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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 100ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ-AL

Sociedade empresária Ômega, já qualificada nos autos em epígrafe, em que contende o Fabiano
também já devidamente qualificado, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado adiante assinado, com endereço profissional no endereço completo,
onde recebe intimações e notificações, com fulcro nos artigos 895, I da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT, INTERPOR:

RECURSO ORDINÁRIO

Para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da … Região.

Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade do presente recurso, dentre os


quais se destacam:

a) Depósito Recursal: devidamente recolhido no importe de R$…, conforme guia anexa; e

b) Custas: devidamente recolhidas de acordo com o art. 789, § 1º, da CLT, a razão de R$…,
conforme guias anexas dentro do prazo recursal.

Diante o exposto, requer o recebimento do presente recurso, com a posterior notificação do


recorrido para apresentação das Contrarrazões ao Recurso Ordinário no prazo de 8 (oito) dias
conforme dispõe o art. 900 da CLT, e a posterior remessa ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho
da ... Região.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local e Data.

Advogado (a)

OAB nº ...

RAZÕES – PEÇA

AO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO.

RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO

Processo nº ...

I – PREJUDICIAL DE MÉRITO

I.1 – Prescrição Parcial

A sociedade empresária Ômega postulou por meio de seu advogado em razões finais a prescrição
parcial, entretanto o Douto Magistrado não acolheu sob o argumento de que a descrita prescrição
deveria ter sido arguida em contestação e concluiu com a preclusão do feito.
A sentença não merece ser mantida, pois de acordo com a súmula 153 do TST, a prescrição
poderá ser arguida em instância ordinária, desta forma não há que se falar em preclusão do feito.

Diante o exposto, requer a reforma da sentença a fim de que considere a prescrição parcial nos
moldes do art. 11, caput, da CLT; art. 7º, XXIV, da CF e súmula 308 do TST, e por consequência,
que considere prescritos todos os pleitos formulados anteriores à 30/10/2012.

II – PRELIMINAR DE MÉRITO

II.1 – Incompetência Absoluta

A sentença determinou o recolhimento do INSS relativo ao período trabalhado mês a mês, para
fins de aposentadoria.

Entretanto, conforme estabelece a súmula 368, I do TST a Justiça do Trabalho será competente
quanto à execução das contribuições previdenciárias somente quando for de sentenças
condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o
salário de contribuição. Sendo assim, a sentença do caso em tela não tem cunho condenatório e
portanto a Justiça do Trabalho não é competente.

Diante o exposto, requer que seja declarado a incompetência absoluta quanto ao recolhimento do
INSS, conforme dispõe Súmula Vinculante 53 do STF, Súmula 368, I, TST, art. 876, § único, CLT, e
o art. 114, VIII, da CRFB/88.

II.2 – Coisa Julgada

A recorrente teve seu pedido rejeitado em preliminar, pois em síntese foi desconsiderado que a
empresa havia feito um acordo em outro processo movido pelo mesmo empregado em juízo, na qual
pagou o prêmio de assiduidade, condenando-a novamente ao pagamento dessa parcela.

A sentença não merece ser mantida, pois foi feito um acordo, homologado em juízo, na qual foi
pago à época o prêmio e conforme dispõe o art. 831, § único, CLT, o termo que for lavrado no caso
de conciliação será irrecorrível.

Diante o exposto, requer a reforma da sentença sem resolução de mérito, para que declare a coisa
julgada quanto ao pedido de pagamento de assiduidade, conforme art. 337, VII do CPC e art. 485,
V, CPC.

II.3 – Litispendência

A sentença rejeitou a preliminar suscitada pelo recorrente e desconsiderou que em relação as


diárias postuladas, o autor tinha, comprovadamente, outra ação em curso com o mesmo tema, e que
se encontrava em grau de recurso.

De acordo com os art. 337, VI, do CPC, opera-se a litispendência quando a mesma ação é
proposta repetidamente. Portanto, estamos diante da repetição do pedido das diárias, pois o pedido
está sendo apreciado pelo Judiciário em outro processo.

Diante o exposto, requer a extinção do processo sem resolução de mérito quanto ao pedido das
diárias postuladas por litispendência, conforme artigos 337, VI e 485, V ambos do CPC.
III – MÉRITO

III.1 – Reintegração

A sentença deferiu a reintegração do recorrido, pois ele foi eleito presidente da Associação de
Leitura dos empregados da empresa, entidade criada pelos próprios empregados e que a dispensa
ocorreu no decorrer do mandato do reclamante.

A sentença não merece ser mantida, conforme dispõe o art. 543, § 3º da CLT, eis que a vedação
da dispensa do empregado é somente nas hipóteses descritas no artigo e o recorrido possuía a
função de Presidente Associação de Leitura dos empregados da empresa não possuindo estabilidade
provisória prevista em lei ou norma coletiva.

Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que não considere o recorrido com
estabilidade e por consequência que mantenha a demissão.

III.2 – Dano Moral

A sentença deferiu o pedido de dano moral do recorrido, porque houve atraso no pagamento do
salário dos últimos 3 (três) meses do contrato de trabalho e com isso o recorrido apresentou certidão
do Serasa demonstrando a inserção do nome do recorrido no rol dos maus pagadores em novembro
de 2015.

A sentença não merece ser mantida, pois o atraso se deu somente nos últimos 3 (três) meses do
contrato de trabalho, ou seja, no ano de 2017, entretanto o documento apresentado para comprovar
o dano foi do ano de 2015 (documento de certidão do Serasa, novembro de 2015). Assim, conclui-
se que o documento apresentado não poderá ser usado para configuração do dano haja vista a
divergência dos períodos e a não comprovação do prejuízo.

Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que se retire a condenação do Dano Moral
do recorrido.

III.3 – Carta de referência

A sentença deferiu a entrega de uma carta de referência para facilitar ao recorrido a obtenção de
nova colocação no mercado de trabalho.

Entretanto conforme o art. 5º, II, CRFB/88, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de Lei, e a Carta de referência não está prevista em Lei.

Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que seja julgado improcedente o pedido de
entrega de carta de referência.

III.4 – Participação nos Lucros

A sentença deferiu o pagamento da participação nos lucros prevista na convenção coletiva da


categoria nos anos de 2012 e 2013, pois confessadamente não havia sido paga.

A sentença não merece ser mantida, pois o contrato do recorrido estava suspenso no período de
referência em razão de doença (código B-31), assim a participação nos lucros é indevida porque ele
não colaborou para lucratividade por estar afastado conforme estabelece o art. 476, art. 1º Lei
10.101/00, e a Súmula 451 TST.
Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que julgue improcedente o pedido de
participação dos lucros conforme explanado acima.

III.5 – Férias

A sentença deferiu ao recorrido o pagamento de férias sob a justificativa de que o empregado não
fruiu 30 dias úteis no ano de 2016, como garante a Lei.

A sentença não merece prosperar, pois o conforme o art. 130, I da CLT as férias não são fruídas
em dias úteis e sim em dias corridos.

Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que julgue improcedente o pedido de
pagamento de férias em dias úteis.

IV – REQUERIMENTOS FINAIS

Diante o exposto, requer que o presente recurso seja conhecido bem como acolhimento da
prejudicial, o acolhimento das preliminares e no mérito seu provimento com a total reforma do
julgado conforme fundamentado alhures. Requer ainda, a condenação do recorrido ao pagamento
dos honorários advocatícios a razão de 15%, conforme estabelece o art. 791-A, da CLT.

Dar-se à o valor da causa em R$ ...

Termos em que,
Pede deferimento,

Maceió/AL,
Data...

Advogado...
OAB...

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