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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA

DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DO FORO REGIONAL “V” SÃO MIGUEL


PAULISTA COMARCA DE SÃO PAULO - SP

ROGÉRIO LOPES FILHO, brasileiro, solteiro,


desempregado, portador da cédula de identidade RG nº 41. 482.808, inscrito no
CPF sob o nº 231.150.198-40, residente e domiciliado na Rua José de Azevedo
Marx, 255, Vila São Domingos, São Paulo/SP - CEP: 03280-010, representado
por sua advogada que a esta subscrevem, pertencente ao NÚCLEO DE
PRÁTICA JURÍDICA DA ESCOLA PAULISTA DE DIREITO - EPD, sendo o
escritório sediado na Avenida Liberdade, nº 956, Liberdade, São Paulo/SP –
CEP: 01502-001. Para onde desde já requer que sejam enviadas todas as
notificações e intimações processuais, vem respeitosamente perante Vossa
Excelência, com fundamento no que dispõe os artigos 227 da Constituição
Federal e 1.583 e 1.584 do Código Civil, artigo 693 e seguintes do Código de
Processo Civil, e a Lei 8.069/90 (ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente),
nos argumentos de fato e de direito a seguir aduzidos, requerer a propor a
presente:

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.
em face de PALOMA RAFAELE BUENO, menor impúbere, representada por
sua genitora FERNANDA BUENO, brasileira, solteira, demais dados são
desconhecidos, residentes e domiciliadas na pelos fatos e fundamentos que se
seguem:

I – DA JUSTIÇA GRATUITA

O requerente pleiteia pelos benefícios da Justiça Gratuita


assegurados pela Constituição Federal, artigo 5 º, LXXIV e Lei Federal 1060/50,
tendo em vista que, conforme os documentos juntados, acompanhados do
Estudo Sócio Econômico e Parecer Social expedido pelo Núcleo de Prática
Jurídica da Escola Paulista de Direito, assinado pela respectiva assistente social,
credenciada ao Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo 9º Região, dão
conta de que o assistido se enquadra nos respectivos critérios para deferimento
do benefício da justiça gratuita, visto que a autora não possui condições
financeiras de arcar com as custas do processo sem prejuízo do seu sustento
próprio e de sua família.

Esse é o posicionamento da jurisprudência:

“Agravo de Instrumento. Decisão recorrida denegou à


agravante, os benefícios da Justiça Gratuita. –
Irresignação - O juiz só pode indeferir o pedido de
concessão da benesse, se houver nos autos elementos que
evidenciem a falta dos pressupostos legais para a
concessão. Inteligência do artigo 99, §2º, NCPC. No caso
sub judice, há nos autos prova de que a autora não possui
condições financeiras para arcar com custas do processo,
sem prejuízo próprio ou de sua família. Demais disso, a
mera constituição de advogado não permite, por si só,
como, aliás, dá conta o art. 99, § 4º., do CPC, inferir que a

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.
parte não faça jus à gratuidade judiciária. Por fim,
segundo o § 3º., do art. 99, do NCPC, presume-se
verdadeira a alegação de hipossuficiência econômica
deduzida exclusivamente por pessoa natural, caso dos
autos. Destarte, o deferimento da benesse é medida que se
impõe. Recurso provido. 1 .TJSP; Agravo de
Instrumento 217969550.2018.8.26.0000; Relator (a): Neto
Barbosa Ferreira; Órgão Julgador: 29ª Câmara de Direito
Privado; Foro de São Sebastião - 2ª V.CÍVEL; Data do
Julgamento:

05/02/2019; Data de Registro: 05/02/2019”.

II – DOS FATOS

O autor manteve um relacionamento pelo período de 11


anos com a mãe da menor, advindo desta união dois filhos, quais sejam Pedro
Rafael Bueno Loes e Paloma Rafaele Bueno.

Apenas a menor Paloma Rafaele Bueno não foi registrada,


contudo, a menor não foi registrada antes porque o genitor estava recluso, e
agora com a finalidade de assumir a paternidade da filha e com intuito de
criar relacionamento com a menor, atualmente a Paloma Rafaele Bueno está
com 3 (três) anos e continua sem vínculo com o pai.

O pai deseja regularizar a visita, a genitora da menor


sempre coloca obstáculo para visita e com isso para ter uma aproximação com a
menor o genitor deseja que seja feito a guarda compartilhada, deseja participar
ativamente da vida da filha como passeios, reuniões escolares.

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.
Pensando no bem estar e no direito, o requerente visa
regulamentar a visita assistida entre a filha, para que a filha tenha a
oportunidade de convivência com o pai.

VII - DO DIREITO

A Constituição Federal, em seu artigo 227, caput,


estabelece que:

Artigo 227.  É dever da família, da sociedade e do Estado


assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a
salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.

A Suprema Legislação em seu dispositivo busca a


efetivação plena e integral dos direitos das crianças e adolescentes, assim que o
melhor interesse da criança seja sempre prioridade.

Preconiza o artigo 1.583, § 1.º, do Código Civil,


quanto ao deferimento da guarda, no caso em tela, pois a Requerente é parte
legítima, para proteger, cobrar e oferecer cuidado ao filho, conforme segue:

Artigo 1.583. A guarda, unilateral ou compartilhada,


poderá ser:

§ 1o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um


só dos genitores ou a alguém que o substitua (...)

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.
Aplica-se, neste caso, as disposições legais insertas
no artigo 33, §º1 da Lei n. 8.069/99 (ECA-Estatuto da Criança e do Adolescente),
que prevê:

Artigo 33. A guarda obriga a prestação de assistência


material, moral e educacional à criança ou adolescente,
conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros,
inclusive aos pais.

§º1 A guarda destina-se a regular a posse de fato.....[...]

É certo que o deferimento judicial de guarda visa,


precipuamente, regularizar a situação de fato existente, para que assim, a
genitora continue a prestar toda assistência necessária a menor, em especial
afeto, educação, segurança e saúde.

No mesmo sentido, reza o Estatuto da Criança e do


Adolescente que:

Artigo. 17 – O direito ao respeito consiste


na inviolabilidade da integridade física, psíquica e
moral da criança e do adolescente, abrangendo a
preservação da imagem, da autonomia, dos valores, ideias e
crenças, dos espaços e objetos pessoais.

Artigo. 18 – É dever de todos velar pela dignidade da


criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer
tratamento desumano, violento, aterrorizante,
vexatório ou constrangedor.

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.
VIII– DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

O autor desde já, nos termos do artigo 334 do Código


de Processo Civil manifesta que POSSUI interesse, na designação de audiência
de conciliação.

IX - DAS PROVAS

Provará o alegado e o que for necessário, usando de


todos os meios de prova permitidos em direito, em especial pela juntada de
novos documentos, oitiva de testemunhas, perícias, depoimentos e demais que
se fizerem necessários para a instrução do presente feito.

X – DO PEDIDO

Diante do exposto, requer:

a) Requer-se a concessão da TUTELA DE


URGÊNCIA, a fim de que seja deferida A GUARDA PROVISÓRIA da menor
PALOMA RAFAELE BUENO, em favor do Requerente, nos termos do Artigo
300 do Código de Processo Civil;

b) A intimação do D. Representante do
Ministério Público para acompanhar o feito;

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.
c) A concessão dos benefícios da assistência
judiciária gratuita, por ser o Requerente pessoa pobre, na acepção jurídica do
termo, conforme declaração anexa e cópia de sua CTPS;

d) A citação do Requerido, para querendo,


apresentar defesa no prazo de 15 (quinze), dias nos termos do Artigo 355 do
Código de Processo Civil, sob pena de revelia e que sejam deferidos ao Oficial
de Justiça os benefícios previstos no artigo 212 § 2º do Código de Processo
Civil;

e) A procedência da ação, para que ao final seja


confirmada a Tutela de Urgência, com a expedição do termo de guarda
compartilhada em favor do Requerente e o regime de visitas conforme
estipulados na inicial;

f) Nos termos do Artigo 334 do Código de


Processo Civil, manifesta o interesse na designação da audiência de
conciliação;

g) Com fundamento no disposto no artigo 272, §

5º do Novo Código de Processo Civil, requer, sob pena de nulidade, que todas
as notificações, intimações e publicações sejam realizadas em nome do
advogado Dr.ª MARINGELA DE JESUS PURCINO OAB/SP 446.375.

XII – DO VALOR DA CAUSA

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.212,00 (um mil,
duzentos e doze reais), para efeitos meramente fiscais e de custas.

Nestes termos,

pede deferimento.

São Paulo, 08 de julho de 2022.

MARIÂNGELA DE JESUS PURCINO


OAB/SP 446.375

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.

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