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DA ASSISTÊNCIA JURIDICA GRATUITA

O Requerente não possui condições de arcar com despesas processuais da presente


demanda sem o prejuízo de seu sustento. Por este motivo, requer que seja concedido
o benefício da Justiça Gratuita na forma da LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE
2015.

DO NÃO INTERESSE EM AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO

O Autor opta pela não realização de audiência conciliatória até porque os Procuradores do
requerido não costumam fazer acordo neste tipo de situação, inexistente a possibilidade de
entabular acordo entre as partes, razão qual requer a citação da requerida, para apresentar
defesa no prazo de Lei, sob as penas dos efeitos da revelia quanto à matéria de fato.

PRELIMINARMENTE - DA ALEGAÇÃO DA SUPOSTA PRESCRIÇÃO

Argui a Recorrente prescrição trienal, porém verifica-se que a preliminar não deve
prosperar, sendo esta uma relação que versa sobre prestação de serviço, logo,
reconhecida pelo CDC, a prescrição a ser aplicada é de 5 anos, com fulcro no artigo 27, do
referido código, “in verbis”:

art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos


causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste
Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento
do dano e de sua autoria.

Neste sentido,
colacionamos o seguinte

entendimento:
Por outro lado, numa remota hipótese Vossa Excelência entenda de forma diversa
no presente caso, restou demonstrado que o autor não foi notificado acerca da
inclusão de seu nome nos cadastros de proteção ao crédito, logo, não restou
comprovado nos autos a ocorrência do termo inicial para contagem da prescrição,
portanto, requer seja
considerado à data
indicada nos extratos
anexados na inicial, por
se tratar de pretensão
de reparação civil, seja o
prazo contado a
partir da data em que a
parte tomou ciência da
existência do registro.

A propósito, sobre o
assunto, trazemos abaixo o próprio entendimento da Turma Recursal do Estado do
Amazonas, que coaduna no mesmo sentido acima propagado, senão vejamos:

RECURSO INOMINADO CÍVEL Nº 0604998-50.2019.8.04.0020

RECURSO INOMINADO CÍVEL Nº 0605919-84.2019.8.04.0092


Por conclusão, não há incidência da prescrição nos autos.

DO JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE – COVID-19

Considerando os princípios da razoável duração do processo, economia


processual, efetividade e da instrumentalidade das formas que norteiam a Lei 9.009/95, a
parte autora requer o julgamento antecipado da lide e a não realização de audiência de
conciliação, visto que a matéria debatida nos autos é exclusivamente de direito, conforme
decisão em anexo, medida esta que já está sendo tomada por outras varas da comarca de
Manaus/AM, devido a pandemia do COVID-19, que impossibilita a realização da audiência
de conciliação.

Caso a empresa
ré tenha alguma proposta
de acordo poderá formular
nos autos através de petição
ou entrar em contato
com o patrono da arte autora
através do número de
telefone (92) 99119-
4358 ou EMAIL:

Elclerison25melo@gmail.com.

Portanto requer a intimação da parte requerida apenas para contestar o feito,


após concluso para sentença.

Caso este não seja o entendimento de V. Exa., que determine as providências cabíveis ao
caso em tela.

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DA NÃO APLICAÇÃO DA SÚMULA 385 DO STJ

Inicialmente faz-se necessário destacar que no caso em tela não cabe a


aplicação da Súmula 385 do STJ, pois, apesar de preexistir débito do reclamante, este
está sendo defendido em outra ação judicial, sendo assim, não há de que se falar em
imposição desta Súmula.

Assim, vale destacar que, a parte Requerente não é um devedor contumaz, e sim,
foi vítima de fraudes com a utilização do seu nome, seja por parte da requerida ou por
terceiros, o que de fato não exime a responsabilidade das empresas informadas, pois, a
restrição anterior inscrita pela Claro S/A é objeto de discussão nos autos sob n. 0697153-
95.2020.8.04.0001 e pelo Banco Brasil S/A é objeto de discussão nos autos sob n .0697165-
12.2020.8.04.0001.

DA NÃO APLICAÇÃO DA SÚMULA 385 DO STJ

Inicialmente faz-se necessário destacar que no caso em tela não cabe à aplicação da Súmula
385 do STJ, uma vez que a demanda que está sendo discutida é a que possui o débito mais
antigo, sendo que neste caso não se encontra débito preexistente, conforme preceitua tal
Súmula, sendo assim, não há de que se falar na imposição desta

Vejamos o que preconiza a Súmula acima mencionada, in verbis:

Súmula 385

Ementa

Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano
moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.

Conforme se verifica na consulta encartada aos autos, a restrição ora discutida no presente
feito se trata da mais antiga, razão pela qual não há o que se falar em aplicação da referida
Súmula.

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TÓPICO ANEXADO APÓS O *DO DIREITO*

DA AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PREMONITÓRIA

O direito de comunicação do armazenamento de informações sobre o promovente


foi infringido caracterizando abuso de direito por parte da promovida. A Reclamada
exerceu um direito garantido por lei, no entanto, extrapolou tal direito ao deixar de
comunicar a parte autoral a inclusão de seu nome no banco de dados dos maus
pagadores, o que lhe causou e está causando imensuráveis danos, sem dizer que
tal inclusão se fez de forma injusta.
INDENIZAÇÃO – DANOS MORAIS – FALTA DE PRÉVIA
COMUNICAÇÃO ESCRITA AO DEVEDOR – ARTIGO 43,
§ 2º DO CDC – DEVER DO ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO
CRÉDITO. A cientificação do devedor sobre a sua
inscrição no Órgão de Proteção ao Crédito, prevista no
artigo 43, § 2º do CDC, constitui obrigação exclusiva
da entidade responsável pela manutenção do
cadastro, pessoa jurídica distinta da do credor, que
tão-só informa da existência da dívida, por isso não
sendo o credor parte passiva legítima por ato
decorrente da administração do cadastro, na forma do
parágrafo 4º do artigo 43 do CDC.
(Apelação n 1.0236.03.001231-4/001, Relatora
DESEMBARGADORA EULINA DO CARMO ALMEIDA,
Décima Terceira Câmara Cível, julgada em 09/3/2006).
(GRIFO NOSSO).

Nesse sentido, se pode afirmar que o primeiro direito do consumidor, em se tratando de


relação de consumo, é tomar prévio conhecimento de que alguém começou a estocar
informações o seu respeito, independentemente de provocação ou aprovação sua. Esse
dever de comunicação, além da expressa previsão do art. 43, é corolário dos direitos
básicos e genérico estatuído no art. 6º da Lei n° 8.078/90 / CDC, e, a sua falta, configura-se
em ato ilícito, gerando por via de consequência, a obrigação de indenizar.

DA EXTENSÃO DO DANO

A parte autora encontra-se atualmente com seu credito abalado, ou seja, sem nenhum
credito, sem condições de efetuar quaisquer transações comerciais a prazo, suportando
danos difíceis de serem prontamente reparados, pois bem sabemos que nos dias atuais o
comercio e muito dinâmico, e que noventa por cento das linhas de créditos são abertas e
concedidas após consultas aos órgãos de proteção ao credito. Também e sabido que o
órgão restringido opera a nível nacional, o que faz com que todos os comércios brasileiros,
tenham acesso a qualquer pendência de qualquer pessoa. Como já demonstrado acima, o
dano moral está amplamente caracterizado, pois a dor, o sofrimento, a angustia, decorrem
da inserção indevida do nome da parte autora nos órgãos de proteção ao credito.

Quase tudo que consumimos compramos a credito, seja no cartão, cheque, crediário, a
parte autoral no momento não está podendo gozar desses benefícios, tudo isso em razão
da conduta ilícita da Reclamada.

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TÓPICO ANEXADO APÓS O *DANO MORAL*

DA INCIDENCIA DA SÚMULA 54 DO STJ (juros a partir do evento danoso e correção


monetária a partir da citação)
Em se tratando de responsabilidade extracontratual, os juros incidem a partir
do evento danoso (da inclusão/disponibilidade indevida nos órgãos de restrição ao
crédito).

Requer seja considerado para efeito de juros a partir da data da


inclusão/disponibilidade da inserção da inclusão indevida do nome do autor (a), e correção
monetária a partir da citação.

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