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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA

DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DA COMARCA DE

PROCESSO Nº: XXXXXX

FULANA, já devidamente qualificada nos autos do presente PEDIDO DE


PROVIDÊNCIAS COM PEDIDO LIMINAR DE BUSCA E APREENSÃO, que move
em face do Conselho Tutelar do Município de XXX, por suas procuradoras
infra-assinadas, vem, à presença de Vossa Excelência, requerer a
RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO Id. 54278664 pelas razões e fundamentos
a seguir expostos:

1. RAZÕES DE RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO


Conforme consta da decisão proferida por este MM. Juízo, houve o
indeferimento do pedido de tutela provisória formulado na exordial:

No entanto, por meio de comunicações realizadas entre a requerente e


a Sra. Ana, esta manifestou que não possui mais condições de manter tal
responsabilidade provisória, já informando a situação ao Conselho
Tutelar, através da Sra. Maria, a qual informou que buscaria os menores
no dia 07/12/2019.
Dessa maneira, foi a requerente comunicada pelo Conselho Tutelar que,
ante à ausência de familiares que pudessem assumir a responsabilidade
pelos menores, estes seriam levados para instituição de acolhimento.

Diante de tal situação, verifica-se que a hipótese de acolhimento


institucional não é plausível ou razoável para o caso, uma vez se tratar de
ultima ratio, sendo garantido à criança e ao adolescente o direito de ser
criado e educado no seio de sua família, conforme art. 19 do ECA.

Ademais, deve-se levar em consideração o desejo dos infantes de


retorno à convivência materna, bem como a tenra idade da criança
mais nova, Júlia 3 (TRÊS) anos, a qual possui maiores necessidades
afetivas, sendo neste sentido o Estudo de Caso realizado pela Equipe
Interprofissional deste Juízo.

Dessa forma, Excelência, diante da ATUAL AUSÊNCIA DE CONDIÇÕES da


Senhora Ana Maria da Costa Montenegro César em permanecer com os
sobrinhos, verifica-se DANOSO AOS FILHOS DA REQUERENTE que se
perdurem os efeitos da decisão proferida pelo Conselho Tutelar de
Olinda, uma vez que o distanciamento do convívio familiar e a inserção
desnecessária em programa de acolhimento não satisfaz o disposto no
caput do art.3º do ECA, quanto ao desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social.

Relembre-se que a genitora possui plenas condições de receber os filhos


e que não houve qualquer processo legal e decisão judicial quanto à
perda e suspensão do Poder Familiar, sendo tal ônus suportado com base
em decisão do Conselho Tutelar, a qual fora tomada, com a devida
Vênia, sem a observância do melhor interesse das crianças e
adolescentes quanto à permanência no seio de sua família.
Ademais, conforme narrado na exordial, o distanciamento provocado
unilateralmente pelo Conselho Tutelar, fora realizado sem que as devidas
medidas administrativas-legais fossem tomadas, uma vez que não
comunicou de forma imediata o fato ao Ministério Público, nem foram
tomadas providências de orientação, apoio e promoção social da
família em questão. Dessa forma, ressalta-se o desrespeito ao Devido
Processo Legal, ao Princípio da Legalidade, bem como à Dignidade da
Pessoa Humana, princípios tutelados em sede constitucional.

2. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, com vistas à realização do melhor interesse das
crianças e adolescentes deste caso, requer à Vossa Excelência que
RECONSIDERE a decisão Id. 54278664, a qual indeferiu a tutela provisória
postulada.

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

Cidade, Data.

ADVOGADO
OAB

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