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FULANO DE TAL, nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº ....., órgão expedidor e inscrito no
CPF/MF sob o nº ...., residente e domiciliado ...., por sua advogada infra-assinada, já
devidamente constituída e qualificada em instrumento de mandato procuratório em anexo,
com endereço profissional endereço na ...., onde recebe notificações e intimações (CPC, art.39,
I), vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência com fulcro nos arts. 22 e seguintes do
ECA, bem como art. 319 do CPC/15, propor
DOS FATOS
Ficou convencionado que a requerida ficaria com a guarda da menor filha do casal e que o
autor visitaria aos finais de semana, podendo levar a criança para sua casa e a casa dos pais
dele, no caso, os avós da menor.
Conforme provas em anexo (docs...), o autor além da casa e do aluguel mensal também
comprometeu-se a pagar o colégio particular da menor e sempre comprar mantimentos e
subsídios como roupas, e materiais para mesma.
A menor sempre recebeu o melhor tratamento, atualmente estudando no colégio ....., (cuja
mensalidade é paga pelo requerente), além do seu genitor arcar com os custos de seu plano
de saúde (doc. ...), nota-se que até mesmo a atual esposa do autor a senhora Fulana de Tal,
acompanha a menor ao médico, sendo sua mãe de fato, já que, como veremos, a menor tem
sido exposta a diversas situações que atacam diretamente sua integridade física e moral.
Ocorre Excelência, que a requerida, não obstante ter a guarda da menor, vem realizando atos
que expõem a menor em situação de perigo, como demonstrado nas provas juntadas em
anexo (doc .....), submetendo-a a situações que a colocam diretamente em contato com
drogas, álcool, más companhias e desídia, já que deixa a menor sozinha em casa ou quando
não em um bar conhecido por ser ponto de drogas.
Inclusive, a própria criança relata que a genitora é usuária de entorpecentes e faz uso na
presença da menor, na própria casa onde residem. Além de frequência de pessoas estranhas
expondo a criança cotidianamente a uma situação de insegurança.
Após inúmeras tentativas de contornar a situação de forma amigável, a situação perdura por
meses a fio, sem que a genitora da menor tenha sequer mudado de postura e, portanto,
diante de todo o exposto, o autor, pai da menor, comprometido em proteger e zelar pelo bem-
estar da mesma e determinado em fazer cessar esses episódios, não viu outra alternativa,
senão, recorrer ao judiciário para tutelar devidamente a vida de sua filha, para tanto,
requerendo a destituição do poder familiar de sua genitora.
DO DIREITO
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos
menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer
cumprir as determinações judiciais.
Sobre o procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar dispõe ainda o ECA que:
Em conformidade com o art. 157, do ECA, existindo motivo grave, a autoridade judicial,
ouvindo o MP, poderá decretar a suspensão do poder familiar, liminar ou incidentalmente, até
o julgamento definitivo da causa, ficando a criança ou adolescente confiado a pessoa idônea,
mediante termo de responsabilidade.
O § 1º do referido dispositivo estabeleceu que, recebida a petição inicial, a autoridade
judiciária deverá determinar, concomitantemente ao despacho de citação e
independentemente de requerimento do interessado, a realização de estudo social ou perícia
por equipe interprofissional ou multidisciplinar para comprovar a presença de uma das causas
de suspensão ou destituição do poder familiar, caso ainda não tenha sido realizado.
E por fim, citamos o art. 163, Parágrafo único do ECA com o seguinte teor: “A sentença que
decretar a perda ou a suspensão do poder familiar será averbada à margem do registro de
nascimento da criança ou adolescente”.
No que tange à lei civil, dispõe o seu art. 1.635 que extingue-se o poder familiar nas hipóteses
do art. 1.638 (inc. V).
Já o art. 1.638, em seus incs. II ao IV, do CC, dispõe que a perda do poder familiar pelos pais,
pode ser decretada por decisão judicial na seguintes hipóteses: abandono do filho; prática de
atos contrários à moral e aos bons costumes; reiteração de faltas aos deveres inerentes ao
poder familiar.
Tal é o caso em tela, visto que a requerida está expondo a menor a situações de perigo e
insegurança, expondo-a a toda sorte de acontecimentos, afetando sua saúde física e mental e
seu bem-estar. Faltando cabalmente aos deveres de guarda, proteção, zelo e segurança com
sua própria filha, o que deve ser cessado o quanto antes para que se evite problemas maiores
do que os que já vem ocorrendo.
DA CAUTELAR DE AFASTAMENTO
Diante dos fatos graves de urgentes do presente processo, e por haver uma necessidade de
trâmite mais demorado, o autor ingressou com uma ação cautelar de afastamento da menor
do lar de sua genitora, para resguardar a integridade física e moral da menor.
O referido processo está tramitando na ......ª Vara de Família e Sucessões desta Comarca, sob o
nº ......, no qual o MM Magistrado deferiu a guarda provisória para o autor FULANO DE TAL,
requerendo para tanto a manutenção da presente decisão até o trâmite final deste processo e
também requerendo a reunião de ambos os processos, por terem as mesmas partes e mesmo
objeto.
DOS PEDIDOS
Protesta por todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente pelo depoimento
da requerida, perícia, sindicância, juntada de novos documentos, inspeção judicial e tudo que
se fizer necessário para elidir prova em contrário, inclusive juntada posterior do rol de
testemunhas.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data.
ADVOGADO
OAB/UF n. .......