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CENTRO DE FORMAÇÃO JURÍDICA E JUDICIÁRIA

XXI Curso de Formação de Magistrados Judiciais e do Ministério Público

Processo de Averiguação Oficiosa da Paternidade

Formandos:

Adão Londa

Adriana Gomes

Amina Tumbo

Agostinho Cordeiro

Alberto João

Aluze Nacir

Alzira Taunde

Ana Livingui

Betuel Virgílio

Célio Emua

Eva Ferreira

Trabalho em grupo a ser apresentado a


coordenação da jurisdição de Família.

Matola, Dezembro de 2022


REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCURADORIA PROVINCIAL DA REPÚBLICA – MAPUTO

MANDADO NR.221/2022

O EXCELENTÍSSIMO DOUTOR CELIO EMUA, DIGNO MAGISTRATO DO


MINISYTEIRO PUBLICO DESTA PROCURADORIA.
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Processo: n.º 11/10/2022- averiguação oficiosa da paternidade.

MANDA que sejam devidamente notificadas a requerente Hanifa Zura Langa, Melhor
identificada nos autos, podendo vir acompanhadas das testemunhas rrolados no seu
requerimento, para efeitos de audição do Processo nr. 11/10/2022 - acção de averiguação
oficiosa da paternidade em que é requerido o Herminio Hilario Reino, a ter lugar no dia 14
de Novembro de 2022, pelas 9 horas nesta
Procuradoria.-------------------------------------------------------------------------------------

CUMPRA-SE

Por ordem do Digno Magistrado do Ministério

Matola, aos 14 de Novembro de 2022

A Escriturária

//

A NOTIFICAR:

A Requente: Hanifa Zura Langa, solteira de 31 anos, filho de Julião Langa e de


Estefânia Maria Jossias Arrão, residente em Ressano Garcia, Moamba, bairro de
Mecutane, Q. 05, casa nr. 01, contactável pelo número 844726040.
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCURADORIA PROVINCIAL DA REPÚBLICA – MAPUTO

Certidão

Certifico e dou fé que em cumprimento do despacho do Digno Curador de Menores da


Procuradoria Provincial de Maputo, notifiquei a senhora Hanifa Zura Langa, para efeitos de
audição do processo nr. 11/10/2022 – acção de averiguação oficiosa da paternidade em
que é requerido o Herminio Hilario Reino, a ter luga no dia 14 de Novembro de 2022, pelas
9 horas nesta Procuradoria.
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Por ser verdade lavrei a presente certidão e comigo vai assinar.


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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCURADORIA PROVINCIAL DA REPÚBLICA – MAPUTO

AUTO DE DECLARAÇÕES
(Averiguação Oficiosa de Paternidade)
Aos 21 de Novembro de 2022 nesta Cidade da Matola e Procuradoria Provincial, onde se
encontava o Doutor Célio Emua, digno Curador de Menores, comigo Arnaldo Chinemero,
Ajudante de Escrivao, para terem lugar as declarações para hoje designadas nos presentes
autos de Averiguacao Oficiosa de Paternidade, em que é declarante Hanifa Zura Langa –
menor Hilário Hanifa Langa.

Aqui, sendo a hora marcada, ele Curador ordeneou ao oficial de diligenciass que fizesse a
chamada da pessoa para acto o que mesmo oficial cumpriu, dando sua fé estar presente a
declarante. Por ele Curador foi dito para se ouvi-lo da seguinte maneira, Hanifa Zura
Langa, solteira de 31 anos, filho de Julião Langa e de Estefânia Maria Jossias Arrão,
residente em Ressano Garcia, Moamba, bairro de Mecutane, Q. 05, casa nr. 01, contactável
pelo número 844726040.

Quanto a matéria dos autos prestou o seu juramento e aos costumes disse ser mãe do menor e
que pretende que o Ministério investigue a paternidade do seu filho menor.

Declarou que o senhor Herminio Hilário Reino, é pai do seu filho, e que tiveram uma
relação amorosa com o mesmo que durou 8 anos, que resultou no nascimento do menor
Alison Luísa.

Declarou que da relação tiveram dois filhos, uma menina e um menino que é o Hilário Hanifa
Langa. Ainda declarou que ficou gravida quando o Herminio Hilario Reino estava fora de
Maputo, em missão de serviço em Cabo Delgado. Factor pelo qual lhe a acreditar
Após o nascimento do menor foi registado Hilário Hanifa Langa, com menção da
maternidade porque o pretenso pai se recusa a reconhecer o menor como filho porque desde o
período de gravidez.

Deferir que durante a relação deles, ela não se envolveu com nenhum homem. Sendo o
Herminio o seu amado e único homem. Não obstante, declarou ainda que pretende no registo
de nascimento da menor conste o nome do pai, Herminio Hilario Reino.

Nada mais declarou, lidas as suas declarações as achou conforme ratifica e vai assinar.

Herminio Hilario Langa, Solteiro de 39 anos de idade, natural de cidade da Inhambane,


Filho de Hilario Mahomed Langa, e de Adelaide Delfim, residente em Ressano Garcia, Q.
05, casa nr. 01, contactável pelo nr. 871315777.

Quanto a matéria dos autos, declarou conhecer a senhora Hanifa Zura Langa quando
frequentaram o Curso básico da Polícia, na Escola de Formação Policial em Matalane e foi la
onde começaram a namorar.

Ainda disse que a relação durou 8 anos pois começaram a namorar em 2014. Da relação
afirmou que tiveram apenas uma filha, e do referido menor ela teria engravidado quando ele
não estava na cidade de Maputo, pois estava em Cabo Delgado em missão de serviço.

Neste diapasão declarou que ainda enquanto estava em missão serviço lhe informado um mês
depois que a mesma estava gravida, e o mesmo ficou indignado pois haviam terminado
porque era difícil de gerirem relação a distância.

E acredita que ela teve relações com outros homens enquanto esteve fora razão pela qual não
reconhece o menor como filho e não interessa registar.

Nada mais declarou, lidas as suas declarações as achou conforme ratifica e vai assinar.

1ª Testemunha

Jorge Abílio Tembe, casado de 79 anos de idade, natural de cidade da Beira, Filho de Abílio
Filipe Tembe, e de Ancha Mulima, residente em Ressano Garcia, Q. 05, casa nr. 01,
contactável pelo nr. 871315785.
Ouvido o senhor Jorge Abílio Tembe, declarou conhecer a senhora Haifa Langa como sua
neta, filha da filha da sua prima Amina Abílio Guedes Tembe.

Também declarou conhecer o senhor Hermínio Hilario Reino como namorado da sua neta.
Declarou ainda que sempre frequentou sua casa quando namoravam e tiveram a primeira
filha e quando o mesmo foi a Cabo delgado em missão de serviço, Hanifa Zura Langa
percebeu que havia engravidado do senhor Herminio. Comunicado o facto o mesmo mostrou
indignação.

Nesse contexto, disse que eles tiveram uma relação amigável durante o período de namoro, e
apenas teria mudado quando a senhora Hanifa Zura Langa ficou gravida, e solicitado para
assumir a responsabilidade sempre negou as suas responsabilidades.

Nada mais declarou, lidas as suas declarações as achou conforme ratifica e vai assinar.

2ª Testemunha

Laquicimilde Hilario Reino, Solteira de 29 anos de idade, natural da Matola, filho de


Hilario Reino e de Olivia Chango, residente na Matola, bairro de Matola-Gare, Q. 12, casa
nr. 56, contactável nr. 875296321.

Ouvida a testemunha declarou ainda que, o seu irmão teria apresentando-a e durante o
período de namoro sempre frequentou a sua casa.

Sobre a gravidez declarou que soube do sucedido, pois, mas o seu irmão nunca aceitou
porque entendia que ela tinha outro namorado e antes de se deslocar a Cabo Delgado em
missão de serviço havia terminado por saberem que seria difícil gerir a relação a distância.

Declarou ainda que, chegou de conhecer o menor desde os primeiros dias de vida e tem
aparências do seu irmão Hermínio Hilario Langa pelo que não percebe porque ainda não
registou o menor. Pelo que, a mesma tem sempre aconselhado para reconhecer o seu filho e
resgita-lo para ostentar o nome da Família.

Nada mais declarou, lidas as suas declarações as achou conforme ratifica e vai assinar.


Para constar, lavrou se o presidente auto que lido e achado conforme vai ser devidamente
assinado…………………………………………………………………………………………
…………………………………

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCURADORIA PROVINCIAL DA REPÚBLICA – MAPUTO

=DESPACHO=

Surgiram dos autos que a requerimento de Hanifa Zura Langa, tendo em vista a eventual
proposição de acção de investigação de paternidade em representação Hilário Hanifa Langa.

O Ministério Público nos termos do artigo 282º da Lei nr. 22/2019, de 11 de Dezembro, que
aprova a Lei de Família conjugado com o artigo 149º e 150º da Lei nr. 8/2008, de 15 de
Dezembro (Lei de Organização Jurisdicional de Menores), instaurou um processo de
averiguação oficiosa de paternidade, do menor Hilário Hanifa Langa, nascido a 18 de Abril
de 2019, registado na Conservatória do Registo Civil de Moamba, em 15 de Fevereiro de
2022, sem menção da paternidade.

Ouvida a Sra. Hanifa Zura Langa, em declarações a fls. 14 dos presentes autos declarou que é
mãe do menor Hilário Hanifa Langa, de 3 de anos de vida, indicou o senhor Herminio Hilário
Reino, como pai do menor, declarou que teve uma relação amorosa com o mesmo que durou
8 anos, que resultou no nascimento do menor Alison Luísa.

Declarou que da relação tiveram dois filhos, uma menina e um menino que é o Hilário Hanifa
Langa. Ainda declarou que ficou gravida quando o Herminio Hilario Reino estava fora de
Maputo, em missão de serviço em Cabo Delgado. Factor pelo qual lhe a acreditar

Após o nascimento do menor foi registado Hilário Hanifa Langa, com menção da
maternidade porque o pretenso pai se recusa a reconhecer o menor como filho porque desde o
período de gravidez.
Declarou que durante a relação deles, ela não se envolveu com nenhum homem. Sendo o
Herminio o seu amado e único homem.

Declarou ainda que pretende no registo de nascimento da menor conste o nome do pai,
Herminio Hilario Reino.

Ouvido o requerido Herminio Hilario Langa, declarou conhecer a senhora Hanifa Zura Langa
quando frequentaram o Curso básico da Polícia, na Escola de Formação Policial em Matalane
e foi la onde começaram a namorar. E tiveram uma relação de 8 anos que culminou com
nascimento de uma menina, não reconhecendo o menor que se alega ser filho do mesmo.

Em declarações das testemunhas, Jorge Abilio Filipe Tembe das fls. 15 e Laquicimilde
Hilário Reino, a fls. 15 confirmaram que a sra. Hanifa Zura Langa teve uma relação de 8 anos
que culminou com nascimento de dois filhos, uma menina e um menino Hilario Hanifa
Langa, e que o menor tem aparências do senhor Herminio Hanifa Langa razão pela qual tem
aconselhado para este puder assumir e registar o menor.

Da análise dos facos acima descritos constata-se a existência de provas suficientes da


paternidade, de acordo com o disposto no artigo 286 n 2 alínea d) quando o pretenso pai
tenha seduzido a mãe, no período legal de concpeção, da Lei n 22/2019 de 11 de dezembro,
que aprova a lei da família, pelo que deve-se instaurar uma ação de investigação de
paternidade, conforme dispõe o artigo 283 n 5 da Lei de Família.

Para os ulteriores tramites legais extraia-se cópias das pecas processuais de fls. 3, 4, 9, 10, e
12 dos presentes autos, devendo juntar-se a petição que se segue e remeter-se ao Tribunal
Competente.

Notifique a requerente do despacho.

Maputo, aos 18 de Novembro de 2022

O curador de Menores

/Procuradora da República de 3ª/


REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCURADORIA PROVINCIAL DA REPÚBLICA – MAPUTO

MANDADO NR.221/2022

O EXCELENTÍSSIMO DOUTOR CELIO EMUA, DIGNO MAGISTRATO DO


MINISYTEIRO PUBLICO DESTA PROCURADORIA.
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Processo: n.º 11/10/2022- averiguação oficiosa da paternidade.

MANDA que sejam devidamente notificada a requerente Hanifa Zura Langa, Melhor
identificada nos autos, melhor identificado nos autos, do despacho de viabilidade da acção de
investigação de paternidade proferido no dia 18 de Novembro de 2022, cujas cópias da
mesma vão junto para lhe ser entregue no acto de notificação.

CUMPRA-SE

Por ordem do Digno Magistrado do Ministério

Matola, aos 18 de Novembro de 2022

A Escriturária

//

A NOTIFICAR:

A Requente: Hanifa Zura Langa, solteira de 31 anos, filho de Julião Langa e de


Estefânia Maria Jossias Arrão, residente em Ressano Garcia, Moamba, bairro de
Mecutane, Q. 05, casa nr. 01, contactável pelo número 844726040.

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCURADORIA PROVINCIAL DA REPÚBLICA – MAPUTO
Certidão

Certifico e dou fé que em cumprimento do despacho do Digno Curador de Menores da


Procuradoria Provincial de Maputo, notifiquei a senhora Hanifa Zura Langa, para efeitos de
conhecimento do teor do despacho de viabilidade da acção de investigação de paternidade
proferido no dia 18 de Novembro de 2022.
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Por ser verdade lavrei a presente certidão e comigo vai assinar.


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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCURADORIA PROVINCIAL DA REPUBLICA-MAPUTO

MERITÍSSIMO JUIZ PRESIDENTE


DO TRIBUNAL JUDICIAL DA CIDADE DE
MAPUTO.

MAPUTO

Processo nr. 14/2022-M

MINISTÉRIO PÚBLICO, ao abrigo da alínea c) do artigo 4 da lei 1/2022 de 12 de janeiro


conjugado com o com o n 5 do artigo 283 da lei de família, vem propor e fazer seguir a
presente ACÇÃO DECLARATIVA DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE, sob a
forma do processo comum ordinário, ao favor do menor Hilario Hanifa Langa, Hanifa Zura
Langa, solteira de 31 anos, filho de Julião Langa e de Estefânia Maria Jossias Arrão,
residente em Ressano Garcia, Moamba, bairro de Mecutane, Q. 05, casa nr. 01, contactável
pelo número 844726040, contra:

HERMINIO HILARIO LANGA, Solteiro de 39 anos de idade, natural de cidade da


Inhambane, Filho de Hilario Mahomed Langa, e de Adelaide Delfim, residente em
Ressano Garcia, Q. 05, casa nr. 01, contactável pelo nr. 871315777.

Louvando-se nos termos e fundamento seguinte:

Dos Factos


A requerida e o requerido conheceram-se na Escola de formação policial e tiveram uma
relação amorosa que sobreviveu sensivelmente oito anos, pois começaram a namorar em
2014.

Que dessa relação resultou nascimento de dois filhos, dentre eles o menor Hilario Hanifa
Langa. Durante o namoro o relacionamento foi sempre amigável e saudável, e era motivo de
admiração e inspiração para os ademias.

Em 2019, o requerido deslocou- se a Cabo Delgado em missão de serviço, enquanto não tinha
conhecimento que a requerente estava gravida porque ela também não tinha noção.

Sucede que, depois de um mês a requerente veio a descobrir que a mesma estava gravida do
requerido, feliz com a notícia comunicou ao requerido, mas pela sua indignação o requerido
não ficou feliz e disse que a gravidez não pertencia.

Neste diapasão, ocorre que depois do nascimento do menor foi comunicado o requerido para
conhecer o menor e nunca deu a cara para o efeito mesmo depois de várias insistências sem
sucesso não fez.

Ainda salientar que, depois do requerido viajar em missão de serviço e durante o período de
gravidez a requente não manteve relações sexuais com outro homem.

Contudo, o registo de nascimento do menor Hilário Hanifa Langa, consta apenas o nome da
requerente estando omisso nome do requerido uma vez que o mesmo recusa-se a reconhecer
o menor como filho e a regista-lo.


Todavia, a requerida sempre procurou pela família do requerente para dar a conhecer o menor
junto da família deste uma vez que eles sempre tiveram boa convivência com a mesma na
altura do seu relacionamento e a cunhada sempre reconheceu o menor pois tem aparências
com o requerido como os olhos, nariz e uma mancha preta que tem ao lado do braço de
direito.

Portanto, a família do requerido aconselharam o requerido a aceitar o menor e registado como


filhos, pois, segundo as regras religiosas daquela família não pode deixar um filho fora do
convívio familiar paterno.
10º

Em síntese, os factos acima descritos demonstram que entre a requerente e o requerido houve
uma relação amorosa de que resultou dois filhos, uma menina e um menino dentre ele o
menor arrolado nos autos.

11º

Nesse diapasão, o requerido não chegou a registar o menor alegando que no período de
concepção não teve nenhum tipo de relacionamento com a requerente. E o mesmo recusou-se
de fazer exame médicos que pudesse comprovar a paternidade.

De Direito
12º

Resulta doo artigo 217 da lei da família que o momento da concepção do filho é fixado, para
os efeitos legais, dentro dos primeiros cento e oitenta dias dos trezentos que precederam o seu
nascimento sendo assim notório que nesse período a requerente teve uma relação amorosa
com o requerido.

13º

Todavia, uma vez que dessa relação amorosa consubstanciou o nascimento do menor, é de lei
obriga que o pretenso pai efetue o registo do menor uma vez que, o direito de ser registado e
usar um nome é um direito fundamental e tem dignidade constitucional, dispõe o artigo 41º
da CRM.
14º

Nos termos das disposições conjugadas dos artigos 215 da Lei da família e 7 e 16 da
convenção Internacional dos Direitos da Criança, o filho tem o direito a ser imediatamente
registados depois do seu nascimento tendo o direito a ter o nome próprio e usar o apelido da
família dos pais, pelo que o requerido não pode preterir deste direito ao menor.

15º

Ora, se menor foi registado com a omissão do nome do seu pai, deve o requerido proceder
com o registo visto que revê relação com a requerente e assim poder exercer os deveres de
como pai nomeadamente: prover alimentos, educar o menor, prestar assistência medica entre
outros.

12º

Entretanto, resulta do nr. 2 alínea d) do artigo 286º da Lei nr. 22/2019, de 11 de Dezembro,
estabelece que há provas suficientes para desencadear o processo de investigação de
paternidade: quando o pretenso pai tenha seduzido a mãe no período legal de conceção e
alínea. E quando o pretenso progenitor tiver mantido trato sexual com a mãe no período legal
de conceção, conforme estabelece o nr. 2 da al. e) da Lei acima mencionada. Neste sentindo,
existem provas bastantes que demonstram que o requerido é o pai do menor, pelo que deve-se
estabelecer a paternidade.

Do pedido

Face ao exposto, e nos melhores de Direito aplicável ao caso, o douto Tribunal deve a acção
ser considerada procedente, consequentemente:

 Reconhecendo o menor Hilario Hanifa Langa como filho do requerido Hermínio


Hilario Reino:
 E ordenar o respectivo averbamento no seu registo de nascimento com o nr.
000216797-A 2020, junto a conservatória do registo civil de Moamba e passando este
a chamar-se Hilario Herminio Reino.

Valor da ação: 30.000,00 MT

Testemunhas:
Maria António
António João
Jorge Abilho Filipe Tembe
Ambos notificáveis através da requerente
Junta:
Cópia de boletim de nascimento do menor;
Cópia de BI da requerente.
Duplicados legais.
Maputo aos 18 de Novembro de 2022

O curador de Menores

/Procuradora da República de 3ª/

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