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Ministério 

do Comércio 

REGULAMENTO INTERNO DO INSTITUTO NACIONAL DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR 

INTRODUÇÃO 

A  organização  designa  um  acto  ou  processo  que  é  exercido  dentro  de 
instituições,  ou  seja,  um  conjunto  coordenado  de  operações,  pelas  quais,  uma 
unidade  administrativa  realiza  uma  actividade  institucional,  visando  o  alcance  de 
objectivos  definidos,  tais  como  a  produção  de  bens  ou  a  prestação  de  serviços, 
premissas fundamentais para a eficácia e eficiência do trabalho. 

Visando  salvaguardar  a  contínua  dinâmica  funcional  do  Instituto  Nacional  de 


Defesa  do  Consumidor  –  INADEC,  é  criado  o  presente  Regulamento  Interno,  de 
cumprimento e aplicação integral e obrigatórias de todos os seus integrantes. 

Capitulo I 
Das Disposições Gerais 

Artigo 1º 
(Natureza) 

1.  O Instituto Nacional de Defesa do Consumidor, é um órgão público destinado a 
promover  a  política  de  salvaguarda  dos  Direitos  dos  Consumidores,  coordenar  e 
executar  medidas  tendentes  a  sua  protecção,  informação  e  educação  e  de apoio  as 
Associações de Defesa do Consumidor. 

2.  O  INADEC,  é  uma  pessoa  colectiva,  dotada  de  personalidade  Jurídica  e  de 
autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
Artigo 2.º 
(Regime e Tutela) 

1.  O  INADEC  rege­se  pelas  normas  consignadas  no  Decreto­lei  13/01,  sobre  a 
orgânica dos Institutos Públicos, pelo Decreto 9/03, de 3 de Março (Estatuto Orgânico 
do  INADEC),  pela  Lei  n.º  15/03,  de  22  de  Julho  (Lei  de  Defesa  do  Consumidor)  e 
demais  regulamentos  que  o  venham  a  complementar  e,  subsidiariamente,  pela 
legislação em vigor ou que venha a ser adoptada sobre essa matéria. 

2.  O INADEC é tutelado pelo Ministério do Comércio. 

Artigo 3.º 
(Jurisdição e sede) 

1.  O  INADEC  tem  sede  em  Luanda  e  exerce  a  sua  actividade  em  todo  território 
nacional através dos seus núcleos provinciais. 

Artigo 4.º 
(Atribuições) 

1.  São atribuições do INADEC: 

a)  Propor medidas legislativas de protecção dos interesses dos consumidores; 

b)  Zelar  pelo  respeito  dos  direitos  do  consumidor  à  saúde  e  segurança  e  à 
qualidade dos bens e serviços que lhes são fornecidos 

c)  Informar os Consumidores sobre os direitos de que são titulares; 

d)  Promover  a  educação  e  formação  do  Consumidor  por  sua  iniciativa  ou  em 
conjunto com outras entidades públicas ou privadas; 

e)  Assegurar  a  articulação  entre  as  várias  entidades  da  administração  pública 
que intervêm directa ou indirectamente na área de defesa do consumidor; 

f)  Prestar apoio às organizações de consumidores;
g)  Estabelecer  contactos  e  participar  regularmente  em  actividades  e  acções 
comuns  das  entidades  estrangeiras  relacionadas  com  o  âmbito  das  suas 
atribuições e propor a celebração de acordos e convenções internacionais; 

2.  Para  a  prossecução das  suas  atribuições,  o INADEC é  considerado  autoridade 


pública e goza dos seguintes poderes (art.º 35, Lei 15/03, de defesa do consumidor): 

a)  Solicitar  e  obter  dos  fornecedores  de  bens  e  prestadores  de  serviços, 
mediante  pedido  fundamentado,  as  informações,  os  elementos  e  os 
interesses colectivos e difusos dos consumidores; 

b) Ordenar  medidas  cautelares  de  cessação,  suspensão  ou  interdição  de 


fornecimento de bens ou prestações de serviços que, independentemente de 
prova  de  uma  perda  ou  prejuízo  real,  pelo  seu  objecto,  forma  ou  fim, 
acarretem  ou  possam  acarretar  riscos  para  a  saúde,  a  segurança  e  os 
interesses económicos dos consumidores. 

Capítulo II 
Da organização 

Artigo 5.º 
(Estrutura Geral) 

Para  a  realização  do  seu  objecto  social,  o  INADEC,  estrutura­se  em  órgãos  e 
serviços: 

1.  São órgãos do INADEC: 

a)  Director Geral; 

b)  Conselho Directivo; 

c)  Conselho Fiscal; 

2.  São Serviços do INADEC: 

2.1 Serviços executivos centrais. 
a)  Departamento de Estudos do Mercado; 

b)  Departamento de informação, Mediação e apoio ao consumidor.
2.2 Serviços de apoio Instrumental. 

a)  Departamento de Administração e Serviços Gerais; 

b)  Gabinete de apoio ao Director Geral; 

c)  Divisão de Planeamento e Estatística, cujas atribuições estão consagradas 
no Decreto 9/03, de 3 de Março (aprova o Estatuto Orgânico do INADEC). 

2.3 Serviços de executivo locais. 

a)  Núcleos  provinciais,  cujas  atribuições  estão  consagradas  no  decreto 


executivo  n.º  98/05,  de  24  de  Outubro,  que  aprova  o  seu  regulamento 
orgânico. 

CAPÍTULO III 
Órgãos 

ARTIGO 6º 
(Director Geral) 

1.  O Director Geral é o Órgão que dirige o INADEC, incumbindo­lhe: 

a)  Emitir avisos e recomendações tendo em vista a salvaguarda dos direitos dos 
consumidores,  a  sua  protecção  e  informação  no  âmbito  das  competências  do 
INADEC; 

b)  Aplicar as coimas e sanções previstas na Lei; 

c)  Presidir à Comissão para Segurança dos Serviços e Bens de Consumo; 

d)  Superintender as relações internacionais do INADEC; 

e)  Representar o INADEC em juízo e fora dele, nomeadamente nas Comissões, 
grupos  de  trabalho  ou  outras  actividades  de  organismos  nacionais, 
estrangeiros ou internacionais;
ARTIGO 7º 
(Director Geral adjunto) 

Ao Director Geral adjunto compete: 

a)  Coadjuvar o Director Geral no exercício das suas funções; 

b)  Substituir  o  director  Geral  nas  suas  ausências  ou  impedimentos,  nos  termos 
da Lei; 

c)  Executar as tarefas que lhe forem indicadas pelo Director Geral. 

ARTIGO 8º 
(Conselho Directivo) 

1.  O  Conselho  Directivo  é  o  Órgão  deliberativo  colegial  que  define  as  linhas  de 
actividade  do  INADEC  e  ao  qual  compete  superintender  na  gestão  financeira  e 
patrimonial  do  INADEC,  aprovar  os  instrumentos  de  gestão  previsional  e  os 
documentos  da  prestação  de  contas,  a  organização  técnica  e  administrativa,  bem 
como  os  regulamentos  internos,  proceder  o  acompanhamento  sistemático  da 
actividade do Instituto, verificar a legalidade e eficácia das despesas e autorizar a sua 
realização e pagamento. 

2.  Compete ainda ao Conselho directivo pronunciar­se sobre a articulação 
funcional com os serviços dependentes do organismo de tutela e sobre o 
cumprimento das normas reguladoras da actividade do Instituto. 

3.  O Conselho Directivo tem a seguinte composição: 

a)  O Director Geral do INADEC, que preside; 

b)  O Director Geral Adjunto; 

c)  Os Chefes de Departamento do INADEC; 

d)  O Chefe de Divisão; 

e)  Os assessores.
4.  O  Conselho  Directivo  é  secretariado  por  um  funcionário  Administrativo 
designado pelo Director Geral, sem direito a voto. 

5.  O  INADEC  obriga­se  mediante  a  assinatura  de  dois  membros  do  Conselho 
Directivo, sendo obrigatória a do seu Director Geral ou a de quem o substituir. 

6.  Sempre  que  o  Director  Geral  considere  conveniente,  poderá  convocar  para 
participar  nas  reuniões  do  Conselho  Directivo,  sem  direito  ao  voto,  qualquer 
funcionário do INADEC. 

7.  O  Conselho  Directivo  reúne  ordinariamente  de  três  em  três  meses  e 
extraordinariamente,  sempre  que  convocado  pelo  Director  Geral  ou  por  maioria  dos 
seus membro. 

8.  As  deliberações  do  Conselho  Directivo  serão  tomadas  por  maioria  simples  dos 
seus membros. 

9.  Os membros do Conselho Directivo são nomeados por despacho do Ministro do 
Comércio, sob proposta do Director Geral do INADEC. 

ARTIGO 9º 
(Conselho Fiscal) 

1.  Conselho  Fiscal  é  o  Órgão  de  controlo  e  fiscalização  ao  qual  cabe  analisar  e 
emitir  pareceres  de  índole  financeira  e  patrimonial  relacionada  com  a  vida  do 
INADEC. 

2.  O Conselho Fiscal tem a seguinte composição: 

a)  O Presidente, designado pelo Ministério das Finanças; 

b)  Os  Vogais,  no  número  de  dois,  sendo  um  designado  pelo  Ministério  do 
Comércio e outro pelo Ministério das Finanças em representação da Direcção 
Nacional de Contabilidade.
3.  Ao Conselho Fiscal compete: 

a)  Emitir, na data legalmente estabelecida, pareceres sobre as contas, relatórios 
de actividades e a proposta de Orçamento privativo do INADEC; 

b)  Emitir parecer sobre o cumprimento das normas reguladoras da actividade do 
Instituto; 

c)  Proceder  a  verificação  regular  dos  fundos  existentes  e  fiscalizar  a 


escrituração de contabilidade. 

4.  Os vogais exercerão funções de Secretário e Relatores do Conselho Fiscal, aos 
quais compete tratar de todas as questões relativas ao expediente, elaborar as actas 
das reuniões, redigir os pareceres e exercer outras funções que por este lhes sejam 
conferidas. 

CAPÍTULO IV 
SERVIÇOS 

ARTIGO 10º 
(Departamento de Estudos do Mercado) 

1.  Ao  Departamento  de  Estudos  do  Mercado  dirigido  por  um  Chefe,  com  a 
Categoria de Chefe de Departamento é o serviço do INADEC, ao qual compete: 

a)  Elaborar estudos e pareceres relativos a bens e serviços, em especial sobre 
qualidade, preços, e circuitos de distribuição, através de estudos de mercado, 
análises económicas, inquéritos, ensaios de uso e análises laboratoriais; 

b)  Analisar  e acompanhar  a  publicidade  comercial e institucional, bem  como  os 


processos e técnicas de promoção de vendas; 

c)  Assegurar as acções inerentes à salvaguarda dos direitos dos consumidores 
à saúde e à segurança; 

d)  Colaborar com as entidades que exercem funções no campo da qualidade e 
fiscalização de serviços e bens de consumo.
2.  O Departamento de Estudos do Mercado compreende: 

a)  A  Secção  de  Estudos,  dirigida  por  um  Chefe  de  Secção  ao  qual  incumbem, 
em especial, as competências das alíneas a) e d) do número anterior; 

b)  A Secção de Acompanhamento Técnico, dirigida por um Chefe de Secção ao 
qual incumbem, em especial, as competências das alíneas b) e c) do número 
anterior; 

3.  O  Departamento  de  Estudos  do  Mercado  é  dirigido  por  um  Chefe  com  a 
categoria de Chefe de Departamento. 

ARTIGO 11º 
(Departamento de Informação, Mediação 
e Apoio aos Consumidores) 

1.  Ao Departamento de Informação, Mediação e Apoio aos Consumidores, dirigido 
por um Chefe, com a Categoria de Chefe de Departamento é o serviço do Instituto, ao 
qual compete: 

a)  Coordenar e difundir junto dos consumidores dados com interesse para estes, 
designadamente  sobre  as  taxas  de  juro,  qualidade,  segurança,  preços, 
processos de venda e publicidade de bens e serviços de consumo; 

b)  Sensibilizar e informar os consumidores sobre o exercício dos seus direitos e 
deveres, nomeadamente sobre a legislação em vigor neste campo; 

c)  Promover  e  gerir,  no  âmbito  das  atribuições  do  INADEC,  a  constituição  ou 
ligação a redes de informação nacionais, estrangeiras e internacionais; 

d)  Assegurar as acções respeitantes à actividade editorial do INADEC; 

e)  Proceder à análise de imprensa, assegurar a difusão interna da informação e 
manter em funcionamento um centro de documentação aberto ao público; 

f)  Promover e realizar acções de educação e formação destinadas, em especial, 
a  conselheiros  de  consumo,  professores,  elementos  de  associações  de 
consumidores e elementos da Administração Pública;
g)  Coordenar,  com  outros  Sectores  da  Administração  Pública,  designadamente 
com  os  do  Ministério  da  Educação,  acções  tendo  em  vista  a  introdução  da 
temática  da  protecção  dos  consumidores  nos  programas  e  conteúdos  das 
actividades  educativas,  escolares  e  extra­escolares,  realizados  por  esses 
Departamentos; 

h)  Promover  a  produção  de  meios  didáctico­pedagógicos  no  âmbito  das 


atribuições do INADEC; 

i)  Organizar, tratar e encaminhar as reclamações e queixas dos consumidores e 
promover,  apoiar  e  facultar  mecanismos  de  concertação  e  arbitragem  de 
litígios surgidos no âmbito do consumo; 

j)  Fomentar e apoiar o associativismo através da concessão de meios técnicos 
e financeiros, avaliando a sua adequada aplicação; 

k)  Promover e apoiar a desconcentração de serviços e funções, a nível nacional 
e local, no âmbito da informação e protecção dos consumidores. 

2.  O  Departamento  de  Informação,  Mediação  e  Apoio  aos  Consumidores 


compreende: 

a)  A Secção de Informação e Formação é dirigida por um Chefe de Secção, ao 
qual incumbem, em especial, as competências das alíneas a) à i) do número 
anterior; 

b)  A  Secção  de  Mediação  e  Apoio  ao  Consumidor,  dirigida  por  um  Chefe  de 
Secção  ao  qual incumbem,  em  especial,  as competências  das  alíneas  j)  à  l) 
do número anterior. 

ARTIGO 12º 
(Departamento de Administração 
e Serviços Gerais) 

1.  Ao Departamento de Administração e serviços Gerais dirigido por um Chefe com 
a categoria de Chefe de Departamento é o serviço do INADEC ao qual compete: 

a)  Praticar  os  actos  administrativos  preparatórios  relativos  ao  recrutamento, 


provimento, promoção e cessação de funções do pessoal; 

b)  Organizar e manter actualizados o cadastro e os ficheiros de pessoal;
c)  Assegurar as operações de registo e o controlo da assiduidade e antiguidade 
dos funcionários; 

d)  Efectuar  as  acções  relativas  aos  benefícios  sociais  a  que  os  funcionários 
tenham direito; 

e)  Assegurar  a  recepção,  registo,  classificação,  distribuição  e  expedição  da 


correspondência; 

f)  Organizar e manter actualizado o arquivo do INADEC; 

g)  Assegurar o trabalho de reprografia; 

h)  Superintender no pessoal auxiliar e nos serviços de limpeza, bem como zelar 
pela segurança das instalações; 

i)  Elaborar os orçamentos e a conta de gerência, coordenando toda a actividade 
orçamental; 

j)  Promover  a  cobrança  e  arrecadar  as  receitas  e  processar  as  despesas, 


verificando a sua legalidade; 

k)  Fornecer  mensalmente  os  elementos  indispensáveis  para  o  controlo 


orçamental da gestão financeira do INADEC; 

l)  Contabilizar as receitas e despesas do INADEC; 

m)  Elaborar diariamente o mapa referente ao movimento de tesouraria; 

n)  Elaborar  toda  a  escrita  contabilística  que  traduza  clara  e  integralmente  a 


actividade de gestão; 

o)  Organizar e manter actualizado o inventário do INADEC; 

p)  Organizar  os  processos  de  aquisição  de  bens  e  serviços,  promover  as 
compras e assegurar as funções de economato; 

q)  Promover  a  conservação  das  instalações  do  INADEC  e  garantir  a 


manutenção  e  conservação  do  equipamento,  mobiliário,  viaturas  e  outro 
material necessário ao bom funcionamento dos serviços; 

r)  Assegurar a  guarda de  valores  de  recebimentos  e  pagamentos  devidamente 


autorizados e, bem assim, o registo e movimento respectivos;
s)  Assegurar  o  apoio  informático  e  o  recurso  às  modernas  tecnologias  de 
informação. 

t)  Assegurar as funções de relações públicas e organizar o serviço de recepção 
e atendimento; 

2.  O Departamento de Administração e Serviços Gerais compreende: 

a)  A  Secção  de  Pessoal  e  Expediente,  dirigida  por  Chefe  de  Secção  ao  qual 
incumbem,  em  especial,  as  competências  das  alíneas  a)  à  h)  do  número 
anterior; 

b)  A  Secção  de  Contabilidade,  Economato  e  Património,  à  qual  incumbem,  em 


especial, as competências das alíneas i) à t) do número anterior. 

ARTIGO 13º 
(Gabinete de Apoio ao Director Geral) 

1.  Ao Gabinete de Apoio ao Director Geral, dirigido por um Chefe com a categoria 
de Chefe de Departamento compete: 

a)  Colaborar na elaboração de estudos legislativos no âmbito das atribuições do 
INADEC; 

b)  Acompanhar  e  analisar  a  publicidade  da  legislação  respeitante  a  matéria  de 


protecção do consumidor; 

c)  Elaborar  métodos,  informações  e  pareceres  de  natureza  jurídica  sobre 


matérias das competências do INADEC; 

d)  Fomentar  as  relações  necessárias  com  os  serviços  competentes  nestas 
matérias, assegurando a participação do INADEC nos grupos de trabalho que 
a nível intersectorial venham a constituir­se; 

e)  Prestar  informação  jurídica,  no  âmbito  do  direito  de  consumo,  aos 
consumidores e demais entidades interessadas; 

f)  Realizar,  através  de  meios  próprios  ou  com  recursos  à  outros  serviços  ou  a 
entidades  externas,  estudos  de  direito  do  consumidor  e  trabalhos  de 
compilação de legislação sobre o consumo;
g)  Organizar  e  manter  actualizados  ficheiros  de  legislação,  jurisprudência  e 
doutrina sobre matérias do âmbito das atribuições do INADEC; 

h)  Apoiar o Director Geral e os serviços em matéria de relações internacionais 

ARTIGO 14º 
(Divisão de Planeamento 
e Estatística) 

1.  À Divisão de Planeamento e Estatísticas, dirigida por um Chefe de Divisão, 
compete: 

a)  Assegurar  a  ligação  com  os  Órgãos  centrais  e  sectorial  de  planeamento  do 
Ministério; 

b)  Realizar,  através  dos  seus  meios  próprios  ou  com  recurso  à  entidades 
externas  do  INADEC,  os  estudos  necessários  à  definição  das  políticas,  dos 
planos e dos programas de protecção do consumidor; 

c)  Efectuar a recolha, análise e tratamento dos dados estatísticos necessários à 
actividade do INADEC; 

d)  Assegurar  a  elaboração  do  relatório  de  actividades  e  dos  relatórios  de 
execução do INADEC; 

e)  Assegurar  a  elaboração  de  planos  de  actividade,  programas,  projectos  e 


proceder a sua avaliação; 

f)  Preparar os projectos de candidatura à financiamentos externos por parte de 
entidades nacionais, internacionais ou estrangeiras e os respectivos relatórios 
de execução;
CAPÍTULO V 
Do Pessoal 

Artigo 15º 
(Do regime disciplinar) 

Os funcionários do INADEC estão sujeitos ao regime disciplinar consagrado na 
legislação que regula a função pública. 

Artigo 16º 
(Dos direitos e deveres) 

(Direitos) 

1.  Os  funcionários  do  INADEC,  no  exercício  das  suas  funções,  gozam,  entre 
outros, dos seguintes direitos: 

a)  Direito  a  formação  técnico­profissional,  tanto  no  interior  como  no  exterior  do 
País; 

b)  Direito a assistência médico­medicamentosa; 

c)  Direito  a  30 (trinta)  dias  de  férias  em  cada  ano  civil,  desde  que  tenha estado 
em serviço efectivo por tempo superior a 01 (um) ano; 

d)  Direito a licenças por doenças concedidas pela junta de saúde por período até 
30  (trinta)  dias,  prorrogáveis  por  períodos  sucessivos  ou  sob  parecer  clínico 
até 08 (oito) dias; 

e)  Direito  a dispensa  do  serviço  para  consultas  pré­natais pelo  tempo  e  número 
de vezes clinicamente determinados, direito a licenças de parto, a licenças de 
nascimento de filho, a licença por motivo de luto e a licença por casamentos, 
bodas  de  prata  e  ouro,  entre  outras,  conforme  os  princípios  consagrados  na 
Lei Geral do Trabalho.
2.  Os funcionários do INADEC gozam ainda do direito aos seguintes subsídios: 

a)  À  comparticipação  do  valor  das  multas  resultantes  de  infracções  por  si 
autuadas,  nos  termos  da  Lei  n.º  15/03,  de  22  de  Julho  (Lei  de  Defesa  do 
Consumidor); 

b)  Subsídio  de  deslocação  (Bilhete  de  passagem  incluído),  quando  em  missão 
oficial de serviço, dentro ou fora do País; 

c)  Prémio anual de efectividade e qualidade; 

d)  Décimo terceiro mês; 

e)  Subsídio de Direcção; 

f)  Direito a urna por motivo de falecimento de parentes na linha recta (Pai, Mãe, 
Esposa (o), filhos); 

g)  Os titulares dos cargos de Direcção terão igualmente direito ao passaporte de 
serviço, à viatura de uso pessoal e a despesas de representação; 

h)  Direito a regalias sociais e outros benefícios daí inerentes, enquanto estiver a 
exercer  um  cargo  por  acumulação,  substituição  ou  indicação,  mesmo  que, 
para o efeito, não tenha sido nomeado. 

(Deveres) 

1.  Os funcionários do INADEC devem no exercício das suas funções desempenhar 
com  zelo  e  dedicação  as  funções  que  lhes  forem  atribuídas,  de  acordo  com  as 
especificações e instruções recebidas, dando o melhor de si; 

2.  Abster­se de práticas indecorosas (suborno, corrupção...) no exercício das suas 
funções, que comprometam o desenvolvimento e reputação do INADEC; 

3.  Guardar  sigilo  dos  documentos  e  informações  que  tenha  conhecimento  ou  que 
lhe tenham sido confiados por inerência de funções; 

4.  No exercício das suas competências, o funcionário do INADEC poderá solicitar a 
outro organismo competente, as informações e propostas que julgue necessárias; 

5.  Assegurar  o  tratamento  das  reclamações  e  denúncias  recebidas,  informando 


superiormente os resultados apurados e propor a adopção de medidas adequadas;
6.  Não  ter  interesse  directo  ou  indirecto  sobre  qualquer  inspecção  a  realizar  a 
estabelecimento  comercial,  de  prestação  de  serviço  ou  outra  actividade  comercial, 
cuja tarefa lhe seja confiada; 

7.  Prestar  informações  e  conselhos  técnicos  aos  agentes  económicos,  quanto  as 
formas de cumprimento das disposições legais; 

8.  Levantar o competente auto de notícias, sempre que verifique transgressões ou 
infracções criminais da legislação aplicável ao sector do comércio e de prestação de 
serviços mercantis, por parte do agente económico, entidade ou organismo público ou 
privado. 

Artigo 17º 
(Infracções disciplinares graves) 

Constituem  infracções  disciplinares  graves,  cometidas  pelo  pessoal  técnico  do 


INADEC  e  pelos  quais  responderão  disciplinarmente,  sem  prejuízo  da 
responsabilidade criminal caso haja lugar: 

a)  A  indicação  nos  autos  de  notícia  de  factos  que  não  corresponde  à  realidade 
por si presenciada. 

b)  O exercício das suas funções de forma arbitrária ou com abuso de autoridade. 

c)  A utilização abusiva da sua condição de autoridade pública. 

d)  A inobservância do dever do sigilo profissional.
CAPÍTULO VI 
Técnicas e métodos de funcionamento 

Artigo 18.º 
(Inspecção, fiscalização e visita aos estabelecimentos comerciais) 

1.  O  INADEC  deverá  optimizar  as  inspecções  e  fiscalizações  com  os  demais 
órgãos  de  inspecção  e  fiscalização,  visando  um  mais  fácil  alcance  dos  objectivos 
preconizados e cumprimento dos procedimentos existentes sobre a matéria; 

2.  As  inspecções  aos  estabelecimentos  comerciais  deverão  ser  efectuadas  em 
razão de casos pontuais, cuja execução será objecto de procedimentos que confiram 
garantias aos serviços e salvaguardem os direitos do agente económico; 

3.  A  qualquer  acção  de  inspecção  ou  fiscalização  equivalerá  o  correspondente 


registo  de  visita  no  qual  serão  anotados  todos  os  aspectos  detectados  em 
determinado estabelecimento; 

4.  Os  impressos  de  registo  de  inspecção  (registo  de  visita)  serão  rubricados  em 
duas vias no canto superior direito por um  membro da Direcção, fazendo­se nos fins 
dos  dias  e  das  semanas,  o  controlo  da  utilidade  dada  a  cada  exemplar,  com  a 
subsequente promoção ao seu arquivo ou outro tratamento conveniente; 

5.  Por formas a reduzirem­se os riscos de falsificação, as assinaturas referidas no 
ponto  anterior  serão  apostas  no  impresso  por  um  dos  membros  do  Conselho 
Directivo, rotativamente, cuja indicação caberá ao Director Geral; 

6.  Quando  a  deslocação  do  funcionário  para  qualquer  centro  ou  estabelecimento 
comercial  se  faça  em  função  de  diligências  ou  investigações  pontuais,  o  facto  será 
anunciado ao agente económico, administrador ou gerente da propriedade, logo após 
a identificação; 

7.  Na eventualidade do funcionário detectar um registo de visita anterior que dúvida 
faça, apreendê­lo­á para apresentação a Direcção do INADEC. 

8.  Antes de abandonar o local visitado deve o pessoal técnico, sempre que lhe seja 
possível comunicar o resultado da visita á entidade gestora ou ao seu representante 
legal.
9.  O  pessoal  técnico  fará  ainda  os  necessários  e  adequados  contactos  com  os 
representantes dos trabalhadores, sempre que daí possam resultar vantagens para a 
eficácia da acção de acompanhamento e controlo. 

CAPÍTULO VII 
(Notificações) 

Artigo 19º 

1.  O  atendimento  preliminar  de  pessoas  notificadas  deverá  ser,  sem  prejuízo  da 
interpelação  pelo  superior  hierárquico,  da  competência  do  Chefe  de  Departamento 
que emite a notificação; 

2.  Constatando­se  porém  em  certas  situações,  a  necessidade  da  notificação  ao 
agente  económico  para  a  clarificação  de  eventuais  factos  detectados,  como 
deficiência  no  decorrer  de  uma  inspecção,  dotar­se­á  o  funcionário,  de  alguns 
impressos de notificação devidamente assinados e numerados; 

3.  As  notificações  de  pessoas  a  serem  recebidas  devem  estar  devidamente 
assinadas  pela  pessoa  autorizada  e,  constar  num  caderno  para  efeito  de  controlo  e 
acompanhamento. 

Artigo 20º 
(Autos de Notícia e Denúncia) 

1.  O  técnico  do  INADEC que  presenciar  qualquer infracção  deve levantar  auto  de 


notícia  de  todos  os  factos  (o  dia,  a  hora,  o  local  e  as  circunstâncias  em  que  foi 
cometida,  identificar  o  infractor,  e  fazer  menção  de  tudo  o  que  for  relevante  para 
caracterizar a infracção). 

2.  O auto de notícia é assinado pelo técnico que o levantar, por duas testemunhas, 
havendo­as e pelo infractor, querendo fazê­lo. 

3.  Quando  a  prática  de  uma  infracção  chegar  ao  conhecimento  do  INADEC,  por 
qualquer  via,  nomeadamente  através  de  participações  ou  denuncias,  deve  ser 
levantado um auto de ocorrência que é elaborado nos termos do n.º 1.
4.  O  auto  de  notícia  tem  o  valor  de instrução, e  deve  ser  apresentado  à  entidade 
competente no prazo de vinte e quatro (24) horas com o parecer do autuante sobre a 
existência  e  enquadramento  legal  da  infracção,  das  circunstâncias  em  que  foi 
cometida e da multa aplicável. 

5.  O  disposto  no  número  anterior  não  obsta  a  que  a  entidade  competente  para 
aplicar  a  multa  e outras  medidas,  ordene a instrução  complementar  necessária  para 
apurar a veracidade dos factos ocorridos, e decidir com justiça. 

6.  Uma  vez  elaborado  deve  o  auto  de  notícia  ser  numerado  e  registado  em  livro 
próprio. 

7.  No  auto  de  notícia  e  seus  anexos,  será  apensa  o  mandado  de  cobrança  de 
multa, contendo a multa aplicada e todas importâncias em dívidas apuradas. 

8.  Uma vez confirmado o auto de notícia deve o INADEC remeter, de imediato, ao 
infractor o mandado de liquidação da multa de onde constem nomeadamente: 

a)  Identificação do infractor ou sua propriedade. 

b)  Valor da multa aplicada 

c)  A ordem de pagamento da totalidade indicada, num prazo de (15) quinze dias a 
contar da remessa do mandado. 

9.  A  notificação  é  efectuada  por  um  funcionário  do  INADEC,  designado  para  o 
efeito ou por qualquer agente de autoridade, ficando estes investidos dos poderes que 
a lei confere para a realização do acto. 

10.  A notificação considera­se feita á pessoa do infractor, quando efectuada junto de 
qualquer outra que na altura a represente, ainda que não possua título bastante para 
o efeito. 

11.  Não  sendo  encontrado  qualquer  dos  representantes  referidos  no  número 
anterior,  considerar­se­á  igualmente  efectuada  a  notificação  á  pessoa  do  infractor, 
desde  que  o  funcionário  faça  a  sua  entrega  a  qualquer  pessoa  afecta  á  empresa 
infractora, e desse acto lavre­se a certidão. 

12.  Do  processo  referido  no  n.º  8  deste  artigo  serão  extraídos  cópias  autenticadas 
que sejam necessários à notificação do infractor, ao copiador dos autos de notícia, ao 
processo individual do transgressor, á remessa ao juízo, quando for o caso.
13.  O  tribunal  deverá  informar  ao  INADEC  do  teor  da  sentença  que  tenha  sido 
proferida no julgamento do auto de notícia e da respectiva multa aplicada. 

Artigo 21º 
(Instrução) 

1.  A instrução inicia­se com o auto ou com a denúncia, sempre que seja ordenada, 
e pode fazer­se com qualquer meio de prova não proibido por lei. 

2.  Podem  ser  admitidas  como  provas,  além  das  testemunhas;  declarações, 
peritagens e outras previstas na lei, tais como Fotografias e Vídeos. 

3.  A não comparência do presumível infractor não impede a instrução do processo 
e  a  aplicação  das  sanções  estabelecidas  na  lei,  podendo  os  presumíveis infractores 
fazerem­se representar por advogado. 

Artigo 22º 
(Gestão das Receitas) 

O produto das multas constitui receita do INADEC e em cada multa aplicada, o 
respectivo valor será distribuído nos termos da legislação aplicável. 

Artigo 23º 
(Dúvidas e omissões) 

As  dúvidas  e  omissões  resultantes  da  interpretação  e  aplicação  do  presente 


diploma serão resolvidas por decreto do Ministro do Comércio. 

Artigo 24º 
(Entrada em Vigor) 

O presente regulamento entra em vigor na data da sua publicação.

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