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AO DOUTO JUÍZO DA _ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE GOIÂNIA-GO

ERCILENE FERREIRA DA SILVA, brasileira, solteira, atendente, inscrita

no CPF n° 011.997.831-88, portadora do RG n°4081902 – 2º Via - SSP/GO,

residente e domiciliada na Rua Benedito Cândido Pereira, Qd. 11, Lt. 12,

Solange Park, Goiânia-GO, CEP 74.484-150, representada em juízo por seus

advogados (procuração em anexo) com endereço e eletrônico constantes

no rodapé, onde recebem as intimações e comunicações de costume, vem

encarecidamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente:

AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA DE FILHOS


MENORES C/C PEDIDO DE ALIMENTOS

Em face de DIVINO ETERNO DA LUZ, brasileiro, autônomo, CPF nº

476.993.531-53, residente e domiciliado na Rua R-05, quadra 56, lote 04,

Setor Rodoviário, na cidade de São Luiz de Montes Belos - Goiás.

I - DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA

Em razão das condições financeiras da requerente,

devidamente comprovada na Declaração de Hipossuficiência (em anexo)

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bem como na Declaração Anual de Isento (em anexo), solicita-se os

benefícios da gratuidade da justiça conforme disposição legal do art. 98 do

CPC/15.

II – DOS FATOS

Trata-se de ação de regulamentação de guarda c/c alimentos com

pedido de liminar, proposta por ERCILENE FERREIRA DA SILVA, em

benefício dos filhos menores impúberes, PRYSCILA VITÓRIA DA SILVA LUZ

e VITHOR HUGO DA SILVA LUZ, em face de seu genitor, DIVINO ETERNO

DA LUZ devido a omissão deste na prestação de ajuda material aos filhos.

II.a) DO VÍNCULO PATERNO

Primeiramente, atesta-se o vínculo paterno do Requerido mediante

a apresentação das certidões de nascimento datadas respectivamente de

27/02/2006 e 03/10/2007, devidamente registradas no 2° Registro Civil e

Tabelionato de Notas de Goiânia-GO, sob os números de matrícula:

024919.01.55.2006.1.0.1877.155.0385555.92

024919.01.55.2007.1.0.1962.104.0402504.69

II.b) DO PEDIDO DE REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA DOS FILHOS

Os filhos menores estão há mais de ano sob a guarda da genitora, a

Sra. ERCILENE FERREIRA DA SILVA, motivo pelo qual a mesma pretende

regulamentar a guarda definitiva dos filhos menores.

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Pela insistência do Requerido em permanecer distante do filho,

entende-se que este nega, mediante sua conduta, a guarda compartilhada,

levando a Genitora requerer o pedido de guarda unilateral, não ficando

excluída a possibilidade de definir, em comum acordo, visitas

supervisionadas para que o pai possa ver a criança.

II.c) DAS NECESSIDADES DOS ADOLESCENTES E DA GENITORA

Nobre Julgador, como é de conhecimento geral, uma adolescente

de 12 e outro de 13 anos possui necessidades diversas e dispendiosas,

gerando extrema dificuldade para a genitora arcar sozinha com tais gastos.

Cumpre informar, também, que ela esta não possui emprego fixo e,

portanto, não tem previsibilidade a sua remuneração. Dessa forma, os

adolescentes e a mãe ficam extremamente prejudicadas com a atitude do

Requerido em não contribuir, mesmo tendo capital suficiente para isso.

III. DOS FUNDAMENTOS

O dever de alimentar dos pais está previsto expressamente no art.

2291 da Constituição Federal. Ademais a isso, expressa no mesmo sentido

o art. 1.634, I2 do Código Civil de 2002. Percebe-se, nessa seara, que este é

1
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o
dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
2
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do
poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos:
(...)
I - dirigir-lhes a criação e a educação;

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tema caro às legislações nacionais, devendo estes dispositivos serem

interpretados sob a luz do princípio do melhor interesse da criança.

Diversas são as disposições legislativas que visam regulamentar o

dever de sustentar dos pais, dispondo em consonância aos textos já

mencionados, o art. 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente, in verbis:

Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e


educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse
destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações
judiciais.

Percebe-se, desta forma, que compete ao Requerido prover o sustento

dos filhos em medida condizente com sua renda.

a) DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

Conforme disposto pela Lei n° 5.478/68 (Lei de Alimentos),

especificamente em seu art. 4°, a tutela provisória de urgência cabe

devidamente nas ações de alimentos. Senão, vejamos:

Art. 4° Ao Despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos


provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não necessita.

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Portanto, além da disposição legal em tal sentido, apresenta-se

também o periculum in mora ao evidenciar a constante dilapidação no

patrimônio da genitora ao arcar, por conta própria e sozinha, com todos os

custos da criança. Ademais a isso, fica evidente o fumus boni juris da

questão avençada, por se tratar de direito presumível da criança ao ficar

devidamente comprovado o vínculo paterno e a sua necessidade.

b) DA GUARDA UNILATERAL

Com o intuito de resguardar os adolescentes de quaisquer

problemas que possam ocorrer pela falta da regulamentação de sua

guarda, insistimos a este Douto Juízo que, diante do abandono material e

afetivo realizado pelo Genitor, a guarda seja concedida em favor à genitora

do Requerido, por força do disposto no art. 1.584, II do Diploma Civil

Brasileiro, que dispõe da seguinte forma:

Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:


(...)
II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas
do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao
convívio deste com o pai e com a mãe.

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Ficando evidente, pelo exposto nesta exordial, que a guarda

unilateral promoverá maior segurança jurídica para o Requerente e sua

genitora, requer-se que seja definida em favor da mãe pelos motivos de

fato e de direito expostos acima.

IV - DOS PEDIDOS

Em razão dos fatos acima demonstrados bem como sua

fundamentação, solicita-se:

a. os benefícios da gratuidade da justiça para todas as custas

processuais que dele possam advir, de acordo com o art. 98 do CPC/15;

b. o acolhimento da guarda unilateral em favor da genitora.

c. a concessão dos alimentos provisórios no valor de DOIS

salários mínimos (R$ 1.996,00) em favor dos filhos menores (sendo um

salário para cada filho), a serem pagos pelo requerido;

d. a citação e intimação do requerido para apresentar, no prazo

legal, a contestação;

e. a audiência de mediação, uma vez que a requerente manifesta

o interesse em sua realização;

f. as respectivas UHD´s para o advogado dativo;

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g. a condenação do Requerido ao pagamento das custas

processuais e honorários advocatícios a serem fixados por este respeitável

juízo nos termos do art. 85, § 2o do Código de Processo Civil;

h. que poderão ser utilizados, para demonstrar os fatos

alegados, TODOS OS MEIOS DE PROVAS GARANTIDOS POR LEI.

DÁ-SE A CAUSA O VALOR DE: R$ 23.952,00 (vinte e três mil

novecentos e cinquenta e dois reais)

Nestes termos, pede o deferimento

Goiânia, 26 de setembro de 2019

Frederico de Castro Silva Tatiany Rodrigues


OAB/GO nº 27341 OAB/GO nº 56548

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