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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA

FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DO ESTADO X

ETEVALDO, nacionalidade, estado civil, portador da cédula de identidade RG n..., e


inscrito no CPF/MF sob o n..., residente e domiciliado na Rua..., n..., Bairro..., Município...,
Estado..., CEP..., por seu advogado regularmente inscrito na OAB/... Sob o número..., com
escritório situado na..., vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com
fundamento no artigo 5, LXIX, da Constituição Federal e na Lei 12.016/2009, impetrar a
presente ordem de
MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL COM PEDIDO LIMINAR
Em face do BANCO que através de ilegalidade ou abuso de poder violou direito líquido e
certo não amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data, conforme se comprovará.

I- DOS FATOS ENSEJADORES DO MANDADO DE SEGURANÇA

O Impetrante teve seu direito líquido e certo de realizar sua compra fazendo uso de um
cheque que descontaria o valor acordado via contrato de compra e venda e na data do
pagamento não obteve exito pois sua conta não possuia fundos. O Banco descontou uma
parcela referente a um seguro de vida que nunca foi contratado deixando desta forma, sua
conta sem fundos para que houvesse o pagamento do cheque.
Dessa forma, o Requerente encontra-se impossibilitado de exercer seu direito, não restando
alternativa senão a impetração do presente remédio constitucional.

II- DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO

De acordo com a Constituição Federal de 1988, conceder-se-á Mandado de Segurança para


proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público (art. 5º, LXIX). De modo que, cabe ao
impetrante demonstrar a lesão a direito líquido e certo, ou seja, direito que se considera
incorporado definitivamente ao patrimônio de alguém e sobre o qual não paira dúvida ou
contestação possível.
Igualmente, o artigo 1º, da Lei nº 12.016/09 institui que será concedido o mandado de
segurança "para proteger direito líquido e certo, não amparado por ‘habeas corpus’ ou
'habeas data', sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou
jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de
que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça".
Conclui-se que o ato coator viola direito líquido e certo do Impetrante, fazendo jus à
concessão da ordem para que seja cancelado o seguro de vida que não foi contratado e sua
conta volte a ter o saldo que possuia.

III- DA MEDIDA LIMINAR

De acordo com o disposto no art. 7º, III, da Lei do Mandado de Segurança, o juiz, ao
despachar a petição inicial, em medida liminar, ordenará a suspensão do "ato que deu
motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar
a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante
caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica."
Para o deferimento da medida, deve-se demonstrar, em síntese, existência de suporte
jurídico à pretensão (sinal do bom direito, ou fumus boni juris ) e receio da demora no
provimento jurisdicional ( periculum in mora).

Fumus Boni Iuris: O direito do impetrante de ter seu saldo no banco resguardado, realizar
compras e ter a certeza que serão pagas sem passar por nenhum tipo de constrangimento.

Periculun In mora: Tal liminar é necessária tendo em vista que não foi contratado pelo
impetrante tal seguro de vida que ocasionou a situação ensejada o tornando inadimplente.
Caso não haja procedência desta liminar, o impetrante estará inabilitado para realizar o
pagamento de sua dívida, perdendo seu direito líquido e certo.
V- DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Ante o exposte, requer-se a este D. Juízo:


a) A concessão da medida liminar, com a expedição de ofício para que a autoridade coatora
suspenda o ato lesivo que deu motivo ao pedido, assegurando o direito do impetrante até o
julgamento do mérito da ordem, conforme Artigo 7, III, da Lei 12.016/2009.
b) A notificação da Autoridade coatora, para prestar informações no prazo legal de dez
dias, conforme artigo 7, I, da Lei 12.016/2009.
d) A intimação do Ministério Público, para apresentar seu parecer como ‘’custos legis’’, no
prazo de dez dias, conforme artigo 12 da lei 12.016/2009.
e) Que ao final, seja concedido o Mandado de Segurança, tornando definitiva a liminar,
assegurando o direito líquido e certo do Impetrante.
f) Requer, ainda, a condenação do Impetrado no pagamento das despesas processuais na
forma da lei.

VI- DO VALOR DA CAUSA


Dá-se à causa o valor de R$ 1000,00 (um mil reais), para fins fiscais.

Nestes termos
Pede deferimento
Local e data.
ADVOGADO
OAB

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