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AGRAVO DE INSTRUMENTO
AGRAVANTES: REBECA____________
AGRAVADA: BANCO TIO PATINHAS S.A
AÇÃO: AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO
PROCESSO ORIGINÁRIO Nº: ______________________
Colenda Câmara
Eméritos Julgadores,
I – DA TEMPESTIVIDADE
II - DO PREPARO
A apelante deixa de juntar guia de custas recursais, tendo em vista a decisão que
julgou procedente o pedido de justiça gratuita face a sua hipossuficiência, nos moldes do art.
98 e 99 do Código de Processo Civil - CPC.
Assim, não bastando os expostos, o agravo preenche todos os requisitos de
admissibilidade.
Decisão esta que não há de prosperar, pois, o pedido atende todos os requisitos
indispensáveis à tutela pleiteada, uma vez que ficaram demonstrado os requisitos legais, como
passa a demonstrar.
O Código de Processo Civil Brasileiro, em seu Art. 300, ensina que poderá ser aceita a
tutela de urgência antecipada, quando demostrado o indubitável direito da parte face a lide, o
chamado fumus boni iuris, e o risco ao resultado útil do processo pelo periculum in mora em
cessar o dano.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências
que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
Nesse diapasão, o Art. 311, incisos II e III do Código de Processo Civil assegura o
pedido de tutela de evidência.
É sabido que, grande parte dos brasileiros sonham em ter uma casa própria, não
diferente REBECA, uma mulher pugnadora, também tem o objetivo de realizar esse sonho,
inclusive se inscreveu no programa de habitação “Minha Casa Minha Vida” visando financiar
a sua mais que merecida casa própria, no entanto, devido a restrição pregada em seu nome,
por uma dívida que ela jamais contraiu, o Banco Alfabeta negou, por ora o financiamento.
Excelência, ninguém deve sofrer as más consequências que por ação ou omissão de
outra vierem acontecer, no caso em tela, temos um direito sólido, indubitável, que o
periculum in mora na resolutiva, causará danos irreversíveis, o que prejudica a tutela
jurisdicional que é devida ao cidadão.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;
Ressalta-se que, o supracitado prevê e assegura indenização por dano material ou
moral decorrente de ato que viola tal direito.
A tutela de urgência em caráter liminar, se faz necessária tendo em vista o dano que
possa se tornar irreparável, o dano moral por exemplo, muitas vezes a vítima de atentado a
moral, desenvolve doenças psíquicas, tais como a depressão e ansiedade, difíceis de lidar, que
causam tormento a quem vivencia.
O Art. 12 do Código Civil Brasileiro, diz que se pode exigir que seja cessado a
ameaça ou lesão a um direito de personalidade, no caso o nome e a honra da apelante,
podendo ela exigir a reparação de perdas e danos em decorrência.
Portanto, o dano deve ser cessado. E como já vimos, a apelante encontra-se impedida
de financiar sua casa própria junto ao Banco Alfabeta, isso é apenas uma prova do dano
sofrido injustamente pela apelante, que ultrapassa os limites do mero dissabor.
Assim sendo, estes são os motivos e fundamentos por qual a apelante, requer que seja
reformada a decisão, para conceder em caráter liminar a tutela de urgência.
VI – DO PEDIDO
Belém, ______________
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ADVOGADO
OAB________