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Terga-feira, 27 de Setembro de 1977 BOLETIM SUMARIO tein 2/77: Determina que todas as acpes sanitiias de carscter profi ‘uco sojam gratutas| Conselho de Ministros: ‘para coordenar e orlentar a estratura admin fere 0 Servigo ‘Nacional de Protocalo do Ministério de | Estado na Prendéncia para o Ministerio dos Negocios Es: | trangeuros 4 Decreto n.* 40/77: Determina que passe a classificar-se como Centro Nacional de Docume aeio e Tiformagio de Mogambigue, sbreviadae mente CEDIMO, o Centro de Documentagio e Tnformagao 9 Banco de Mogambique, Presidéacia.da Repiblica Dospasto: Delea no Minito do Estado na Pesdencia a compstnca Distrito ede’ Locilidade, era como nomear ¢ de AireogSes dos Corpos.Adminstratives. Keferesse & substituicio da verba publicada pela Portaria | ‘n° 156/77, de 14 de Abril, inserta no Boletim da Repi- | Indistia e Comércio. ‘Nemes, cm subiugto. da actual comisso administra, | tra "comacio’lnadaana de Vitor Lopes ieee, mie aneneeeee Delega nos Governadores Provineiais, a competéncia para ofdenar 9 eongelamento de ‘Délemmina qus se proceda 2 liquidacio da Agéncia Geral d: ‘Alliance “Assurance “Company, Limited, snomeia. para efeito a EMOSE —Emprese Mogambieana de Seguros, E. COMISSAO PERMANENTE DA ASSEMBLEIA POPULAR Lei ne 2/77 de 27 de Setembro ‘A nacionalizagio da medicina teve como objectivo colo- car a satide ao servigo do povo, tornando-a acessivel 3s Jargas massas ¢ impedindo que 2 docnca constitua uma forma de enriquecimento, 1 SERIE— NGmero 112 DA REPUBLICA PUBLICAGAO OFICIAL DA REPUBLICA POPULAR DE MOCAMBIQUE A primeira sesso do Conselho de Ministros © © De- creto-Lei n# $/75, de 17 de Agosto, logo acentuaram que com as medidas ‘de nacionalizagio, se visava assegutar assisténcia sanitiria a todos os cidadios indiscriminada- mente, dando assim execugio ao principio estabelecido no artigo 16.’ da Constituigio da Repiblica Popular de Mogam- bique. ‘A experincia adquirida revela estarom criadas as condi- ges pare so decretar, desde jé, a gratuidade de um grande ximero de actos médicos, das medidas preventivas e duma parte dos medicamentos, Mas porque os encargos com a saide so muito elev dos, todos devemos estar conscientes de que @ populagio deve coniribuir parcialmente para esses encargos. Essa ne- cessidade foi, de resto, proclamada no discurso hist6rico do Presidente da Repablica proferido no Estédio da Ma- chava, no dia 24 de Julho de 1975. Impde-se, contudo, adoptar um critério uniforme de pa- gamento dé cuidados médicos nas diferentes unidades sa- nitirias do Servigo Nacional de Satide, pondo termo aos diferentes critérios de pagamento e tabelas de pregos que ainda subsistem, © que sfo de carécter discriminatério por concederem beneficios a uns cidados ¢ negé-los ou conce- ‘los de maneira diferente a outros Por outro lado, 0s esquemas ainda em vigor de pagamento {de cuidados médicos sio de dificil ¢ dispendiosa aplicagao pelos servicos de contabilidade das unidades sanitaria, pelo que deverao simplificar-se os métodos de cobranga’€ 0s procedimentos edministrativos, eliminando grande parte da pesada burocracia coloni Com o sistema instituido pelo presente diploma procura-se gualmente ir ao encontro da necessidade de evitat que exisia um consume injustificado de cuidados médicos, © dirigir os doentes para os locais de consulta e tratamento que sejam considerados os mais adequados, possibilitando deste modo uma melhor planificagio da assistencia médica, que se traduziré em beneficio para as populagies ‘As medidas decretadas sio as que melhor correspondern ao estédio actual da nossa evolugio econdmico-social; elas devem, no entanto, ser consideradas na perspectiva das di rectivas econémicas e sociais aprovadas pelo III Congresso da FRELIMO, que impiem 0 engajamento de todos na clevacio da produglo e da produtividade e na priotidade aque deve ser dada aos sectores produtivos. $.rI0, poi Ultima analise, os resultados obtidos na realizagio daqui directivas que nos permitirio, no futuro, elevar devisiva- mente o nosso bem estar social, ¢ enriquecer as importantes conquistas consagradas no presente diploma. Nestes (ermos ¢ a0 abrigo do disposto no artigo 45° da Constituigio, a Comissio Permanente da Assembleia Po- pular decrota Artigo 1.°—~ 1, Todas as acgdes sanitérias de cardcter profilitico sao gratuitas, 2. O Ministro da Sade fixard por despacho actos médicos considerados de caricter profil lista dos 504 Art, 2°—1. Todo 0 cidadio tem direito a assisténcia médico-medicamentosa gratuita quando em regime de in- ternamento, 2, Exclui-se do disposto no numero anterior as proteses © Sculos. Art. 3° Todos 0s exames complementares de diagnéstico so gratuitos tanto em regime de internamento como em regume ambulat6rio Art. 4°—1, Todas as consultas em regime ambulatério so pagas ao progo de 7850. 2. Para os distritos e localidades em que os recursos econdmicos da maioria da populacio sejam limitados, po- der 0 Ministro da Saiide, sob proposta do Governador Provincial respectwo, fixar por despacho, pregos inferiores ou formas especiais de pagamento, 3. Nos casos de reconhecida urgéncia, a falta de paga- mento antecipado nao pode constituir motivo para a recusa de cuidados médicos. Art 5° A aphcacio de injecgdes, pensos, curativos outros tratamentos, quando preseritos por ocasiio duma consulta, so gratuitos Art 6°—I. Em regime de tratamento ambulat6rio é estabelecida gratuidade para os medicamentos considerados basicos. 2. Os Ministros da Satide e das Finangas fixario por portaria a lista dos produtos de distribuigao gratuita, 3. A gratuidade estabelecida nesta Lei para medicamen {0s ou outros produtos a fixar nos termos do nimero ante rior s6 se aplica 10s Postos de distribuicdo de medicamentos ou Farmécias do Estado anexas &s unidades sanitirias onde esses produtos foram prescritos. Art. 7° Todos os outros medicamentos constantes do Formulétio Nacional de Medicamentos, mas nio incluidos na lista dos produtos de distribuigio gratuita, bem como proteses, poderio ser adquiridos a precos constantes se tuma tabela a fixar por portaria dos Ministros da Satide ¢ das Finangas ‘Art. 8°— 1. Os Postos de Consulta sio divididos em Postas de local de residéncia ¢ Postos de local de trabalho. 2. O Ministro da Satide doterminaré. 0 modo como se processard a idemtificagio dos trabalhadores nas unidades sanitérias Art, 9.°—1. Todos os doentes devem ser vistos obriga- foriamente, em primeira instancia, no Posto de Satide ou Posto de Consulta no seu local de trabalho ou de residén- cia ou no Centro de Saide do seu local de residéncia, ex- cepto nos casos de reconhecida ungéncia 2, Sempre qu> numa unidade sanitéria no existam re- cursos apropriados para o diagnéstico ou tratamento de determinado doente ou doenga, 0 responsavel clinico dessa, deverd enviar 0 doente & unidade sanitéria mais diferen- cinda, de que a primeira esta dependente. 3. 0 envio de doentes duma unidade sanitéria para outra, por insuficigncia de recursos na primeira, deve ser gratui- tamente documentado por impresso especial ‘Art. 10.°— 1. Scrdo da responsabilidade dos assistidos as \dersnizagies por inutilizagdes ou danos causados no pa- trimério das unidades sanitarias. 2. A avaliagio da indemnizagio a pagar é da competén- cia da direcedo do estabelecimento, 3. Excepiuam do disposto no n.° 1 os menores de 10 anos € 08 doent2s que possam ser considerados inimputaveis Art, 11.°— 1, Os beneficios atribuidos por esta lei so: mente se aplicam aos cidadaos nacionais, aos estrangeiros que possuam uma autorizagio de residéncia valida por um periodo de pelo menos seis meses ¢ aqueles abrangidos por '—NOMERO 112 contratos ou acordos especiais com cliusulas especiticas, quando esses contratos sejam celebrados com o Estado ou organismos estata 2, Exceptuam-se do preceituado no niimero anterior os beneficios acordados pelo artigo 1.° desta lei que sio ex- tensivos tanto a cidadios nacionais como a estrangciros. 3. Os estrangeiros ndo indicados non. 1, bem como os diplomatas, estao sujeitos ao pagamento dos cuidados mé- dicos segundo a tabela de precos a fixar por portaria con: junta dos Ministros da Satide ¢ das Financas. ‘Art. 12.° Todas as reccitas previstas por este diploma serdo cobradas pelo pessoal do Servigo Nacional de Saiide, para esse fim designado, devendo ser entregues mensalment: nos Servigos competentes do Ministério das Finangas, ex- cepto se os Ministros da Satide e das Finangas, por ‘por- taria o fixarem de outro modo. ‘Art. 13.° As dividas que se suscitarem na_aplicagio desta Lei, serio resolvidas por despacho do Ministro da Saiide. ‘Art, 14° Esta lei entrar em vigor em 1 de Novembro de 1977, mas fica 0 Ministro da Satide autorizado a ante- cipar. por despacho, a data da entrada em vigor das dis- posigdes do artigo 9. Aprovada pela Comissio Permanente da Assembla Po- pular. Publique-se. © Presidente da Repiblica, Savors Morsés MACKFr. —_. CONSELHO DE MINISTROS Decreto n° 39/77 do 27 de Setembro ‘No quadro das orientagbes da 8 Sessio do Comité Cen- tral e do TIT Congresso da FRELIMO, € o Presidente da Repiiblica que directamente superintende nos assuntos rela- tivos aos érgios locais do Estado, © Ministério de Estado na Presidéncia tem como tarefa principal apoiar 0 Presidente da Repiiblica no exercicio das suas fungies que Ihe séo atribuidas pela Constituicao. Tmpde-se assim que se atribua ao Ministério de Estado na Presidéncia certas fungies e tarefas que até agora ca- biam ao Ministério do Interior, fornecendo-Ihe os instru mentos necessérios para 0 correcto desempenho da sua fungdo principal e para methor poder coordenar a acca jf iniciada de reestruturagao do aparelho de Estado e fun- ‘Glo piiblica, Neste quadro importa que com vista a sua eorganizacio, transformagdo ou integraco em outras es- truturas passem para a dependéncia do Ministério de Es- tado na Presidéncia a Direccdo dos Servigos da Adminis- tragio Civil e os Corpos Administrativos. ‘Ao mesmo tempo interessa unificar o trabalho protocolar 20 nivel nacional confiando a0 Ministério dos Negécios Estrangeiros a direcedo do conjunto das actividades proto- colares. Nestes termos, ao abrigo da alinea c) do artigo 54° da Constituigéo, 0 Consetho de Ministros decreta: Artigo 1°—1. Compete ao. Ministério de Estado na Presidéncia a coordenagdo e orientagdo da estrutura admi- nistrativa. 2. Passam para a dependéncia do Ministério de Estado na Presidéncia: a) Direcedo dos Servigos de Administragéo Civil; b) Os Coxpos Administrativos.

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