EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA
COMARCA DE MOGI DAS CRUZES/SP
Processo: 1234567.00.0203.1.20.1975
BARBARA RODRIGUES DE LARA, brasileira, menor
impúbere, representada por sua genitora RENATA ALVES RODRIGUES, brasileira, solteira, desempregada, portadora do RG n° 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, titular do e-mail rar@gsa.com.br, residente e domiciliada na Rua Adelino Torquato, n° 00, Jardim Belém, em Mogi das Cruzes/SP, CEP 00000-000, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência apresentar CONTESTAÇÃO c/c RECONVENÇÃO em face da Ação Revisional de Alimentos que lhe move Eric Schmidt de Paula, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I – DOS FATOS
O autor ajuizou a presente demanda em face de sua filha,
requerendo a revisão da prestação de alimentos, visto o seu alegado desempregado. Requer a minoração do valor pago a título de pensão alimentícia ao patamar de meio salário-mínimo. Citada, a ré apresenta contestação e reconvenção, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
II – DA CONTESTAÇÃO
As alegações do autor não merecem prosperar.
Primeiramente, cumpre aduzir que o autor não está desempregado, apenas não possui vínculo de trabalho formal, visto que o demandante recentemente abriu um negócio de assessoria na área de informática. Além disso, resta evidente, pelas fotos em anexo a esta contestação, que o autor possui diversas evidências de prosperidade financeira, como a recente aquisição de um veículo Range Rover Evoque e uma a sede de sua empresa em área nobre da cidade. Ademais, assevera-se que as afirmações de que não foi fixado valor mensal da pensão devida por ele à sua filha em caso de desemprego. Assim sendo, verifica-se que, apesar do genitor não possuir mais vínculo empregatício, isto, por si só, não justifica a pretensão de redução de alimentos, visto que o autor possui renda para continuar provendo à sua filha, por ser proprietário de um negócio frutífero.
III – DA RECONVENÇÃO
Segundo a bela definição de Orlando Gomes e Maria Helena Diniz: “os
alimentos podem ser conceituados como prestações devidas para a satisfação das necessidades pessoais daquele que não pode provê-las pelo trabalho próprio.” Na definição de Flávio Tartuce: “o pagamento desses alimentos visa à pacificação social, estando amparado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da solidariedade familiar, ambos de índole constitucional. No plano conceitual em sentido amplo, os alimentos devem compreender as necessidades vitais da pessoa, cujo objetivo é a manutenção de sua dignidade: alimentação, à saúde, a moradia, o vestuário, o lazer, a educação, entre outros.” No caso em epígrafe, a genitora da demandada está desempregada verdadeiramente e não pode prover a sua filha do modo necessário à sua mantença. Além disso, a menor possui quadro grave de dermatite atópica, necessitando de medicamentos caros e que a genitora não pode prover por si só. Sendo assim, faz-se necessária a fixação de alimentos em favor da menor Bárbara Rodrigues de Lara, no valor de 1,5 salários mínimos, mesmo em caso de desemprego e/ou ausência de vínculo formal do demandado.
DOS PEDIDOS: Diante do exposto, requer:
a) Seja declarada improcedente a ação e todos os pedidos da parte autora, com
a consequente extinção do processo, com resolução de mérito, nos moldes do art. 487, I, Novo CPC. b) Seja julgada procedente a reconvenção apresentada pela autora, condenando o reconvido ao pagamento de 1,5 salários mínimos ao mês, mesmo em caso de desemprego e/ou ausência de vínculo formal; c) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos; d) A condenação do Autor ao pagamento de honorários advocatícios nos parâmetros previstos no art.85, §2° do CPC