das socie- "valor", resultante por sua vez da medida socialmente definida de
dades tradicionais para as modernas: assim como a relacáo jurídi- sua contribuicáo coletiva para a realizacáo das finalidades sociais,
aquilo por que se mede também o valor social de seus respectivos
"Honor", ed. cit., p. 507: "The reciprocal demonstrations of favor, wich might
brevemente o tipo de auto-relacáo individual que vai de par com a
be called mutual honoring, establish relationships of solidariry". [" As demons-
experiencia da estima social. tracóes recíprocas de favor, que poderiam ser chamadas de honramenro mú-
Enquanto a forma de reconhecimenro da estima é organizada tuo, estabelecem relacóes de solidariedade. "J
segundo estamentos, a experiencia da distincáo social que lhe cor-
99 É para isso que está recortada conceitualmente a famosa fórmula de
responde se refere em grande parte somente a identidade coletiva Sartre a respeito do grupo em fusáo; d. jean-Paul Sartre, Kritik der dialektischen
do próprio grupo: as realizacóes, para cujo valor social o indivíduo Vernunft, vol. 1. Reinbek, 1967, p. 369 ss.