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Rua Minas Gerais, 297 - 9º Andar-Sala 94 – Ed. Palácio do Comércio Fone/Fax (43)321-3562 / 344-2184/ 9101-6361.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO
ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE LONDRINA-PR.
AUTOS: 2003.0000673-4
I – DA CONTESTAÇÃO
A Ré em sua contestação aduz em preliminar a
Ilegitimidade passiva do Réu, pois, não fora ele
quem inscreveu o nome da Autora perante o SERASA;
Alega também que a Autora esta tentando
ganhar na loteria judicial como afirmam alguns
autores;
Que o Réu não assumiu o compromisso de
excluir qualquer restrição cadastral em nome da
Autora;
Que não figura como credor da execução
proposta contra Autora;
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Que a Autora não teve atingida sua honra
caracterizada pela dignidade, decoro e auto-
estima, pelo fato de ter sido aberto conta
bancária em seu nome, com seus documentos;
Que não há relato de prática de algum ato,
que causa-se danos materiais ou mesmo perturbação
a tranqüilidade;
Impugna o valor excessivo do quantun
indenizatório pleiteado pela autora na hipótese de
ser o banco Réu condenado;
Reitera que a Autora não demonstrou as
conseqüências de seu nome no protesto ou SERASA e
tão pouco a repercussão no meio social em que
vive.
Por fim requer o acolhimento da preliminar
levantada, com a conseqüente extinção do feito,
requer ainda a improcedência da ação com a
condenação da Autora nas verbas de estilo.
II – P R E L I M I N A R M E N T E
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Destarte, verifica-se que o Réu reconhece em sua
preliminar que a Autora sofreu os danos alegados, todavia,
invoca como tese defensiva o instituto da Ilegitimidade
Passiva o qual o isentaria da responsabilidade civil se
realmente não fosse ele o causador dos danos.
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Assim, ao contrário de todo alegado pelo Réu,
torna-se imperativo sim afirmar, que o Réu é totalmente
responsável pelos atos praticados contra Autora, pois, foi ele
quem abriu a conta em nome da Autora com documentos furtados,
motivo este que levou o nome da Autora a ser escaldada no rol
dos maus pagadores.
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Ademais, verifica-se que o Réu não junta nos autos
os documentos apresentados para abertura da conta, alega
apenas que no ato da abertura foram apresentados os documentos
originais, porém não junta qualquer cópia dos documentos
utilizados.
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II – DO MÉRITO
Equivoca-se o Réu em sua alegação ofensiva de que
a Autora busca um ganho pela loteria judicial.
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como o detrimento de bens materiais ocasiona
prejuízo patrimonial, "a agressão aos bens
imateriais configura prejuízo moral". - Uma vez
incontroversa a existência do dano e admitida a
sua responsabilidade, decorre dai ser o mesmo
indenizável, não pelo simples decurso do tempo ou
pelo desgaste natural, mas justamente pela
comprovada destruição da obra de arte, que é a
projeção da personalidade do autor. Por maioria,
conhecer do recurso e dar-lhe provimento." (STJ,
Relator: MIN: Ministro HÉLIO MOSIMANN, Turma:02,
Recurso especial nº 0037374, Decisão : 28-09-1994,
DJ 24-10-94 PG:28737.) (Grifamos).
"Dano moral puro. Caracterização. Sobrevindo, em
razão de ato ilícito, perturbação nas relações
psíquicas, na tranqüilidade, nos entendimentos e
nos afetos de uma pessoa, configura-se o dano
moral, passível de indenização. recurso especial
conhecido e provido. Por unanimidade, conhecer do
recurso e dar-lhe provimento".(STJ, Relator: MIN:
Ministro BARROS MONTEIRO, Turma:04, Recurso
especial n.º 0008768, Decisão : 18-02-1992, DJ :
06-04-92 PG:04499) (Precedentes RESP - 4236-RS,
R.ESP n.º 57824-8 MG).
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repercutem no seu patrimônio material, mas aqueles
direitos relativos aos seus valores pessoais, que
repercutem nos seus sentimentos. Não é mais
possível ignorar esse cenário em uma sociedade que
se tornou invasora porque reduziu distâncias,
tornando-se pequena, e, por isso, poderosa na
promiscuidade que propicia. Daí ser desnecessária
enfatizar as ameaças à vida privada que nasceram
no curso da expansão e desenvolvimento dos meios
de comunicação de massa. Nenhum homem médio
poderia espancar os seus mais íntimos sentimentos
de medo e frustração, de indignação e revolta, de
dor e mágoa, diante da divulgação de seu nome
associado a uma doença incurável, desafiadora dos
progressos da ciência e que tantos desesperos têm
causado à humanidade. O art. 5.o, X, da CF
assegura ao ser humano o direito de obstar a
intromissão na sua vida privada. Não é lícito aos
meios de comunicação de massa tornar pública a
doença de quem quer que seja - ainda mais quando a
notícia é baseada apenas em boatos - pois tal
informação está na esfera ética da pessoa humana,
dizendo respeito à sua intimidade, à sua vida
privada. Só o próprio paciente pode autorizar a
divulgação de notícia sobre a sua saúde. A
reparação do dano moral deve adotar a técnica do
quantum fixo. Apelo provido". (TJ-RJ -- unân. da
1.a Câm. Civ., reg. em 13-01-92 -- AP 3059/91 --
Des. Menezes Direito -- Ney de Souza Pereira x
Bloch Editores S.A.)
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sob alegação de enriquecimento ilícito da autora, e pleiteia a
aplicação do Código Nacional de Telecomunicações ou pela
aplicação da Lei de Imprensa, na tentativa de incitar o Juízo
a estabelecer uma analogia como se tal fosse a preponderância
na jurisprudência atual, entretanto, tal fato não é realidade,
a melhor doutrina e a moderna jurisprudência afastam a
analogia e deixam ao livre arbítrio do juiz o estabelecimento
do quantum indenizatório devido, levando-se em conta as
condições pessoais do autor e da Instituição e com observância
da TEORIA DO DESESTÍMULO, ou seja, o valor não pode ser tal
que leve ao enriquecimento ilícito do ofendido, mas HÁ DE SER
SUFICIENTEMENTE ELEVADO PARA DESENCORAJAR NOVAS AGRESSÕES À
HONRA ALHEIA. Pode-se também observar, que este foi o
entendimento dos Desembargadores dos Egrégios Tribunais de
Justiça de nossos Estados; vejamos: voto vencedor da
Desembargadora do Tribunal do Tribunal de Justiça do Distrito
Federal, Dra. Fátima Nancy Andrighi, na Apelação Cível
nº47.303/98(Danos Morais – Eliomar de S. Nogueira versus
UNIBANCO).
Destarte, ao direito o que interessa é que o
relacionamento entre a sociedade e os entes que contracenam no
orbe jurídico se mantenham dentro de padrões normais de
equilíbrio e de respeito mútuo.
VI –
DAS NOTIFICAÇÕES
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Outro dado a ser analisado “in casu”, diz respeito
a falta de notificação de inclusão do nome da Autora no SCPC.
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De tal forma, demonstra mais uma vez a Autora que
fora a negativação totalmente infundada, sendo lesionado
inclusive seu direito de resposta ao agravo cometido pela Ré.
VII –
DO RECONHECIMENTO DO ERRO
VIII -
DO VALOR DO PEDIDO
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Como dito alhures “a melhor doutrina e a moderna
jurisprudência afastam a analogia e deixam ao livre arbítrio
do juiz o estabelecimento do quantum indenizatório devido,
levando-se em conta às condições pessoais da autora e da Ré e,
com observância da TEORIA DO DESESTÍMULO, o valor não pode ser
tal que leve ao enriquecimento ilícito do ofendido, mas HÁ DE
SER “SUFICIENTEMENTE ELEVADO” PARA DESENCORAJAR NOVAS
AGRESSÕES À HONRA ALHEIA.
a b c d E
Isto é:
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a – corresponde ao dobro da pena pecuniária
prevista no parágrafo único do artigo 1.547 do Código Civil;
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Por sua vez o artigo 60, parágrafo 1º do referido
Codex permite que a apontada multa seja aumentada até o seu
triplo, o que resulta: 1.800 X 3 = 5.400 salários mínimos.
IV –
DA IMPUGNAÇÃO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
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“A parte contrária poderá, em qualquer fase da lide, requerer
a revogação dos benefícios de assistência, desde que prove a
inexistência ou o desaparecimento dos requisitos essenciais à
sua concessão”.
Mais uma vez, não juntou a Ré provas que dêem
credibilidade a suas alegações.
X –
DO PEDIDO
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Inversão do Ônus da Prova, uma vez que trata-se de relação de
consumo.
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