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O Autor opta pela não realização de audiência conciliatória até porque os Procuradores do
requerido não costumam fazer acordo neste tipo de situação, inexistente a possibilidade de
entabular acordo entre as partes, razão qual requer a citação da requerida, para apresentar
defesa no prazo de Lei, sob as penas dos efeitos da revelia quanto à matéria de fato.
Argui a Recorrente prescrição trienal, porém verifica-se que a preliminar não deve
prosperar, sendo esta uma relação que versa sobre prestação de serviço, logo,
reconhecida pelo CDC, a prescrição a ser aplicada é de 5 anos, com fulcro no artigo 27, do
referido código, “in verbis”:
Neste sentido,
colacionamos o seguinte
entendimento:
Por outro lado, numa remota hipótese Vossa Excelência entenda de forma diversa
no presente caso, restou demonstrado que o autor não foi notificado acerca da
inclusão de seu nome nos cadastros de proteção ao crédito, logo, não restou
comprovado nos autos a ocorrência do termo inicial para contagem da prescrição,
portanto, requer seja
considerado à data
indicada nos extratos
anexados na inicial, por
se tratar de pretensão
de reparação civil, seja o
prazo contado a
partir da data em que a
parte tomou ciência da
existência do registro.
A propósito, sobre o
assunto, trazemos abaixo o próprio entendimento da Turma Recursal do Estado do
Amazonas, que coaduna no mesmo sentido acima propagado, senão vejamos:
Caso a empresa
ré tenha alguma proposta
de acordo poderá formular
nos autos através de petição
ou entrar em contato
com o patrono da arte autora
através do número de
telefone (92) 99119-
4358 ou EMAIL:
Elclerison25melo@gmail.com.
Caso este não seja o entendimento de V. Exa., que determine as providências cabíveis ao
caso em tela.
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DA NÃO APLICAÇÃO DA SÚMULA 385 DO STJ
Assim, vale destacar que, a parte Requerente não é um devedor contumaz, e sim,
foi vítima de fraudes com a utilização do seu nome, seja por parte da requerida ou por
terceiros, o que de fato não exime a responsabilidade das empresas informadas, pois, a
restrição anterior inscrita pela Claro S/A é objeto de discussão nos autos sob n. 0697153-
95.2020.8.04.0001 e pelo Banco Brasil S/A é objeto de discussão nos autos sob n .0697165-
12.2020.8.04.0001.
Inicialmente faz-se necessário destacar que no caso em tela não cabe à aplicação da Súmula
385 do STJ, uma vez que a demanda que está sendo discutida é a que possui o débito mais
antigo, sendo que neste caso não se encontra débito preexistente, conforme preceitua tal
Súmula, sendo assim, não há de que se falar na imposição desta
Súmula 385
Ementa
Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano
moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.
Conforme se verifica na consulta encartada aos autos, a restrição ora discutida no presente
feito se trata da mais antiga, razão pela qual não há o que se falar em aplicação da referida
Súmula.
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DA EXTENSÃO DO DANO
A parte autora encontra-se atualmente com seu credito abalado, ou seja, sem nenhum
credito, sem condições de efetuar quaisquer transações comerciais a prazo, suportando
danos difíceis de serem prontamente reparados, pois bem sabemos que nos dias atuais o
comercio e muito dinâmico, e que noventa por cento das linhas de créditos são abertas e
concedidas após consultas aos órgãos de proteção ao credito. Também e sabido que o
órgão restringido opera a nível nacional, o que faz com que todos os comércios brasileiros,
tenham acesso a qualquer pendência de qualquer pessoa. Como já demonstrado acima, o
dano moral está amplamente caracterizado, pois a dor, o sofrimento, a angustia, decorrem
da inserção indevida do nome da parte autora nos órgãos de proteção ao credito.
Quase tudo que consumimos compramos a credito, seja no cartão, cheque, crediário, a
parte autoral no momento não está podendo gozar desses benefícios, tudo isso em razão
da conduta ilícita da Reclamada.
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