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URGENTÍSSIMO
PRIORIDADE – PESSOA IDOSA
Assim, também quanto ao eventual não atendimento ao Art. 319, inciso II do CPC,
uma vez que a obtenção de alguns daqueles dados é, no momento, excessivamente onerosa
aos Autores, a teor do quanto autoriza o § 3º. do já mencionado Artigo.
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Inicialmente, requerem o benefício da Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da
Lei nº. 1.060/50, por não possuírem recursos suficientes para arcar com as despesas
processuais e os honorários advocatícios, sem prejuízo dos seus sustentos e das suas famílias;
bastando, para tanto, conforme estipula o caput do Art. 4º, da citada Lei, a simples afirmação
de tal situação na petição inicial.
3. DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO
Nesse sentido, o Estatuto do Idoso - Lei nº. 10.741/03 - e o CPC asseguram em seus
Arts. 71 e 1.048, inciso I, respectivamente, a prioridade na tramitação de feitos em que figura
como parte pessoa maior de 60 (sessenta) anos.
Além disso, o Decreto Judiciário nº. 022, editado pelo Presidente do Tribunal de
Justiça do Estado da Bahia no dia 20/07/2007, DPJ nº. 4275, reforça a necessidade de
tramitação prioritária à parte idosa.
Posto isto, requerem que conste dos registros da presente demanda a anotação
“PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO – Estatuto do Idoso”, a fim de efetivar o cumprimento
do comando legal.
Os Autores e o Réu são filhos e herdeiros dos Srs. (NOMES DOS PAIS) (falecidos,
respectivamente, em (DATA) e (DATA)), sendo que foi ajuizada a Ação de Inventário sob
autos do Processo nº. (NÚMERO), na qual foi nomeado Inventariante o primeiro Autor, Sr.
(NOME), tendo sido proferida sentença em 06/11/2014, que determinou a partilha do bem
imóvel supracitado, cujo formal de partilha foi devidamente expedido, consoante consta das
cópias dos documentos anexos.
Ocorre que o Réu se recusa a proceder à divisão do patrimônio comum, seja não
permitindo que os Autores exerçam um dos atributos primordiais e inerentes à propriedade,
qual seja, a posse (direta), posto que apenas o Réu ocupa o referido imóvel, há muitos anos,
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como se aquele apenas lhe pertencesse e de forma integral, seja não buscando a compra/venda
das cotas-partes de tais partes, uns dos outros, ou a venda a terceiros, através da devida
avaliação e divisão igualitária do valor apurado.
Repise-se, inclusive, que o Réu reside no referido imóvel há muitos anos, impedindo
que os Autores possam exercer quaisquer atos relativos àquele bem, dificultando que sejam
adotadas as providências necessárias, inclusive, à alienação daquele, o qual deve ser
devidamente avaliado.
Fato é que os Autores têm sido deveras prejudicados pela conduta inadmissível do
Réu, conforme mencionado acima.
Atente-se, inclusive, para o fato de que o segundo Autor, Sr. (NOME), encontra-se
com a saúde deveras abalada, pois é portador de Leucemia Linfocítica Crônica, estando em
tratamento de saúde, além disso, o primeiro Autor, Sr. (NOME), encontra-se residindo em
imóvel locado, a par de não ter condições financeiras para tanto.
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Posse e propriedade. Transmissão. Com a morte do autor da herança, a posse
e a propriedade dos bens que a compõem transmitem-se desde logo aos
herdeiros, sem que haja necessidade nem de intenção de ter como
proprietário ou de possuir (animus), nem de apreensão física da coisa
(corpus). Oriunda da Gewere do direito alemão medieval, essa transmissão
automática de pleno direito, por força de lei, também se denomina direito de
saisina (droit de saisine) (BGB §§ 857, 1922 e 1942; CCfr. 724: le mort
saisit le vif - o morto institui o vivo). O de cujus era titular desses direitos e
obrigações até o momento que precede sua more. Com a morte de cujus,
seus herdeiros passam a ser os novos titulares da herança, substituindo o
antigo titular. A transmissão da posse e da propriedade para os novos
titulares da herança, substituindo o antigo titular. A transmissão da posse dá-
se ope legis, independentemente de qualquer outro ato, providência ou
circunstância. Ainda que não tenha sido aberto inventário, os herdeiros já são
possuidores e proprietários a partir do momento da morte do de cujus.
(NERY JUNIIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código Civil
comentado. 8 Ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011, p. 1.291)
Assim, o bem supracitado foi objeto de partilha já julgada por sentença e, em face do
que dispõe o Art. 1.784 do Código Civil, que consagrou o princípio da saisine, o domínio das
frações ideais, a rigor, havia sido transferido aos herdeiros desde a abertura da sucessão.
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A imissão de posse é o ato judicial que faz voltar a posse da coisa à pessoa a quem,
por direito, pertence, ou sob cuja guarda deve estar. A medida é para dar posse, colocar na
posse, introduzir na posse.
É, pois, a imissão de posse o recurso legal cabível para introduzir na posse todo aquele
que a deva ter em relação à coisa por demonstrar que tem direito a ela.
Dispõe o Art. 1.321, do Código Civil que aplicam-se à divisão do condomínio, no que
couber, as regras de partilha de herança (arts. 2.013 a 2.022).
Os Tribunais do país assim têm entendido:
Deve ser deferido o pedido do condômino que não quer continuar no estado
de indivisão, para que se realiza a venda judicial da coisa comum, no caso de
não ser possível, de fato e de direito, acordo amigável versando sobre a
adjudicação pelo imóvel a um dos condôminos, mediante a competente
reposição do preço." (Revista de Direito, 70:342).
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[...] a comunhão não é a modalidade natural da propriedade. É um estado
anormal (Clóvis Beviláqua), muito freqüentemente gerador de rixas e
desavenças, e fomentador de discórdias e litígios. Por isto mesmo, considera-
se um estado transitório, destinado a cessar a todo tempo. A propósito, vige
então a idéia central que reconhece aos condôminos o direito de lhe pôr
termo. É lícito aos condôminos acordarem em que a coisa fique indivisa [...]
Guardada essa ressalva, pode qualquer condômino a todo tempo exigir a
divisão da coisa comum (Código Civil, art. 1.320) [...]
Tal disposição é acompanhada pelo Art. 730 do Código de Processo Civil, que prevê
alienação por meio de leilão da coisa comum indivisível (ou que, pela divisão, se torna
imprópria ao seu destino – o que se perfaz o presente caso, vez que a coisa, juridicamente
indivisível, deve ser convertida em dinheiro), se verificada a existência de desacordo quanto à
adjudicação a um dos condôminos.
Imperioso se faz também a observância dos seguintes julgados dos Tribunais Pátrios
acerca do tema:
Observe o que dispõe o Art. 300 e seguintes do CPC, os quais são aplicáveis ao caso
sob comento, conforme argumentação abaixo:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo. [...]
§2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após
justificação prévia.
§3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando
houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Observe-se que os Autores requerem, como providência protetiva dos direitos de quem
compõe o polo ativo neste feito, que se digne, Vossa Excelência, em conceder a Tutela de
Urgência Antecipada, no sentido de determinar a imissão dos Autores na posse do imóvel,
posto que os mesmos vêm sendo prejudicados com a conduta do Réu.
No caso em tela estão presentes os requisitos do Art. 300 do CPC, quais sejam a
probabilidade do direito, vez que os documentos constantes dos anexos comprovam os fatos
alegados; e o perigo de dano, vez que se os Autores não for imitidos na posse do imóvel,
continuarão sendo prejudicados.
Sendo assim, mister que seja concedida a tutela antecipatória inaudita altera pars,
para que os Autores sejam imitidos na posse do imóvel, imediatamente, sob pena de multa
diária de R$ 1.000,00 (mil reais), para a hipótese de descumprimento nos termos do Art. 297
do CPC.
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Dessa forma, o que se pretende ver decidido antecipadamente, na verdade, é uma
solução que se impõe no presente caso, eis que aguardar uma deliberação final dentro do
procedimento, configurar-se-á, indubitavelmente, danos ainda maiores aos Autores.
Com isso, faz-se imperioso introduzir os Autores na posse do bem imóvel, pondo fim
à longa espera pela resolução do conflito.
Diante dos fatos narrados e dos fundamentos jurídicos apresentados, é indiscutível que
os Autores têm o direito de exigir que sejam imitidos na posse do imóvel, imediatamente,
como forma de evitar ainda mais danos àqueles.
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EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE IMISSÃO NA
POSSE - TUTELA ANTECIPADA - REQUISITOS PRESENTES -
RECURSO NÃO PROVIDO.
A ação de imissão de posse é ação de natureza real de quem possui título
legítimo para imitir-se na posse de bem, ou seja, do proprietário que ainda
não exerceu a posse sobre a coisa.
Configurada a existência dos pressupostos de convencimento da alegação
apresentada, assim como o fundado receio de dano irreparável ou de difícil
reparação, deve ser deferida a tutela antecipatória (art. 273, do Código de
Processo Civil). (TJMG - Agravo de Instrumento-Cv 1.0481.15.020885-
0/001, Relator(a): Des.(a) Belizário de Lacerda , 7ª CÂMARA CÍVEL,
julgamento em 05/04/2016, publicação da súmula em 11/04/2016)
5. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO
6. DOS PEDIDOS
c) A citação do Réu, para, querendo, contestar o presente pedido, sob pena de, não o
fazendo, serem aceitos como verdadeiros os fatos articulados pelos Autores na petição inicial;
ROL DE TESTEMUNHAS
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