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Terça-feira, 27 de Outubro de 2020 I SÉRIE —

­ Número 205

BOLETIM DA REPÚBLICA
   PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E. P. Art. 4. A presente Resolução entra em vigor a partir da data
da sua publicação.
Aprovada pela Comissão Interministerial da Reforma
AVISO da Administração Pública, ao 24 de Agosto de 2020.
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve Publique-se.
ser remetida em cópia devidamente autenticada, uma O Presidente, Carlos Agostinho do Rosário.
por cada assunto, donde conste, além das indicações
necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte,
assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim
da República».
Estatuto Orgânico do Instituto de Amêndoas
de Moçambique, IP

SUMÁRIO CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Comissão Interministerial da Reforma da Administração
ARTIGO 1
Pública:
(Natureza)
Resolução n.º 39/2020:
Aprova o Estatuto Orgânico do Instituto de Amêndoas O Instituto de Amêndoas de Moçambique, IP, abreviadamente
de Moçambique, IP, abreviadamente designado por IAM, IP. designado por IAM, IP, é uma pessoa colectiva de direito público,
com personalidade jurídica, dotada de autonomia administrativa,
financeira e patrimonial.

ARTIGO 2
(Sede e Delegações)
COMISSÃO INTERMINISTERIAL
DA REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO 1. O IAM, IP, é uma Instituição de âmbito nacional e tem
a sua Sede na Cidade de Maputo.
PÚBLICA 2. O IAM, IP, pode, sempre que o exercício das suas
actividades o justifique, criar ou extinguir Delegações ou outras
Resolução n.º 39/2020 formas de representação, em qualquer parte do território nacional,
por despacho do Ministro que superintende a área da Agricultura,
de 27 de Outubro
ouvido o Ministro que superintende a área das Finanças
Havendo necessidade de aprovar o Estatuto Orgânico e o representante do Estado na Província.
do Instituto de Amêndoas de Moçambique, IP, criado pelo
Decreto n.º 50/2020, de 1 de Julho, ao abrigo do disposto ARTIGO 3
no artigo 1 da Resolução n.º 30/2016, de 31 de Outubro, (Tutela)
a Comissão Interministerial da Reforma da Administração Pública
delibera: 1. A tutela sectorial do IAM, IP é exercida pelo Ministro que
superintende a área da Agricultura e compreende nomeadamente:
Artigo 1. É aprovado o Estatuto Orgânico do Instituto
de Amêndoas de Moçambique, IP, abreviadamente designado por a) Aprovar as políticas gerais, os planos anuais e plurianuais,
IAM, IP em anexo, que é parte integrante da presente Resolução. bem como os respectivos orçamentos;
Art. 2. Compete ao Ministro que superintende a área da b) Propor à tutela financeira os planos de investimento
Agricultura aprovar o Regulamento Interno do IAM, IP no prazo e contratação de créditos comerciais;
de sessenta (60) dias contados a partir da data da publicação da c) Aprovar o Regulamento Interno;
presente Resolução. d) Propor o quadro de pessoal para aprovação pelo órgão
Art. 3. Compete ao Ministro que superintende a área da competente;
Agricultura submeter a proposta do quadro de pessoal do IAM, IP e) Proceder ao controlo do desempenho, em especial
para aprovação pelo órgão competente, no prazo de noventa (90) quanto ao cumprimento dos fins e dos objectivos
dias contados a partir da data da publicação da presente Resolução. estabelecidos;
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f) Revogar ou extinguir os efeitos dos actos ilegais da Agricultura, o IAM, IP pode deter participações sociais em
praticados pelos órgãos do Instituto, nas matérias de empreendimentos e sociedades no Subsector sob sua tutela, de
sua competência; forma a garantir o interesse nacional ou demonstrar viabilidade
g) Exercer acção disciplinar sobre os membros dos órgãos da cadeia de valor ou parte dela.
do Instituto, nos termos da legislação aplicável;
h) Ordenar a realização de acções de inspecção, fiscalização ARTIGO 5
ou auditoria dos actos praticados pelos órgãos; (Competências)
i) Ordenar a realização de inquéritos ou sindicâncias aos
serviços; Compete ao IAM, IP:
j) Propor à entidade competente a nomeação do órgão a) Promover o fomento, comercialização, processamento,
máximo do Instituto, nos termos previstos no presente industrialização e exportação de amêndoas;
Decreto e na legislação aplicável; b) Fiscalizar as actividades de fomento, produção,
k) Aprovar todos os actos que carecem de autorização prévia comercialização, processamento industrialização
da tutela sectorial; e exportação de amêndoas;
l) Criar e extinguir as Delegações Provinciais e outras c) Elaborar e implementar, em coordenação com instituições
formas de representação no território nacional; e nacionais e internacionais especializadas, acções
m) Praticar outros actos de controlo de legalidade. de investigação e transferência de tecnologias
2. A tutela financeira do IAM, IP é exercida pelo Ministro que de produção, processamento e industrialização
superintende a área das Finanças e compreende os seguintes actos: de amêndoas;
a) Aprovar os planos de investimento; d) Analisar e decidir, em coordenação com outras
b) Aprovar a alienação de bens próprios; instituições, sobre a pertinência de introdução no
c) Proceder ao controlo do desempenho financeiro, em País de sementes, plantas ou segmentos vegetais
especial quanto ao cumprimento dos fins e dos de amêndoas;
objectivos estabelecidos e quanto à utilização dos e) Promover programas de educação de produtores sobre
recursos postos à sua disposição; medidas de controlo de pragas e doenças, prevenção
d) Aprovar a contratação de empréstimos internos e externos e combate de queimadas descontroladas;
correntes com a obrigação de reembolso até dois anos; f) Fazer a classificação e a atribuição de qualidade
e) Ordenar a realização de inspecções financeiras; tecnológica de amêndoas para a comercialização
f) Aprovar a proposta de indicação dos membros dentro e fora do País, podendo delegar entidades
do Conselho Fiscal; devidamente certificadas para o efeito;
g) Pronunciar-se sobre a criação e extinção das Delegações g) Zelar pela observância das normas técnicas de produção,
Provinciais e outras formas de representação conservação do solo e de defesa do meio ambiente
no território nacional; e na implementação de acções relativas ao cultivo
h) Praticar outros actos de controlo financeiro nos termos e industrialização de amêndoas;
do Decreto de criação e demais legislação aplicável. h) Coordenar acções com os actores da cadeia de valor de
amêndoas nas áreas de produção, comercialização,
ARTIGO 4 processamento, industrialização e exportação;
(Atribuições) i) Intervir, como agente de comercialização de último
recurso, para relançar e assegurar o escoamento da
1. São atribuições do IAM, IP:
produção proveniente de culturas sob sua tutela, na
a) Promoção de programas de fomento e investigação falta de agentes privados;
de amêndoas; j) Estabelecer memorandos de entendimento, contratos,
b) Coordenação das actividades de investigação, produção, acordos de cooperação e outras formas de ligação
comercialização, processamento e exportação com organismos e instituições nacionais e estrangeiras
de amêndoas; congéneres ou que directas ou indirectamente se ocupem
c) Criação e promoção do ambiente para o desenvolvimento pela produção, comercialização, processamento,
de cadeias de valor de amêndoas com interesse industrialização e exportação de amêndoas;
económico para o País; k) Estabelecer parcerias para programas de investigação
d) Promoção, em coordenação com o sector que superintende de amêndoas, na perspectiva do desenvolvimento de
a área da Indústria, do processamento de amêndoas; negócios dentro e fora do país; e
e) Promoção do aproveitamento industrial dos subprodutos l) Incentivar a formação e desenvolvimento de instituições
de amêndoas; de interesse comum ao Subsector de Amêndoas.
f) Promoção de novas tecnologias de cultivo e do processa-
mento de amêndoas; CAPÍTULO II
g) Realização de acções de formação de técnicos vinculados
ao IAM, IP e de Extensionistas da Rede Pública; Sistema Orgânico
h) Promoção do desenvolvimento organizacional de ARTIGO 6
grémios e instituições de interesse comum para (Órgãos)
o Subsector de Amêndoas; e
i) Promoção do treinamento de actores e transferência São órgãos do IAM, IP:
de tecnologias de produção e acréscimo de valor a) Conselho de Direcção;
de amêndoas. b) Conselho Fiscal;
2. Mediante prévia autorização do Ministro que superintende c) Conselho Consultivo; e
a área das Finanças, ouvido o Ministro que superintende a área d) Conselho Técnico.
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ARTIGO 7 ARTIGO 10
(Conselho de Direcção) (Competências do Director-Geral)

1. O Conselho de Direcção é o órgão de coordenação e gestão Compete ao Director-Geral do IAM, IP:


das actividades do IAM, IP, é dirigido pelo Director-Geral, a) Assegurar o funcionamento do IAM, IP;
cabendo-lhe pronunciar-se sobre as matérias que para o efeito b) Dirigir o Instituto e coordenar as suas actividades;
sejam presentes nos termos do presente Decreto, do Estatuto
c) Outorgar contractos com instituições ou pessoal e decidir
Orgânico e do Regulamento Interno.
sobre os mesmos, nos casos da sua competência;
2. O Conselho de Direcção tem a seguinte composição:
d) Nomear e exonerar os titulares das unidades orgânicas;
a) Director-Geral; e) Nomear e exonerar os Delegados Provinciais e de outras
b) Director-Geral Adjunto; e
formas de representação, ouvidos o Secretário de
c) Titulares das unidades orgânicas que respondem
Estado na Província e o Governador de Província;
directamente ao Director-Geral.
f) Nomear e exonerar os Chefes de Departamento Provincial
3. O Conselho de Direcção reúne-se, ordinariamente, de quinze
e os Chefes de Repartição Provincial, ouvido
em quinze dias e extraordinariamente, sempre que for convocado
o Delegado Provincial;
pelo Director-Geral ou a pedido da maioria dos seus membros.
4. Podem ser convidados a participar das sessões outros g) Convocar e presidir as reuniões do Conselho de Direcção,
técnicos ou entidades a designar pelo Director-Geral, consoante do Conselho Consultivo e do Conselho Técnico
a natureza das matérias a tratar. e assegurar o seu funcionamento;
h) Representar o IAM, IP, junto de outras entidades
ARTIGO 8 nacionais e estrangeiras;
(Direcção) i) Elaborar e gerir projectos, infra-estruturas e outros
empreendimentos de apoio à produção;
1. O IAM, IP, é dirigido por um Director-Geral, coadjuvado j) Executar e fazer cumprir a lei, as resoluções e as
por um Director-Geral Adjunto, ambos nomeados pelo Primeiro-
deliberações do Conselho de Direcção;
Ministro sob proposta do Ministro que superintende a área
k) Coordenar a elaboração do plano anual de actividade
da Agricultura.
2. O mandato do Director-Geral e do Director-Geral Adjunto do IAM, IP;
do IAM, IP, é de quatro (4) anos renovável uma única vez. l) Exercer poderes de direcção, gestão e disciplina do
3. O mandato do Director-Geral e do Director-Geral Adjunto pessoal do IAM, IP;
pode cessar antes do seu termo por decisão fundamentada da m) Controlar a arrecadação de receitas do IAM, IP;
entidade com competência para nomear, com base em justa causa, n) Arbitrar conflitos e diferenças em volta da qualidade
sem direito a qualquer indemnização ou compensação. tecnológica de amêndoas e dos seus produtos;
o) Administrar os recursos humanos, financeiros
ARTIGO 9 e patrimoniais do IAM, IP;
(Competências do Conselho de Direcção) p) Mobilizar parcerias técnico-financeiras para o desenvol-
vimento da instituição e do Subsector de Amêndoas; e
Compete ao Conselho de Direcção:
q) Realizar outras actividades que lhe sejam acometidas por
a) Elaborar os planos anuais e os respectivos orçamentos,
Lei, do Decreto de criação do IAM, IP, do Estatuto
plurianuais de actividades e assegurar a respectiva
Orgânico, do Regulamento Interno e de demais
execução;
b) Acompanhar e avaliar sistematicamente as actividades legislação aplicável.
desenvolvidas, designadamente a utilização dos meios
ARTIGO 11
postos à sua disposição e os resultados alcançados;
c) Elaborar relatórios de actividades; (Competência do Director-Geral Adjunto)
d) Elaborar balanços, nos termos da legislação aplicável;
Compete ao Director-Geral Adjunto:
e) Autorizar a realização das despesas e a contratação de
serviços de assistência técnica nos termos da legislação a) Coadjuvar o Director-Geral do IAM, IP, no desempenho
aplicável; das suas funções;
f) Convocar e presidir as reuniões do Conselho de Direcção b) Substituir o Director-Geral do IAM, IP, nas suas
e assegurar o seu funcionamento; ausências e impedimentos; e
g) Aprovar os projectos dos regulamentos previstos no c) Exercer as demais actividades de que tenha sido
Estatuto Orgânico e os que sejam necessários ao incumbido pelo Director-Geral.
desempenho das suas atribuições e competências;
ARTIGO 12
h) Praticar os demais actos de gestão decorrentes da
aplicação do Estatuto Orgânico necessários ao bom (Conselho Fiscal)
funcionamento dos Serviços;
i) Estudar e analisar quaisquer outros assuntos de 1. O Conselho Fiscal é o órgão de controlo da legalidade, da
natureza técnica e científica, relacionados com actividade, regularidade e boa gestão financeira e patrimonial
o desenvolvimento das actividades do IAM, IP; do IAM, IP.
j) Harmonizar as propostas de relatórios de balanço 2. O Conselho Fiscal é composto por três membros, sendo
periódicos e do Plano Económico e Social; e um Presidente e dois Vogais, representando as áreas de tutela
k) Exercer outros poderes que constem do Decreto de criação Financeira, Agricultura e da Função Pública.
do IAM, IP, do Estatuto Orgânico, do Regulamento 3. O mandato dos membros do Conselho Fiscal é de três anos,
Interno e demais legislações aplicáveis. podendo ser renovado uma única vez por igual período.
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4. Os membros do Conselho Fiscal são nomeados por despacho r) Aferir o grau de observância das instruções técnicas
conjunto dos Ministros que superintendem as áreas das Finanças, e metodológicas emitidas pela entidade de tutela
Função Pública e da Agricultura. sectorial;
5. O Conselho Fiscal reúne-se trimestralmente, mediante s) Aferir o grau de alcance das metas periódicas definidas
convocação formal do respectivo Presidente, em sessões pelo IAM, IP, bem assim pelo Ministro ou entidade
ordinárias e, extraordinariamente, sempre que se mostre de tutela; e
necessário, por solicitação de dois dos seus membros ou, ainda, t) Pronunciar-se sobre os assuntos que lhe sejam
a pedido da Direcção-Geral. submetidos pela Direcção-Geral do IAM, IP, Tribunal
6. As deliberações do Conselho Fiscal são tomadas por maioria Administrativo e pelas entidades que integram o
de votos expressos, desde que esteja presente a maioria dos seus sistema de controlo interno da administração financeira
do Estado.
membros em exercício, incluindo o Presidente, que representa o
Ministério de tutela Financeira tendo este, ou quem o substitua, 2. Os membros do Conselho Fiscal participam obrigatoriamente
voto de qualidade. nas reuniões da Direcção-Geral, em que se aprecia
o relatório e contas e a proposta de orçamento.
ARTIGO 13
ARTIGO 14
(Competências do Conselho Fiscal)
(Conselho Consultivo)
1. Compete ao Conselho Fiscal o seguinte:
1. O Conselho Consultivo é um órgão alargado de consulta
a) Verificar, fiscalizar e apreciar o cumprimento
com função de planificação estratégica e coordenação das acções
da legislação aplicável à gestão do IAM, IP;
da instituição.
b) Acompanhar a execução orçamental, a situação 2. O Conselho Consultivo tem a seguinte composição:
económica, financeira e patrimonial do IAM, IP;
a) Director-Geral;
c) Examinar, trimestralmente, a contabilidade do IAM, IP;
d) Emitir parecer sobre propostas orçamentais do IAM, IP e b) Director-Geral Adjunto;
respectivas revisões e alterações, incluindo o plano de c) Titulares das unidades orgânicas;
actividades e respectiva cobertura orçamental; d) Chefes de Departamento Central Autónomo;
e) Dar parecer sobre relatórios de gestão de exercício e da e) Delegados Provinciais;
conta de gerência e de auditoria, incluindo documentos f) Um representante de Produtores do Sector Familiar;
de certificação legal de contas; g) Um representante de Produtores Comerciais;
f) Dar parecer sobre aquisição, arrendamento, alienação h) Um representante de empresas de comercialização
e oneração de bens e imóveis; e exportação de amêndoas;
g) Dar parecer sobre aceitação de doações, heranças i) Um representante do Ministério que superintende a área
ou legados; das Finanças;
h) Dar parecer sobre a contratação de empréstimos e suas j) Um representante do Ministério que superintende a área
condições de pagamento; da Indústria e Comércio;
i) Manter a Direcção-Geral informada sobre os resultados k) Um representante da Indústria de Processamento
das verificações e exames que proceda; das amêndoas;
j) Elaborar relatórios da sua acção fiscalizadora, incluindo l) Um representante do Sindicato da indústria de
um relatório anual global; processamento das amêndoas.
k) Propor ao Ministro da tutela financeira e à Direcção-Geral 3. Podem ser convidados a participar das sessões do Conselho
do IAM, IP a realização de auditorias externas, quando Consultivo técnicos e outros parceiros de acordo com a matéria a
isso se revelar necessário ou conveniente; ser abordada mediante a autorização do Director-Geral.
l) Avaliar a eficiência, eficácia e efectividade dos 4. Podem ser convidados a participar do Conselho Consultivo,
processos de descentralização e desconcentração personalidades, de reconhecida competência, experiência
das competências e verificar o seu funcionamento; e idoneidade profissional nos sectores relacionados com as
m) Verificar a eficácia dos mecanismos e técnicas adoptadas actividades do IAM, IP.
pelo IAM, IP para o atendimento e prestação 5. O Consultivo reúne-se, ordinariamente, uma vez por ano e,
de serviços públicos; extraordinariamente, sempre que convocado pelo Director-Geral.
n) Fiscalizar a aplicação do Estatuto Orgânico do IAM,
IP, do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes ARTIGO 15
do Estado e demais legislações relativas ao pessoal, (Competências do Conselho Consultivo)
ao procedimento administrativo e ao funcionamento
do IAM, IP e outra legislação de carácter geral Compete ao Conselho Consultivo:
à Administração Pública; a) Analisar e aprovar os planos e orçamento anual, bem
o) Fiscalizar a aplicação do Estatuto Orgânico do IAM, como o relatório de actividades e de contas e da sua
IP, do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes execução;
do Estado e demais legislação relativa ao pessoal, b) Apreciar e pronunciar-se sobre o grau de cumprimento
ao procedimento administrativo e ao funcionamento dos planos e programas de actividade do ano anterior;
do IAM, IP e de outra legislação de carácter geral c) Propor medidas consideradas convenientes ao bom
à Administração Pública; funcionamento da instituição;
p) Aferir o grau de resposta dado pelo IAM, IP d) Apreciar projectos e propostas de normas e estratégias
às solicitações dos cidadãos ou da classe servida; sobre o processo de desenvolvimento e dos planos e
q) Averiguar o nível de alinhamento dos planos programas de médio e longo prazo da instituição; e
de actividade adoptados e implementados pelo IAM, e) Outras matérias de interesse no âmbito da política
IP com os objectivos e prioridades do Governo; da qualidade.
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ARTIGO 16 l) Representantes do Ministério que superintende a área


da Indústria e Comércio;
(Conselho Técnico)
m) Um representante da Indústria de Processamento
1. O Conselho Técnico é o colectivo que assiste o Director- de Amêndoas; e
Geral na coordenação das actividades no IAM, IP, em questões n) Representantes do Sindicato da Indústria de Processamento
técnicas de especialidade, tendo como função estudar e emitir de Amêndoas.
pareceres sobre aspectos importantes de carácter técnico-científico 4. A proposta de preço de comercialização primária de
relacionados com a actividade do IAM, IP. amêndoas é aprovada pelo Ministro que superintende a tutela
2. O Conselho Técnico tem a seguinte composição. sectorial.
a) Director-Geral que o preside; 5. Podem ser convidados a participar das sessões do Comité de
b) Director-Geral Adjunto; Amêndoas técnicos e outros parceiros de acordo com a matéria a
c) Directores de Serviços Centrais; ser abordada mediante a autorização do Director-Geral.
d) Chefes de Departamentos Centrais Autónomos; e 6. O Comité de Amêndoas pode-se reunir em qualquer parte
e) Delegados Provinciais. do território nacional.
3. O Director-Geral pode convidar a participar no Conselho CAPÍTULO III
Técnico, outros quadros do IAM, IP, personalidades de
Estrutura e Funções das Unidades Orgânicas
reconhecida competência, experiência e idoneidade profissional
nos sectores relacionados com as actividades do IAM, IP. ARTIGO 18
4. O Conselho Técnico reúne-se semestralmente (Estrutura)
e extraordinariamente, sempre que o seu presidente o convoque.
O IAM, IP tem a seguinte estrutura:
ARTIGO 17 a) Serviços Centrais de Desenvolvimento da Produção
de Amêndoas;
(Competências do Conselho Técnico)
b) Serviços Centrais de Investigação de Amêndoas;
1. Compete ao Conselho Técnico: c) Serviços Centrais de Estudos, Planificação e Cooperação;
a) Analisar e discutir aspectos técnicos e científicos d) Departamento da Administração e Finanças;
relacionados com o plano de desenvolvimento das e) Departamento de Recursos Humanos;
actividades do IAM, IP; f) Departamento de Informação e Comunicação; e
b) Pronunciar-se sobre assuntos de natureza técnica g) Departamento de Aquisições.
relacionados com a actividade do IAM, IP;
c) Estudar assuntos de carácter técnico e específicos, que lhe ARTIGO 19
sejam presentes por qualquer dos seus constituintes; (Serviços Centrais de Desenvolvimento da Produção
d) Propor acções concretas para a melhoria do funcionamento de Amêndoas)
dos Serviços Centrais;
e) Monitorar e fiscalizar o processo de comercialização das 1. São funções dos Serviços Centrais de Desenvolvimento
amêndoas em toda cadeia de valor; da Produção de Amêndoas:
f) Pronunciar-se sobre oportunidades de desenvolvimento a) Promover a intensificação sustentável da produção
das cadeias de valor das amêndoas bem como sobre de amêndoas;
os desafios técnicos que a elas se impõem; e b) Promover o desenvolvimento de provedores de bens,
g) Exercer as demais competências que lhe forem atribuídas insumos e serviços de apoio à produção;
pelo Conselho de Direcção. c) Fomentar o desenvolvimento das tecnologias de produção
2. O Conselho Técnico tem o Comité de Amêndoas como de amêndoas aos produtores de sector familiar;
mecanismo de consulta permanente para propor e monitorar d) Divulgar e transferir tecnologias de produção de
decisões prementes sobre a fixação, publicação regular e periódica amêndoas apropriadas para os produtores do sector
do preço na comercialização primária de amêndoas e para a familiar;
determinação do Valor FOB (Preço no Porto de Embarque) a ser e) Desenvolver a base de dados dos produtores familiares
observado nas exportações de amêndoas. de amêndoas;
3. O Comité de Amêndoas tem a seguinte composição: f) Promover o desenvolvimento do sector comercial de
a) Director-Geral, que o preside; amêndoas, bem como a organização de produtores;
b) Director-Geral Adjunto; g) Promover o desenvolvimento de plantações comerciais
c) Titulares das unidades orgânicas; de amêndoas;
d) Chefes de Departamentos Autónomos; h) Assegurar a integração das intervenções técnicas
e) Delegados Provinciais; no Sistema Unificado de Extensão (SUE);
f) Representantes de Produtores de Amêndoas do Sector i) Promover práticas de investimento e produção, que
Familiar; propiciem o acesso a nichos de mercados bem como
g) Representantes de Produtores Comerciais de Amêndoas; sustentabilidade ambiental e social;
h) Representantes de Empresas de Comercialização j) Promover as diversas formas de organização de produ-
e Exportação de Amêndoas; tores de amêndoas;
i) Um representante do Ministério que superintende a área k) Apoiar as organizações de produtores na identificação,
das Finanças; formulação e implementação de projectos agrícolas;
j) Representantes das Alfândegas de Moçambique; l) Conceber e implementar estratégias de assistência à
k) Representantes do Instituto Nacional de Actividades transformação da produção de subsistência para uma
Económicas (INAE); produção familiar orientada para o mercado;
1730 I SÉRIE — NÚMERO 205

m) Coordenar a implementação e divulgação de boas ARTIGO 21


práticas de produção de amêndoas adaptadas às (Serviços Centrais de Estudos, Planificação e Cooperação)
mudanças climáticas que contribuam para o uso
sustentável dos recursos naturais; e 1. São funções dos Serviços Centrais de Estudos, Planificação
e Cooperação:
n) Realizar as demais actividades integradas no seu âmbito
de competências ou que lhe forem superiormente a) No domínio de estudos:
incumbidas. i. Propor e actualizar o quadro de políticas, estratégias,
2. Os Serviços Centrais de Desenvolvimento da Produção de legislação e demais regulamentação do Subsector
Amêndoas são dirigidos por um Director de Serviços Centrais de Amêndoas;
apurado em concurso público e nomeado pelo Director-Geral. ii. Preparar propostas para a mobilização de recursos
internos e externos para o desenvolvimento das
ARTIGO 20 áreas sob tutela do IAM, IP;
iii. Propor mecanismos de financiamento adequado
(Serviços Centrais de Investigação de Amêndoas) à realidade da cadeia de valor de amêndoas;
iv. Efectuar estudos que se revelem necessários nas áreas
1. São funções dos Serviços Centrais de Investigação
económica e social;
de Amêndoas:
v. Promover a participação de produtores familiares nos
a) Realizar estudos laboratoriais e de campo para a obtenção processos de desenvolvimento económico através
de resultados científicos que contribuam para o desen- da capacitação, inovação, tecnologias apropriadas
volvimento de amêndoas; e parcerias com investidores;
b) Promover a coordenação das actividades de investigação vi. Proceder ao diagnóstico do sector, visando avaliar
de amêndoas com outras entidades científicas a sua cobertura, a eficácia interna e externa bem
homólogas e academias a nível nacional e internacional; como a utilização dos recursos humanos, materiais
e financeiros;
c) Assegurar a produção de semente e de outros materiais
vii. Dinamizar o desenvolvimento de cadeias de valor
de propagação de qualidade no mercado nacional,
de amêndoas que estimulem a competitividade
adequada aos produtores familiar e comercial; e promova a identidade e visibilidade económica
d) Produzir material de divulgação de tecnologias testadas e local;
adequadas para os produtores familiares e comerciais; viii. Fiscalizar as actividades de comercialização interna
e) Desenvolver tecnologias agronómicas e práticas e externa de amêndoas;
sustentáveis para a prevenção e maneio de pragas ix. Promover a industrialização local de amêndoas
e doenças de amêndoas; e de seus subprodutos;
f) Mapear a situação epidemiológica das principais pragas b) No domínio de planificação:
e doenças das culturas de amêndoas; i. Preparar e globalizar a proposta do plano económico-
g) Promover, em coordenação com outras entidades social e orçamento anual e plurianual do IAM, IP;
competentes, a produção de semente certificada ou de ii. Produzir e divulgar estatísticas sobre o Subsector
outro material de propagação de amêndoas; de Amêndoas;
h) Conceber, implementar e gerir programas de iii. Preparar o plano de actividades e orçamento para
melhoramento genético de amêndoas; outorgar em Contrato-Programa com o Governo,
bem como monitorar e reportar sobre a sua
i) Realizar a prospecção, colecta, caracterização, avaliação, implementação;
intercâmbio, quarentena, conservação e multiplicação iv. Elaborar o balanço do Plano Económico e Social;
do germoplasma de amêndoas; v. Elaborar relatórios periódicos de actividades;
j) Orientar o processo de elaboração de protocolos de vi. Elaborar, divulgar e controlar o cumprimento
ensaios, delineamento experimental e condução de das normas e metodologias gerais do sistema
experimentos nas áreas de protecção e nutrição de de planificação sectorial;
amêndoas, melhoramento genético, transferência vii. Monitorar e avaliar a execução dos planos e do
orçamento anual do IAM, IP, propondo os reajustes
de tecnologias, agro processamento e de estudos que se relevarem pertinentes;
socioeconómicos;
c) No domínio da cooperação:
k) Participar na elaboração de projectos, planos e programas
i. Promover a participação e imagem do IAM, IP
de actividades de investigação e orçamento, bem como
nas convenções, reuniões e fóruns internos
na sua execução, monitoria e avaliação; e internacionais;
l) Elaborar e realizar os modelos biométricos aos programas ii. Assegurar o acesso e divulgação de publicações de
de melhoramento genético de amêndoas e, sobretudo, especialidade que possam servir de suporte no
fazer análise e interpretação estatística dos resultados processo de decisão;
obtidos; e iii. Apoiar o sector empresarial na identificação
m) Realizar as demais actividades integradas no seu âmbito e prospecção de mercados internacionais
de competências ou que lhe forem superiormente competitivos;
iv. Atrair investimentos estrangeiros para o Subsector
incumbidas. de Amêndoas; e
2. Os Serviços Centrais de Investigação de Amêndoas são v. Realizar as demais actividades integradas no
dirigidos por um Director de Serviços Centrais apurado em seu âmbito de competências ou que lhe forem
concurso público e nomeado pelo Director-Geral. superiormente incumbidas.
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2. Os Serviços Centrais de Estudos, Planificação e Cooperação k) Zelar pelo cumprimento e observância da legislação
são dirigidos por um Director de Serviços Centrais apurado em aplicável ao IAM, IP; e
concurso público e nomeado pelo Director-Geral. l) Realizar as demais actividades integradas no seu âmbito
de competências ou que lhe forem superiormente
ARTIGO 22 incumbidas.
(Departamento de Administração e Finanças) 2. O Departamento de Recursos Humanos é dirigido por
1. São funções do Departamento de Administração e Finanças: um Chefe do Departamento Central Autónomo nomeado
pelo Director-Geral.
a) Participar na elaboração de propostas de orçamento das
actividades do IAM, IP; ARTIGO 24
b) Garantir a execução e assegurar a legalidade e eficiência
na realização das despesas do IAM, IP; (Departamento de Informação e Comunicação)
c) Elaborar relatórios periódicos da execução orçamental; 1. São funções do Departamento de Informação e Comunicação:
d) Elaborar o relatório financeiro anual e o da conta
a) Planificar e desenvolver uma estratégia integrada de
de gerência;
comunicação e imagem do IAM, IP;
e) Assegurar a arrecadação de receitas resultantes dos
serviços prestados pelo IAM, IP e a sua inscrição no b) Conservar e preservar o acervo da memória institucional
orçamento do Estado; do IAM, IP;
f) Assegurar a aquisição e distribuição dos bens patrimoniais c) Coordenar a edição, registo e publicação de documentação
e consumíveis necessários ao bom funcionamento de interesse para o Subsector de Amêndoas;
do IAM, IP; d) Disseminar a informação sobre amêndoas através de
g) Garantir a gestão e controlo de bens patrimoniais publicações e de outros meios de comunicação;
do Instituto; e) Gerir actividades de divulgação, publicidade e marketing
h) Zelar pela conservação dos bens imóveis e móveis do IAM, IP;
existentes bem como dos respectivos títulos; f) Assegurar os contactos do IAM, IP com os órgãos de
i) Implementar as normas estabelecidas para a documentação, comunicação social;
informação e arquivos do IAM, IP; g) Assegurar a organização de eventos em coordenação com
j) Conservar em arquivo os documentos contabilísticos as demais unidades orgânicas do IAM, IP;
e livros de escrituração; h) Coordenar a criação de símbolos e materiais de identidade
k) Implementar o Sistema Nacional do Arquivo do Estado visual do IAM, IP;
(SNAE); e i) Prover e gerir as Tecnologias de Informação
l) Realizar as demais actividades integradas no seu âmbito e Comunicação do IAM, IP;
de competências ou que lhe forem superiormente j) Elaborar propostas de implementação de novas
incumbidas. Tecnologias de Informação e Comunicação
2. O Departamento de Administração e Finanças é dirigido no IAM, IP;
por um Chefe do Departamento Central Autónomo nomeado k) Propor a definição de padrões de equipamento informático
pelo Director-Geral. hardware e software a adquirir para o IAM, IP;
l) Gerir e coordenar a informatização de todos os sistemas
ARTIGO 23 de informação do IAM, IP;
(Departamento de Recursos Humanos) m) Participar na criação, manutenção e desenvolvimento
de um banco de dados para o processamento de
1. São funções do Departamento de Recursos Humanos: informação estatística do IAM, IP;
a) Garantir a implementação do Estatuto Geral dos Funcio- n) Promover o intercâmbio com outras instituições no
nários e Agentes do Estado e demais legislação domínio da documentação da informação; e
complementar aplicável à gestão e administração o) Realizar outras actividades integradas no seu âmbito
de pessoal; de competências ou que lhe forem superiormente
b) Elaborar o plano e acções estratégicos de formação, incumbidas.
gestão e de desenvolvimento de recursos humanos; 2. O Departamento de Informação e Comunicação é dirigido
c) Organizar, controlar e manter actualizado o e-CAF por um Chefe do Departamento Central Autónomo nomeado
(Cadastro dos Funcionários e Agentes do Estado); pelo Director-Geral.
d) Assegurar a realização da avaliação do desempenho
dos Funcionários e Agentes do Estado; ARTIGO 25
e) Organizar, controlar e manter a actualizado o e-SIP
do sector, de acordo com as orientações e normas (Departamento de Aquisições)
definidas pelos órgãos competentes; 1. São funções do Departamento de Aquisições:
f) Implementar as normas de previdência social dos
a) Elaborar o plano de aquisições;
Funcionários e Agentes do Estado;
b) Implementar e monitorar o plano de aquisições de acordo
g) Planificar, implementar e controlar o estudo de legislação;
h) Implementar as actividades no âmbito das políticas com a legislação sobre Empreitadas de Obras Públicas,
e estratégias de prevenção e controlo de doenças Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços
crónicas e degenerativas, do género e da pessoa ao Estado;
portadora de deficiência na função pública; c) Apoiar as Delegações Provinciais, nos processos
i) Assegurar a implementação da estratégia de género no de contratação de empreitada e fornecimento de bens
Subsector de amêndoas; e prestação de serviços;
j) Emitir pareceres e prestar assessoria jurídica à Direcção- d) Prestar assistência ao júri nomeado para cada processo
-Geral do IAM, IP; de contratação;
1732 I SÉRIE — NÚMERO 205

e) Administrar os contratos, zelar pelo cumprimento ARTIGO 29


e proceder a guarda dos processos de cada contratação; (Competências do Delegado Provincial)
f) Harmonizar com os Serviços Centrais de Estudos,
Planificação e Cooperação e com o Departamento Compete ao Delegado Provincial:
de Administração e Finanças a base de dados a) Representar o IAM, IP na respectiva área de jurisdição;
das aquisições; e b) Dirigir, organizar e planificar as actividades da Delegação
g) Realizar as demais funções definidas no âmbito Provincial, de acordo com as estratégias e em
de legislação específica. conformidade com a legislação em vigor;
2. O Departamento de Aquisições é dirigido por um Chefe do c) Dirigir o colectivo da Delegação Provincial e reportar
Departamento Central Autónomo nomeado pelo Director-Geral. à Direcção-Geral;
d) Promover a colaboração com outras entidades que, na
CAPÍTULO IV respectiva área de jurisdição, prossigam finalidades
Representação Local do Instituto de Amêndoas, IP. similares às do IAM, IP;
e) Assegurar a gestão dos recursos humanos em conformidade
ARTIGO 26
com o Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes
(Delegações) do Estado;
f) Assegurar a gestão dos recursos financeiros e patrimoniais
1. O IAM, IP ao nível local é representado por Delegações
adstritos à Delegação;
Provinciais e exercem as atribuições e objectivos do IAM, IP no
g) Assegurar a aplicação das normas e regulamentos
âmbito da sua jurisdição.
do Subsector de Amêndoas;
2. A Delegação Provincial é dirigida por um Delegado nomeado
h) Com base em despachos do Director-Geral, assinar
pelo Director-Geral do IAM, IP, ouvidos, o representante do
memorandos e acordos de parcerias com instituições
Estado na Província.
locais com interesse na cadeia de valor de amêndoas;
3. A organização e funcionamento da Delegação constam
i) Elaborar e remeter ao Director-Geral a proposta de plano
do Regulamento Interno do IAM, IP.
de actividades e orçamento a desenvolver;
ARTIGO 27 j) Decidir, ao seu nível, a aplicação das medidas de execução
imediata que lhe forem presentes;
(Subordinação)
k) Propor ao Director-Geral a nomeação e exoneração dos
1. O Delegado Provincial subordina-se centralmente, Chefes de Departamento e de Repartição Provincial;
sem prejuízo do dever de articulação e coordenação com l) Exercer o poder disciplinar sobre os Funcionários
o representante do Estado na Província. e Agentes do Estado a si subordinados; e
2. A articulação e coordenação referidas no número 1 m) Realizar as demais actividades integradas no seu âmbito
do presente artigo materializam-se através da programação de competências ou que lhe forem superiormente
e realização de actividades conjuntas e partilha de informação incumbidas.
periódica.
ARTIGO 30
ARTIGO 28 (Estrutura das Delegações)
(Funções das Delegações)
A estrutura das Delegações consta do Regulamento Interno
São funções das Delegações do IAM, IP: do Instituto de Amêndoas, Instituto Público.
a) Promover o fomento e orientar as actividades relacionadas CAPÍTULO V
com a produção, comercialização, processamento,
industrialização e exportação de amêndoas; (Regime de Pessoal, Gestão Financeira e Património)
b) Assegurar e coordenar todas as acções operativas ao nível ARTIGO 31
da respectiva área de sua jurisdição; (Regime de Pessoal)
c) Acompanhar, apoiar e fiscalizar todas as actividades do
Subsector de Amêndoas na área de sua jurisdição; 1. Ao pessoal do IAM, IP, aplica-se o regime jurídico da
d) Elaborar o plano e orçamento anual de actividades função pública.
e submetê-lo ao Conselho de Direcção e à apreciação 2. Os trabalhadores contratados pelo IAM, IP regem-se pela Lei
do Secretário de Estado na Província e do Governador do Trabalho e demais legislação aplicável a contratos de trabalho.
de Província; 3. Os Ministros que superintendem as áreas da Agricultura,
e) Garantir a aplicação das normas e regulamentos Finanças e Função Pública, por Diploma Ministerial conjunto,
do Subsector de Amêndoas; decidem a tabela salarial específica do IAM, IP.
f) Gerir os meios materiais, humanos e financeiros
necessários ao seu funcionamento; ARTIGO 32
g) Elaborar relatórios periódicos de actividades e submetê- (Receitas)
los ao Conselho de Direcção;
h) Elaborar relatórios periódicos e submetê-los à apreciação 1. Constituem receitas do IAM, IP:
e avaliação do Secretário de Estado na Província a) O produto da venda de bens e serviços;
e do Governador de Província; e b) As taxas de sobrevalorização da exportação de amêndoas;
i) Elaborar os inventários periódicos dos bens patrimoniais c) Saldos das contas de exercícios findos;
e zelar pelo cumprimento do Regulamento d) O rendimento de bens próprios e os provenientes da sua
do Património do Estado. actividade;
27 DE OUTUBRO DE 2020 1733

e) Os subsídios, comparticipações, subvenções ou doações 5. A alienação de bens patrimoniais próprios, de carácter


atribuídas por quaisquer entidades públicas ou duradouro, do IAM, IP, carece da autorização do Ministro que
privadas, nacionais ou estrangeiras; superintende a área das Finanças, ouvido o Ministro da tutela
f) Os contravalores, donativos ou créditos destinados sectorial, estando a alienação de bens cujo valor seja igual ou
ao Subsector de Amêndoas; e superior a 80% do património total dependente da autorização
g) As dotações inscritas no Orçamento do Estado. prévia do Conselho de Ministros.
2. A percentagem da receita a consignar é estabelecida por 6. Para efeitos de alienação do património pelo IAM, IP,
despacho conjunto dos Ministros que exercem a tutela sectorial aplica-se o Regulamento do Património do Estado e demais
e financeira, legislação aplicável.
ARTIGO 33 ARTIGO 35
(Despesas) (Contrato-Programa)

São despesas do IAM, IP: 1. O IAM, IP, e os Ministros que superintendem as áreas
a) Os encargos resultantes do respectivo funcionamento, da Agricultura e das Finanças estabelecem entre si e outorgam
investimento e do exercício das competências que lhe Contratos-Programa, com duração de quatro anos, para a
são atribuídas, incluindo os decorrentes de medidas realização de actividades, acções e metas específicas, no âmbito
para desenvolvimento de recursos humanos; de suas atribuições.
b) Os custos de aquisição, manutenção e conservação dos 2. Os Contratos-Programa definem e devem conter, entre
bens móveis e imóveis, equipamentos ou serviços que outras matérias:
tenha de utilizar;
a) As orientações estratégicas do IAM, IP, derivadas das
c) Outras despesas ou encargos nos termos da legislação
orientações estratégicas do Governo;
aplicável.
b) As actividades visando a implementação das orientações
ARTIGO 34 estratégicas na área do fomento, produção,
comercialização, processamento, industrialização
(Património)
e exportação de amêndoas e subprodutos;
1. O património do IAM, IP é constituído pelos bens, infra- c) Os objectivos, a quantificação dos resultados
estruturas de produção, direitos e obrigações de conteúdo e das actividades a realizar;
económico. d) O nível, qualidade e especificações dos serviços
2. Por despacho do Ministro que superintende a área das a prestar; e
Finanças, o IAM, IP pode adquirir bens do património do Estado e) As orientações de carácter social, económico e financeiro
que lhes sejam cedidos para fins de interesse público. do IAM, IP, designadamente os investimentos, bem
3. Os bens do IAM, IP que se revelarem desnecessários como as fontes do respectivo financiamento.
ou inadequados ao cumprimento das suas atribuições são
incorporados ao património do Estado, salvo quando devam ser 3. Os Contratos-Programa comportam orçamento próprio,
alienados, sendo essa incorporação determinada por despacho do proveniente de fundos próprios do IAM, IP, de orçamentos
Ministro que superintende a área das Finanças. adicionais do Estado, bem como de outras fontes, incluindo
4. O IAM, IP elabora e mantém actualizado, anualmente, com as externas.
referência a 31 de Dezembro, o inventário de bens e direitos, tanto 4. O balanço da execução dos Contratos-Programa
os próprios como os do Estado que lhe estejam afectos, e prepara é apresentado anualmente, como componente do relatório anual,
o respectivo balanço. aos respectivos Ministros de tutela.
Preço — 50,00 MT

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P.

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