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AO JUÍZO DA __ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE CURITIBA/PR.

MARIA BERENICE DIAS CIRINO, brasileira, casada, profissão..., RG n. ...,


inscrita no CPF/MF sob o n. ..., com endereço eletrônico ... e telefone ...,
residente e domiciliada à Rua Santiago 12, bairro, Município de Curitiba,
Estado do Paraná, CEP. ..., por seus procuradores Pedro Luiz Machado
Junior, Rafael Pires de Assis e Luigi Vulcanis Medeiros, inscritos na OAB/PR
sob os nrs. ... e ..., respectivamente, com endereço elencado ao rodapé
deste petitório e endereço de e-mail ..., comparecem perante Vossa
Excelência, apresentar

AÇÃO DE DIVÓRVIO C/C PARTILHA DE BENS, GUARDA, ALIMENTOS E


ALTERAÇÃO DE NOME

Em desfavor de JUAREZ CIRINO, brasileiro, casado, advogado e servidor


público, RG n. ..., inscrito no CPF/MF sob o n. ..., residente e domiciliado à
Rua ..., bairro ..., Município de Curitiba, Estado do Paraná, CEP ..., o fazendo
com fulcro nos dispositivos legais aplicáveis ao caso em comento.

O procurador signatário pugna para que todas as publicações sejam


direcionadas exclusivamente em seu nome, sob pena de nulidade.

Rua Affife Mansur, 565 | Novo Mundo, Curitiba/PR

(41) 3052-4900
I – Escorço Fático.
A Requerente casou-se com o Requerido em 01/2000, conforme certidão de
casamento de n. ..., anexa à presente, sob o regime de comunhão parcial de bens,
desta relação nasceram a Ana Maria Dias Cirino, criança, atualmente com dois
anos de idade e João Vitor Dias Cirino, adolescente, atualmente com dezessete
anos de idade.
Ocorre que, a Requerente e o Requerido estão separados de fato desde o ano de
2021, destacando que o casal divorciando ao longo da vida marital conquistou
considerável patrimônio, sendo estes os seguintes:

● Um apartamento, localizado à Rua ..., bairro ..., município ..., cidade ...,
estado ..., - Avaliado pela corretora de imóveis no importe de R$
800.000,00 (oitocentos mil reais).

● Um automóvel, modelo ..., cor ..., placa ..., ano ..., RENAVAM ..., - Valor
estimado na data de outubro do ano corrente em R$ 90.000,00 (noventa
mil reais).

É premente destacar que, o Requerido não aceitou realizar o divórcio


consensualmente tão pouco a partilha de bens e pagamento de pensão
alimentícia. Por não ter possibilidade de acordo amigável e realizar divórcio
consensual, deu-se origem à presente ação.

II – Fundamentos Jurídicos.
II.A –GRATUIDADE DA Justiça.

A autora se declara, neste ato, hipossuficiente para arcar com as custas e


despesas processuais, razão pela qual pugna pela concessão dos benefícios da
gratuidade da justiça.
II.B – DIVÓRCIO E BENS DE PARTILHA.

Verifica-se dos fundamentos acima expendidos, que a possibilidade de


convivência em comum das partes minguou com o decorrer do tempo. A fim de
evitar maiores transtornos na vida da Requerente, a mesma optou por requerer o
divórcio.
Não obstante, o Código Civil contempla expressamente a hipótese em tela,
quando dispõe a acerca das hipóteses que dão ensejo à dissolução do vínculo
conjugal, por impossibilidade de vida em comum, quando em seu Art. 1573,
parágrafo único, dispõe:

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Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade
da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes
motivos:
Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros
fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum
Nesse diapasão, o vínculo conjugal deve ser extinto, com a decretação do
divórcio, tendo em vista a impossibilidade da vida em comum, diante da perda do
affectio maritalis, ou seja, os sentimentos decorridos da convivência entre marido
e mulher cessaram com o tempo.
II.C – REGULARIZAÇÃO DA GUARDA.

Com relação aos filhos menores, estes já qualificados, desde a separação de fato
do casal, a guarda destes é exercida unilateralmente pela genitora.
Ademais, o art. 1583 do Código Civil prevê a perfeita possibilidade que assim seja
mantido, in verbis:
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou
compartilhada.
Considerando que a mãe sempre foi a
responsável pela educação e os cuidados dos filhos, não resta
dúvidas que a guarda unilateral deve ser atribuída à genitora.
II.D – ALIMENTOS.

No tocante aos alimentos, poupam-se palavras ao explanar a necessidade dos


menores em receber, vez que, sua genitora vivia em matrimônio com o requerido,
ambos dividindo os custos dos menores, logo, por óbvio, com o divórcio o
padrão de vida dos referidos decaiu.
Sobre esta matéria versa o artigo 229 da Constituição Federal;

Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e


educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de
ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Nesta senda também o art. 1634, inciso primeiro:
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer
que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder
familiar, que consiste em, quanto aos filhos: (Redação dada pela
Lei nº 13.058, de 2014)
I - Dirigir-lhes a criação e a educação;

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Sendo assim, compete também ao Requerido, promover a subsistência dos
menores, algo que não vem ocorrendo no caso citado, pois apenas a requerente é
quem vem mantendo a subsistência destes.
Assim resta mais do que provado, que o genitor tem o dever de prestar alimentos
não podendo este se escusar sobre tal obrigação em nenhuma hipótese.
II.E – PARTILHA DOS BENS.

Ao contraírem núpcias, as partes elegeram o regime de comunhão parcial de


bens.
Com fulcro nos artigos 1658 e 1660, inciso I, ambos do Código de Processo Civil, a
Autora requer que os bens supramencionados sejam partilhados na porção
igualitária de 50% (cinquenta).
II.F – RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL.

Quanto ao nome, a Requerente pretende voltar a usar seu nome de solteira,


conforme consta na certidão de casamento anexa.
III – REQUERIMENTOS FINAIS.

Diante do exposto Requer:


a) Citação do Requerido, querendo, contestar a ação;
b) Produção de provas pelos meios juridicamente aceitos;
c) Homologação do divórcio com o devido registro de casamento em
cartório;
d) Partilhas de bens indicados, conforme fundamentado acima;
e) Fixação de alimentos em favor dos menores representados e assistidos
pela Requerente;
f) Homologação do pedido de voltar a assinar pelo nome de solteira;
g) Seja concedida a guarda dos menores em favor da Autora, nos moldes dos
fatos e fundamentos expendidos nesta exordial;
h) Concessão do benefício da gratuidade de justiça.

Termos em que pede deferimento

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(41) 3052-4900
Curitiba, 1 de novembro de 2022.

Pedro Luiz Machado Junior Rafael P. de Assis


OAB/PR ... OAB/PR ...

Luigi Vulcanis Medeiros


OAB/PR ...

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