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DOUTO JUIZADO REGIONAL DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DO FORO DA COMARCA

DE PELOTAS/RS

Processo em apenso nº 022/5.19.0002099-5

ALVINA DE MOURA SILVA, brasileira, viúva, aposentada, inscrita no RG nº


104250479 e CPF nº 986.987.100-34, sem endereço eletrônico, residente e domiciliada
no endereço Rua Mané Garrincha, nº 191, Navegantes II, Porto, Pelotas/RS, por seu
procurador signatário, vem perante este juízo, apresentar:

AÇÃO DE TUTELA E GUARDA DE MENOR


com pedido de tutela de urgência

de sua neta ANA HELENA DA SILVA PAIVA, menor impúbere, nascida dia 11/12/2009,
atualmente acolhida no Abrigo Institucional Esperança, em face de seus genitores JOÃO
CARLOS FARIAS PAIVA, brasileiro, casado, desempregado, inscrito no RG nº
7114319631 e CPF nº 846.874.600-20, e JACI MOURA DA SILVA, brasileira, casada,
desempregada, inscrita no RG nº 4085612705 e CPF nº 019.856.010-95, residentes e
domiciliados no endereço Rua Mané Garrincha, nº 194, São Gonçalo, Pelotas/RS, pelas
razões de fato e de direito a seguir expostas.

SÍNTESE FÁTICA

A requerente é avó paterna da menor Ana Helena da Silva Paiva, que encontra-
se acolhida no Abrigo Institucional Esperança em razão de decisão proferida por este
juízo, oriunda do processo nº 022/5.19.0002099-5 que trata de ação de acolhimento
institucional movida pelo Ministério Público.

Compreende-se nos autos informados que a menor fora recolhida tendo em


vista o descaso dos genitores com o desenvolvimento educacional da menor.
Diante do exposto, a requerente tem interesse na tutela de sua neta, frisa-se
que atualmente é a pessoa mais indicada a zelar pelos direitos e interesses de Ana
Helena da Silva Paiva.

FUNDAMENTOS JURÍDICOS

É direito fundamental da criança e do adolescente ser criada no âmbito familiar,


recebendo o devido carinho, a companhia e amizade, ou, excepcionalmente, em família
substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu
desenvolvimento integral, conforme dispõe o art. 19 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança
e do Adolescente).

Nesse sentido, não faz sentido a colocação da menor em família substituta,


tendo em vista que há condições da menor permanecer no seio familiar, aos cuidados se
sua avó materna, que no momento é a pessoa mais indicada para acolher a menor e
garantir em âmbito familiar, seu desenvolvimento integral.

Necessário frisar que a medida de acolhimento institucional deve ser utilizada em


extrema cautela tendo em vista o impacto negativo que esta causa na vida da infante, sendo assim,
trata-se de medida extremamente excepcional, e não se faz necessária, tendo em vista a menor ter o
apoio e acolhimento de sua avó.

Ainda, considerando o art. 303 do Novo Código de Processo Civil, requer a


tutela antecipada para adquirir a tutela e guarda da menor, tendo em vista que não há
quaisquer dúvidas acerca dos fatos ora narrados, bem como, qualquer demora processual
– o que inevitavelmente ocorrerá – a criança poderá ser exposta a toda sorte de
dificuldades. Desta forma, atendidos os requisitos do art. 300 do CPC, requer-se a
concessão da antecipação de tutela, para que seja deferida a tutela e a guarda da menor,
em favor da requerente.
PEDIDOS

Ante o exposto, requer:

a. O benefício da gratuidade da justiça, eis que não possui condições de arcar


com os pagamentos de custas e despesas processuais sem prejuízo próprio ou de sua
família;

b. A concessão da tutela antecipada para que a autora adquira a tutela e


guarda da menor Ana Helena da Silva Paiva, porquanto presentes os requisitos de
verossimilhança das alegações, de prova inequívoca, bem como o fundado receio de
dano irreparável;

c. Ao final, pela procedência para regulamentar a tutela porventura deferida;

d. A citação dos requeridos, para se manifestar, querendo;

e. A intimação do ilustre representante do Ministério Público

Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em direito.

Atribui-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para fins fiscais.

Nestes termos, pede deferimento.

Pelotas 05 de novembro de 2019.

Assinatura Eletrônica
Diogo Balbinoti Rodrigues
OAB/RS nº 100.258

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