Você está na página 1de 9

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR(A)

PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

PARAÍBA

Referência:

Ação declaratória de inexigibilidade de débito

Processo n°: XXXXXXXXXX-XXX

Agravante: Maria José

Agravado: Banco Tupi S/A

Maria José, já devidamente qualificada nos autos da ação declaratória de

inexigibilidade de débito, vem por meio de seu advogado que ao final assina,–

instrumento procuratório em anexo, esse com endereço eletrônico e

profissional inserto na referida procuração, a qual, em obediência à diretriz

fixada no art. 77, inc. V, do CPC, indica-o para as intimações que se fizerem

necessárias, comparece, com o devido respeito a Vossa Excelência, não se

conformando com a decisão interlocutória de fls. 27/29, junto à ação que

indeferiu a tutela de urgência pretendida, além da citação do reú, esta move

ação contra o Banco Tupi S/A, conforme supracitado, e, por essa razão, vem

interpor o presente recurso de

AGRAVO DE INSTRUMENTO C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE

TUTELA DE URGÊNCIA,
Com guarida, no art. 995, parágrafo único c/c art. 1.015, inc. XI, um e

outro do Código de Processo Civil, em razão das justificativas abaixo

evidenciadas.

Nomes dos advogados

O Agravante informa os nomes e endereços dos advogados habilitados nos

querela, aptos a serem intimados dos atos processuais (novo CPC, art. 1.016,

inc. IV):

DA AGRAVANTE: Dr. Beltrano de tal, inscrito na Ordem dos Advogados do

Brasil, Seção do Estado, sob o nº. 11222333, com escritório profissional sito na

Rua dos Tabajaras, nº. 3344, nesta Cidade, endereço eletrônico

beltrano@beltrano.com.br;

DO AGRAVADA: Dr. Fulano de Tal, inscrito na Ordem dos Advogados do

Brasil, Seção do Estado, sob o nº. 11222333, com escritório profissional sito na

Rua dos Tabajaras, nº. 3344, nesta Cidade, endereço eletrônico

beltrano@beltrano.com.br.

Da tempestividade

O recurso deve ser considerado como tempestivo. O patrono da parte

Agravante fora intimado da decisão atacada na data de 00 de março de 0000,

consoante se vê da certidão acostada. Dessarte, fora intimado em 00 de março de 0000,


por meio do Diário da Justiça

nº. 0000 (CPC, art. 231, inc. VII c/c 1.003, § 2º). Igualmente, visto que o lapso
de tempo do recurso em espécie é quinzenal (CPC/2015, art. 1.003, § 5º) e, por

isso, atesta-se que o prazo processual fora devidamente obedecido.

Formação do instrumento

a) Preparo (CPC, art. 1.007, caput c/c art. 1.017, § 1º)

O Recorrente deixa de acostar o comprovante de recolhimento do preparo,

dado que lhes foram concedidos os benefícios da gratuidade da Justiça.

Com efeito, utiliza-se do preceito contido no art. 1017, § 1º, do CPC.

b) Peças obrigatórias e facultativas

Os autos do processo em espécie não são eletrônicos. Em razão disso, informa

que o presente Agravo de Instrumento é instruído com cópia integral do

processo originário, entre cópias facultativas e obrigatórias, motivo tal que

declara como sendo autênticos e conferidos com os originais, sob as penas da

lei.

· Procuração outorgado ao advogado do Agravante

· Petição inicial da ação revisional do suposto empréstimo;

· Contestação;

· Decisão que deferiu a gratuidade da justiça;

· Decisão interlocutória recorrida;

· Petição requerendo a produção de prova com a inversão do ônus ;

· Certidão narrativa de intimação do patrono da Recorrente;

· Contrato do suposto empréstimo.


DO REQUERIMENTO

Diante disso, pleiteia-se o processamento do recurso, sendo esse distribuído a

uma das Câmaras Cíveis deste Egrégio Tribunal de Justiça (CPC, art. 1.016,

caput), para que seja, inicialmente, e com urgência, submetido para análise do

pedido de tutela urgência (CPC, art. 300).

Termos em que pede deferimento.

Local XXXX e data XX/X/XXXX.

___________________________________________

ADVOGADO (A) OAB Nº XX.XXX

RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Referência:

Ação declaratória de inexigibilidade de débito

Processo n°: XXXXXXXXXX-XXX

Agravante: Maria José

Agravado: Banco Tupi S/A


EGRÉGIO TRIBUNAL,

COLENDA CÂMARA

1- DO RESUMO DOS FATOS

Maria José ingressou com uma ação declaratória de inexigibilidade de débito

contra o Banco Tupi S/A, que negativou seu nome por um empréstimo que ela

teria feito no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), sem que Maria José jamais

tivesse sido cliente deste estabelecimento. Esta requereu a concessão de

tutela de urgência para que desde já, ou seja, já durante o trâmite da presente

ação, o seu nome saísse dos órgãos de proteção ao crédito, juntando aos

autos cópia de um e-mail recebido da ouvidoria do banco promovido,

reconhecendo que ela jamais fora cliente deste estabelecimento. A agravante é humilde e
trabalha como lavradora, essa requereu também a

isenção das custas processuais, a mesma pede declaração de inexigibilidade

do débito e indenização por danos morais. O primeiro despacho do juiz aos

autos deferiu a justiça gratuita, mas indeferiu a tutela de urgência pretendida,

além de determinar a citação do réu. Maria precisa que seu nome esteja limpo para que
ela possa conseguir realizar

o sonho de financiar sua casa própria, mas como o juiz indeferiu sua tutela de

urgência e não concedeu danos morais esta resolveu interpor agravo de

instrumento.

II- A ANTECIPAÇÃO DA PRETENSÃO RECURSAL


A tutela de urgência deve ser concedida, pois sem ela a agravante poderá

sofrer danos, e não conseguirá seu financiamento desejado, pelo fato da

demora do processo e precisar da concessão urgentemente. Assim, necessária se faz a


concessão liminar da tutela de urgência pleiteada

no sentido de conceder o direito do agravante de poder financiar seu domicílio

sem que seu nome esteja negativado no sistema de proteção ao crédito.

III- DO DIREITO E RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA

2.1

Súmula 359/STJ. 1. A ausência de prévia comunicação ao consumidor da

inscrição do seu nome em órgão de proteção ao crédito enseja a indenização

por danos morais. "Cabe ao órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao

Crédito a notificação do devedor antes de proceder à inscrição".

Portanto a agravante tem direito a danos morais e deve-se reaver o pedido não

concedido.

2.2 DA TUTELA DE URGÊNCIA:

São requisitos para a concessão da tutela de urgência o fundamento da

demanda que evidencie a probabilidade do direito e o justificado receio de

ineficácia do provimento final, em síntese o “fumus boni iuris” e o “periculum in

mora”. Assim dispõe a Lei nº 8.078/90 Código de Defesa do Consumidor:

Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou

não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará

providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do


adimplemento.

§ 3º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio

de ineficiência do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela

liminarmente ou após justificação prévia, citado o réu.

E destaca-se ainda o Código de Processo Civil que diz:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que

evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao

resultado útil do processo.

§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso,

exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra

parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte

economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação

prévia.

§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando

houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

O Agravante sofre impactos econômicos negativos. O registro do seu nome no

SERASA está lhe causando restrições de crédito, porquanto, como já fora

enunciado preteritamente, tal fato prejudica o exercício regular de certos atos

da vida civil em que existam concessão e aquisição de crédito como

empréstimos, compra por meio de crediário e outros da espécie.

Uma vez inexistente a dívida de Maria José, não subsiste razões para a

manutenção do seu nome no cadastro e, por via de consequência, impera que

se retire o nome dos registros.


Nesta linha de raciocínio, para a concessão da liminar, estão presentes os

requisitos do “fumus boni juris” e do “periculum in mora”.

O primeiro caracteriza-se mediante a evidência do direito a ser protegido. No

caso em tela, este se faz presente tendo em vista o documento que aponta

permanência da inscrição no nome do Autor no cadastro restritivo.

Quanto ao ‘periculum in mora’, este exsurge do perigo do Autor vier a ficar

impossibilitado de praticar todos os atos negociais em que se necessita o nome

“limpo” nos cadastros de proteção de crédito, em caso de não haver o

deferimento imediato da presente liminar.

É imperioso observar que a concessão da tutela ora requerida não acarreta

dano algum à parte ré, bem como não há qualquer perigo de irreversibilidade

dos efeitos da decisão, haja vista se tratar de mera retirada do nome da mesma

do SERASA.

Destarte, restam demonstrados o “fumus boni iuris” e o “periculum in mora”,

pede-se, então, que este juízo determine a retirada do nome da parte autora do

cadastro de proteção de crédito relativamente à dívida inexistente.

IV- DO PEDIDO

1- Requer a Vossa Excelência, o conhecimento do presente recurso e o

deferimento liminar da tutela antecipada, como autoriza o art. 1.019, I do

CPC/2015, no sentido de julgar procedente a presente demanda e acolher

todos os pedidos para condenar o agravado nos termos do art. 5º, inc. V da

CF/88 c/c arts. 186 e 927 do CC/2002, à retirada da inscrição do Autor do


SERASA relativa à mesma dívida mencionada;

2- Requer o conhecimento e o consequente provimento do presente recurso

para reformar a decisão atacada e determinar a tutela de urgência e danos

morais.

3- Ante o exposto, requer a agravante que o juiz ad quem atribua efeito

suspensivo imediato ao presente recurso, lhe dando portanto provimento.

“Termos em que, cumpridas as necessárias formalidades legais, pede e espera

deferimento como medida de inteira JUSTIÇA”.

Termos em que,

Espera e pede deferimento.

Local XXXXXX, data XX/X/XXXX.

___________________________________

] ADVOGADO (A) OAB Nº XX.XXX

Você também pode gostar