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Quarta-feira, 24 de Novembro de 2010 I SERIE - Número 47

BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P. Francas Industriais (ZFI), em anexo, que é parte integrante do
presente Diploma Ministerial.
AVISO Art. 2. Compete aos Directores-Gerais das Alfândegas e dos
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve Impostos propor alterações aos procedimentos previstos no
ser remetida em cópia devidamente autenticada, uma por Regulamento referido no artigo anterior.
cada assunto, donde conste, além das indicações Art. 3. É revogado o Diploma Ministerial n.° 14/2002, de 30
necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte,
de Janeiro, que aprova o Regime Aduaneiro das Zonas Francas
assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim
da República». Industriais e demais legislação que contrarie o presente Diploma
Ministerial.

Maputo, 27 de Setembro de 2010. - O Ministro das Finanças,


Manuel Chang.
SUMARIO
Ministério das Finanças:
Regulamento do Regime Fiscal e Aduaneiro
Diploma Ministerial n.o 202/2010:
das Zonas Económicas Especiais
Aprova o Regulamento do Regime Fiscal e Aduaneiro das Zonas
Económicas Especiais (ZEE) e das Zonas Francas Industriais
e das Zonas Francas Indústrias
(ZFI) e revoga o Diploma Ministerial n.° 14/2002, de 30 de
CAPÍTULO I
Janeiro.
(Disposições gerais)
Ministério da Saúde: SECÇÃO 1
Diploma Ministerial n.o 203/2010: (Princípios gerais)
Determina a extinção e desmembramento dos Centros de Higiene ARTIGO 1
e Exames Médicos (CHAEM).
(definições)
Diploma Ministerial n.o 204/2010:
Para efeitos do presente Diploma Ministerial, entende-se por:
Altera o Estatuto Orgânico do Instituto Nacional de Saúde.
Despacho: a) Certificado de Empresa de ZEE ou de ZFI, o documento
emitido pelo GAZEDA, nos termos do Regulamento
Concernente a subordinação do Hospital Psiquiátrico do Infulene.
da Lei de Investimentos, que habilita o seu titular a
levar a cabo, numa ZEE ou numa ZFI, as actividades
para as quais tiver sido licenciado, constituindo título
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS bastante para o início da sua operação, mencionando
de forma expressa as licenças que tiverem sido
Diploma Ministerial n.° 202/2010 outorgadas;

de 24 de Novembro b) C e r t i f i c a d o de Operador de ZEE ou de ZFI, o


documento emitido pelo GAZEDA, nos termos do
Havendo necessidade de criar procedimentos para o gozo e
Regulamento da Lei de Investimentos, que habilita o
operacionalização do regime fiscal e aduaneiro específico das
seu titular a desenvolver e operar numa ZEE ou numa
Zonas Económicas Especiais e Zonas Francas Industriais, no
ZFI, constituindo título bastante para o início da sua
uso das competências que me são atribuídas pelo artigo 2 do
actividade, mencionando de forma expressa as
Decreto n.° 56/2009, de 7 de Outubro, que aprova o Regulamento
licenças que tiverem sido outorgadas;
do Código dos Benefícios Fiscais, determino:
c) Conselho de Investimentos, o órgão de consulta e coor-
Artigo 1. É aprovado o Regulamento do Regime Fiscal e denação de políticas do Conselho de Ministros no
Aduaneiro das Zonas Económicas Especiais (ZEE) e das Zonas domínio da promoção e atracção de investimentos;
d) Empresa de ZEE ou ZFI, abreviadamente designadas 2. Gozam dos benefícios fiscais e aduaneiros previstos no
p o r " E Z E E " ou " E Z F I " , a e n t i d a d e j u r í d i c a , Código dos Benefícios Fiscais (CBF), os operadores e empresas
devidamente registada em Moçambique, a quem, de devidamente certificadas que reúnam os requisitos previstos no
acordo com os termos do Regulamento da Lei de artigo 4 do presente Regulamento, sem prejuízo de outros
Investimentos, tenha sido concedido o Certificado de requisitos previstos na legislação aplicável.
EZEE ou EZFI;
ARTIGO 4
e) Exportação de Z E E ou ZFI, a saída de bens e serviços da
(Pressupostos gerais para o reconhecimento dos benefícios
Z E E ou Z F I para f o r a d o r e s p e c t i v o t e r r i t ó r i o
fiscais e aduaneiros)
aduaneiro;
f ) Exportação para ZEE ou ZFI, a saída de bens e serviços Para efeitos d e reconhecimento dos benefícios fiscais e
do território aduaneiro d o País para a Z E E ou para a aduaneiros, os operadores e empresas de ZEE ou ZFI devem
ZFI; cumprir com os seguintes pressupostos gerais:
g) Fornecedor Local, a empresa sediada no território a) Obter o número único de identificação tributária (NUIT);
aduaneiro, que fornece bens ou serviços a um OZEE b) Ter sede efectiva na área geográfica de uma ZEE ou ZFI;
ou OZFI, bem c o m o a uma EZEE ou EZFI; c) Dispor do sistema de contabilidade empresarial, de acordo
h) G A Z E DA, o Gabinete das Zonas Económicas de Desen- com o Plano Geral de Contabilidade e as exigências
d o C ó d i g o d o I m p o s t o s o b r e o R e n d i m e n t o das
volvimento Acelerado, abreviadamente designado por
Pessoas Colectivas (IRPC) e do Imposto sobre o
G A Z E DA, órgão d o aparelho do Estado que tem como
Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS);
atribuições a coordenação de todas a acções
d) N ã o ter c o m e t i d o i n f r a c ç õ e s de natureza fiscal e
relacionadas com a criação, desenvolvimento, e gestão
aduaneira, nos termos da Lei n.° 2/2006, de 22 de
das Z E E e ZFI; Março.
i) Importação da Z E E ou ZFI, a entrada de bens e serviços
ARTIGO 5
no território aduaneiro do País, provenientes de uma
Z E E ou ZFI; (Prestações de serviços e venda de bens para o mercado
j) Importação para a ZEE ou ZFI, a entrada de bens e serviços interno)
na Z E E ou na ZFI, provenientes de fora do respectivo 1. As prestações de serviços para o mercado interno por EZEE
território aduaneiro; e EZFI estão sujeitas ao IVA, nos termos da legislação aplicável.
k) Mercado Interno - compreende as transacções comerciais 2. A venda de bens para o mercado interno por operadores e
efectuadas dentro do território aduaneiro, excepto nas empresas de Z E E e ZFI está sujeita ao pagamento de direitos e
ZEEs e ZFIs; demais imposições calculadas sobre o valor aduaneiro das
l)O Z E E ou OZFI, o Operador de ZEE ou ZFI, a entidade mesmas na saída da Z E E ou ZFI, nos termos da legislação
jurídica, devidamente registada em Moçambique, a aplicável.
quem, de acordo com os termos do Regulamento da SECÇÃO II
Lei de Investimentos, tenha sido concedido o
(Procedimentos Fiscais)
Certificado de O Z E E ou de OZFI, e cuja actividade
principal é a criação, desenvolvimento e operação da ARTIGO 6

Z E E ou ZFI; (Empresas existentes e a operar na área geográfica da ZEE)


m) Território Aduaneiro, o espaço geográfico em que a
1. As e m p r e s a s q u e , à d a t a d e e n t r a d a e m v i g o r do
República de Moçambique exerce a sua soberania;
Regulamento d o Código dos Benefícios Fiscais, funcionavam
n) Z E E , a Zona Económica Especial, nos termos definidos na área geográfica da ZEE devem apresentar na Direcção da
na alínea z) do artigo 1 da Lei n.° 3/93, d e 24 de Junho; Área Fiscal competente a declaração de alterações, mencionando
o) Z F I , a Zona Franca Industrial, nos termos definidos na a alteração do regime normal para o especial d e ZEE, num prazo
alínea x) d o artigo 1 da Lei n.° 3/93, de 24 de Junho. de 15 dias após a obtenção do certificado de empresa de ZEE.
2. As empresas referidas no número anterior devem regularizar
ARTIGO 2
a sua situação tributária r e l a t i v a m e n t e ao regime em q u e
(Âmbito de Aplicação) anteriormente estavam enquadrados, num prazo de 30 dias,
contados a partir da data da obtenção do referido certificado.
O presente Regulamento aplica-se aos operadores e empresas 3. As empresas que funcionem em regime ZEE e que à data da
que exerçam actividades económicas elegíveis e devidamente obtenção de Certificado de empresa de Z E E tenham crédito do
certificadas ao Regime de Zona Económica Especial (ZEE) ou IVA, devem solicitar o respectivo reembolso, nos termos do
Zona Franca Industrial (ZFI), de conformidade com o Regulamento da Cobrança, Pagamento e Reembolso do IVA.
estabelecido no Regulamento da Lei de Investimentos. 4. O disposto no número anterior é aplicável apenas às
e m p r e s a s que realizem e x c l u s i v a m e n t e operações na área
ARTIGO 3 geográfica da ZEE.
5. As empresas que funcionem na área geográfica de uma
(Regime Fiscal e Aduaneiro)
ZEE ou ZFI e que desenvolvam outras actividades fora da mesma
1. Os operadores e empresas referidos no artigo 2 do presente devem discriminar na sua contabilidade e nas declarações a
Regulamento estão sujeitos à tributação nos termos da legislação apresentar à administração tributária as operações sujeitas ao
fiscal e aduaneira geral. regime normal de tributação das do regime especial.
ARTIGO 7 b) Examinar e visar os livros e registos de contabilidade ou
(Facturação) escrituração e os elementos susceptíveis de esclarecer
a situação tributária dos operadores ou empresas das
1. As facturas ou documentos equivalentes emitidos pelos Z E E e de ZFI;
operadores e empresas das Z E E e ZFI devem ser em língua oficial
c) A c e d e r , c o n s u l t a r e testar o s i s t e m a i n f o r m á t i c o ,
e moeda nacional.
i n c l u i n d o a d o c u m e n t a ç ã o s o b r e a sua a n á l i s e ,
2. O disposto no número anterior não obsta o uso simultâneo
programação e execução;
da l í n g u a e m o e d a n a c i o n a i s e e s t r a n g e i r a s na f a c t u r a ou
d) Utilizar as instalações dos operadores ou empresas das
d o c u m e n t o equivalente.
Z E E e de ZFI quando essa utilização for necessária ao
ARTIGO 8 exercício da acção de fiscalização.

(Isenção de Direitos Aduaneiros e do IVA) SECÇÃO III


1. Os operadores e empresas de ZEE, bem como os operadores (Procedimentos Aduaneiros)
de ZFI, gozam de isenção de direitos aduaneiros na importação
ARTIGO 11
de materiais de construção, máquinas, equipamentos, acessórios,
peças sobressalentes, acompanhantes e outros bens destinados (Reconhecimento dos Benefícios Fiscais na Importação)
à prossecução da actividade licenciada nas Z E E e ZFI, nos termos
1. Para o gozo dos benefícios fiscais e aduaneiros, cujos
do Código dos Benefícios Fiscais.
i m p o s t o s s ã o c o b r a d o s pelas A l f â n d e g a s , os o p e r a d o r e s e
2. A isenção referida no número anterior é extensiva ao IVA,
empresas de Z E E ou Z F I , para além de cumprirem com os
i n c l u i n d o o d e v i d o nas aquisições e f e c t u a d a s no m e r c a d o
requisitos previstos no artigo 4 deste R e g u l a m e n t o , d e v e m
interno, bem c o m o dentro da ZEE, nas condições previstas no
apresentar às Alfândegas a lista global, segundo o Modelo 1.4 e
Código do IVA.
A n e x o 1.4 A, q u e c o n t é m os bens a importar c o m r e g i m e
3. Estão, igualmente, isentas do IVA, nos termos do Código
s u s p e n s i v o de p a g a m e n t o d e direitos a d u a n e i r o s e d e m a i s
do IVA, as transmissões de bens e prestações de serviços que se
imposições.
efectuarem na área geográfica das Z E E e ZFI, assim c o m o as
2. A aprovação da lista a que se refere o n.° 1 do presente
prestações de s e r v i ç o s d i r e c t a m e n t e c o n e x a s com tais
transmissões e prestações de serviços enquanto permanecerem artigo verifica-se após a autorização do projecto de investimento
em tais zonas. pela entidade competente.
4. Para efeitos da isenção do IVA, os bens e serviços adquiridos 3. As Alfândegas devem, no prazo de 5 dias úteis, contados a
no m e r c a d o interno com destino às Z E E e ZFI, devem ser partir da data da recepção da lista, proceder à sua homologação,
comprovados através de Declaração emitida pelos adquirentes registo e controlo.
ou utilizadores dos mesmos.
ARTIGO 1 2

ARTIGO 9 (Obrigações do operador de ZEE e de ZFI)

(Determinação da despesa fiscal) Constituem obrigações do operador e da empresa de Z E E ou


das ZFI as seguintes:
1. Para o apuramento d o resultado líquido do exercício, a
contabilidade dos sujeitos passivos deve ser organizada de m o d o a) Fornecer às Alfândegas toda a informação que lhe seja
a q u e os resultados das operações e variações patrimoniais solicitada, sobre as pessoas, os meios de transporte e
sujeitas ao regime geral dos impostos sobre o rendimento possam as mercadorias entradas e saídas das Z E E ou das ZFI;
claramente distinguir-se dos resultados das operações realizadas b) Cooperar com as Alfândegas em matéria de controlo das
no âmbito das Z E E e das ZFI. entradas e saídas de mercadorias da Z E E ou da ZFI;
2. P a r a e f e i t o s de d e t e r m i n a ç ã o da d e s p e s a fiscal pela c) Manter registos e contabilidade dos movimentos de
Administração Tributária, os operadores e empresas de Z E E e
m e r c a d o r i a s e de stocks, o r g a n i z a d o s de f o r m a
ZFI devem apresentar anualmente a Declaração Periódica de
a d e q u a d a ao tipo d e actividade q u e d e s e n v o l v e ,
Rendimentos e a Declaração Anual de Informação Contabilística
permitindo o controlo efectivo dos documentos de
e Fiscal, dentro dos prazos estabelecidos no Regulamento do
transporte, a identificação, a recepção e entrega de
Código de IRPC, junto com a declaração M / l - B F mostrando o
cálculo do benefício fiscal respectivo. mercadorias;
d) Manter o registo de todas as mercadorias transferidas
ARTIGO 1 0 para outras entidades dentro da Z E E ou ZFI, onde
devem ser incluídos todos os detalhes dentro das Guias
(Comprovação e fiscalização)
de Remessa;
1. A Direcção-Geral de Impostos pode comprovar e investigar e) Registar as entradas e saídas das mercadorias, níveis de
os factos, actos, actividades e demais circunstâncias que integrem produção incluindo as suas normas e coeficientes
ou condicionem o facto tributário relativamente a actividade produtivos, comercialização dentro e fora da Z E E ou
dos operadores ou empresas das Z E E e de ZFI.
da ZFI;
2. Para obter elementos relacionados com a prova, a Direcção- f ) Permitir às Alfândegas o acesso a todas as instalações
Geral d e I m p o s t o s p o d e d e s e n v o l v e r todas as diligências
c o m e r c i a i s ou industrias dentro da Z E E ou Z F I ,
necessárias ao apuramento da situação tributária dos sujeitos
conforme necessário para fins de varejo e exame de
passivos, nomeadamente:
mercadorias ou pessoas;
a) Aceder livremente às instalações ou locais onde possam g) Permitir às Alfândegas o acesso aos registos e sistemas
existir elementos relacionados com a actividade dos
informáticos referentes à recepção, armazenagem e
operadores ou empresas das Z E E e de ZFI;
entrega das mercadorias;
h) P a g a r o s d i r e i t o s e o u t r a s i m p o s i ç õ e s d e v i d a s pelas 3. A r e m u n e r a ç ã o devida pelo o p e r a d o r ou empresa da Z E E e
mercadorias e m falta, q u e lhe f o r a m consignadas, ou ou da Z F I p e l o trabalho e f e c t u a d o fora d a s horas normais d e
m e r c a d o r i a s , c u j a existência não possa ser expediente, nos t e r m o s d o n ú m e r o anterior, d e v e ser e f e c t u a d a
comprovada; e d e a c o r d o c o m a tabela e m vigor nas A l f â n d e g a s .
i) F a c u l t a r t o d o s o s m e i o s m a t e r i a i s e h u m a n o s tecni-
camente requeridos, s e m p r e q u e os serviços aduaneiros ARTIGO 1 6

d e c i d a m proceder à c o n f e r ê n c i a d a s m e r c a d o r i a s à (Tratamento e controlo aduaneiro)


entrada, arrecadação, e a saída da ZEE ou d a ZFI,
1. As mercadorias q u e saem d u m a Z E E ou Z F I para o mercado
ARTIGO 1 3 interno s ã o consideradas c o m o se estivessem a ser importadas
para o território aduaneiro d o país, sendo d e v i d o pelo operador
(Certificação da inspecção das instalações da ZFI e EZEE)
ou e m p r e s a o p a g a m e n t o d e d i r e i t o s e d e m a i s i m p o s i ç õ e s
1. U m a proposta/planta c o m as características específicas e calculadas sobre o valor a d u a n e i r o das m e s m a s na saída da Z E E
detalhadas dos sistemas d e segurança da Z F I , deve ser submetida ou ZFI.
pelo operador da Z F I às A l f â n d e g a s , para acordo e aprovação 2. As m e r c a d o r i a s m o v i m e n t a d a s sob controlo aduaneiro de
prévia da sua c o n s t r u ç ã o e instalação, u m a fronteira para u m a Z E E ou Z F I ou expedidas d e uma Z E E
2. C o n c l u í d a a c o n s t r u ç ã o d o s s i s t e m a s d e s e g u r a n ç a , o ou Z F I para uma fronteira, ou movimentadas entre dois territórios
o p e r a d o r / e m p r e s a d e v e f a z e r u m a declaração escrita detalhada, descontínuos d e Z E E ou ZFI, entre u m a Z E E e uma ZFI, ou entre
certificando q u e todos os requisitos a c o r d a d o s f o r a m cumpridos, estas e a r m a z é n s d e r e g i m e aduaneiro, são c o n s i d e r a d a s em
solicitando às A l f â n d e g a s , através d o G A Z E D A , a respectiva trânsito, s e n d o aplicáveis às n o r m a s previstas no R e g u l a m e n t o
inspecção definitiva. de Trânsito A d u a n e i r o .
3. A p ó s a inspecção definitiva, as A l f â n d e g a s d e v e m , no prazo
de 15 dias úteis, emitir o certificado d o s sistemas d e segurança, ARTIGO 1 7

e m duplicado, s e n d o o original enviado ao G A Z E D A e m f o r m a t o (Inspecção aduaneira das ZEE e das ZFI)


estabelecido n o A n e x o I.
4. N o c a s o d e i n c u m p r i m e n t o d o s requisitos previstos n o 1. A s A l f â n d e g a s , n o exercício d o controlo aduaneiro da Z E E
número 1 d o presente artigo, deve-se notificar o operador/ ou Z F I , têm c o m p e t ê n c i a para:
/ e m p r e s a , p o r escrito através d o G A Z E D A , d o s motivos da não a ) Entrar e inspeccionar qualquer estabelecimento loca-
e m i s s ã o d o certificado. l i z a d o na Z E E e na Z F I ;
b ) E x a m i n a r , contar, pesar, dividir, recolher amostras de
ARTIGO 1 4
quaisquer mercadorias destinadas à, existentes na, ou
(Manutenção de registos e arquivo de documentos) entregues a partir da Z E E ou ZFI para fins de
c o n f i r m a ç ã o da quantidade, valor e montante de
Os operadores e empresas de Z E E ou ZFI devem manter
direitos e d e m a i s imposições aduaneiras;
a r q u i v a d o s e e m b o a o r d e m , p o r u m p e r í o d o m í n i m o d e 5 anos,
c) Inspeccionar, copiar, r e m o v e r , q u a l q u e r d o c u m e n t o ,
os registos e d o c u m e n t o s seguintes:
registo, ou c o r r e s p o n d ê n c i a q u e esteja relacionado
a ) C ó p i a s d a s d e c l a r a ç õ e s d e i m p o r t a ç ã o ( D U ) e todos com as mercadorias a r m a z e n a d a s dentro dos
outros d o c u m e n t o s d e suporte; estabelecimentos localizados na Z E E ou ZFI, ou com
b) C ó p i a d e c o n h e c i m e n t o de e m b a r q u e , factura comercial,
o m o v i m e n t o d e entrada e saída d e mercadorias da
lista d e embalagens, certificado fitossanitário e outros
Z E E ou ZFI, bem c o m o os sistemas e programas
certificados exigidos por lei;
informáticos e os d a d o s neles contidos relativos aos
c) D U d e exportação, factura comercial, lista d e embalagens
registos q u e nos termos deste regulamento o operador
e outros certificados exigidos por lei;
ou a e m p r e s a são o b r i g a d o s a manter.
d) Registo d e todas as mercadorias, d e acordo c o m o código
pautal, que apresente detalhe das quantidades 2. A r e c o l h a d e a m o s t r a s referida na alínea b) d o n.° 1 deste
recebidas, consumidas, produzidas e vendidas d e n t r o artigo d e v e ser registada p e l o f u n c i o n á r i o aduaneiro, e m livro
da Z E E ou Z F I n o m e r c a d o interno ou exportadas e o a p r o p r i a d o e na d e c l a r a ç ã o referida na alínea c) d o artigo 8 d o
stock existente; presente Regulamento.
e) Registo d e mercadorias e m e i o s d e transporte d e todas as 3. Q u a n d o o s d o c u m e n t o s referidos na alínea c) d o n.° 1 forem
recepções e distribuições através d e referência aos D U s copiados ou r e m o v i d o s pelas Alfândegas, estas devem
e n ú m e r o s das facturas comerciais. providenciar a o proprietário u m recibo d e t a l h a n d o os registos
levantados.
ARTIGO 15
ARTIGO 1 8
(Custos com o controlo aduaneiro)
(Entrada de mercadorias de fora do país para a ZEE ou ZFI)
1. Q u a n d o a Z E E ou Z F I estiver localizada n u m a distância
superior a 2 0 k m da estância aduaneira mais próxima, o operador 1. A s mercadorias provenientes d e fora d o País para a Z E E ou
ou e m p r e s a é r e s p o n s á v e l p o r p r o v i d e n c i a r a c o m o d a ç ã o e Z F I n ã o e s t ã o s u j e i t a s ao p a g a m e n t o d e d i r e i t o s e d e m a i s
a l i m e n t a ç ã o para os técnicos aduaneiros e m serviço. imposições aduaneiras, desde q u e p e r m a n e ç a m na Z E E ou ZFI,
2. O a t e n d i m e n t o f o r a d a s horas n o r m a i s d e e x p e d i e n t e é estando dispensadas da Inspecção Pré-Embarque quando
c o n s i d e r a d o p r e s t a ç ã o d e serviços extraordinária e implica a o b s e r v a d o s os requisitos estabelecidos na legislação aplicável.
remuneração do mesmo, devendo ser solicitado por escrito a o s 2. A s m e r c a d o r i a s transportadas d e u m a fronteira d e entrada
serviços das Alfândegas competente, com a antecedência de 24 d o território nacional para u m a Z E E ou Z F I estão sujeitas às
horas. regras estabelecidas n o R e g u l a m e n t o d e Trânsito A d u a n e i r o .
ARTIGO 1 9 3. A s guias d e remessa devem ser numeradas sequencialmente
c o m n ú m e r o s p r e v i a m e n t e impressos.
(Saída de mercadoria de uma ZEE ou ZFI para um destino fora
do país) 4. O f o r n e c e d o r d e v e emitir duas vias da guia de remessa,
d e v e n d o a primeira ser arquivada pela e m p r e s a q u e remete as
As m e r c a d o r i a s saídas de u m a Z E E ou Z F I para u m destino m e r c a d o r i a s apos verificação da r e c e p ç ã o segura das m e s m a s e
fora d o país não f i c a m sujeitas a direitos e d e m a i s imposições a s e g u n d a , certificada pela e m p r e s a q u e recebe as mercadorias,
aduaneiras, d e s d e q u e sejam m o v i m e n t a d a s directamente para
a c u s a n d o a r e c e p ç ã o segura.
e x p o r t a ç ã o nos termos d o R e g u l a m e n t o d e Trânsito Aduaneiro.
ARTIGO 2 4
ARTIGO 2 0
(Controlo da chegada dos meios de transporte de mercadorias)
(Movimento a partir da ZEE ou ZFI para o mercado Interno)
1. A o operador e empresa de Z E E ou Z F I c o m p e t e accionar as
1. As m e r c a d o r i a s p o d e m ser m o v i m e n t a d a s a partir da Z E E
f o r m a s de r e c e b i m e n t o das mercadorias dos meios de transporte
ou Z F I para o m e r c a d o interno, ficando sujeitas à autorização
e proceder à sua apresentação para controlo aduaneiro.
prévia das A l f â n d e g a s e ao p a g a m e n t o dos direitos e demais
imposições aduaneiras devidas. 2. C o m p e t e a o d e s t i n a t á r i o d a s m e r c a d o r i a s ou s e u
2. A s importações temporárias para o território aduaneiro com representante, d e v i d a m e n t e autorizado, a apresentação de todos
subsequente reentrada na Z E E ou Z F I ficam sujeitas às seguintes os d o c u m e n t o s necessários para a autorização das entradas e
condições: saídas de mercadorias na Z E E ou ZFI.
3. Os d o c u m e n t o s referidos no n ú m e r o anterior incluem o
a) Permanência das mercadorias na posse da pessoa esta-
m a n i f e s t o de carga, c o n h e c i m e n t o de e m b a r q u e , carta de porte
belecida na Z E E ou ZFI; e
aéreo, aviso de c h e g a d a , ou similar, e a factura comercial.
b) Prestação de garantia relativa à importação temporária,
nos termos previstos nas Regras Gerais de 4. O destinatário das mercadorias d e v e observar os seguintes
D e s e m b a r a ç o Aduaneiro. procedimentos, no acto dê chegada das mercadorias:

3. A s R e i m p o r t a ç õ e s de m e r c a d o r i a s e x p o r t a d a s t e m p o - a) A p ó s a concessão da devida autorização e registo pelo


rariamente para a Z E E ou ZFI sujeitam-se à legislação aduaneira operador ou empresa j u n t o das Alfândegas, os meios
aplicável. de transporte dão entrada na Z E E ou ZFI, pelo acesso
autorizado, indo estacionar no local de verificação
ARTIGO 2 1 aduaneira;
(Declarações aduaneiras a serem apresentadas para movimento b) C u m p r i d a s as formalidades aduaneiras adequadas, os
de mercadorias de e para a ZEE ou ZFI) meios de transporte p o d e m ser seleccionados pelas
Alfandegas para verificação ou autorizados a entrar
1 . P a r a todos os m o v i m e n t o s d e m e r c a d o r i a s descritos nos na Z E E ou ZFI sem qualquer verificação;
artigos antecedentes, o operador ou e m p r e s a da Z E E ou Z F I
c) Se a verificação for ordenada pelo c h e f e da estância
d e v e a p r e s e n t a r às A l f â n d e g a s u m a d e c l a r a ç ã o ( D U ) ,
aduaneira adstrita a Z E E ou ZFI, deve a m e s m a ter
identificando o r e g i m e aduaneiro e códigos de procedimentos.
lugar na hora por ele determinada, no m e s m o dia ou
2. A d e c l a r a ç ã o a apresentar, nos termos do n ú m e r o anterior,
no dia seguinte, excepto se as mercadorias destinadas
d e v e ser a c o m p a n h a d a de todos os d o c u m e n t o s necessários,
a Z E E ou ZFI f o r e m géneros facilmente perecíveis,
nos termos da legislação aplicável.
caso em que o operador ou empresa da Z E E ou ZFI
ARTIGO 2 2
p o d e solicitar a verificação urgente;
d) Feita a verificação das mercadorias ou autorizada a sua
(Transferência de mercadorias entre ZEE'S e ou ZFI's)
d e s c a r g a s e m essa f o r m a l i d a d e , p r o c e d e r - s e - á ao
1. A s mercadorias p o d e m ser transferidas entre as Z E E e ou desembaraço das mercadorias através dos
ZFI sem o p a g a m e n t o de direitos e d e m a i s imposições p r o c e d i m e n t o s e s t a b e l e c i d o s no R e g u l a m e n t o de
aduaneiras, d e v e n d o para o efeito solicitar-se autorização prévia D e s e m b a r a ç o de Mercadorias, utilizando o regime e o
às A l f â n d e g a s . código de procedimentos apropriados;
2. As mercadorias transferidas p e r m a n e c e m sob controlo das e) N e n h u m meio de transporte pode passar para além do
Alfândegas, nos termos do R e g u l a m e n t o de Trânsito Aduaneiro.
local de triagem sem autorização aduaneira;
ARTIGO 2 3
f) Se o funcionário aduaneiro encarregado da verificação
não c o m p a r e c e r à h o r a p r e v i a m e n t e m a r c a d a , o
(Transferência de mercadorias entre empresas localizadas na
operador ou empresa da Z E E ou ZFI pode iniciar a
mesma ZEE ou ZFI)
descarga das mercadorias decorrida meia hora.
1. Os operadores e e m p r e s a s de Z E E ou ZFI devem registar
todas as transferências e recepções de mercadorias para ou a ARTIGO 25
partir de e m p r e s a s localizadas dentro da Z E E ou ZFI.
(Normas a observar na verificação aduaneira das mercadorias
2. Para cada transferência interna, o fornecedor deve emitir
à chegada)
u m a guia d e r e m e s s a , em duas vias, legíveis, registando os
detalhes relativos a: 1. A v e r i f i c a ç ã o a d u a n e i r a d a s m e r c a d o r i a s n o a c t o da
a ) Dados da empresa que recebe as mercadorias, incluindo descarga, assim c o m o a sua entrada nos armazéns do operador
o seu n ú m e r o de Certificado de Z E E ou ZFI; ou e m p r e s a de Z E E ou ZFI, nos casos em que essa verificação
b) N ú m e r o Ú n i c o de Identificação Tributária (NUIT); tenha sido determinada pelas A l f â n d e g a s , d e v e ser feita sob o
c) A descrição das mercadorias; controle e a superintendência das Alfândegas, nos termos da
d) As quantidades; legislação q u e regula o d e s p a c h o de mercadorias.
e) Os valores; 2. E x c e p c i o n a l m e n t e , a verificação pode ser efectuada o n d e
f ) A referência ao d o c u m e n t o único relacionado c o m a existam facilidades a d e q u a d a s para uma verificação segura e
entrada original das mercadorias na Z E E ou ZFI. eficaz.
3. O destinatário ou o seu representante autorizado pode estar ARTIGO 2 7
presente no acto de verificação das mercadorias, se por ele
solicitado ou se exigido pelas Alfândegas. (Saída das mercadorias da ZEE ou ZFI)
4. Conforme instruções das Alfândegas, o operador ou 1. A autorização para a saída das mercadorias da ZEE ou ZFI
empresa de ZEE ou ZFI ou respectivo representante deve pesar
é emitida pelas Alfândegas em triplicado, sendo o destino das
ou verificar as mercadorias contidas nos volumes.
fórmulas o seguinte:
5. O operador ou empresa de ZEE ou ZFI que recebe as
mercadorias deve preencher uma folha de descarga, de acordo a) O original deve ficar na declaração que permanece na
com os procedimentos previstos no Regulamento de Terminais posse das Alfândegas;,
Aduaneiros, com as necessárias adaptações. b) O duplicado deve ser entregue ao exportador; e
6. A documentação comercial pode ser utilizada para esta
c) O triplicado deve ser entregue ao operador.
finalidade, quando as Alfândegas efectuam uma verificação de
mercadorias, devendo o funcionário proceder à certificação na 2. O operador ou empresa de ZEE ou ZFI só deve permitir a
folha de descarga. saída de mercadorias das Alfândegas, mediante a apresentação
7. Caso sejam encontradas durante a verificação quaisquer da autorização para o efeito, emitida pela Alfândega da ZEE ou
anomalias, indícios ou sinais de violação, operador ou empresa ZFI.
de ZEE ou ZFI deve observar os procedimentos de registo e de
3. O operador ou empresa de ZEE ou ZFI deve registar a
informação das anomalias às Alfândegas, previstos no
Regulamento de Terminais Aduaneiros, emitindo a competente saída da mercadoria da ZEE ou ZFI, no momento em que ela
nota de divergência. ocorrer e certificá-la na cópia da declaração aduaneira na posse
do exportador ou seu representante.
ARTIGO 2 6
ARTIGO 2 8
(Formalidades a cumprir na saída de mercadorias)
(Refugos industriais, destruição ou perdas de mercadorias)
1. O operador ou a empresa da ZEE ou ZFI deve entregar às
1. Os refugos industriais destinados a serem tratados como
Alfândegas o DU devidamente preenchido, pelo menos com 24
horas de antecedência face ao carregamento das mercadorias. lixo pelas autoridades municipais podem sair da ZEE ou ZFI
2. O DU deve ser acompanhado da seguinte documentação: sem formalidades de despacho.
2. Para efeitos do número anterior, o operador ou empresa de
a) A lista de embalagens das mercadorias; ZEE ou ZFI deve registar a chegada e a saída das viaturas que os
b) Facturas comercias finais;
transportam:
c) Documento de origem, se aplicável;
3. As viaturas referidas no n.° 2 do presente artigo estão
d) Documentos que devem acompanhar o trânsito, se for o
caso, nomeadamente a declaração de mercadorias em sujeitas à verificação aduaneira.
trânsito e o manifesto de carga; 4. O operador ou empresa de ZEE ou ZFI devem proceder à
e) Uma cópia do DU da entrada original na ZEE ou ZFI, destruição, dentro da ZEE ou ZFI, de mercadorias sujeitas ao
para as mercadorias com destino ao mercado interno. regime aduaneiro de que trata o presente Regulamento, devendo
manter registo completo para todas as mercadorias destruídas
3. Se a documentação referida no número anterior estiver
na ZEE ou ZFI.
adequadamente preenchida, as Alfândegas devem processar os
DUs e desembaraçar as mercadorias dentro de 24 horas, após a 5. Excepcionalmente, por motivos de saúde e segurança, as
apresentação dos documentos. Alfândegas podem autorizar que a destruição seja efectuada
4. No caso de saída de mercadorias que se destinam ao fora da ZEE ou ZFI, podendo, neste caso, decidirem testemunhar
mercado interno, o desembaraço aduaneiro só tem lugar depois à destruição, caso em que a deslocação dos funcionários
do pagamento dos direitos devidos pelo importador. aduaneiros deve ser providenciada pelo proprietário das
5. Se as mercadorias forem seleccionadas para verificação, as mercadorias.
Alfândegas devem nomear um funcionário aduaneiro para 6. Quaisquer outros refugos industriais, incluindo seus
assistir ao processo de carregamento no local especificado pelo derivados, entregues ao mercado nacional devem ser declarados
exportador. num DU e os direitos aduaneiros e demais imposições devidas
6. Salvo nos casos de autorização em contrário pelo Chefe devem ser pagos, de acordo com o valor e a classificação pautal
das Alfândegas, a inspecção deve ser efectuada durante as horas no acto de saída.
normais de expediente e deve ter lugar no prazo de 24 horas,
7. Sempre que estes produtos forem declarados como não
após a apresentação do DU.
tendo valor comercial, o proprietário deve produzir prova
7. Após o carregamento dos meios de transporte, conforme o
satisfatória, se tal for solicitado pelas Alfândegas.
caso, as mercadorias devem ser apresentadas no posto aduaneiro
indicado para a verificação aguardando a autorização formal de 8. Admitem-se, ainda, para efeitos fiscais, perdas de
saída das mercadorias. mercadorias na ZEE ou ZFI por virtude de acidente ou motivo
8. A operação de verificação aduaneira só pode ter lugar de de força maior ou ainda por razões que respeitem à sua natureza,
acordo com as normas previstas nos Regulamentos de desde que seja feita prova suficiente pelo seu respectivo
Desembaraço de Mercadorias e dos Terminais Aduaneiros. proprietário ou empresa.
9. No caso de mercadorias saindo em movimento para outras
estâncias aduaneiras sob regime de trânsito aduaneiro, é ARTIGO 2 9

responsabilidade da estância aduaneira que controla a ZEE ou (Dados estatísticos)


ZFI cumprir os procedimentos previstos no Regulamento de
Trânsito Aduaneiro. 1. As Alfândegas devem manter o registo actualizado das
10. Nenhuma mercadoria pode sair da ZEE ou ZFI sem a entradas e saídas de mercadorias, baseado nas informações
prévia autorização de saída dada pelas Alfândegas que controla fornecidas pelos operadores e empresas da ZEE ou ZFI e de
a ZEE ou ZFI. outras entidades relevantes para o efeito.
2. As Alfândegas devem fornecer ao Instituto Nacional de fax, báscula, armazém específico e instalações para
Estatística, ao GAZEDA e outras entidades públicas, em formato equipamento informático, de acordo com a
a ser acordado entre as partes, informação relativa à entrada e necessidade e especificações das Alfândegas que
saída de mercadorias da ZEE ou ZFI. devem ser determinadas em função da dimensão da
ZFI e volume de transacções;
C A P Í T U L O II
c) Ter espaço e condições adequadas para o carregamento
(Regime Específico das Zonas Económicas Especiais) e descarregamento de mercadorias sob supervisão das
Alfândegas;
ARTIGO 3 0
d) Ter iluminação interna e externa adequada;
(Condições de funcionamento) e) Ter segurança contra incêndios;
1. Os operadores de ZEE devem reunir as seguintes condições f) Ter armazéns adequados para a guarda e manuseamento
de funcionamento: de mercadorias específicas que envolvam perigo para
a saúde pública ou risco de contaminação das restantes
a) Ter instalações adequadas e equipamentos necessários mercadorias, ou derrame;
para utilização pelas Alfândegas; g) Ter equipamento e instrumentos adequados à movi-
b) Ter condições adequadas para o carregamento e mentação, pesagem e abertura de volumes;
descarregamento de mercadorias sob supervisão das h) Ter local para o parqueamento de viaturas ou vagões
Alfândegas; utilizados no transporte internacional de mercadorias.
c) Ter iluminação interna e externa adequada;
d) Ter segurança contra incêndios; ARTIGO 3 3

e) Ter armazéns adequados para a guarda e manuseamento (Responsabilidades adicionais do operador de ZFI perante
de mercadorias específicas que envolvam perigo para as Alfândegas)
a saúde pública ou risco de contaminação das restantes São responsabilidades adicionais do operador perante as
mercadorias, ou derrame. Alfândegas:
2. As empresas de ZEE devem reunir as seguintes condições a) Controlar todas as portarias autorizadas;
de funcionamento: b) Emitir os cartões de identificação para as pessoas que
a) Ter espaço e condições adequadas para o carregamento prestam serviço regular na ZFI, devendo conter a
e descarregamento de mercadorias sob supervisão das fotografia, nome, assinatura, nome do empregador e
Alfândegas; endereço na ZFI, data de emissão, assinatura do
b) Ter iluminação adequada; operador e número sequencial;
c) Ter armazéns adequados para a guarda e manuseamento c) Emitir os cartões de visitante da ZFI; e
de mercadorias específicas que envolvam perigo para d) Manter o registo actualizado contendo os detalhes
a saúde pública ou risco de contaminação das restantes referidos na alínea b) de todos os indivíduos
mercadorias, ou derrame; autorizados a entrar na ZFI.
d) Ter local para o parqueamento de viaturas ou vagões ARTIGO 3 4
utilizados no transporte internacional de mercadorias;
(Fiscalização e protecção do acesso da ZFI)
e) Ter equipamento e instrumentos adequados à
movimentação, pesagem e abertura de volumes. 1. O recinto da ZFI é designado como uma área fiscal sujeita
ao controle permanente das Alfândegas e o acesso ao mesmo é
ARTIGO 3 1 somente permitido pelo operador através de entradas e saídas
aprovadas pelas Alfândegas.
(Movimento de mercadorias do mercado interno para uma ZEE)
2. O acesso ao recinto da ZFI é permitido a:
As aquisições de mercadorias do mercado interno para as a) Meios de transporte;
ZEE consideram-se exportações, aplicando-se as normas b) Mercadorias; e
aduaneiras relativas a este tipo de regime. c) Pessoas credenciadas pelo operador ou autorizadas pelas
Alfândegas, que exibam crachá ou cartão de
CAPÍTULO III
identificação de forma visível.
(Regime Específico das Zonas Francas Industriais)
3. As pessoas referidas no número anterior são as seguintes:
ARTIGO 3 2 a) Funcionários de todas empresas autorizadas a operar na
(Condições de funcionamento) ZFI;
b) Funcionários aduaneiros ou de outras instituições
Os operadores e empresas de ZFI devem reunir as seguintes oficiais no exercício das suas funções;
condições de funcionamento: c) Visitantes creditados pelo operador ou autorizados pelas
a) Ter instalações em recintos vedados com uma barreira Alfândegas com a finalidade de movimento de entrada
segura e durável e terem entradas e saídas reservadas à ou saída da ZFI, sob controlo aduaneiro.
circulação de meios de transporte; 4. As pessoas que não se encontrem devidamente
b) Ter instalações adequadas para as Alfândegas, credenciadas, nos termos do presente artigo, devem ser
adjacentes às portarias autorizadas, incluindo apresentadas às Alfândegas pelo operador, para efeitos de
escritório para acomodação, facilidades de telefone, acreditação ou retirada das ZFI.
5. Todas as pessoas e meios de transporte, à entrada ou à b) Quando seja para utilização no processo produtivo; e
saída do recinto fiscal da ZFI, ficam sujeitos às buscas que se c) Quando estiver temporariamente na ZFI para reparação,
tornem necessárias por iniciativa das Alfândegas ou por melhoramento, ou utilização e subsequente reentrada
solicitação do operador, devidamente justificadas. no mercado interno.

ARTIGO 3 5
2. Os movimentos de mercadorias para uma ZFI, tal como
descritos neste artigo devem cumprir os princípios,
(Movimento de mercadorias do mercado interno para uma ZFI) procedimentos e condições previstas nas Regras Gerais de
1. As mercadorias podem ser movimentadas para uma ZFI Desembaraço Aduaneiro, tal como se segue:
nas seguintes circunstâncias: a) O s m o v i m e n t o s descritos nas alíneas a) e b) d o número
a) Quando a intenção é que a mercadoria faça parte duma anterior devem cumprir os requisitos para exportação;
infra-estrutura ou equipamento da ZFI, ou quando são b) Os movimentos descritos na alínea c) do número anterior
itens consumíveis na ZFI; devem cumprir os requisitos de exportação temporária.
MINISTÉRIO DA SAÚDE e) Promover a higiene individual no seio das comunidades
incluindo a demonstração da lavagem correta das
Diploma Ministerialn.o203/2010 mãos, os métodos de conservação e de tratamento da
de 24 de Novembro água;
f ) Instruir os vendedores ambulantes, dos mercados formais
A situação higiénico-sanitária a nível das, cidades e vilas é
e informais sobre manipulação dos alimentos, e sobre
complexa, tornando-se necessário reorganizar os serviços de
a postura do manipulador de alimentos;
vigilância sanitária com vista a promover bons hábitos de higiene, g) Promover Jornadas de limpeza nos bairros, mercados,
bem como intensificar as acções de prevenção e protecção da escolas, Centros de Saúde;
Saúde Pública. h) Emitir pareceres técnico-sanitários de projectos de
Neste contexto surge a necessidade de se reestruturar os abertura de estabelecimentos industriais;
Centros de Higiene Ambiental e Exames Médicos (CHAEM), i) Fazer levantamento de riscos ocupacionais nas empresas
como objectivo de responder de forma mais eficiente da sua área de jurisdição;
a necessidade de vigilância sanitária. j) Definir ou verificar os locais apropriados destinados ao
Actualmente os CHAEM, desenvolvem actividades mais tratamento e deposição final do lixo comum hospitalar
direccionadas aos exames médicos, inspecções aos e industrial e orientar o tratamento;
estabelecimentos comerciais, industriais e à colheita de amostras k) Proceder a destruição de produtos alimentares
de água para análise laboratorial. deteriorados ou impróprios para o consumo humano;
A Lei n.° 25/91, de 31 de Dezembro, que cria o Serviço l) Fazer a vigilância activa de doenças infecciosas e
Nacional de Saúde, e por força do estatuído na alínea a) do n.° 2 parasitárias abordo dos meios de transporte (aéreo,
do artigo 3 da mesma, os Centros de Higiene Ambiental e marítimo, terrestre, lacustre e fluvial);
Exames Médicos (CHAEM) são parte integrante do Serviço m) Fazer vistoria aos projectos de construção, ou alteração
Nacional de Saúde. de estabelecimentos comerciais e industriais, infra-
Com vista a inverter o actual cenário, urge rever a actual estruturas desportivas e outras;
estrutura bem como o mandato dos CHAEMs. Ao abrigo do n) Realizar acções visando combater os vectores de
disposto no artigo 4 da Lei n.° 25/91, de 31 de Dezembro, transmissão de doenças infecciosas;
conjugado com o n.° 5 do Decreto Presidencial n.° 11/95, de 29 o) Definir requisitos mínimos de higiene para a produção,
de Dezembro, determino: transporte, armazenamento, venda e consumo de água
Artigo 1. A extinção e desmembramento dos Centros de de géneros alimentícios;
Higiene e Exames Médicos (CHAEM). p) Definir requisitos de higiene e segurança no trabalho.
Art. 2. A criação de Centro de Higiene Ambiental (CHA), que Art. 5. Compete aos Centros de Exames Médicos (CEM):
responderão pelas acções de Educação para a Saúde, promoção a) Realizar Exames Médicos para condução de veículos,
para a saúde, Inspecção e Fiscalização Sanitária e de Centro de para efeitos de viagens para o estrangeiro, para emissão
Exames Médicos (CEM), que se dedicarão aos exames médicos, de boletins de sanidade assim como outros exames
à saúde ocupacional e as vacinações; médicos especializados;
Art. 3. Os Centros de Higiene Ambiental (CHA) e os Centros b) Realizar exames médicos, pré-ocupacionais, periódicos,
de Exames Médicos (CEM) subordinam-se às Direcções de pós-ocupacionais;
Saúde das Cidades e Vilas; c) Proceder a vacinação contra a febre amarela, tétano e
Art. 4. Compete aos Centros de Higiene Ambiental (CHA): raiva no âmbito da implementação do Regulamento
a) Executar todas as actividades de inspecção e fiscalização Sanitário Internacional.
sanitária em cordenação com a Inspecção Nacional Art. 6. As competências e funções, meios humanos, materiais
das Actividades Económicas nos, termos do Decreto e financeiros transitam dos Centros de Higiene Ambiental e
n.° 46/2009, de 19 de Agosto; Exames Médicos (CHAEM) para os Centros de Higiene
b) Realizar palestras e outras acções de educação para a Ambiental CHA, e Centros de Exames Médicos CEM.
saúde nas escolas; mercados, unidades militares e Art. 7. As receitas cobradas pela prestação de serviços bem
paramilitares, estabelecimentos prisionais, bairros, como os critérios para a sua utilização nos termos do presente
unidades sanitárias, empresas e outros locais de Diploma Ministerial serão definidos por Diploma Ministerial
aglomeração de pessoas sobre: higiene pessoal e conjunto dos Ministros da Saúde, Finanças e da Indústria e
colectiva, conservação e manipulação dos alimentos, Comércio,
tratamento da água, tratamento do lixo, doenças Art. 8. No prazo de seis meses a contar da data da publicação
transmissíveis e não transmissíveis; no Boletim da República, serão elaborados e aprovados os
c) Visitar as comunidades para verificar a conservação da Regulamentos Internos e a respectiva Estrutura Orgânica dos
água e alimentos, e incentivar a construção e o uso Centros de Higiene Ambiental (CHA) e dos Centros de Exames
Médicos (CEM).
correcto das latrinas, e tratamento e deposição final
Art. 9. O presente Diploma Ministerial entra em vigor seis
do lixo;
meses após a sua publicação no Boletim da República.
d) Promover acções de formação, informação e educação,
aos trabalhadores, entidades patronais e sindicatos no Maputo, 5 de Outubro de 2010. - O Ministro da Saúde,
âmbito da Saúde Ocupacional; Paulo Ivo Garrido.
Diploma Ministerialn.o204/2010 2. Departamento de Pesquisa
de 24 de Novembro Este Departamento tem a função de coordenar todos os Macro-
Projectos depesquisa d o INS.
Havendo necessidade de se proceder à alteração do Estatuto
Orgânico d o Instituto Nacional d e Saúde, adiante designado 3. Departamento de Ensino, Informação e Comunicação
por INS, aprovado pelo Diploma Ministerial n.° 89/2004, d e 12 Este Departamento coordena e realiza acções de formação
de Maio, ao abrigo das competências q u e me são atribuídas por contínua e pós-graduada, e realiza a divulgação de informação
Lei determino: para a saúde.
O Departamento de Ensino, Informação e Comunicação inclui
Artigo 1. O I N S passa a ter a seguinte estrutura: único. A Repartição da Biblioteca Nacional de Saúde.

a) Conselho de Administração; 4. Departamento de Vigilância em saúde.


b) Direcção-Geral; Este Departamento coordena as acções de vigilância em saúde
c) Departamentos Centrais; do INS.
d) Repartições Centrais;
5. Departamento da rede de laboratórios e serviços de
e) Plataformas Tecnológicas, Equiparáveis a Repartições
referência
Centrais;
f ) Centros de Investigação; Este Departamento coordena a interacção das plataformas
tecnológicas d o INS com a rede d e laboratórios d o Serviço
g) Unidades de Pesquisa.
Nacional de Saúde e se responsabiliza pela carteira de serviços
Art. 2. A Direcção Administrativa compreende as seguintes de referência do INS.
repartições: O D e p a r t a m e n t o da r e d e d e l a b o r a t ó r i o s e s e r v i ç o s d e
referência.
a) Administração e Finanças; Único. A repartição de avaliação externa da qualidade.
b) Planificação e Cooperação; A r t . 4 . As p l a t a f o r m a s t e c n o l ó g i c a s s ã o l a b o r a t ó r i o s
c) Recursos Humanos; especializados que exercem funções de referência no país em
d) Infra-Estrutura e Gestão de Materiais; relação às actividades realizadas por Programas de Controlo e
e) Gestão de Qualidade. Prevenção de Doenças do Serviço Nacional de Saúde.
Art. 5. São revogados os artigos 5, 13, 15 e 16 do Diploma
Art. 3. O INS tem os seguintes Departamentos Centrais:
Ministerial n.° 89/2004, de 12 de Maio.
1. Departamento de Plataformas Tecnológicas Art. 6. O presente Diploma Ministerial entra em vigor logo
O Departamento de Plataformas, Tecnológicas coordena as após a publicação no Boletim da República.
a c t i v i d a d e s d e t o d a s as p l a t a f o r m a s t e c n o l ó g i c a s d o I N S , Maputo, 17 de Março de 2010. - O Ministro da Saúde, Paulo
regulando a contribuição destas nas áreas de pesquisa, ensino, Ivo Garrido.
vigilância e serviços de referência.
As repartições q u e c o m p õ e m este Departamento são:
Despacho
a) Virologia Molecular;
b) Isolamento Virai; N o âmbito do processo d e reestruturação d o Ministério da
c) Serologia; S a ú d e , urge rever a situação d e s u b o r d i n a ç ã o d o Hospital
d) Imunologia Celular; Psiquiátrico d o Infulene.
e) Microbiologia; Nestes termos, usando das competências que me são
f ) Segurança d e Nível 3; atribuídas nos termos da lei, determino:
g) Parasitologia Molecular; Único. O Hospital. Psiquiátrico do Infulene passa
h)Entomologia; a subordinar-se directamente à Direcção de Saúde da Cidade de
i) Microscopia; Maputo.
j) Pesquisa Clínica; Maputo, 2 3 de Julho de 2010. - O Ministro da Saúde, Paulo
k) Bioestatística e Gestão de Dados. Ivo Garrido.
Preço - 6,00 MT

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E . P .

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