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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA DO FORÚM


REGIONAL DA BARRA DA TIJUCA.

CASSIO JOSÉ GOMES DE ORNELAS, estudante, solteiro, portadora da


identidade nº 20.023.527-3 expedida pelo DETRAN/RJ, inscrita no CPF/MF
055.464.997-70, residente na Avenida Dulcidio Cardoso, nº. 2.500, Bloco 7, Apto 2301,
Barra da Tijuca, CEP: 22.631-051, vem por intermédio do seu patrono, com fulcro nas
disposições dos - artigo 300, 747 e seguintes do Novo Código de Processo Civil de
2015 c/c o artigo 1.767 do Código Civil de 2002 , ajuizar a presente:

AÇÃO DE INTERDIÇÃO COM PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA


CUMULADA COM TUTELA DE URGENCIA

Em face de CARLOS JOSE DE ORNELAS, brasileiro, solteiro, aposentado,


portador da cédula de identidade nº: 1829652 expedido pelo DETRAN/RJ, inscrito no
CPF/MF sob o nº:046.528.607-06, na Avenida Dulcidio Cardoso, nº. 2.500, Bloco 7, Apto
2301, Barra da Tijuca, CEP: 22.631-051, pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos
expostos a seguir:

PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO-MAIORES DE 60 ANOS

ART. 71, LEI Nº. 10.741 – ESTATUTO DO IDOSO - É ASSEGURADA


PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS E PROCEDIMENTOS E NA
EXECUÇÃO DOS ATOS E DILIGÊNCIAS JUDICIAIS EM QUE FIGURE COMO PARTE
OU INTERVENIENTE PESSOA COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 60
(SESSENTA) ANOS, EM QUALQUER INSTÂNCIA.

§ 1O O INTERESSADO NA OBTENÇÃO DA PRIORIDADE A QUE ALUDE ESTE


ARTIGO, FAZENDO PROVA DE SUA IDADE, REQUERERÁ O BENEFÍCIO À
AUTORIDADE JUDICIÁRIA COMPETENTE PARA DECIDIR O FEITO, QUE
DETERMINARÁ AS PROVIDÊNCIAS A SEREM CUMPRIDAS, ANOTANDO-SE ESSA
CIRCUNSTÂNCIA EM LOCAL VISÍVEL NOS AUTOS DO PROCESSO

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DAS CUSTAS AO FINAL

Com fulcro no enunciado 27 do FETJ garante a qualquer demandante em


situação especial, como o interditando, de ter o direito de recolhimento das custas ao
final:

27. Considera-se conforme ao princípio da acessibilidade ao Poder Judiciário


(CF/88, art. 5º, XXXV) a possibilidade, ao critério do Juízo em face da prova que
ministre a parte autora comprovadamente hipossuficiente, desta recolher as custas
e a taxa judiciária ao final do processo, ou de parcelar o recolhimento no curso do
processo, desde, em ambas as situações, que o faça antes da sentença, como
hipótese de singular exceção ao princípio da antecipação das despesas judiciais
(CPC, art. 19), incumbindo à serventia do Juízo a fiscalização quanto ao correto
recolhimento das respectivas parcelas. (NOVA REDAÇÃO) (grifo nosso)

E mais, a prevalência do princípio da legalidade no que se refere ao acesso à


jurisdição, além de dever do juiz, é o que se afigura eticamente mais compatível com a
função lhe atribuída de prestar a tutela jurisdicional e possibilitar o acesso à justiça.
Afinal, justiça é serviço essencial e deve ser prestado com continuidade e,
analogicamente a outros serviços prestados pelos entes públicos e seus delegatários, é
por maiores razões insuscetível de interrupção pela falta de prestação do usuário (art. 22
da Lei 8078/90).

Por fim, o pedido do interditante esta amparado por vários julgados do nosso
Tribunal, desta forma abaixo transcreveremos um julgado demonstrando a relevância do
pedido autoral:

2007.002.09124 - AGRAVO DE INSTRUMENTODES. HELDA LIMA MEIRELES -


Julgamento: 19/04/2007 - DECIMA QUINTA CAMARA CIVELAgravo de Instrumento.
Decisão que indefere o pedido de gratuidade de justiça. Segundo o Enunciado nº
27 do Fundo Especial do Tribunal de Justiça - FETJ, considera-se conforme ao
princípio da acessibilidade ao Poder Judiciário (CF/88, art. 5º, XXXV) a
possibilidade, ao critério do Juízo em face da prova que ministre a parte autora
comprovadamente hipossuficiente, desta recolher as custas e a taxa judiciária ao
final do processo, ou de parcelar o recolhimento no curso do processo, desde, em
ambas as situações, que o faça antes da sentença, como hipótese de singular

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exceção ao princípio da antecipação das despesas judiciais (CPC, art. 19),
incumbindo à serventia do Juízo a fiscalização quanto ao correto recolhimento das
respectivas parcelas. Agravante que preenche as condições exigidas ao benefício
que postula, pois está caracterizada sua impossibilidade de custear, no momento,
as despesas para demandar em Juízo. Artigo 557, §1º-A, do CPC. Provimento do
agravo de instrumento para deferir o pedido de pagamento das custas ao final.

Diante todo o exposto requer o interditante o benefício do recolhimento das custas


ao final.

-I-
DOS FATOS

01. O Requerente é filho do interditando (Certidão de Nascimento


anexa), que por sua vez é pessoa idosa contando 72 (setenta e dois) anos de idade
(cópia do RG anexa)

02. Conforme documentação acostada aos autos, o Interditando que


atualmente conta com idade avançada é portador de síndrome demencial, conhecida
como doença de ALZHEIMER – CID:G.30.1, encontrando-se sem condições de
realizar atividades básicas do cotidiano, pois não tem discernimento, por conseguinte,
não tem capacidade de tomar decisões ou administrar suas finanças.

03. O Promovente, filho do Interditando, tem 30 (trinta) anos de idade,


é solteira e atualmente não exerce nenhuma profissão, haja vista, que atuava na área
internacional, dedicando-se inteiramente a cuidar do mesmo, tratando da sua higiene
pessoal, alimentação, acompanhando-o nos lugares para onde precisa se deslocar,
enfim, sempre está ao lado do Interditando buscando proporcionar-lhe boa convivência
social, de modo que se apresenta como sendo pessoa apta a exercer o munus da
curatela.

04. O Interditando tem uma filha porém, por motivos pessoais a


convivência dos dois tonou-se incompatível, e por não ter condição de cuidar do pai,
concorda com a pretensão da Promovente.

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05. Registre-se que o Interditando possui um imóvel, sendo que este
atualmente é habitado pelo mesmo, sua ex - esposa e o Promovente.

06. Vale ressaltar que o Interditando figura como parte em dois


processos judiciais que tramitam, qual seja: 2º Vara Cível do Fórum Regional da Barra
da Tijuca, sob o numero 0012719-57.2006.8.19.0209 este que deve ter o devido
acompanhamento do Interditando, face o seu estado de saúde, o que poderá lhe
causar prejuízos futuros.

07. Devemos ressaltar que o Interditando, possui débitos junto ao


Banco do Brasil alcançando os valores de R$ 153.748,85 (cento e cinguenta e três
mil setecentos e quarenta e oito reais e oitenta e cinco centavos), de empréstimo
Plus, e por sua vez R$ 18.312,67 (dezoito mil trezentos e doze reais e sessenta e
sete), de BB CDR Veiculo Leasing.

08. Destaca-se ainda, o fato do acionante ser aposentado, com o valor


do benefício sendo depositado mensalmente em sua conta corrente (Banco Banco do
Brasil), entretanto, o recebimento desse valor exige uma série de formalidades perante
a instituição financeira, em face das quais o Interditando não mais possui condições de
atender. Portanto, vê-se a necessidade do reconhecimento da medida pleiteada
através da presente ação, sob pena do acionado de restar prejudicado, inclusive com a
obstacularização do recebimento do benefício previdenciário que viabiliza o seu próprio
sustento.

09. Por fim, urge destacar que o Interditando na ultimas semana estava
internado no Hospital Samaritano Barra da Tijuca com quadro de pneumonia,
dificultando

10. Ante o exposto, a Promovente pugna a concessão da curatela para


que possa, como representante legal do Interditando, gerenciar os atos da vida civil
deste.

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-II-
DA CURATELA PROVISÓRIA EM TUTELA DE URGÊNCIA

A prova inequívoca do déficit intelectual do interditando deflui dos documentos


anexos e dos fatos já aduzidos, os quais demonstram a incapacidade do interditando
para reger a sua pessoa.

Desse modo, consubstanciada está à verossimilhança da alegação, a


plausibilidade do direito invocado (fumus boni juris), ante a proteção exigida pelo
ordenamento jurídico pátrio aos interesses do incapaz.

Ademais, como o interditando não detém o elementar discernimento para a


prática dos atos da vida civil, torna-se temerária e incerta a adequada gestão dos
recursos fundamentais à sua manutenção.

Assim, demonstrado está o fundado receio de dano de difícil reparação


(periculum in mora) ao patrimônio da interditando, até a efetivação da tutela pleiteada.

Conforme prescreve o artigo 300, § 2º do NCPC,

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo.

[...]

§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação


prévia.

Em complemento o artigo 749, §º único, estabelece a possibilidade de


nomeação de curador provisório ao Interditando,

Art. 749. Incumbe ao autor, na petição inicial, especificar os fatos que


demonstram a incapacidade do interditando para administrar seus bens e, se for
o caso, para praticar atos da vida civil, bem como o momento em que a
incapacidade se revelou.

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Parágrafo único. Justificada a urgência, o juiz pode nomear curador provisório ao
interditando para a prática de determinados atos.

Como apontado no Atestado Médico, a Interditanda passa por situação de


vulnerabilidade social, sendo necessária a agilização dos trâmites burocráticos,
visando à nomeação de Curadora para solucionar problemas diversos tais como
questões emergenciais, práticas do dia a dia, requerer, receber e administrar pensão
por morte e outros benefícios de direito da Interditanda, desbloquear pagamento,
comprar mantimentos, pagar contas dentre outros.

Desse modo, consubstanciada está a verossimilhança da alegação, a


plausibilidade do direito invocado (fumus boni juris), ante a proteção exigida pelo
ordenamento jurídico pátrio aos interesses do incapaz.

Assim, é justificável a concessão de tutela de emergência em caráter liminar


para que seja nomeado a Requerente, Curadora Provisória do Interditando, para que
possa exercer os atos mencionados em benefício do Requerido.

III
DOS FUNDAMENTOS DA INTERDIÇÃO

O artigo 1º do Código Civil estatui que “toda pessoa é capaz de direitos e deveres
na ordem civil“. Assim, liga-se à pessoa a ideia de personalidade, que é consagrado nos
direitos constitucionais de vida, liberdade e igualdade.

É cediço que a personalidade tem a sua medida na capacidade de fato ou de


exercício, que, no magistério de Maria Helena Diniz:

É a aptidão de exercer por si os atos da vida civil, dependendo, portanto, do


discernimento, que é critério, prudência, juízo, tino, inteligência, e, sob o prisma
jurídico, da aptidão que tem a pessoa de distinguir o lícito do ilícito, o conveniente
do prejudicial.(Curso de Direito Civil Brasileiro: Teoria Geral do Direito Civil. São
Paulo: Saraiva)

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Todavia essa capacidade pode sofrer restrições legais quanto ao seu exercício,
visando a proteger os que são portadores de uma deficiência jurídica apreciável. Assim,
segundo Maria Helena Diniz , a incapacidade é a restrição legal ao exercício dos atos da
vida civil. Os artigos 3º e 4º do Código Civil graduam a forma de proteção, a qual
assume a feição de representação para os absolutamente incapazes e a de assistência
para os relativamente incapazes.

A incapacidade cessa quando a pessoa atinge a maioridade, tornando-se, por


conseguinte, plenamente capaz para os atos da vida civil.

Entretanto, pode ocorrer, por razões outras, que a pessoa, apesar da maioridade,
não possua condições para a prática dos atos da vida civil, ou seja, para reger a sua
pessoa e administrar os seus bens. Persiste, assim, a sua incapacidade real e efetiva, a
qual tem de ser declarada por meio do procedimento de interdição, tratado nos arts.
747 a 770 do Novo Código de Processo Civil, bem como nomeado curador, consoante o
artigo 1.767 do Código Civil.

Assim prescreve o artigo 1.767 e seus incisos I:

Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:

I- aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade;

Tal afirmativa se refere às pessoas que, acometidas de patologias psíquicas,


estão impedidos de discernir a respeito de qualquer ato da vida civil.

A Curatela é o múnus público deferido por lei a alguém para dirigir a pessoa e
administrar os bens de maiores que, em virtude de doença ou deficiência mental, não
estejam em condições de fazê-lo por si.

Tem, portanto, a Curatela duplo objetivo, como bem assinala Orlando Gomes:

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A Curatela é deferida para reger a pessoa e os bens de quem, sendo maior, está
impossibilitado, por determinada causa de incapacidade, de fazê-lo por si mesmo;
ora conferida para a própria pessoa, ainda que esteja no gozo de sua capacidade
(Direito de Família, p. 313, nº. 199, apud Yussef Said Cahali, verbete "Curatela", in
Enciclopédia Saraiva de Direito, p. 144).

Nossa melhor Jurisprudência ensina:

EMENTA: CURATELA DECRETAÇÃO PRESSUPOSTOS. Tendo a curatela por


pressuposto fático a incapacidade do adulto que, em virtude de doença ou
deficiência mental, não esteja em condições de dirigir a sua própria pessoa e
administrar seus bens, seu pressuposto jurídico é que seja ela reconhecida por
sentença judicial em ação de interdição, promovida por quem, legalmente, tem
legitimidade para tanto. (Apelação Cível nº 000.255.1703/00 - Comarca de São
Lourenço - Apelante (s): Caeilda Martins - Apelado (s): Adriana Vital da Silva -
Relator: Exmo. Sr. Des. Páris Peixoto Pena).

INTERDIÇÃO. CURATELA PROVISÓRIA. CABIMENTO. I. Havendo elementos de


convicção que evidenciam a incapacidade civil do interditando, que estava no
gozo de beneficio previdenciário por enfrentar doença mental incapacitante,
cabível a nomeação de curador provisório. 2. A providência deferida é provisória
e tem conteúdo protetivo. Recurso provido. (Agravo de Instrumento nO
70013874912, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio
Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em 22/03/2006).

Acerca da legitimidade para propor a Curadoria, prescreve o artigo 747 em seu


inciso II:

Art. 747. A interdição deve ser promovida:

II - pelos parentes ou tutores;

Entretanto, pode ocorrer, por razões outras, que a pessoa, apesar da


maioridade, não possua condições para a prática dos atos da vida civil, ou seja, para
reger a sua pessoa e administrar os seus bens. Persiste, assim, a sua incapacidade
real e efetiva, a qual tem de ser declarada por meio do procedimento de interdição,

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tratado nos arts. 1.177 a 1.186 do Código de Processo Civil, bem como nomeado
curador, consoante o art. 1.767 do Código Civil.

Conforme se verifica dos atestados médicos que seguem anexos, o interditando,


vítima de Acidente Vascular Cerebral, possui dificuldade na fala, imobilidade do lado
direito do corpo e confusão mental. Sendo certo que esta grave enfermidade não
permite que o mesmo administre sua própria vida civil.

Desta forma, demonstrado está que o interditando não tem mínimas condições
de gerir e administrar sua pessoa e seus bens, sendo imprescindível que seja
representado pela Requerente que, com o termo de curatela, poderá dar melhores
condições de vida ao pai.

Posto isso, depreende-se que o interditando faz jus à proteção, a qual será
assegurada ante a sua interdição e a nomeação da autora como sua curadora, a fim de
que esta possa representá-la ou assisti-la no exercício dos atos da vida civil, de acordo
com os limites da curatela prudentemente fixados na sentença de interdição.

-VI-
DO PEDIDO

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:

Deferimento do pedido de CUSTAS AO FINAL

Seja deferido o benefício de Prioridade de Tramitação, com fulcro nos art.


1.048, I do CPC c/c o art. 71 da Lei 10.741/03, uma vez que o interditando é pessoa
idosa, sendo determinada à secretaria da Vara a devida identificação dos autos e a
tomada das demais providências cabíveis para assegurar, além da prioridade na
tramitação, também a concernente à execução dos atos e diligências relativos a este
feito.

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A concessão da Tutela de Urgência, com base no art. 300 do CPC, nomeando
o Requerente como curador provisório do interditando, a fim de que possa
representá-lo nos atos da vida civil, sobretudo na adequada gestão dos recursos
fundamentais à sua manutenção, convertendo-se em Curatela definitiva ao
julgamento final da presente Ação.

A citação do interditando, no endereço descrito no preâmbulo desta peça, para


que, em dia a ser designado, seja efetuado o seu interrogatório, nos termos do art.
751 do CPC.

Seja realizada prova pericial para avaliação da capacidade da interditando para


praticar atos da vida civil;

Sejam os pedidos da presente Ação de Interdição com pedido de Curatela


Provisória em Tutela de Urgência julgados procedentes, confirmando-se a tutela de
urgência para nomear em definitivo o Requerente como curador ao interditando, que
deverá representá-lo e assisti-lo em todos os atos de sua vida civil, de acordo com os
limites da curatela prudentemente dispostos em sentença, nos termos do art. 755 do
CPC.

A representação do interditando na presente lide pelo digno membro do


Ministério Público, nos termos dos arts. 178, II e 752, § 1º, ambos do CPC.

O deferimento da produção de todos os meios de prova em Direito admitidos,


em especial a documental, juntada posterior de documentos, expedição de ofícios,
depoimentos pessoais das partes e outras que se façam necessárias, bem como a
oitiva de testemunhas.

Dá-se a presente o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Rio de Janeiro, 07 de Fevereiro de 2017.

ALEXANDRO DO NASCIMENTO
OAB/RJ 148.226

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