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MERITÍSSIMO JUÍZ DO TRIBUNAL JUDICIAL DA PROVÍNCIA

=Chimoio=

1ª Secção cível
Dolica Eduardo Gimo, solteira maior de 25 anos de idade, natural de Chimoio, residente
no bairro 25 de Junho-Chimoio, contactável pelo número celular 826407172, Autora
(A), representada neste acto pelo dr. Denny Odonel Matias Tomo técnico Superior
jurídico e membro do IPAJ contactável pelo número celular 845540717. & Paulino
Vem ao abrigo do artigo 1052 CPC impulsionar a presente ACÇÃO Declarativa de
simples apreciacao positiva que seguira a forma sumaria nos termos do artigo
Contra
Justino Gonçalves, solteiro maior de 41 anos de idade, residente em Moatize no bairro 2,
com domicilio profissional no Stae distrital de Moatize e Consultoria Agiderc situada em
Tete, contactável pelos números celulares 8422883310 & 828156274, Réu (R).
Servindo-se das seguintes razões dos factos e de direito:

DOS FACTOS
I
Entre A e o R viveram numa relação conjugal como se de marido e mulher se tratassem
no período de 13 anos compreendidos entre 2001 à 2014, e como o fruto da relação
tiveram 2 filhos e constituíram património.
II
Sucede que no ano de 2014 a relação sofreu um sobressalto e culminou com a separação
do casal, e o R apoderou-se de todos os bens incluindo 2 casas que estão sendo
arrendadas na qual é o único beneficiário do valor obtido (os imóveis 1 se encontra
situados na cidade de Chimoio no bairro 7 de Setembro e outro em Moatize-Tete).
III
E actualmente a A reside nesta cidade de Chimoio. Sucede que por diversas vezes a A
tentou consensualmente chegar a um acordo sobre a respectiva divisão dos bens, mas o R
pessoalmente não despõe-se para tal motivo que condiciona a A pedir pela intervenção
judicial para nos doutos termos decida sobre o destino da lide.

DE DIREITO
IV
A relação conjugal vivida entre A e R é juridicamente designada por união de facto,
assim a lei intitula quando existe um vínculo singular entre um homem e uma mulher
morando sobre o mesmo teto, que seja de carácter estável e duradouro com período
superior a 1 ano, a luz do artigo 202 Lei de Família;
V
Porem o no2 do artigo 203 Lei de Família consagra que para efeitos patrimoniais, a união
de facto aplica-se o regime de comunhão de adquiridos (artigo 141 e seguintes Lei de
Família). Todavia em caso de se efectuar a divisão dos bens deve se atender a proporção
parcial correspondente a 50% para cada um dos comproprietários (artigo 150 nº 1 Lei de
Família);
VI
E especialmente por existir menores na relação o n 2 do artigo 1059 C.P.C acautela que a
respectiva divisão seja feita ouvida pelo órgão que tutela os menores (M.P) de modo a
satisfazer o maior interesse dos menores,
VII
No entanto, tendo em conta que actualmente a A e o R encontram-se a viver separados,
motivos não faltam para que A individualmente cuide da sua quota patrimonial, ao invés
de manter na pose R, ciente que superveniente possa por causas imputáveis a aquele se
verificar a degradação ou pior que será o desaparecimento do imóvel (artigo 170 Lei de
Família).

PEDIDO
Nestes termos e nos demais de direitos aplicáveis e sempre com mui douto
suprimento da V.Excia, a Autora:
 Pede que a presente acção seja recebida, autuada provada e julgada procedente;
 Que seja decidida a partilha da coisa comum equitativamente;
 Pede ainda que seja o R condenado no pagamento de custas.

VALOR DA CAUSA
1 Imóvel situado em Chimoio = 750 000. 00 MT
1 Imóvel situado em Tete= 1 000 000. 00 MT
Os 2 = 1 750 000. 00 MT (Um milhão e setecentos e cinquenta mil meticais)
JUNTA
 Duplicados legais
 Atestado de pobreza
 Credencial dos técnicos superiores jurídicos do IPAJ
 Testemunhas: Natália Nicolau

Chimoio aos, 23 Outubro de 2017


O mandatário
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