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Nome, brasileira, estado civil, profissão, RG nº xxxx e CPF nº xxxx, e-mail xxxx, residente e
domiciliada na Rua xxxx, nº xx, bairro xxx, CEP xxx, Município de Belo Horizonte/MG, vem por
intermédio dos advogados do Núcleo de Prática Jurídica da Faculdade Pitágoras, todos com endereço
profissional na Rua Santa Madalena Sofia, 30 – Bairro Vila Paris – Belo Horizonte/MG, propor a
presente,
em favor de Nome, brasileira, estado civil, profissão, inscrita no CPF sob o nº. xxxx, residente e
domiciliada na Rua xxxx, xx, Bairro xxxx, CEP xxxx, Belo Horizonte, pelos fatos e fundamentos
a seguir expostos:
I. DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO:
Na condição de idosa e amparada pela Lei nº 10.741/03 – Estatuto do idoso, a parte em favor de
quem se pede a interdição faz jus ao disposto no art. 71 da legislação mencionada, assim como ao
previsto no art. 1048, I do Código de Processo Civil, que lhe asseguram a prioridade na tramitação
dos processos e procedimentos judiciais, em todos os atos e diligências inerentes ao pleito.
Diante disso, requer a este juízo o benefício da prioridade na tramitação deste feito, para que se
promova a prestação jurisdicional adequada ao contexto.
De fato, a interditanda, que atualmente encontra-se com xx (escrever por extenso) anos de
idade, é portadora da doença de xxxx, estando em estágio avançado da doença, totalmente
dependente para atividades diárias e com comprometimento severo de sua capacidade
cognitiva, não estando apta a responder por si própria, conforme atestado pela documentação
probatória em anexo.
As condições inerentes à interditanda fazem com que ela seja dependente de terceiros para a
realização de tarefas cotidianas básicas, uma vez que seu estado mental não lhe permite
realizar outros atos da vida civil, impossibilitando-a de reger sua própria vida pessoal e de
administrar o benefício que recebe da previdência social, no valor correspondente a R$ 00,00
(escrever por extenso), sendo esta sua única renda. Neste ponto, Excelência, vale esclarecer,
ademais, ser a renda da requerente superior em mais de 05 vezes a renda da interditanda,
conforme documentos em anexo).
Assim, se faz necessário decretar a interdição da Sra. xxxx, com a consequente nomeação de um
curador, no intuito de que este assuma o encargo de promover os interesses pessoais e materiais
da interditada, que não mais possui capacidade para este fim.
Há de se observar o fato de que a interditanda possui, como únicos parentes vivos, um irmão (Sr.
xxxx, CI: xxxx, CPF: xxxx) e dois sobrinhos maiores (a própria requerente: nome, CI: xxxx ,
CPF: xxxx e nome, CI: xxxx , CPF: xxxx, sendo que todos eles concordam, nos termos das
declarações em anexo, com a pretensão da requerente, de ser ela a nomeada curadora, uma vez
que entendem ser ela pessoa apta a representar e assistir a interditanda.
Neste diapasão, insta salientar que a requerente encontra-se em perfeito estado de saúde, e sua
condição física e mental determina aptidão para que possa exercer a curatela pleiteada. É o
que consta dos documentos em anexo.
Destaca-se o fato de a requerente ser pessoa idônea, de bons antecedentes e cumpridora de suas
obrigações, o que caracteriza sua vida pregressa e a habilita a assumir o encargo de curadora,
conforme pode-se verificar pelos documentos em anexo.
Em razão dos fatos narrados, a requerente passa a expor os fundamentos que embasam seu pleito.
A pretensão da requerente encontra-se amarada pela legislação civil vigente, especialmente pelos
arts. 1767 e seguintes do Código Civil concomitantemente com os arts. 747 e seguintes do Código
de Processo Civil.
O instituto da curatela surge da incapacidade de determinadas pessoas que, por diversos motivos
de ordem física e mental, não mais se apresentam em condições de exercer os atos da vida civil
sem a devida assistência e representação de terceiros.
Diante deste cenário, são esses terceiros encarregados de promover as medidas a fim de assistir e
proteger seus curatelados, seja no âmbito pessoal ou patrimonial. Constata-se a adequação fática
do contexto apresentado ao disposto no art. 1767, I do Código Civil 1, que narra exatamente a
situação em que se encontra a interditanda, incapacitada para os atos da vida civil por motivo de
causa transitória ou permanente, não pode exprimir sua vontade, o que compromete por absoluto
seu discernimento para os atos da vida civil.
Amparada especificamente pelo art. 747, II do Código de Processo Civil 2, legítima é a requerente
para a propositura da presente demanda, uma vez que atua na condição de parente próximo
(sobrinha), chancelada pelos demais parentes vivos, conforme documentos juntados em anexo.
Face ao exposto, depreende-se que a interditanda faz jus à proteção alcançada pelo instituto da
curatela, que promoverá os interesses da incapaz através da figura da curadora.
Portanto, encontram-se atendidos os comandos legais exigidos pelo art. 749 do Código de
Processo Civil3, uma vez que comprovada a legitimidade da requerente para a propositura da
presente ação, assim como as anomalias ao estado da interditanda, que não mais se apresenta
capaz para reger sua pessoa e administrar seus rendimentos (que, recorde-se, são em mais de 05
vezes inferiores aos rendimentos da própria requerente).
A demanda é instituída com suficiente conteúdo probatório, que confirma, de forma inequívoca,
os fatos narrados. Os laudos médicos e demais fatos aduzidos demonstram a incapacidade da
interditanda em reger sua própria vida.
Ademais, há que se observar o periculum in mora, trazido no fundo receio de dano de difícil
reparação, pois a plenitude dos atos da vida civil encontra-se obstaculizada pela atual situação
fática, fazendo-se urgente a necessidade de imediata interdição da Sra. Maria do Carmo, inclusive
como forma de tornar oficiais os cuidados tomados pela requerente em benefício de sua tia.
1
Art.1.767, CC. Estão sujeitos a curatela: I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
2
Art. 747, CPC. A interdição pode ser promovida: II - pelos parentes ou tutores;
3
Art. 749, CPC/15. Incumbe ao autor, na petição inicial, especificar os fatos que demonstram a incapacidade do interditando para
administrar seus bens e, se for o caso, para praticar atos da vida civil, bem como o momento em que a incapacidade se revelou.
A intervenção da requerente junto a instituições bancárias, em favor da interditanda, dentre outras,
ocorre de forma cotidiana (outra forma não há de administrar os interesses da interditanda),
razão pela qual se torna imperiosa a decretação da interdição ora pleiteada, com a nomeação da
respectiva curadora para quem atue dentro dos limites e prerrogativas a esta inerentes.
Assim, conforme narrado, atendidos estão os requisitos exigidos pelo disposto no art. 300 do
Código de Processo Civil para que se conceda a curatela provisória em sede de antecipação de
tutela.
No mérito, e em caráter definitivo, pede-se seja julgado procedente o pedido para decretar a
interdição da interditanda, dadas as provas apresentadas, e aquelas que serão ainda produzidas,
com a consequente nomeação da requerente como curadora definitiva da interditanda, para que
esta seja devidamente representada na prática dos atos da vida civil que se fizerem necessários,
emitindo-se o respectivo termo em que serão estabelecidos os limites e o alcance da prestação
jurisdicional concedida.
- provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial pelo
depoimento pessoal, oitiva de testemunhas, laudo pericial e juntada de eventuais novos
documentos, além daquelss que ora se junta.
Dá-se à causa o valor de R$ 00,00 (escrever por extenso), para fins de alçada.