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Kostelnik | Gregory | Soderman | Whiren

Marjorie J. Kostelnik

GUIA DE Kara Murphy Gregory


Anne K. Soderman
OUTRAS OBRAS
ATKINSON E HILGARD _

APRENDIZAGEM E Alice Phipps Whiren INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA


Tradução da 15ª edição norte-americana

GUIA DE
DESENVOLVIMENTO Marjorie J. Kostelnik | Kara Murphy Gregory
Anne K. Soderman | Alice Phipps Whiren
Susan Nolen-Hoeksema, Barbara L. Fredrickson,
Geoff Loftus, Willem A. Wagenaar

SOCIAL DA CRIANÇA Tradução da


7ª edição norte-americana
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO _
INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

APRENDIZAGEM E
Tradução da 8ª edição norte-americana
David R. Shaffer e Katherine Kipp

ORIENTAÇÃO INFANTIL

DESENVOLVIMENTO
Tradução da 6ª edição norte-americana
Os capítulos deste Guia de aprendizagem e desenvolvimento social, juntos, compõem uma imagem completa das crianças, tanto

DESENVOLVIMENTO SOCIAL DA CRIANÇA


Darla Ferris Miller
do ponto de vista social como das práticas utilizadas por profissionais em sala de aula, para potencializar o desenvolvimento e a
aprendizagem social das crianças. São abordadas aqui áreas de estudo tradicionais, como autoestima, agressão, tomada de TRANSTORNOS DE COMPORTAMENTO NA INFÂNCIA _

SOCIAL DA CRIANÇA
decisões, regras e consequências, além de temas mais atuais, como comunicação de bebês, crianças de até 3 anos, ESTUDO DE CASOS
Tradução da 4ª edição norte-americana
autorregulação, resiliência, amizade, bullying e apoio ao comportamento positivo. Cada capítulo, considerado separadamente,

GUIA DE APRENDIZAGEM E
Christopher A. Kearney
oferece uma revisão profunda da literatura baseada em dados de pesquisa em diversos campos, como psicologia, fisiologia,
educação, fonoaudiologia e medicina. A sequência dos capítulos foi cuidadosamente planejada para que cada um sirva de base
para o capítulo seguinte.
Com linguagem clara e direta esta obra estabelece conexões entre texto e crianças de “carne e osso” por meio de exemplos da
vida real que ilustram os conceitos e as relativas habilidades. Este estudo compreende o desenvolvimento social de crianças do Tradução da 7ª edição norte-americana
nascimento aos 12 anos, com ênfase em crianças com até 8 anos.

APLICAÇÕES
Livro-texto indicado para os cursos de Psicologia Social, Técnicas de Observação do Comportamento, Psicologia Escolar e
Educacional, Clínica Infantil e Pedagogia. Para estágio, pode ser utilizado em clínica infantil e em psicologia escolar.
Recomendado também para todos aqueles que trabalham com crianças.

ISBN 13: 978-85-221-1166-4


ISBN 10: 85-221-1166-9

Para suas soluções de curso e aprendizado, 9 788522 111664


visite www.cengage.com.br
Livro disponível gratuitamente para download no site:
www.servicosocialparaconcursos.com
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Guia de aprendizagem e
desenvolvimento social
da criança
Tradução da 7a edição norte-americana

Marjorie J. Kostelnik, Ph.D.


University of Nebraska-Lincoln

Kara Murphy Gregory, Ph.D.


Michigan State University

Anne K. Soderman, Ph.D.


Michigan State University

Alice Phipps Whiren, Ph.D.


Michigan State University

Tradução
All Tasks

Revisão técnica
Maévi Anabel Nono
Graduada em Pedagogia. Mestre e doutora em Educação pela UFSCar. Docente
do Departamento de Educação do Campus de São José do Rio Preto da Unesp.

Austrália • Brasil • Japão • Coreia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos
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Sumário

Prefácio IX O surgimento da competência em comunicação 42


Proezas sociais das crianças de 0 a 3 anos 45
Capítulo 1
Crianças com necessidades especiais 47
Fazer diferença na vida das crianças 1
Habilidades para estabelecer relações sociais positivas
As crianças no mundo social 2 com crianças de 0 a 3 anos 48
As habilidades e o conhecimento social das crianças 2 Evite as armadilhas 54
Competência social 2 Resumo 55
Desenvolvimento e competência social 6 Palavras-chave 56
Aprendizagem e competência social 9 Questões para discussão 56
O ambiente social 11 Tarefas de campo 56
Seu papel na promoção da competência social da
criança 17 Capítulo 3
Práticas adequadas ao desenvolvimento e à Construir relações positivas por meio da
competência social 20 comunicação não verbal 59
Uma estrutura para a orientação da aprendizagem e do Funções da comunicação não verbal 60
desenvolvimento social das crianças 22 Canais da comunicação não verbal 62
Estrutura dos capítulos 24 Fortalecer as relações não verbais 72
Resumo 25 Comunicar autoridade e segurança por meio do
Palavras-chave 25 comportamento não verbal 75
Questões para discussão 26 O impacto negativo das mensagens mistas 76
Tarefas de campo 26 Enfrentar os desafios não verbais 77
Como as crianças adquirem habilidades não verbais 77
Capítulo 2 O papel dos adultos na promoção da competência
Estabelecer relações positivas com crianças social das crianças por meio do comportamento
de 0 a 3 anos 27 não verbal 79
Empenhar-se em relações positivas com crianças Habilidades para desenvolver relações positivas com as
de 0 a 3 anos 28 crianças de modo não verbal 79
Os sinais que as crianças de 0 a 3 anos enviam 31 Evite as armadilhas 83
Individualização e socialização 37 Resumo 84
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VI Guia de aprendizagem e desenvolvimento social da criança

Palavras-chave 84 Habilidades para desenvolver resistência ao estresse e


Questões para discussão 84 resiliência nas crianças 171
Tarefas de campo 85 Evite as armadilhas 174
Resumo 177
Capítulo 4
Palavras-chave 177
Como as crianças desenvolvem uma noção positiva
Questões para discussão 177
do self por meio da comunicação verbal 87
Tarefas de campo 178
O self emergente 88
Como os adultos podem ajudar as crianças a ter uma Capítulo 7
noção positiva do self 95 Brincar: um contexto para o desenvolvimento e a
Estabelecimento de um ambiente verbal positivo 98 aprendizagem social 179
Habilidades para promoção da autoconscientização e A natureza do brincar 180
autoestima das crianças por meio da comunicação Tipos de brincar 184
verbal 110 Habilidades para apoiar, promover e ampliar o brincar
Evite as armadilhas 113 das crianças 201
Resumo 116 Evite as armadilhas 207
Palavras-chave 117 Resumo 209
Questões para discussão 117 Palavras-chave 209
Tarefas de campo 118 Questões para discussão 210
Tarefas de campo 210
Capítulo 5
Apoio ao desenvolvimento e à aprendizagem Capítulo 8
emocional da criança 119 Apoio necessário às relações de amizades das
De onde vêm as emoções? 120 crianças 211
Por que as emoções são importantes 120 Relações e interações 212
Desenvolvimento emocional das crianças 121 Variáveis que influenciam as amizades das crianças 214
Desafios que as crianças enfrentam ao lidarem com as As ideias das crianças sobre a amizade 217
emoções 134 As preocupações do adulto em relação à amizade 223
Formas adequadas de responder às emoções das Estágios da amizade 226
crianças 136 As estratégias dos adultos para dar apoio e
Habilidades para apoiar a aprendizagem e incrementar as relações de amizade das
desenvolvimento emocional das crianças 139 crianças 228
Evite as armadilhas 145 Habilidades para dar apoio às relações de amizade das
Resumo 146 crianças 233
Palavras-chave 146 Evite as armadilhas 239
Questões para discussão 147 Resumo 240
Tarefas de campo 147 Palavras-chave 241
Questões para discussão 241
Capítulo 6
Tarefas de campo 241
Construir resiliência em crianças 149
Definição de resiliência 150 Capítulo 9
Como são as crianças resilientes? 150 Como estruturar o ambiente físico: um meio para
A influência do estresse, dos fatores de risco e da influenciar o desenvolvimento social das crianças 243
adversidade sobre a resiliência 151 Como estruturar espaço e materiais 244
Desastres naturais, guerra, terrorismo e violência 160 A estruturação do tempo 257
Como desenvolver a resistência ao estresse e a Habilidades para influenciar o desenvolvimento social
resiliência em crianças 162 das crianças por meio da estruturação do ambiente
Trabalhar em parceria com as famílias no físico 263
desenvolvimento da resiliência 170 Evite as armadilhas 269
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Sumário VII

Resumo 270 Capítulo 12


Palavras-chave 271 Como lidar com o comportamento agressivo das
Questões para discussão 271 crianças 337
Tarefas de campo 271 Definição de agressão 338
Capítulo 10 Por que as crianças são agressivas 339
Promoção da autodisciplina nas crianças: Surgimento da agressão 341
comunicar expectativas e regras 273 Estratégias ineficazes que os adultos utilizam para
lidar com o comportamento agressivo
O que é autodisciplina? 274
das crianças 343
Processos de desenvolvimento que influenciam a
Como abordar com eficácia a agressão
autodisciplina 277
na infância 346
Como o estilo disciplinar do adulto afeta a conduta
Modelo para mediação de conflito 351
das crianças 284
Quando a agressão se transforma em bullying 355
Exponha suas expectativas 289
Habilidades para lidar com comportamento
Habilidades para expressar expectativas e regras para
agressivo 359
as crianças 299
Evite as armadilhas 363
Evite as armadilhas 302
Resumo 365
Como combinar mensagens pessoais com outras
Palavras-chave 366
habilidades que aprendeu 304
Questões para discussão 366
Resumo 305
Tarefas de campo 366
Palavras-chave 305
Questões para discussão 305 Capítulo 13
Tarefas de campo 306 Promoção do comportamento pró-social 367
Capítulo 11 Comportamento pró-social e crianças 368
Autodisciplina em crianças: implementação de Influências sobre o comportamento pró-social das
soluções e consequências 307 crianças 372
Habilidades para promover o comportamento
Uso de consequências para promover a competência
pró-social em crianças 379
social 308
Evite as armadilhas 385
Problemas de comportamento e suas possíveis
Resumo 387
soluções 308
Palavras-chave 387
Consequências 310
Questões para discussão 387
Combinação de advertência e seguimento com a
Tarefas de campo 388
mensagem pessoal 318
Onde as consequências se encaixam em seu repertório Capítulo 14
diário de estratégias de orientação 321 Incentivar atitudes saudáveis relacionadas à
Necessidade de intervenção intensiva sexualidade e à diversidade 389
individualizada 322 Desenvolvimento psicossexual das crianças 390
Adaptação de regras e consequências para crianças Identidade étnica, preferências e atitudes
com necessidades especiais 326 das crianças 395
Habilidades para implementar consequências 328 Inclusão das crianças com necessidades especiais 398
Evite as armadilhas 332 Habilidades para incentivar atitudes saudáveis quanto
Resumo 334 à sexualidade e à diversidade 410
Palavras-chave 334 Evite as armadilhas 415
Questões para discussão 334 Resumo 416
Tarefas de campo 335 Palavras-chave 417
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VIII Guia de aprendizagem e desenvolvimento social da criança

Questões para discussão 417 Evite as armadilhas 445


Tarefas de campo 418 Resumo 447
Palavras-chave 447
Capítulo 15
Questões para discussão 447
Julgamentos e decisões éticos 419
Tarefas de campo 448
Variáveis que afetam o julgamento ético 422
Julgamentos sobre comportamento ético 425 Apêndice
Considerações éticas sobre os comportamentos Código de Conduta Ética e Declaração de
extremos das crianças 426 Compromisso 449
Julgamentos éticos relativos a abuso e negligência
Glossário 459
infantil 431
Dimensões éticas do trabalho com as famílias 436 Referências bibliográficas 469
Habilidades para fazer julgamentos éticos 440
Índice 499
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Prefácio

Muitas coisas mudaram desde a primeira edição deste a si mesmas, incrementam suas habilidades de interagir
livro. O mundo tornou-se digital e as pessoas vivem em eficazmente com os outros e ensinam-lhes comporta-
ritmo mais acelerado. A ideia que temos sobre o que mentos socialmente aceitáveis. Essa aprendizagem é fa-
constitui nosso ambiente social expandiu-se de um modo cilitada quando as crianças veem o profissional, ou seja,
que seria difícil imaginar há vinte anos. Mas algumas você, como fonte de conforto, incentivo e orientação
coisas permanecem iguais. As pessoas ainda precisam comportamental. A competência para exercer esses pa-
de relações humanas estreitas para que possam se sentir péis dependerá do conhecimento que você tem sobre o
completas e precisam dominar elementos de compe- desenvolvimento infantil, da habilidade em estabelecer
tência social para atingir o sucesso definitivo na vida. Já relações positivas com as crianças e da compreensão dos
que aspira a trabalhar profissionalmente com crianças princípios relacionados à gestão do comportamento.
menores, é aqui que você entra nessa história. Infelizmente, tanto na literatura quanto na prática,
Todos os dias, as crianças que participam de programas existe quase sempre uma dicotomia entre a potenciali-
destinados à primeira infância interagem com colegas e zação da relação e a gestão do comportamento. Por exem-
com profissionais, e aprendem coisas valiosas sobre as plo, as abordagens que se concentram na potencialização
questões emocionais e sociais relacionadas a elas e às pes- da relação ensinam aos estudantes como demonstrar afe-
soas com quem convivem. Tudo o que você diz e faz tem tuosidade, respeito, aceitação e empatia, mas deixa-os
um impacto enorme sobre as crianças, para o bem e para entregues a si mesmos para imaginar de que modo lidar
o mal. Ao mesmo tempo, elas lhe ensinam coisas novas com comportamentos típicos da infância, tais como cus-
sobre você mesmo, sobre o desenvolvimento infantil, a pir, bater, provocar e fazer amizades. Já as abordagens
vida familiar e a aprendizagem social nos primeiros anos que se concentram no controle do comportamento abor-
da infância. A sétima edição do Guia de aprendizagem e dam, sim, esses últimos, mas quase sempre deixam de
desenvolvimento social da criança ajudará você a aproveitar ensinar o modo de construir uma relação com a criança,
ao máximo essas oportunidades de aprendizagem. ajudá-la a desenvolver estratégias de enfrentamento e
Os professores e cuidadores profissionais têm papel compreender melhor a si mesma e aos outros.
fundamental em razão do apoio emocional e da orien- Neste livro, abordamos todas essas questões com
tação que dão às crianças com quem trabalham. Eles as base em pesquisas, informações e habilidades associadas
ajudam a desenvolver sentimentos positivos em relação tanto à potencialização da relação quanto à gestão do
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X Guia de aprendizagem e desenvolvimento social da criança

comportamento. Reunimos, em uma combinação única, seguir, apresentamos as mudanças principais que você
a teoria desenvolvimental e a comportamental, além da encontrará em todos os capítulos deste livro:
prática que estabelece um terreno comum a ambas, man-
• No Capítulo 1, introduzimos a pirâmide de apoio
tendo, porém, a integridade de cada. Dessa forma, de-
social para descrever as quatro fases de orientação
monstramos que existe um conhecimento factual básico
do comportamento social da criança: (1) estabelecer
que pode ser usado para sustentar o modo como os as-
relações positivas com as crianças, (2) criar ambientes
pirantes a profissionais pensam sobre o desenvolvimento
que dão apoio, (3) ensinar e treinar, e (4) empenhar-
social das crianças e como respondem a ele.
-se em intervenções individualizadas intensivas com
Frequentemente, encontramos estudantes e profissio-
crianças que apresentam comportamentos desafia-
nais cujas interações com as crianças são totalmente in-
dores persistentes. Essa pirâmide aparece em todos
tuitivas. Confiam em respostas “instintivas” e adotam os capítulos para ressaltar de que modo as habilidades
princípios implícitos e incompreensíveis. Abordam a trabalhadas em cada um encaixam-se no programa
orientação infantil como uma variedade de truques que global de apoio social e intervenção.
utilizam indiscriminadamente para atingir objetivos de
• Substituímos mais de um terço das referências an-
curto prazo, como conseguir que uma criança pare de in-
teriores por materiais novos baseados em pesquisas
terromper alguma atividade. Não adotam um conjunto
realizadas entre 2006 e 2011.
de estratégias integradas ou dotadas de objetivos de longo
• Todos os capítulos contêm figuras que destacam os
prazo, como ensinar uma criança a atrasar a gratificação.
pontos principais.
Já outros conhecem os princípios gerais que regem a
• Os exemplos constituídos por desenhos de crianças
construção de relações e a gestão do comportamento,
são usados com a finalidade de incluir “vozes jovens”
mas têm dificuldade de integrá-los em um plano de ação
no livro.
sistemático e consistente. Mais angustiante ainda para
• Em todos os capítulos, introduzimos uma seção que
nós são aqueles que, por falta de treinamento, concluem
se concentra nos comportamentos desafiadores
que os comportamentos normais que as crianças apre-
que algumas crianças apresentam. Descrevemos um
sentam, como parte do processo de socialização, possam
comportamento desafiador típico (como rejeição
ser de algum modo anômalos ou mal-intencionados. Tais
crônica por parte dos colegas ou o hábito de chora-
indivíduos, além disso, quase nunca conseguem reconhecer
mingar), e, em seguida, os leitores são orientados a
o impacto de seu próprio comportamento sobre as crian-
encontrar “soluções” com base nas habilidades abor-
ças. O resultado é que, quando as crianças não satisfazem
dadas no capítulo.
suas expectativas, pensam que a punição, e não o ensino,
• Os quadros explicativos de todos os capítulos foram
seja adequada à situação. Este livro foi escrito para preen-
simplificados para que seja mais fácil lê-los e com-
cher essas lacunas. Esperamos eliminar boa parte das su-
preendê-los.
posições e das frustrações vividas pelos profissionais do
campo e melhorar as condições sob as quais as crianças A seguir, apresentamos resumidamente as modifi-
são socializadas nos ambientes formalizados de grupo. cações relativas a cada capítulo:
Para conseguir isso, oferecemos fundamentos sólidos ex-
• O Capítulo 1 traz um material novo sobre as dife-
traídos das atuais pesquisas sobre comportamento infantil.
renças culturais na competência social, exemplos de
Traduzimos essas pesquisas para a vida real, conectamos
padrões de estados socioemocionais e uma explicação
esses dados a habilidades que comprovadamente funcio-
elaborada sobre a pirâmide de apoio social. As di-
nam e ajudamos os estudantes a pôr em prática tanto o mensões de ação e facilitação das edições anteriores
conhecimento quanto as habilidades práticas, para que foram abandonadas em prol dessa orientação de
apoiem efetivamente o desenvolvimento e a aprendizagem apoio social.
social das crianças.
• O Capítulo 2 foi completamente reorganizado e re-
formulado, e, nesta edição, enfatiza os bebês e as crian-
■ O que há de novo nesta edição ças de até 3 anos. Nesse capítulo, destaca-se a impor-
tância de aspectos relacionados a afetuosidade,
A sétima edição de Guia de aprendizagem e desenvolvi- aceitação, genuinidade, empatia e respeito (AAGER).
mento social da criança foi profundamente atualizada. A Foram acrescentadas figuras autorreflexivas sobre a
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Prefácio XI

força das relações, métodos de acalmar os bebês e tégias e habilidades para lidar com esse tipo de com-
criação de uma rotina de despedida. portamento.
• O Capítulo 3 estabelece uma forte ligação entre os • O Capítulo 13 apresenta as habilidades pró-sociais.
elementos de uma relação positiva (AAGER) e os • A orientação do Capítulo 14 foi revista em função
relativos comportamentos não verbais que os adultos de literatura mais recente sobre como as crianças
apresentam. Foram acrescentadas explicações mais desenvolvem atitudes saudáveis em relação à sexua-
profundas sobre os componentes não verbais de acei- lidade e à diversidade (a própria e a dos outros).
tação e respeito. Entre as novas habilidades está a de ser um membro
• O Capítulo 4 amplia a discussão sobre o self e os ou- produtivo da equipe no desenvolvimento dos pro-
tros, enfatiza o trio da autoestima (valor, competência gramas de serviços individualizados para famílias e
e controle) e discute como esses elementos se rela- programas de educação individualizada.
cionam para criar um ambiente verbal positivo. Duas • Uma novidade do Capítulo 15 é o modo de incluir
habilidades – narrativas compartilhadas e conversa- profissionais externos nas intervenções individuali-
ção – são apresentadas e descritas em detalhes. zadas intensivas quando as crianças apresentam com-
• No Capítulo 5, há uma seção sobre o analfabetismo portamentos extremos. O capítulo fornece, além
emocional. disso, estatísticas de casos comprovados de abuso in-
• O Capítulo 6 aborda a resiliência e o modo de pro- fantil e negligência, além de outros exemplos de
mover essa qualidade das crianças. crianças desafiadoras.
• O Capítulo 7 concentra-se totalmente no papel que
tem o brincar no desenvolvimento emocional. Essa
abordagem é evidente em todos os aspectos do capí-
■ Apresentação
tulo: teoria, figuras e habilidades. Neste capítulo, en- Os capítulos deste livro, juntos, compõem uma imagem
fatiza-se a importância do adulto no brincar infantil. completa das crianças, do ponto de vista social e das
• No Capítulo 8, descrevem-se os conceitos de ami- práticas que os profissionais utilizam na sala de aula
zade. Destacam-se as etapas que devem ser adotadas para potencializar o desenvolvimento e a aprendizagem
para ajudar as crianças no processo de estreitar ami- social das crianças. Abordamos as áreas de estudo tra-
zades e o modo de realizar esquetes relativos ao tema. dicionais como autoestima, agressão, tomada de decisões,
• No Capítulo 9, usamos figuras e quadros para evi- regras e consequências. E abordamos também temas
denciar a ligação entre os comportamentos de com- mais atuais como comunicação de bebês e crianças de
petência social das crianças e o ambiente físico. O até 3 anos, autorregulação, resiliência, amizade, bullying
capítulo apresenta uma breve discussão da densidade e apoio ao comportamento positivo. Cada capítulo, con-
e seu efeito sobre a interação social. Há também os siderado separadamente, oferece uma revisão profunda
critérios para uma programação diária e as estratégias da literatura baseada em dados de pesquisa em diversos
para avaliar o espaço da sala de aula, de modo a fa- campos (psicologia, fisiologia, educação, medicina, so-
cilitar a interação social. ciologia, ciências do consumo, design de interiores). A
• O Capítulo 10 apresenta uma seção sobre a combi- sequência dos capítulos foi cuidadosamente planejada
nação de mensagens pessoais com outras técnicas de modo que cada um funcione como embasamento
autoritárias de ensino. para o seguinte – conceitos e/ou habilidades simples
• O Capítulo 11 contém vasto material sobre as es- precedem os mais complexos; os capítulos que se con-
tratégias das intervenções individualizadas intensivas centram na potencialização das relações antecedem a
para abordar os comportamentos desafiadores. Dis- discussão da gestão do comportamento.
cutimos a criação de uma equipe de apoio ao com- Em todo o livro, utilizamos um estilo de linguagem
portamento, a avaliação funcional, hipóteses de direto para tornar a leitura mais fácil e atraente. Embora
desenvolvimento de comportamentos, planejamento citemos muitos dados de pesquisas, usamos intencio-
de um plano de apoio para o comportamento e a nalmente a notação entre parênteses, em vez de nos re-
implementação e o monitoramento desse plano. ferirmos constantemente aos pesquisadores pelo nome.
• O Capítulo 12 aborda questões relacionadas à agres- Queremos que os estudantes se lembrem dos conceitos
são instrumental e hostil, além de apresentar estra- que os dados representam e não simplesmente de nomes
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XII Guia de aprendizagem e desenvolvimento social da criança

e datas. Além disso, para ajudá-los a estabelecer as co- adaptar as habilidades em relação às diferentes idades e
nexões entre o que leem e as crianças de “carne e osso”, diferentes níveis de capacidade das crianças.
usamos livremente exemplos da vida real para ilustrar
os conceitos e as relativas habilidades.
O âmbito do estudo compreende o desenvolvimento social
■ Assistência à aprendizagem
de crianças desde o nascimento até os 12 anos, com ênfase
Este livro incorpora diversas características que poten-
particular nas crianças de até 8 anos. Chamamos esse pe-
cializam a aprendizagem dos estudantes: todos os capí-
ríodo de infância. Os alicerces para a socialização são
tulos são introduzidos por uma lista de objetivos, que
lançados durante esses anos de formação. As habilidades
mostra o que terão aprendido ao final de cada segmento.
ensinadas foram especialmente planejadas de modo que
Os objetivos destacam o foco do capítulo. Todos os ca-
levassem em conta as estruturas cognitivas e habilidades
pítulos começam com uma discussão da teoria e da pesquisa
sociais peculiares das crianças dessa idade. Uma vez que
relacionadas ao tema de desenvolvimento social especí-
as crianças vivem e se desenvolvem dentro do contexto
fico, e descrevem também as implicações da pesquisa
da família, da comunidade, do país e do mundo, elas são
tanto para os adultos quanto para as crianças. A parte
constantemente influenciadas por esses contextos que,
principal de cada capítulo apresenta as habilidades pro-
por sua vez, afetam as pessoas e os eventos que estão a
fissionais relevantes em relação ao tema em discussão.
sua volta. Nossa perspectiva é, portanto, ecológica: as
Cada habilidade é desmembrada em uma série de com-
crianças são vistas como seres dinâmicos, em constante
portamentos observáveis que os estudantes podem
mudança dentro de um meio igualmente dinâmico e em
aprender, e os instrutores, avaliar diretamente. Essa seção
constante mudança. Além disso, a experiência nos ensi-
apresenta diversos exemplos para ilustrar ainda melhor
nou que os estudantes aprendem melhor os comporta-
as habilidades em questão. Na parte final do capítulo,
mentos profissionais quando recebem orientações claras
descrevemos os erros comuns (ou armadilhas) que os
e sucintas sobre como realizar um procedimento. Definir
estudantes cometem quando começam a aprender as
um procedimento, dar exemplos e fornecer uma funda-
habilidades, e apresentamos sugestões para evitá-los.
mentação para o seu uso é necessário, mas não suficiente.
Todos os capítulos contêm um resumo que dá uma visão
Assim, nossa abordagem para treinar habilidades é indicar
geral do material apresentado e pode ser útil quando se
ao estudante as estratégias baseadas nas pesquisas que se
deseja rever os conceitos importantes. Os capítulos in-
relacionam ao conteúdo do capítulo. Desmembramos
cluem ainda uma lista de temas para discussão: são per-
essas estratégias em uma série de habilidades discretas e
guntas que estimulam a reflexão e visam ajudar os estu-
observáveis que os estudantes podem pôr em prática.
dantes a sintetizar e aplicar o que leram, por meio de
Ao articularmos os passos específicos envolvidos, fomos
atividades com os colegas. Os capítulos terminam com
diretos e não circunspectos. Esse modo direto e sem ro-
a sugestão de algumas tarefas de campo que os estudantes
deios não implica que as orientações estejam gravadas
podem realizar para praticar e aperfeiçoar as habilidades
na pedra ou que não haja espaço para que os estudantes
estudadas. Essas tarefas podem ser conduzidas de modo
usem criativamente suas habilidades. Prevemos, em vez
independente ou sob a orientação de um instrutor.
disso, que, após aprenderem as habilidades, os estudantes
as internalizem e modifiquem, de acordo com suas ne-
cessidades, personalidade, estilo de interação e circuns- ■ Ao aluno
tâncias. Além do mais, reconhecemos que um dos com-
ponentes importantes do uso correto das habilidades é Este livro oferece a você o conhecimento e as habilidades
determinar, com base na inteira gama disponível, quais necessários para orientar o desenvolvimento e a apren-
alternativas são mais adequadas para determinada situa- dizagem social das crianças em sua prática profissional.
ção. Saber o momento correto de usar e o momento cor- Esperamos que ele seja útil para ampliar seu entusiasmo
reto de evitar é uma habilidade específica tão importante pelo campo e para estimular sua confiança no trabalho
quando a de saber usar. Por esse motivo, discutimos essas com crianças e famílias. Embora possa não conter tudo
questões ao longo de cada capítulo, tanto no corpo do o que precisará conhecer ao longo de sua vida profissio-
texto quanto na seção “Evite as armadilhas”. Também nal, esta obra lhe fornecerá base segura para que possa
incorporamos ao livro orientações específicas sobre como desenvolver seu próprio estilo profissional. Apresenta
Kostelnok 00_Layout 1 16/08/12 05:56 Page XIII

Prefácio XIII

informações e estratégias que, de outro modo, exigiriam dades apenas porque são novas para você. Persista,
anos de experiência. apesar das dificuldades e dos erros, e tome nota do
As autoras desta obra têm vasta experiência no tra- que precisa melhorar. Concentre-se em seu sucesso
balho com crianças, empenhadas em pesquisas e em en- para aperfeiçoar a habilidade e não apenas no que
sinar esse conteúdo a alunos. Por isso, temos consciência não saiu perfeito.
das questões relacionadas ao desenvolvimento social das
crianças que são importantes para os estudantes e é
nelas que nos concentramos. Tentamos também nos an- ■ Agradecimentos
tecipar às perguntas que farão e a algumas das dificul-
Agradecemos às seguintes pessoas as contribuições ao
dades que encontrarão ao trabalhar com este material.
nosso trabalho: Louise F. Guerney, professor emérito da
Pennsylvania State University, e Steven J. Danish, da
■ Sugestões para utilizar o material Commonwealth University of Virginia, que foram as
fontes originais das informações relativas à filosofia e às
1. Leia cada capítulo cuidadosamente e mais de uma habilidades aqui apresentadas. Laura C. Stein, coautora e
vez. Use a primeira leitura para obter uma visão am- professora de crianças e jovens na Michigan State Uni-
pla do assunto e, então, leia uma segunda vez para versity, trabalhou lado a lado conosco para desenvolver a
identificar os principais conceitos relativos ao com- primeira edição deste livro e as diversas outras que se se-
portamento do adulto e concentre-se nos procedi- guiram. Devemos-lhe muito por suas iluminações e por
mentos concretos relativos a cada habilidade. ajudar que nossas ideias adquirissem vida sobre o papel.
2. Faça anotações e sublinhe os pontos que deseja Os revisores mencionados a seguir forneceram um
lembrar. valioso feedback no processo de revisão desta edição:
3. Faça mais que simplesmente memorizar a termino- Jeanne W. Barker (Tallahasse Community College),
logia. Identifique os conceitos que está estudando Kay Bradford (Utah State University), Tamara B. Ca-
nos comportamentos reais das crianças e verifique lhoun (Schenectady County Community College), Pa-
de que modo pode aplicar esse conhecimento em mela Chibucos (Owens Community College), Kathryn
suas interações com elas. Summers Clark (Meredith College) e Kathrin B. Hollar
4. Faça perguntas. Compartilhe suas experiências, ao (Catawba Valley Community College).
usar o material, com os colegas e com o professor. Para encerrar, trabalhamos ao longo dos anos com
Participe plenamente das discussões de classe e dos muitos estudantes e profissionais cujo entusiasmo e es-
exercícios de desempenho de papéis. tímulo nos revigoraram. Ao mesmo tempo, tivemos o
5. Experimente o que está aprendendo com as crianças. privilégio de conhecer centenas de crianças durante os
Caso esteja em uma atividade de campo, como vo- anos de formação. Delas, ganhamos a possibilidade de
luntário ou empregado de um programa, aproveite compreender e a motivação para levar adiante este pro-
essa oportunidade. Não hesite em praticar as habili- jeto. É a elas que dedicamos este livro.
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Capítulo 1
Fazer diferença na
vida das crianças

Objetivos © Photos.com

Ao final deste capítulo, você será capaz de descrever:


• Competência social e como esse aspecto afeta a vida das crianças.
• Como o desenvolvimento e a aprendizagem influenciam a competência social das crianças.
• Os contextos em que as crianças se desenvolvem socialmente.
• As diferenças entre leigos e profissionais da primeira infância na promoção da competência
social das crianças.
• Seu papel na promoção da competência social das crianças.
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2 Guia de aprendizagem e desenvolvimento social da criança

ense nos aspectos do cotidiano que são mais impor- em ações e, para isso, gasta muito tempo explicando às outras
P tantes para você: a vida familiar, o convívio com os
amigos, a escola, o trabalho e o divertimento. Tudo isso
crianças o que fazer e o que dizer. Quando os colegas sugerem
brincadeiras ou estratégias diferentes, Dennis tende a resistir
envolve relações humanas. As pessoas são seres sociais. às ideias e grita para fazer as coisas do jeito dele. Quando as
Toda a nossa vida, desde o nascimento, se desenrola outras crianças pedem para brincar com algo que ele está usando,
o menino, em geral, responde “Não”. Se insistem, não é raro que
com outras pessoas. As interações sociais proporcionam
ele as empurre ou bata nelas para ficar com as coisas para si.
laços de amizade e estímulo, nos dão o senso de perten-
Rosalie é uma criança sossegada que raramente se comporta
cer e permitem conhecer a nós mesmos e como o mundo
mal. Em geral, passa de uma atividade a outra sem conversar
funciona. Desenvolvemos habilidades pessoais e inter- com as outras crianças. Responde quando falam com ela, mas
pessoais e nos familiarizamos com as expectativas e va- raramente toma a iniciativa de uma interação social com
lores da sociedade em que vivemos. Esse é um aspecto colegas ou adultos. Não consegue indicar ninguém do grupo
tão crucial da experiência humana que grande parte da que seja seu amigo e nenhuma criança a identifica como melhor
atenção das crianças, nos primeiros anos, concentra-se amiga. Embora as crianças não a rejeitem ativamente, passa-
em como funcionar eficazmente no ambiente social. ram a ignorá-la e quase sempre a excluem de suas atividades.
Na maioria dos dias, Rosalie é uma figura solitária na classe.
Sarah Jo está profundamente interessada nas outras crian-
■ As crianças no mundo social ças e convida-as com frequência a interagir com ela. Está
quase sempre disposta a experimentar brincadeiras novas ou
O ambiente social é complicado. Há muito a conhecer brincar do modo proposto pelos colegas, e ela mesma costuma
e a fazer para funcionar com sucesso na sociedade. Pense expressar suas ideias. Sarah Jo compartilha as coisas com faci-
no simples ato de cumprimentar alguém que encontra- lidade e consegue encontrar o modo de fazer que a brincadeira
mos. Para interagir com eficácia, é preciso conhecer uma tenha continuidade. Embora tenha seus altos e baixos, é, em
grande variedade de modos de cumprimentar, além de geral, alegre. As outras crianças buscam sua companhia e notam
saber quais atitudes físicas serão interpretadas pelos ou- quando está ausente do grupo.
tros como amistosas. É preciso avaliar o que é educado
e o que não é, com base no que conhecemos da pessoa, Como você pode ver, cada uma dessas crianças apre-
de seu papel, do nosso, da época, do lugar e da cultura senta uma grande variedade de comportamentos sociais.
em que estamos. Em função de tudo isso, é provável Infelizmente, Dennis e Rosalie apresentam padrões de
que tratemos uma pessoa que conhecemos bem de modo interação que não funcionam bem para eles. De fato, se
diferente daquela que encontramos pela primeira vez. mantiverem esses padrões ao longo do tempo, suas pers-
Da mesma maneira, o modo como cumprimentamos pectivas de sucesso na vida se enfraquecerão (Goleman,
uma pessoa em um jogo de futebol é diferente do modo 2007). Já as habilidades de Sarah Jo permitem prever
como fazemos isso em um funeral. Embora essas varia- um futuro positivo.
ções façam parte do senso comum para os adultos, as Como profissional da primeira infância, poderia aju-
crianças são novas no mundo e muitas das concepções e dar Dennis e Rosalie a desenvolver maneiras melhores
dos comportamentos sociais que são óbvios para nós de conviver com os outros. Poderia também ajudar Sarah
ainda precisam ser aprendidos por elas. Jo a expandir suas habilidades. Ao fazer isso, você con-
tribuiria para que as crianças adquirissem competência
social. Para promovê-la, é preciso, antes de tudo, saber
■ As habilidades e o conhecimento no que ela consiste, além de conhecer os comportamentos
social das crianças que caracterizam as crianças socialmente competentes.

Imagine que trabalha com crianças em uma escola de


educação infantil ou no primeiro ano do ensino funda- ■ Competência social
mental. Você observa, em seus alunos de 6 anos, Dennis,
Rosalie e Sarah Jo, os seguintes comportamentos: A competência social compreende todo o conhecimento
social, emocional e cognitivo, além das habilidades de
Dennis é uma criança ativa. Apresenta fortes reações em relação que as crianças precisam para atingir seus objetivos e
a pessoas e coisas a seu redor. Tem muita imaginação e muitas ter interações efetivas com os outros (Davidson, Welsh
ideias sobre como brincar. Ele se esforça em traduzir as ideias & Bierman, 2006; Rose-Krasnor & Denham, 2009).
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Fazer diferença na vida das crianças 3

Entre as categorias de comportamento geralmente as- oportunidades (em vez de se tornarem hostis ou desis-
sociadas à competência social estão: tirem) passam a ser cada vez mais bem-sucedidas em
suas interações sociais e na realização de seus objetivos.
• Valores sociais.
• Identidade pessoal.
• Inteligência emocional.
Todas as crianças têm competência social na
mesma medida?
• Habilidades interpessoais.
• Autocontrole. Considere os seguintes atributos pessoais:
• Planejamento, organização e tomada de decisões. • Gentileza.
• Competência cultural. • Honestidade.
A variedade de comportamentos está detalhada- • Timidez.
mente representada na Figura 1.1. Como se pode ver • Generosidade.
na figura, a competência social integra ampla gama de • Amabilidade.
valores, atitudes, conhecimento e habilidades que en- • Assertividade.
volvem tanto a própria pessoa quanto os outros.
Nos Estados Unidos e em muitas sociedades por Quais desses atributos estão associados à competên-
todo o mundo, as pessoas tendem a ver como social- cia social?
mente competentes as crianças responsáveis mais que Se comparar suas respostas com as de outros leitores,
as irresponsáveis, as amigáveis e não as hostis, as que descobrirá que fizeram muitas escolhas em comum, mas,
cooperam e não as que se opõem, as determinadas mais provavelmente, não todas. Isso se deve ao fato de que as
que aquelas sem propósitos, e as que têm autocontrole definições de competência social são bastante semelhantes
mais que as impulsivas (Hastings et al., 2006; Denham, em todo o mundo e incorporam a maioria das categorias
Bassett & Wyatt, 2008). Com base nessa perspectiva, identificadas na Figura 1.1 (Hamond & Haccou, 2006).
Art, que notou que Gary está infeliz e tenta consolá-lo, Entretanto, alguns comportamentos definidos como so-
é mais competente que Ralph, que passa por Gary sem cialmente competentes em determinada cultura não são
notar sua tristeza. Dinah, que quase sempre diz imedia- considerados do mesmo modo em outras culturas. A Ta-
tamente tudo o que lhe vem à mente, é menos compe- bela 1.1, por exemplo, apresenta os resultados de um es-
tente socialmente que seria se fosse capaz de esperar, tudo sobre as qualidades que as pessoas no Canadá, na
sem interromper os outros. Quando Chip usa um ra- China, na Suécia e nos Estados Unidos descrevem como
ciocínio verbal para convencer os amigos a deixá-lo competentes socialmente (Ladd, 2005). Pode-se notar
brincar com um jogo eletrônico, demonstra competência que os países apresentam diversas qualidades em comum,
social maior que o colega que resmunga ou que usa a mas não todas. Para complicar ainda mais as coisas, o
força física para conseguir o que quer. Diane McClellan mesmo valor social pode ser demonstrado por meio de
& Lilian Katz (2001) elaboraram o perfil da criança so- comportamentos diferentes, conforme o grupo. Por exem-
cialmente competente. O Quadro 1.1 apresenta esse plo, embora muitas sociedades valorizem o respeito, a
perfil e permite compreender de que modo a compe- combinação de palavras e atos considerados respeitosos
tência social se exprime nos atributos e comportamentos em uma família ou cultura pode não coincidir com o que
das crianças. outra cultura ou família considera respeitoso (por exem-
É importante notar que as expressões em geral, com plo, em algumas famílias, é respeitoso tirar os sapatos
frequência e às vezes são as que melhor descrevem os antes de entrar em casa; em outras, isso não é esperado).
comportamentos infantis socialmente competentes. As Variações como essas contribuem para diferenciar as
crianças não estão sempre de bom humor e nem serão definições de competência social entre diferentes culturas
sempre bem-sucedidas em afirmar adequadamente seus e dentro de uma mesma cultura. No entanto, a despeito
direitos. “Qualquer criança pode ter ocasionalmente al- de quais comportamentos são equiparados à competência
guma dificuldade social [...] para a maioria delas, essas social em determinado grupo, todas as crianças por fim
dificuldades duram pouco e constituem oportunidades desenvolvem padrões de comportamento que podem ser
para aprender e praticar novas habilidades” (Hastings descritos como mais ou menos competentes socialmen-
et al., 2006, p. 4). Crianças que tiram vantagem dessas te de acordo com a sociedade em que vivem.
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4 Guia de aprendizagem e desenvolvimento social da criança

AUTO
IAIS IDEN
S SOC TID
A
RE DE
LO P OS
VA IT
Dedicação Autoconsciência IV
Esperança Senso de competência

A
Igualdade Poder pessoal
Justiça social Senso de autovalor
Honestidade Senso de propósito
AL Responsabilidade Visão positiva do futuro pessoal
Estilo de vida e atitudes
ON

sexuais saudáveis
OCI

Flexibilidade

HAB
A EM

Reconhece emoções em si mesma

ILIDA
e nos outros Estabelece relações amigáveis
INTELIGÊNCI

Demonstra empatia Comunica ideias e necessidades


Dá e recebe apoio emocional

DES INTERPESSOAIS
Coopera e ajuda
Nomeia as emoções e comunica sentimentos “Lê” situações sociais com precisão
de modo construtivo Ajusta o comportamento para se
Lida com frustração, decepção e angústia adaptar à variação das situações sociais
de modo saudável Resolve conflitos pacificamente
Afirma as próprias ideias, aceita
as dos outros
Demonstra conhecimento, serenidade e Reconhece o direito dos outros
respeito por pessoas de diferentes
cultura, etnia e raça
Interage eficazmente com pessoas
COM

de diferentes cultura, etnia e raça Controla os impulsos


Reconhece tratamentos injustos Retarda a gratificação
PET

Questiona os tratamentos Resiste a tentações


injustos Faz escolhas Resiste à pressão dos colegas
ÊN

Age para obter justiça Resolve problemas Apresenta comportamento pró-social


social Monitora a si mesma [a criança]
CIA

Desenvolve planos
Planeja antecipadamente
C

Empreende ações positivas


UL

para atingir seus


TU

objetivos sociais

E
L

OL
RA
© Cengage Learning

TR
PL C ON
AN T O
EJA
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E TOMA S
DA DE DECISÕE

FIGURA 1.1 Elementos da competência social.

Os benefícios de ser socialmente as habilidades sociais positivas estão associadas a um


competente êxito escolar superior (Epstein, 2009) – ver Quadro 1.2.
Como consequência desses resultados favoráveis, as
[...] o melhor previsor, na infância, da adaptação na idade
crianças socialmente competentes tendem a ver-se como
adulta não é o QI nem as notas obtidas na escola, mas a ade-
seres humanos de valor que podem fazer diferença no
quação da criança às pessoas com quem convive.
As crianças que, em geral, não são apreciadas, que são agressivas
mundo.
e disruptivas, incapazes de manter relações estreitas com outros Outras pessoas percebem-nas como companheiras
[...] são seriamente “de risco”. desejáveis e membros competentes da sociedade. O
Willard Hartup (pesquisador da primeira infância) mesmo não pode ser dito de crianças cuja competência
social é fraca. Crianças incapazes de funcionar de modo
A competência social não é um luxo: faz enorme dife- bem-sucedido no mundo social experimentam, com fre-
rença em como as crianças se sentem consigo mesmas e quência, angústia e solidão, mesmo nos primeiros anos.
em como os outros as percebem. As pesquisas relatam São muitas vezes rejeitadas pelos colegas e têm autoes-
que as crianças competentes socialmente são mais felizes tima baixa e desempenho escolar mais fraco (Miles &
que seus pares menos competentes. São mais bem-su- Stipek, 2006). Para piorar as coisas, as crianças incom-
cedidas em suas interações pessoais, mais populares e petentes socialmente correm o risco que seus padrões
mais satisfeitas com a vida. Além disso, as relações sociais de comportamento problemáticos prossigam na idade
das crianças têm sido associadas ao desempenho escolar: adulta (Ladd, 2008).
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Fazer diferença na vida das crianças 5

QUADRO 1.1 Comportamentos observáveis de crianças socialmente competentes

Atributos individuais Habilidades sociais Relações com pares


A criança A criança em geral A criança é
1. está, em geral, de bom humor. 1. aborda os outros de modo positivo. 1. em geral aceita e não rejeitada pelas
2. não depende excessivamente da pro- 2. expressa desejos e preferências com outras crianças.
fessora. clareza; dá razões para atos e posicio- 2. às vezes convidada pelas outras crianças
3. chega, em geral, bem-disposta. namentos. a juntar-se a elas para brincar, fazer ami-
4. lida, em geral, bem com as negações. 3. afirma seus próprios direitos e necessi- zade e trabalhar.
5. mostra capacidade de empatia. dades adequadamente. 3. citada pelas outras crianças como uma
6. tem relações positivas com um ou mais 4. não é facilmente intimidada por bullying. amiga ou como alguém com quem gos-
colegas, mostra capacidade de dedicar- 5. expressa frustração e raiva de modo tariam de brincar e trabalhar.
-se realmente a eles e sente a falta deles efetivo, sem intensificar os desacordos
quando ausentes. nem prejudicar os outros.
7. apresenta capacidade de humor. 6. tem acesso a grupos que já estão brin-
8. não parece muito solitária. cando ou trabalhando.
7. entra em discussões que estão em an-
damento e faz contribuições relevantes
para atividades em curso.
8. aceita muito bem esperar pela própria
vez.
9. mostra interesse pelos outros, troca in-
formações e também as solicita ade-
quadamente.
10. negocia e se compromete com os ou-
tros de forma adequada.
11. não chama a atenção para si mesma ina-
dequadamente nem interrompe a brin-
cadeira ou o trabalho dos outros.
12. aceita os pares e adultos de grupos étni-
cos diferentes do seu e gosta deles.
13. interage não verbalmente com outras
crianças por meio de sorrisos, acenos,
movimentos da cabeça etc.

FONTE: Reproduzido com autorização de D. McClellan e L. Katz. Assessing Young Children’s Social Competence, 2001, ERIC Clearinghouse on
Elementary and Early Childhood Education, Champaign, IL. (ERIC Document Reproduction Service no ED450953).

TABELA 1.1 Semelhanças e diferenças na competência social em diferentes culturas


Canadá China Suécia Estados Unidos
As crianças tendem
a ser mais competentes
socialmente quando são:
Generosas Generosas Generosas Generosas
Amistosas Amistosas Amistosas Amistosas
Gentis Gentis Gentis Gentis
Prestativas Prestativas Prestativas Prestativas
Boas solucionadoras de Boas solucionadoras de Boas solucionadoras de Boas solucionadoras de
problemas problemas problemas problemas
Não agressivas Não agressivas Não agressivas Não agressivas
Não tímidas Tímidas Não tímidas Não tímidas
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6 Guia de aprendizagem e desenvolvimento social da criança

QUADRO 1.2 “Aprender é um processo social”

O bom êxito acadêmico nos primeiros anos de escola baseia-se nas habilidades sociais e emocionais. As crianças pequenas não conseguem
aprender a ler, fazer somas ou resolver problemas de ciências se têm dificuldade em conviver com os outros e controlar suas emoções, se
são impulsivas e se não têm ideia de como considerar suas opções, realizar projetos ou conseguir ajuda.
Os estudantes que demonstram habilidades sociais e emocionais fortes

• têm maior motivação escolar.


• têm atitudes mais positivas em relação à escola.
• faltam menos.
• participam mais em sala de aula.
• apresentam melhor desempenho em matemática.
• possuem melhor desempenho em estudos sociais.
• recebem notas mais altas.
• recebem menos suspensões.
• não abandonam a escola no ensino médio.

FONTE: Zins, J. et al. (2004). The scientific base linking social and emotional learning to school success. In: Zins, J. et al. (Eds.) Building
academic success on social and emotional learning: what does the research say? Nova York: Teachers College Press, Columbia University. p. 1-22;
Ladd, G. W. Social competence and peer relations. Significance for Young children and their service providers. Early Childhood Services, v. 2,
n. 3, p. 129-48, 2008.

O fato de as crianças se tornarem, afinal, mais so- capacidades sociais. Tais modificações são regidas por
cialmente competentes, ou menos, é influenciado por determinados princípios desenvolvimentais que ajudam
diversos fatores, como o desenvolvimento infantil, a a reconhecer os pontos comuns das crianças e as carac-
aprendizagem infantil e os contextos em que elas fun- terísticas típicas de cada faixa etária (Copple & Brede-
cionam. Você precisará conhecer melhor esses fatores kamp, 2009). Esses princípios fazem lembrar que o de-
para dar apoio às crianças em sua jornada em direção à senvolvimento social infantil é complexo e requer o
competência social. apoio de adultos bem informados que apreciem as qua-
lidades únicas das crianças com quem trabalham.
■ Desenvolvimento e competência
social Todos os aspectos do desenvolvimento estão
Katie e Sandra, duas crianças de 5 anos, estão ninando suas relacionados
bonecas no canto [no espaço] de tarefas domésticas.
Todos os aspectos do desenvolvimento (social, emocional,
Katie: Somos amigas, né?
cognitivo, de linguagem e físico) estão entrelaçados e exis-
Sandra: Sim. Você tem um bebê e eu também.
Katie: Nossos bebês não podem ser amigos. Não conseguem
tem simultaneamente. Nenhum aspecto do desenvolvi-
falar nem fazer nada. mento é mais importante que outro e nenhum deles existe
Sandra: Os bebês não conseguem fazer jogos ou brincar de ba- independentemente dos demais. A verdade desse princípio
lanço. é ilustrada pelas crianças, quando tentam fazer amizades.
Katie: Ainda não! Suas habilidades de estabelecer relações com os pares de-
Sandra: Não como nós! pendem de uma série de competências e compreensões.
Katie: É isso aí!
• Social: negociar os papéis em um jogo, esperar a
própria vez e decidir quem será o primeiro.
Katie e Sandra estão felizes por serem amigas e orgu-
lhosas das habilidades sociais que possuem aos 5 anos, • Emocional: ter confiança para abordar outra criança,
as quais “seus bebês” ainda não desenvolveram. À medida responder com entusiasmo quando é convidada para
que as crianças crescem, ocorrem, gradualmente, as mo- brincar por um colega e exprimir empatia em relação
dificações em seu desenvolvimento que alimentam suas a outra criança.
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Fazer diferença na vida das crianças 7

• Cognitivo: lembrar o nome da outra criança, desen- Aqueles em idade pré-escolar concentram-se prin-
volver estratégias alternativas para resolver os con- cipalmente nos traços físicos. À medida que crescem,
flitos que surgem e conhecer quais formas de atuação incorporam, gradualmente, comparações na definição
se encaixam melhor às situações sociais. de si mesmas. Lá pelos 8 ou 9 anos, tornam-se mais
• Linguagem: usar palavras para cumprimentar ou ex- conscientes das características internas de sua persona-
plicar como se joga determinado jogo e responder lidade. Embora passem tempos diferentes em cada etapa,
com comentários adequados às perguntas de um e às vezes pulem totalmente algumas delas, a autocons-
amigo potencial. ciência parece progredir aproximadamente na mesma
• Físico: criar espaço para um novo jogador e ter as ordem em todas as crianças.
habilidades motoras necessárias para jogar videogame Existem sequências desenvolvimentais para muitos
ou brincar de pegador com um amigo potencial. aspectos da competência social – autocontrole, empatia,
comportamento pró-social, compreensão moral, ideias
Reconhecer que todo o desenvolvimento está entre-
sobre a amizade etc. Se conhecer essas sequências, saberá
laçado permite apreciar melhor os diversos comporta-
mentos sociais que as crianças estão se esforçando para o que acontece em primeiro, em segundo e em terceiro
aprender. Ajuda também a identificar as oportunidades lugares, no processo de maturação social. Esse conheci-
de orientar o desenvolvimento e a aprendizagem social mento ajudará a determinar expectativas razoáveis em
ao longo do dia. Tais oportunidades acontecem enquanto relação a cada criança e a decidir quais novas compreen-
as crianças brincam de supermercado, discutem as regras sões e comportamentos podem logicamente ampliar o
para construir com blocos, perfazem os passos de um nível corrente de funcionamento da criança. Se souber,
experimento científico ou resolvem um problema de por exemplo, que uma criança de 3 ou 4 anos concen-
matemática em grupo. Essas oportunidades ocorrem tra-se nos traços físicos que a caracteriza, poderá planejar
também dentro de casa, ao ar livre ou durante uma atividades em classe como fazer autorretratos ou traçar
visita. O desenvolvimento social acontece o tempo todo o perfil do corpo para aumentar a autoconsciência. Você
e em todos os lugares em que as crianças estão. pode ainda pedir a crianças dos primeiros anos da escola
de ensino fundamental, cujo senso físico está mais con-
O desenvolvimento social ocorre em uma solidado, que contem ou escrevam histórias baseadas
sequência ordenada nas qualidades pessoais que valorizam em si mesmas,
como honestidade ou o fato de ser um bom amigo.
Tente pôr os marcos do desenvolvimento relacionados
à autoconsciência na ordem em que tendem a aparecer
durante a infância: As taxas de desenvolvimento variam entre
as crianças
• As crianças se definem quando se comparam com
outras (“Ando de bicicleta melhor que Susan”, “Sou Darlene e Emma têm 4 anos. Darlene já conseguia, aos 2 anos,
menor que Marc”). usar frases inteiras para descrever o que sentia. Tem várias es-
• As crianças se definem de acordo com traços de sua tratégias para conseguir o que deseja, como revezar-se e planejar
personalidade (“Sou honesto”, “Sou divertido”). a ordem em que as crianças usarão o brinquedo preferido. Já
Emma só começou a usar frases compostas por diversas palavras
• As crianças se definem com base em seu aspecto
por volta dos 3 anos. A abordagem que usa para obter o que
(“Sou um menino”, “Tenho olhos castanhos”).
quer é pedir à criança que está com o brinquedo que ela quer se
O que você acha? Na ordem correta, esses pontos de pode ser a próxima a brincar ou conseguir que a professora a
referência ilustram o princípio da sequência do desen- ajude a encontrar um brinquedo igual. Darlene e Emma são,
volvimento. em muitos aspectos, parecidas, mas também diferentes. Ambas
O desenvolvimento social ocorre por etapas e é rela- estão se desenvolvendo de um modo típico.
tivamente previsível. Por todo o mundo, os cientistas
identificaram sequências típicas de comportamento ou Como o caso de Darlene e Emma evidencia, todas as
de compreensão relacionadas aos vários aspectos do de- crianças se desenvolvem de acordo com seus próprios
senvolvimento social e das competências sociais (Berk, tempos. Não há duas crianças exatamente iguais. Em-
2009). Por exemplo, as crianças desenvolvem o conceito bora o princípio das sequências ordenadas se aplique, o
de si mesmas ao longo de muitos anos. ritmo em que cada indivíduo passa por elas pode variar.
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Com linguagem clara e direta esta obra estabelece conexões entre texto e crianças de “carne e osso” por meio de exemplos da
vida real que ilustram os conceitos e as relativas habilidades. Este estudo compreende o desenvolvimento social de crianças do Tradução da 7ª edição norte-americana
nascimento aos 12 anos, com ênfase em crianças com até 8 anos.

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