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Modelo - Ação de Modificação de

Guarda
Em favor da Avó, Guardião falecido
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Publicado por Roseane Diniz


há 4 meses
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Modelo - Ação de Modificação de Guarda.docx

EXCELENTÍSSIMO SR. DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA


FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES DA COMARCA DE xxxxxxxxx

xxxxxxxxx, (qualificações) por sua advogada infra-assinada (instrumento de mandato


anexo), vem respeitosamente perante Vossa Excelência, propor a presente;

AÇÃO DE MODIFICAÇÃO DE GUARDA

das menores xxxxxx E xxxxxx em face de seu filho xxxxx pessoa falecida, certidão
de óbito anexa, pelos motivos de fato e de direito a seguir exposto:

1. DA JUSTIÇA GRATUITA

A Requerente não tem como suportar os ônus do processo sem prejuízo do próprio
sustento familiar, conforme declaração anexa, razão pela qual requer que se digne
Vossa Excelência a Justiça Gratuita, em conformidade com o artigo 1º e 3º da Lei
nº 7.115 de 28 de agosto de 1983, dando nova redação a Lei nº 1.060 de 05 de
fevereiro de 1950.

2. DOS FATOS

A Requerente era mãe do requerido, ora falecido. Ocorre que este, quando do seu
falecimento já exercia a guarda judicial das suas filhas xxx xxx e xxxxx, em
decorrência de uma ação de guarda proposta em face xxxxxxx, genitora das
menores. Ação esta que fora julgada totalmente procedente a seu favor - conforme
decisão anexa - processo de nº 1xxxxxx - que tramitou na xxª vara da Família deste
juízo.

Importante informar que a genitora das menores nunca foi presente na vida delas,
está em lugar incerto e não sabido há anos, nunca cumpriu com seus deveres de
mãe, sendo certo que tal papel sempre foi desenvolvido pelo pai falecido das
crianças, bem como pela avó paterna, ora requerente.
Com o falecimento do pai das menores, a requerente continuou a criar as netas,
dando-lhes toda a assistência financeira, educacional e amorosa, vivendo todos
num ambiente familiar e de muito carinho e amor.

A requerente é pessoa íntegra, do lar e oferece um ambiente familiar saudável às


suas netas, tanto é que as crianças e o seu filho sempre moraram com a autora,
conforme comprovantes de endereços anexos.

Fato é que a autora era quem cuidava das crianças para o falecido trabalhar. A
autora sempre foi uma avó muito presente, zelosa e cuidadosa com as crianças,
sempre pensou no bem estar, na saúde e educação das meninas e demonstra muito
amor e carinho para com as suas netas, alegrias da sua vida, informando inclusive
que já estão bem adaptadas aquele lar.

Desta forma, considerando que a guarda pertencia ao requerido, ora falecido e


filho da autora e, que a guarda fática está com a requerente desde o falecimento do
seu filho, ocorrido em xxxxx, faz-se necessária e com extrema urgência a
regularização da representação legal das menores, com a presente AÇÃO DE
MODIFICAÇÃO DE GUARDA das meninas a favor da avó paterna, ora autora,
regularizando assim a guarda fática que já a exerce, como se comprova também
através da Declaração do Conselho Tutelar anexa, passando a titularidade das
netas à avó ora requerente.

3. DA NECESSIDADE DO PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE


URGÊNCIA

A Lei 8.069/90 do ECA, sobre a questão da guarda dispõe que:

Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à


criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros,
inclusive aos pais. (Vide Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida,


liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de
adoção por estrangeiros.

§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção,


para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou
responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos
determinados.

§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para


todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.

O Código de Processo Civil autoriza o Juiz conceder a tutela de urgência quando


“probabilidade do direito” e o “perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo”, vejamos o dispositivo que prevê isso:
“CPC - Art. 300 – A tutela de urgência será concedida quando houver elementos
que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.”

Assim, a PROVA INEQUÍVOCA está demonstrada: a) pela relação de parentesco


da REQUERENTE com as menores; b) pelo conteúdo probatório constante dos
autos que deram a guarda judicial unilateral ao genitor dos infantes, que morava
com a autora; c) o falecimento do guardião, genitor das crianças; d) no direito e
dever da Requerente de prover condições ideais de qualidade de vida às suas netas;
e) no disposto no art. 70 do E.C.A. que afirma que “é dever de todos prevenir a
ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente.”

À corroborar ainda, a autora tem a declaração do Conselho Tutelar


responsabilizando-a pelas crianças, até a representação judicial, sob as penas do
art 236, do ECA, Lei 8069/90.

Nesse sentido, tem decidido os tribunais, a saber:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE GUARDA DE MENOR. DECISÃO


QUE CONCEDEU A GUARDA PROVISÓRIA AOS AVÓS MATERNOS DA
CRIANÇA. CABIMENTO. Em se tratando de guarda, deve prevalecer sempre o
interesse do menor. No caso concreto, as provas dos autos atestam que os avós
maternos apresentam melhores condições de proporcionar um desenvolvimento
saudável à infante, sendo imperiosa a modificação da guarda. NEGADO
SEGUIMENTO AO RECURSO. (TJRS. Agravo de Instrumento Nº 70023706831,
Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Claudir Fidelis
Faccenda, Julgado em 10/06/2008)

“AGRAVO. PEDIDO DE GUARDA. MOSTRA-SE MAIS RECOMENDÁVEL A


PERMANÊNCIA DA MENOR COM O AVÔ PATERNO, POR QUEM NUTRE
FORTE AFETO, EIS QUE GENITORA NÃO VEM DESENVOLVENDO A
CONTENTO AS FUNÇÕES MATERNAS. DESPROVERAM. UNÂNIME.”
(Agravo de Instrumento Nº 70005560982, Sétima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Julgado em 12/03/2003).

Neste sentido, requer a Concessão da liminar para fixar a guarda das menores à
requerente, a fim de que estas permaneçam na responsabilidade da avó até a
decisão final deste juízo.

4. DO DIREITO

É sabido que a sentença sobre guarda de menores não transita em julgado


materialmente e pode ser modificada, na ocorrência de circunstâncias
supervenientes e segundo convier aos interesses do menor.

Tendo em vista que as crianças já se encontram sob a guarda fática da avó desde o
falecimento do genitor delas, ora requerido, estando totalmente adaptadas e
demonstrando interesse em permanecer com a guarda definitiva das menores, vem
requerer a modificação da guarda a favor da requerente.

O art. 33 § 2º do ECA traz em sua redação

§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção,


para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou
responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos
determinados”.

A jurisprudência pátria entende que ao ser concedida a guarda, devem ser


observados, em primeiro lugar, os interesses dos menores, senão vejamos:

CIVIL. FAMÍLIA. GUARDA JUDICIAL PREVALECE O INTERESSE DA


MENOR. Nas decisões sobre a guarda de menores, deve ser preservado o interesse
da criança, e sua manutenção em ambiente capaz de assegurar seu bem estar físico
e moral, sob a guarda de pais ou de terceiros. (Resp nº 686.709 PI - Turma do STJ
- Relator Ministro Humberto Gomes de Barros).

Estando, portanto, preservados os interesses das menores e estando a requerente


com a posse das meninas, impõe-se a concessão do presente pedido.

5. DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer:

1 - Seja concedida a requerente o benefício da justiça gratuita, por ser legalmente


necessitada, nos termos da lei nº 1.060/50;

2 - A Concessão liminar da guarda das menores à requerente, a fim de estas


permaneçam na responsabilidade da avó paterna até a decisão final deste juízo;

3 - A realização do estudo social e psicológico, se o caso, a ser feito por


profissionais especializados;

4 - A designação de audiência para a oitiva da requerente e das testemunhas


posteriormente a serem arroladas;

6 - A intimação do Ilustre representante do Ministério Público;

7 - Ao final, seja julgado totalmente procedente o pedido de modificação de guarda


sendo conferida a Requerente a guarda das menores xxxxxxx e xxxxx

8 - Requer a produção de todos os meios de provas admitidas em direito,


especialmente pela documental em anexo, depoimento pessoal dos requerentes, e
testemunhal abaixo arrolada.
Dá-se à presente causa o valor de R$ 1.000,00 para fins fiscais.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

São Paulo, xxx de xxxx de 2xxxx

Dra Roseane Diniz

OAB/SP xxxx

Ação de substituição de curatela com


pedido de antecipação de tutela (NCPC)
Petição Previdenciária

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA


__ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE CIDADE – UF

NOME DO AUTOR, qualificação completa, representado por seus procuradores


abaixo firmados, vem à presença de Vossa Excelência propor

AÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO DE CURATELA COM PEDIDO DE


ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

em face de seu irmão, NOME DO INTERDITANDO, qualificação completa, pelos


fundamentos fáticos e jurídicos que ora passa a expor:

DOS FATOS

O Demandado é portador de importantes patologias psiquiátricas, o que já foi objeto de


apreciação judicial, culminando na interdição proferida nos autos do processo n.º
XXX/X. XX. XXXXXXX-X, nomeada curadora a mãe de XXXXXXXXXX, a Sra.
XXXXXXXXXX.

Ocorre que a Sra. XXXXXXXX veio a falecer em 14/02/2016, o que se comprova da


certidão anexa.

Deste modo, havendo a necessidade de regularização e nomeação de novo curador ao


Requerido, vem o seu irmão a juízo postular seja nomeado ao encargo.

A saber, o pai das partes já é falecido de longa data, conforme certidão anexa (Sr.
XXXXXXXXXXXX – falecido em 27/12/2001).
Ademais, as duas irmãs das partes, as senhoras XXXXXXXX e XXXXXXXX,
concordam com a nomeação do Postulante ao encargo, o que se infere das declarações
anexas, firmadas em tabelionato de notas.

Deste modo, pelo vínculo afetivo e de parentesco, o irmão, ora Requerente, é a pessoa
mais indicada ao encargo, sendo mister sua nomeação como curador do Demandado.

Ademais, considerando que o Sr. XXXXXXXXXXXX já é interditado, com decisão


transitada em julgado e anotada em seu registro civil, não se faz necessária maior
dilação probatória, pois já foi reconhecida pelo Poder Judiciário a necessidade de ele ser
curatelado, de modo que ora só faz-se necessária a nomeação de curador, diante do
óbito da atual.

DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

A pretensão da parte Autora encontra respaldo legal nos artigos 1.767, I, do Código
Civil e 747, II, do Novo Código de Processo Civil, que assim dispõem (grifei):

Código Civil

Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:

I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário


discernimento para os atos da vida civil;

(...)

Novo Código de Processo Civil

Art. 747. A interdição pode ser promovida:

[...]

II - pelos parentes ou tutores;

Assim, já sendo sabida a necessidade de o Requerido ser representado por curador,


diante das patologias mentais a que acometido, se faz imperativo o ajuizamento do
presente. Aliás, o pedido está de acordo com a legislação relacionada, sendo o irmão a
pessoa mais adequada para representar o Requerido (diante do óbito dos pais).

ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

A tutela de urgência tem previsão no art. 300 do Novo Código de Processo Civil, e será
deferida quando houver elementos que evidenciem a grande probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Disto se infere que, havendo elementos que comprovem o direito pretendido e


ocorrendo risco de lesão com a demora do provimento jurisdicional, deve ser deferido
antecipadamente o objeto postulado.
A probabilidade do direito está demonstrada pelos documentos anexados ao presente,
considerando que o Sr. XXXXXXXXXXXX já é interditado. Fica comprovado não
apenas isto, como o falecimento de seus pais, e a anuência das irmãs com o presente
pedido.

O perigo de dano se configura pelo fato de que se o Demandado não tiver novo curador
nomeado, exercerá livremente as atividades da vida civil, podendo efetuar negócios
jurídicos que tragam não só prejuízo para si, mas também para terceiros.

Neste sentido, resta demonstrada a urgente necessidade de que sejam antecipados os


efeitos da tutela pretendida, concedendo provisoriamente a curatela do Demandado a
seu irmão, ora Postulante.

DO PEDIDO

EM FACE DE TODO O EXPOSTO,

REQUER a Vossa Excelência:

a) O recebimento e o deferimento da presente peça inaugural, bem como a concessão da


Assistência Judiciária Gratuita, por ser a parte Autora pobre na concepção legal do
termo;

b) A título de Antecipação de Tutela, nomeie PROVISORIAMENTE o Postulante


como Curador do Requerido, até que a decisão de Vossa Excelência se torne definitiva;

c) Seja procedida a citação do Requerido, para que apresente defesa, querendo;

d) A intimação do Ministério Público, em se tratando de interesse de incapaz;

e) Pretende provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, em


especial o pericial, documental e testemunhal;

f) Decrete a substituição de curador do Requerido, nomeando o Autor como titular do


encargo.

Nesses Termos;

Pede Deferimento.

Dá à causa o valor de alçada.

___________, ______ de ________________ de 20___.

NOME DO ADVOGADO

OAB/UF XX. XXX

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