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Projeto Integrador

EXCELENTISSIMO SENOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4º VARA CIVIL DA


COMARCA DE JI-PARANA/RO

Marinalva da Silva, brasileira, casada, portadora do RG nº 1050 – 15, inscrita


no CPF nº 300.427.310 - 15, residente e domicilia Rua Paulo Vl, nº 560, Bairro Nova Brasília, na
cidade de Ji-Paraná/RO, CEP 76900 - 000, veem por meio de seus advogados infra-assinado, com
escritório na Rua Marechal Rondon, nº 000, Bairro Centro, no município de Ji-Paraná/RO propor a
presente.

AÇÃO DE INTERDIÇÃO COM PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA A TÍTULO DE


URGÊNCIA.
em face de Elizabete da Silva, brasileira, viúva, do lar, portadora da carteira de identidade nº
1341562 e do CPF nº 812.590.830 - 40, residente e domiciliada na rua Paulo VI, pelos fatos e
fundamentos a seguir expostos:

1. DA JUSTIÇA GRATUITA

A requerente não possui, atualmente, condições de suportar as custas processuais, honorários


advocatícios e demais despesas inerentes ao processo sem prejudicar o seu sustento e o de sua
família, motivo pelo qual se requer seja concedido o beneficio da gratuidade da justiça, com fulcro no
art. 98 e seguintes do CPC.

2. DA PROPRIEDADE DE TRAMITAÇÃO

A interditanda é pessoa idosa, encontra-se com 72 anos de idade, o que justifica o tramite do processo
de forma prioritária, de modo a garantir a plena satisfação da tutela jurisdicional, nor termos da lei
10.741/03 (ESTATUTO DO IDOSO) e do art. 1.048, l, do CPC.

3. PRELIMINARMENTE

3.1 DA LEGITIMIDADE DA AUTORA PARA A FIGURAR NO PÓLO ATIVO DA PRESENTE


DEMANDA

Ação de interdição tem o objetivo de reconhecer pela via judicial, a incapacidade de pessoa maior,
especialmente portadora de anomalias psíquicas, para o fim de ser representada ou assistida.
Da legitimidade da autora para figurar no polo ativo da presente demanda. Nesta presente ação,
resguarda a autora plena legitimidade para figurar no polo ativo da presente demanda graças a sua
condição de filha, interditando, encontrando escopo também no seu caráter protetivo alinhando-se
inclusive com a Carta Magna quando confere aos filhos tal dever de amparo aos pais nos seguintes
termos do art. 229 e 230 da Constituição Federal de 1988:

Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos


às normas de legislação especial.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e
os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice,
carência ou enfermidade.
Válido mencionar que tal ligação representa estreito laço que a legitima inequivocamente para propor a
presente demanda sobretudo adiante do nítido interesse protetivo e assegurador que tal instrumento
confere.
Não restam dúvidas quanto á legimitade da autora para interpor a presente demanda em face de sua
genitora, registrando o fato de que ambas, inclusive, residem sob o mesmo teto (comprovante de
residência anexos).
Nesse toar, evidente a importância e o caráter eminentemente protetivo e assistencial de tal instiuto.
Tem caráter supletivo da capacidade e, como bem resume Ana Carolina Brochado Teixeira, “ a real
necessidade da pessoa com algum tipo de doença mental é menos a substituição na gestão
patrimonial e mais, em decorrência do princípio da solidariedade e da função protetiva do curador,
garantindo a dignidade, a qualidade de vida, a recuperação da saúde e a inserção social do
interditando”.
Visto que, em decorrência do cito caráter protetivo, tal institudo exige redobrada atenção quando da
escolha do curador, sendo esse necessariamente aquele que represente a melhor adequação aos
conceitos acima aduzidos, este é o caso da autora.
Destaca-se que a filha inclusive, já vem representando a autora em diversos atos há bastante tempo,
tendo sido, por exemplo, procuradora de sua mãe no passado, conforme se atesta através da
procuração em anexo, é importante destacar que os demais irmãos cederam a total liberdade de sua
irmã cuidar de sua mãe, assinando uma declaração de anuência de curatela, como se encontra em
anexo, visto que todos moram longe e somente ela está próxima da autora.
Portanto a ordem legal da atribuição de curatela não é rígida e obrigatória, tendo como requisitos
primordiais os interesses do interditando, como se comprova através da jurisprudência abaixo aduzida:

“DIREITO DE FAMÍLIA - AÇÃO DE INTERDIÇÃO - NOMEAÇÃO DE CURADOR - ART. 1775 DO


CÓDIGO CIVIL - ORDEM LEGAL DE PREFERÊNCIA NÃO ABSOLUTA - PREVALÊNCIA DO BEM-
ESTAR DO INTERDITADO. - Deve o julgador, quando da nomeação de curador, considerar a situação
que melhor se adéqua aos interesses do interditado, não permitindo que eventuais questões
econômicas, ou, ainda, interesses particulares se sobreponham ao seu bem-estar e às suas
necessidades. - A análise da curatela deve, na maioria das vezes, observar as peculiaridades de cada
caso, devendo ser deferida àquele que possua melhores condições de cuidar dos interesses do
interditado, levando-se em consideração o disposto no art. 1.109 do Código de Processo Civil, que
desobriga o juiz de decidir, nos procedimentos de jurisdição voluntária, de acordo com o critério de
legalidade restrita, facultando-lhe, portanto, a adoção, no caso concreto, da solução que julgar ser a
mais conveniente e oportuna. (Número do processo:1.0352.06.025627-3/001, Numeração Única:
0256273-82.2006.8.13.0352, Relator: Des.(a) ELIAS CAMILO, 04/03/2010).”
4. FATOS

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