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1. Introdução
Objectivos
Objectivo geral
Analisar o direito a informação como um direito fundamental ao consumidor.
Objectivos Específicos
Descrever direito a informação como um direito fundamental para todos cidadãos;
Demonstrar o titular do dever à informação ao consumidor e suas vicissitudes face a
Lei da Defesa do consumidor;
Discutir sobre os meios de reacção face a violação do direito a informação ao
consumidor e Identificar o Responsável pelos danos causados aos consumidores
derivados da falta de informação ou da informação deficiente.
Justificativa
A motivação pela escolha do tema, foi pelo facto de ter um grande interesse nesta área de
direito. É um tema actual e bastante relevante o seu estudo, pois dia-a-dia nos deparamos com
bens e serviços de consumo, onde as informações relacionadas aos produtos, estão patentes na
maioria das vezes encontra-se em línguas estrangeiras o que dificulta ao consumidor a
utilização de tais produtos de forma adequada que podem dar lugar a vários problemas até
mesmo de saúde como por exemplo a intoxicação. Percebe-se que a causa de intoxicação,
entre outros problemas são decorrentes do mau uso dos produtos por falta de informação dos
mesmos.
No âmbito jurídico com o presente trabalho pretende-se discutir o tema bastante relevante que
afecta os direitos fundamentais no sentido de trazer respostas que possam mitigar esse
problema de falta de informação. Na perspectiva académica esperamos que a pesquisa possa
servir de suporte as futuras investigações relacionados com a matéria em discussão. No
âmbito social, o trabalho configura-se como sendo de extrema importância, na medida em que
o direito do consumidor é um direito com abrangência universal, pois o simples facto de
coexistirmos na sociedade já está ligado a este direito.
3
Problematização
1
Cfr. Art. 3 CRM.
2
Cfr. No3 do artigo 9 da Lei do consumidor.
4
Hipóteses
H1: O direito à informação é reconhecido no país como um direito do cidadão, tendo em vista
a forma como o mesmo é encarado na nossa ordem jurídica, o silêncio do prestador de bens
ou serviços não pode ser encarrado como violação deste direito, uma vez que cabe ao
particular fazer jus ao seu direito e solicitar e as informações sobre o bem ou serviço que
pretende adquirir;
Revisão da Literatura
Direito à Informação
3
Cfr. ALMEIDA, João Baptista de. Manual de direito do consumidor. Saraiva editores. São Paulo, 2003.p 76.
4
Cfr. CAVALEIERI, Filho, Sérgio. Programa de direito do consumidor. 3ª Ed. Atlas, São Paulo, 2011.p 132.
5
uma componente fundamental da ordem democrática por via do qual o cidadão tem a
possibilidade de participar de forma informada.
Nos termos do artigo 13o da Lei n.º 34/2014, de 31 de Dezembro – Lei do Direito à
Informação, os cidadãos, pessoas colectivas públicas ou privadas e órgãos de comunicação
social interessados gozam do direito de solicitar, procurar, consultar, receber e divulgar a
informação de interesse público que está em poder das entidades públicas e privadas
mencionadas no artigo 3º da Lei do Direito à Informação.
Há que ressaltar que o direito a informação é, por um lado, um direito individual, visto que
afigura-se como sendo uma figura institucional contra os poderes públicos ou contra os
particulares e, por outro lado, apresenta-se como um direito associado ao princípio
democrático e, nessa medida, uma componente fundamental da ordem democrática, por via
do qual os cidadãos têm a possibilidade de participar de forma informada.
Direito do Consumidor
5
PINTO MONTEIRO, Sobre o direito do consumidor em Portugal, in Estudos de Direito do Consumidor. 4º
Ed., Coimbra, 2002, p. 121.
6
Assim, o direito do consumidor seria um conjunto de princípios e normas jurídicas, que visam
disciplina e proteger todas as relações jurídicas estabelecidas entre os consumidores e os
fornecedores de produtos.
Direitos Fundamentais
Segundo GOUVEIA8, direitos fundamentais são as posições jurídicas activas das pessoas
integradas no Estado-Sociedade, exercidas por contraposição ao Estado-Poder positivadas no
texto constitucional.
MAGALHÃES10, refere que direitos fundamentais são direitos baseados nos princípios de
direitos humanos, garantindo a liberdade, informação, vida, igualdade, educação, trabalho,
6
Cfr. BENJAMIM, A. Marque. Manual do direito do consumidor. 2ª ed. São Paulo. Revista dos tribunais 2009.
P.132.
7
Op cit. P. 56 .
8
GOUVEIA, Jorge Bacelar. Manual de Direito Constitucional. 4ª ed. Ver. e actualiz. Volume II, Coimbra.
Almedina editora, 2011. P. 1031.
9
CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. Coimbra, Livraria Almedina, 7ª
Edição, 2003. P.393.
7
TIMBANE11 (2008) define os direitos fundamentais como sendo posições jurídicas básicas
reconhecidas pelo direito moçambicano e internacional, com vista a defesa dos valores e
interesses mais relevantes que assistem as pessoas singulares e colectivas em Moçambique,
independentemente da nacionalidade.
Metodologia
A efectivação do mesmo foi possível com base numa intensa busca de informação doutrinal e
legislativa, no esforço de conseguir os objectivos modelados e acima mencionados. Para tal
foi necessário dissociar nas fontes e métodos das quais compensaram o intuito do mesmo. O
tipo de investigação que levou avante, isto é, quanta forma de abordagem pesquisa qualitativa,
quanto aos objectivos pesquisa exploratória e quanto aos procedimentos técnicos revisão
bibliográfica e hermenêutica jurídica.
10
MAGALHÃES, Pedro & MOREIRA, César. Direitos fundamentais do homem: uma abordagem geral.
Lisboa, Universidade Católica, 2011.
11
TIMBANE, Tomas Luís. O futuro dos direitos humanos fundamentais. Maputo, UEM, 2008.
12
Cfr. LAKATOS. Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade, Metodologia Científica, São Paulo, 5ͣ Edição,
Editora Atlas, 2009, p. 40.
8
Para GIL13, Pesquisa qualitativa, é aquela que busca entender um fenómeno específico em
profundidade. Ao invés de estatísticas, regras e outras generalizações, a qualitativa trabalha
com descrições, comparações e interpretações.
MARCONI & LAKATOS15 assevera que, Revisão bibliográfica tem como finalidade de
colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que já foi dito ou escrito sobre um tema
ou ainda, que esteja relacionado. Este método consiste na análise dos assuntos contidos como
por exemplos em livros, artigos, revista e relatórios.
Este método foi importante porque permitiu o enriquecimento da base teórica, colocando-se
assim em condições melhores para utilizar métodos adequados.
CAPÍTULO I
13
Cfr. GIL. Antônio Carlos, Como Elaborar Projetos de Pesquisa, São Paulo, 3ͣ Edição, Editora Atlas, 2002, p.
57.
14
Cfr. GIL. Antônio Carlos, Como Elaborar Projetos de Pesquisa, São Paulo, 3ͣ Edição, Editora Atlas, 2002,
p.58.
15
Cfr. LAKATOS. Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. São
Paulo, 5ͣ Edição, Editora Atlas, 2003, p. 62.
16
MAGALHÃES. Maria da Conceição Ferreira, A Hermenêutica Jurídica. Rio de Janeiro, Forense, 1989, p. 20.
9
Para os propósitos desta exposição, podem ser dispensadas as formulações doutrinárias acerca
da natureza e do alcance dos direitos fundamentais e sua vinculação com os direitos humanos
e os direitos naturais. Com todos os riscos epistemológicos possíveis, adopta-se a concepção
corrente de direitos fundamentais como aqueles que se encontram positivados nas normas
constitucionais de cada país e nas normas infraconstitucionais que as densificam.
Assim é que, vem se adoptando como nomenclatura para tal classificação a expressão
“dimensão”, que revela essa ideia de cumulação, visto que, através das diversas dimensões, há
a adaptação do mesmo direito a uma nova realidade.
17
WILLIS, Santiago Guerra Filho. Dos Direitos Humanos aos direitos fundamentais. Porto Alegre, Editora
Livraria do Advogado, 2015. P. 34 -35.
10
esfera individual contra a interferência abusiva do Estado. São direitos de cunho meramente
negativo, que visam garantir as liberdades públicas.
Negavam o Estado no seu poder de interferir nas liberdades individuais, porque este era visto
como inimigo para o homem. São direitos civis e políticos como a liberdade de locomoção, de
pensamento, inviolabilidade do domicílio, liberdade de religião, por exemplo.
Após a 1ª Guerra Mundial, o regime político liberal, caracterizado pela mínima intervenção
estatal, entrou em crise. A sociedade passou a exigir um Estado mais actuante, clamando a
substituição da Constituição, antes apenas garantista, por uma constituição dirigente, que
estabelecessem normas instituidoras de programas governamentais. Surge o Estado do Bem
Estar Social.
Os direitos fundamentais até então assegurados, tinham como destinatário o homem enquanto
indivíduo. Já os direitos fundamentais de Terceira Dimensão têm como traço característico o
facto de não mais estarem centrados no homem individualmente considerado, mas sim na
colectividade. Surgem os direitos colectivos e difusos. Como exemplo pode-se citar o direito
a paz, ao meio ambiente e a conservação do património cultural.
Pretende-se com a garantia de conhecimento facilitar ao consumidor a única opção que se lhe
coloca nos contratos de consumo massificados, notadamente quando submetidos a condições
gerais, isto é, "pegar ou largar" ou avaliar os custos e benefícios em bloco, uma vez que não
18
Actas do Congresso Internacional sobre "Comunicação e Defesa do Consumidor", cit., p. 492.
12
tem poder contratual para modificar ou negociar os termos e o conteúdo contratual. Portanto,
o direito à informação deve ser garantido de modo adequado e com antecedência necessária,
tendo em conta a extensão e a complexidade das condições, a possibilidade de seu
conhecimento efectivo por quem use de comum diligência, cabendo ao fornecedor o ônus da
prova da efectiva e adequada comunicação.
Um dos meios comuns mais usados pelos fornecedores de produtos e serviços para a
informação, é a publicidade e o contacto pessoal com os consumidores.
19
A doutrina Portuguesa define a publicidade como "qualquer forma de comunicação feita no âmbito de uma
actividade comercial, artesanal ou liberal tendo por fim promover o fornecimento de bens ou de serviços,
incluindo os bens imóveis, os direitos e as obrigações".
13
obrigação de informar, parece deixar um lugar muito reduzido ao ‘dolus bonus’20. Ao meu
sentir não há mais lugar algum ao "dolus bonus".
Para realizar o direito fundamental à informação, o direito do consumidor toma a
publicidade sob dois aspectos: no primeiro, a publicidade preenche os requisitos de
adequação, suficiência e veracidade, considerando-a lícita; no segundo, a publicidade
ultrapassa limites positivos e negativos estabelecidos na lei, para defesa do consumidor,
tornando-a ilícita. A publicidade ilícita é enganosa quando divulga o que não corresponde ao
produto ou serviço, induzindo em erro; é abusiva quando discrimina pessoas e grupos sociais
ou agride outros valores morais. A publicidade ilícita não produz efeitos face a garantia do
direito fundamental à informação do consumidor.
Capitulo II
20
Jacques Ghestin, Traité de Droit Civil – La Formation du Contrat, 3ª edição, Paris, LGDJ, 1993, p. 534.
14
Para o professor argentino Roberto M. Lopez 21, o dever de informar, imposto a quem produz,
importa ou comercializa coisas ou presta serviços, se justifica em razão de se enfrentarem
nessa peculiar relação, um profissional e um profano, e a lei tem um dever punitivo com este
último.
O princípio da boa-fé objectiva foi teve uma ampla função no direito do consumidor,
optimizando-se sua dimensão de cláusula geral, de modo a servir de parâmetro de validade
dos contratos de consumo, principalmente nas condições gerais dos contratos. Anteriormente
ao advento das legislações específicas, a jurisprudência dos tribunais socorreu-se à larga da
boa fé como cláusula geral definidora do limite das condições gerais dos contratos e do
efectivo cumprimento do dever de informar.
23
Cláudia Lima Marques, Contratos no Código de Defesa do Consumidor, 2ª edição, São Paulo, Ed. Revista dos
Tribunais, 1995, p. 241.
24
Cfr. art.10, 14 e 15 da Lei no22/2009 de 28 de setembro (Lei da defesa do consumidor).
16
Suficiência da Informação
informação, de seu domínio, acerca dos danos à saúde dos consumidores. Insuficiente é,
também, a informação que reduz, de modo proposital, as consequências danosas pelo uso do
produto, em virtude do estágio ainda incerto do conhecimento científico ou tecnológico.
É de se ter como unívocos os significados de state of theart (o produto está de acordo com os
padrões correntes na data de seu lançamento) e risco de desenvolvimento (o produto não
alcançou o nível de qualidade e segurança que seria lícito esperar, na data de seu lançamento),
que a doutrina estrangeira busca distinguir26 Exemplifica-se a primeira hipótese com o cinto
de segurança nos automóveis que não se tinha como necessário décadas atrás; a segunda, com
a inadequação do produto por excessiva toxidade, apenas mais tarde reconhecida.
Veracidade da Informação
25
Paulo Luiz NettoLôbo, Responsabilidade por Vício do Produto ou do Serviço, Brasília, Ed. Brasília Jurídica,
1996.
26
Geraint G. Howells, Strict Liability in Common Law: Historical Development and Perspectives. Documentos
Básicos do Congresso Internacional de Responsabilidade Civil. Blumenau, out./nov. 1995, p. 82.
18
Capitulo III
19
A protecção moral e material dos consumidores é garantida pelo capítulo II, artigo 5 da
LDC.O direito do consumidor à informação e o dever de informar do fornecedor: O direito à
informação que todos têm decorre do artigo 90, da CRM, na legislação infraconstitucional se
verifica que o consumidor tem direito à informação e o fornecedor tem o dever de informar,
conforme a Lei de Defesa do Consumidor. O dever de informar decorre do princípio da
transparência que obriga o fornecedor a dar todas as características do produto ou do serviço
oferecido no mercado.
Entre muitos fornecedores existe uma ideia muito equivocada de que aqueles (fornecedores)
que não têm contacto directo com o consumidor, não teriam que responder nos termos dos
preceitos previstos na Lei de Defesa do Consumidor. É até certo ponto complexa e, às vezes,
problemática, esta realidade de haver na cadeia de fornecimento uma empresa fornecedora
real e outra que é fornecedora aparente do produto ou serviço. Ou seja, uma empresa é aquela
que tem o contacto directo com o consumidor para vender-lhe o produto e serviço
27
Marques, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor, 4. ed. São Paulo: RT, 2004, p. 646.
20
(fornecedora aparente), enquanto outra é a real fornecedora, mas não se identifica para o
consumidor nesta condição.
Esta técnica é denominada de sistemas expertos, fórmula pela qual duas ou mais empresas
combinam meios e esforços no processo de prover o mercado de consumo, sendo que o
consumidor nem sempre tem conhecimento de quais fornecedores integram a cadeia de
fornecimento.
Nesta conjuntura, então, ainda subsiste em parte do meio empresarial a crença de que, aquela
empresa que permanece oculta para o consumidor não responderia nos termos da LDC, tendo
sua responsabilidade civil resumida ao que esteja previsto nos termos estabelecidos nos
contratos feitos entre as empresas (fornecedora real e fornecedora aparente), sendo a relação
jurídica regulada pelas disposições do Código Civil (e, eventualmente, o Código Comercial).
Há um profundo engano nesta concepção. A legislação não ignora a realidade dos fatos que
permeiam os vários tipos de relações negociais como parcerias, cessões de utilização de
marcas, e outras espécies de negócios. Há pessoas físicas ou jurídicas que possuem apenas a
marca que outras empresas utilizam para fabricar o produto ou denominar o serviço que será
comercializado, inclusive por um terceiro fornecedor.
Do mesmo modo, existem aquelas empresas que utilizam componentes de várias fábricas em
seus produtos e serviços e têm o atendimento do consumidor feito por empresas de fora de seu
grupo. Em um Estado democrático-liberal, dentro dos limites legais, existe liberdade para os
fornecedores se valerem de inúmeras técnicas empresariais para ganhar mercado, diminuir
custos, aumentar lucros e serem competitivos no fornecimento de seus produtos ou serviços.
Entretanto, nesta complexidade de relações isto não os exime de serem alcançados pelo
regramento imposto na LDC, norma de ordem pública e interesse social, que prevê
expressamente a responsabilidade solidária de participantes da cadeia de fornecimento
(ostensivos ou não) quando dela resultar dano ao consumidor.
Este princípio é materializado por inúmeros dispositivos do código, como, por exemplo: o
artigo 15 da LDC, ao estabelecer que os fornecedores de bens de consumo duradouros e não
duradouros respondem solidariamente pelos vícios de qualidade e de quantidade que os
tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que destinam ou lhes diminuam o valor,
assim como por aqueles decorrentes da disparidade em relação às indicações constantes nos
21
Os preceitos de direito, determinados desde Justiniano consistem em: viver honestamente, não
lesar outrem, dar a cada um o seu, conforme o Digesto de Justiniano, D.1.1.10.1: "Iuris
praecepta sunt haec: honeste vivere, alterum non laedere, suum cuique tribuere.". O Código
Civil, ao cogitar da responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado, aludiu a
estas no artigo 500, transpondo para este terreno a responsabilidade do comitente
Caio Mário da Silva28 nos ensina que a responsabilidade civil do empregador ou comitente
pelos actos dos empregados ou prepostos aboliu a subordinação da responsabilidade à culpa
in eligendo ou in vigilando, marchando-se para a teoria objectiva. As pessoas jurídicas de
direito privado, qualquer que seja a sua natureza e os seus fins, respondem pelos actos de seus
dirigentes ou administradores, bem como de seus empregados ou prepostos que, nessa
qualidade, causem dano a outrem. Em relação à culpa em sentido estrito, é irrelevante de que
maneira ocorreu a investidura culposa da administração. O que importa é determinar a
existência do dano e sua autoria, apurando que o agente procedia nessa qualidade ou por
ocasião dele.
A falta de informação decorre da culpa em sentido amplo (dolo e a culpa em sentido estrito)
ou do abuso de direito e fere a função social dos contratos, a probidade e a boa-fé objectiva.
Desta forma, os fornecedores, por deixar de informar, são responsáveis pela reparação
material ou moral do consumidor, Cfr. Arts.15 e 16 da LDC.
28
PEREIRA, Caio Mário da Silva, op cit, p.124
22
O artigo 483 do Código Civil preceitua que “Aquele que, com dolo ou mera culpa, violar
ilicitamente o direito de outrem ou qualquer disposição legal destinada a proteger interesses
alheios fica obrigado a indemnizar o lesado pelos danos resultantes da violação”.
O artigo 483 do Código Civil preceitua que “Aquele que, com dolo ou mera culpa, violar
ilicitamente o direito de outrem ou qualquer disposição legal destinada a proteger interesses
alheios fica obrigado a indemnizar o lesado pelos danos resultantes da violação”.
O direito a reparação deverá ocorrer a favor do consumidor quando não for solucionado o
vício pelo fornecedor em relação aos produtos, conforme especificações a seguir29.
Para bens não duráveis e duráveis, dentro do prazo de 30 dias, caberá ao consumidor exigir
alternativamente e à sua escolha:
29
Cfr. Arts. 9 a 11 do Decreto 27/2016 de 18 de Julho.
23
Perfilhando a posição de que incumbe ao prestador de bens ou serviços dar informações sobre
o produto que pretende colocar no mercado, e o mesmo não dando informações ou prestando
informações deficientes aos consumidores, este acto constitui uma autentica violação aos
direitos dos consumidores, importa aqui saber quais serão as consequências em relação ao
agente que faltou com o seu dever de informar aos consumidores?
O Direito à Petição
A Constituição consagra o direito de petição (vide art.º 79 da CRM), pressupõe que todos os
cidadãos têm direito de apresentar petições, queixas e reclamações perante a autoridade
competente para exigir o restabelecimento dos seus direitos violados ou em defesa do
interesse geral.
30
Cfr. Art18 da LDC
25
26
Bibliografia
ALMEIDA, João Baptistade. Manual de direito do consumidor. Saraiva editores. São Paulo,
2003.
BENJAMIM, A. Marque. Manual do direito do consumidor. 2ª ed. São Paulo. Revista dos
tribunais 2009.
CAVALEIERI, Filho, Sérgio. Programa de direito do consumidor. 3ª ed. Atlas, São Paulo,
2011.
GIL. Antônio Carlos, Como Elaborar Projetos de Pesquisa, São Paulo, 3ͣ Edição, Editora
Atlas, 2002.
LAKATOS. Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade, Metodologia Científica, São
Paulo, 5ͣ Edição, Editora Atlas, 2009.
MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor, 4. ed. São Paulo:
RT, 2004.
NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Curso de direito do consumidor. São Paulo: Saraiva, 2004.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Responsabilidade civil. Rio de Janeiro: Forense, 2001.
Legislação