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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA FEDERAL

DO ESTADO DO PIAUÍ

PEDRO, nacionalidade ..., profissão ..., estado civil ..., portador


do RG Nº ..., inscrito no CPF Nº ..., residente e domiciliado
na ..., nº ..., bairro ..., cidade, estado, CEP, por seu advogado
infra assinado, assim constituído no instrumento de mandato
incluso, que receberá as intimações do feito no endereço, Rua ...,
Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP.., vem perante Vossa
Excelência, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE


RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA COM PEDIDO DE
TUTELA ANTECIPADA

com fulcro nos artigos 4º, I e 282 e, seguintes do CPC, em face


da UNIÃO FEDERAL, pessoa jurídica de direito público
interno, na pessoa de seu representante legal, situada no
endereço, Rua..., n..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP.., pelos
motivos de fato e de direito abaixo aduzidos:

I- DOS FATOS

O Estado do Piauí decidiu realizar a desapropriação de grande área


urbana e, para tanto, obedeceu a todos os trâmites e requisitos exigidos pela legislação
pertinente.

Alguns contribuintes que tiveram seus imóveis desapropriados, após


receber todos os valores indenizatórios, incluíram-nos em suas declarações de
rendimentos como ganhos não tributáveis.

Ocorre que o Fisco Federal intimou há 30 dias, os referidos contribuintes


para o pagamento do IRPF dos valores recebidos a título de indenização por
desapropriação e realizou o respectivo lançamento do tributo. Alegou que os valores
recebidos pelos referidos contribuintes a título de desapropriação são superiores ao
custo de aquisição original dos respectivos imóveis.

Diante dos fatos não restou outra alternativa a não ser ingressar no
judiciário em face da violação do Art 153, III da CRFB/88 e Art 43 do CTN, pois
valores recebido a título de indenização por desapropriação não caracteriza constituição
de renda, mas sim uma mera recomposição de patrimônio, como podemos bem observar
no Art. 5º, XXIV da CRFB/88, sendo assim não há que se falar IRPF sobre os valores
recebidos, pois o recebimento da indenização em pauta não pode ser considerado fato
gerador do IRPF.

II- DO CABIMENTO E DA TEMPESTIVIDADE

A presente ação é cabível, pois houve lançamento e não se deseja


condenação em honorários advocatícios (art. 25 da Lei 12.016/2009) sendo tempestivo
por ter sido apresentado em 120 dias (art. 23 da lei 12.016/09).

III- DA PRELIMINAR DE MÉRITO

Requer preliminarmente que seja concedida a Gratuidade da Justiça, nos


termos do art. 5º, incisos XXXIV e LXXIV da Constituição Federal cominado com as
disposições dos artigos 98 e seguintes do novo Código de Processo Civil, tendo em vista
não poder arcar com custas e despesas processuais sem dispor do próprio sustento e/ou
de sua família.

IV- DA LIMINAR

Nos termos do artigo 7º, III, da Lei 12.016/2009, mediante a


comprovação da fumaça do bom direito em face em face da violação do Art 153, III da
CRFB/88 e Art 43 do CTN, pois valores recebido a título de indenização por
desapropriação não caracteriza constituição de renda, mas sim uma mera recomposição
de patrimônio, como podemos bem observar no Art. 5º, XXIV da CRFB/88, sendo
assim não há que se falar IRPF sobre os valores recebidos, pois o recebimento da
indenização em pauta não pode ser considerado fato gerador do IRPF e do perigo da
demora, pois incidirá em juros e multa. Requer o deferimento da liminar para suspender
a exigibilidade do crédito, ao final confirmar e expedir certidão positiva com efeito de
negativa – art. 151, IV, CTN e art. 206 do CTN.
V – DOS PEDIDOS:

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência que seja:

a) notificada a parte contrária para se manifestar em 10 dias – art. 7, I, da


lei 12.016/09;

b) dado ciência do feito ao órgão de representação judicial do qual a


pessoa jurídica faz parte – art. 7, II, da Lei 12.016/09;

c) deferida a liminar nos termos do artigo 7, III, da lei 12.016/09,


mediante a comprovação da fumaça do bom direito em em face da violação do Art 153,
III da CRFB/88 e Art 43 do CTN, pois valores recebido a título de indenização por
desapropriação não caracteriza constituição de renda, mas sim uma mera recomposição
de patrimônio, como podemos bem observar no Art. 5º, XXIV da CRFB/88, não
havendo que se falar IRPF sobre os valores recebidos, pois o recebimento da
indenização em pauta não pode ser considerado fato gerador do IRPF.

d) notificado o Ministério Público para se manifestar no prazo de 10 dias


– art. 12 da lei 12.016/2009;

e) concedida a segurança em definitivo em face da não incidência de fato


gerador do IRPF nas indenizações por desapropriação (Art. 153,III da CRFB/88 e Art
43 do CTN), pois valores recebido a título de indenização por desapropriação não
caracteriza constituição de renda, mas sim uma mera recomposição de patrimônio, Art.
5º, XXIV da CRFB/88;

f) condenada a parte contrária as custas – art. 85, § 3º, do CPC;

g) deferido provar o alegado por meio das provas pré-constituídas – art.


319, VI, do CPC;

h) dispensa à audiência de conciliação – art. 319, VII, do CPC;

i) intimada no endereço do advogado – art. 106, I, do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.

Local / Data

Advogado

OAB

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