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Número 208
b) aprovar a alienação de bens próprios do InOM, nos ou a editar, bem como de todos os levantamentos
termos da legislação aplicável; topográficos das áreas cartografadas, a fim de serem
c) aprovar a contratação de empréstimos externos e internos considerados para efeitos de segurança e actualização
de créditos correntes com a obrigação de reembolso dos documentos náuticos.
até dois anos;
d) ordenar a realização de inspecções financeiras; ARTIGO 6
e) praticar outros actos de controlo financeiro, nos termos
(Competências)
do diploma de criação e demais legislação aplicável.
1. São competências gerais do InOM:
ARTIGO 5
a) propor legislação e definição de políticas, estratégias,
(Atribuições) programas e planos orientados para o desenvolvimento
de bases científicas e tecnológicas do conhecimento
São atribuições do InOM:
sobre a sua área de mandato;
a) o exercício da autoridade de investigação e pesquisa b) aplicar a legislação e instruções conexas com as
científica nos espaços marítimo, fluvial e lacustre, actividades que se insiram no quadro das suas
incluindo os respectivos ecossistemas; atribuições e competências;
b) a realização e regulação do exercício de actividades de c) executar políticas governamentais definidas em relação
cartografia hidrográfica, através da disponibilização de à investigação aquática e pesqueira, de acordo com as
especificações técnicas para produção de cartografia, prioridades estabelecidas nos planos sectoriais;
da fiscalização das actividades de produção, da d) elaborar e implementar planos estratégicos com vista
homologação de produtos cartográficos e do registo a melhorar o conhecimento científico;
de entidades privadas produtoras de cartografia; e) propor o estabelecimento de centros nacionais
c) a promoção e realização de acções de investigação e internacionais de investigação e pesquisa científica
aplicada, estudos e trabalhos no domínio da aquática;
hidrografia e cartografia hidrográfica, da navegação, f) realizar, participar, observar e fiscalizar as actividades de
da oceanografia, incluindo a química, a poluição pesquisa aquática em cruzeiros científicos;
e a geologia marinha, do ambiente marinho e do g) assegurar a disponibilização de dados e informação
aproveitamento dos recursos naturais; destinados ao ordenamento dos espaços marítimo,
d) a realização de investigação aplicada, monitorização, fluvial, lacustre e zonas costeiras;
aconselhamento, e promoção da formação científica h) realizar investigação em matérias de pesca, aquacultura,
e de desenvolvimento da literacia sobre o mar, pesca, biodiversidade, veterinária aquática, ambiente,
aquacultura, biodiversidade, veterinária aquática, oceanografia, limnologia, hidrografia e em outras
ambiente, oceanografia e limnologia nos domínios disciplinas, em coordenação e colaboração com
marinho, costeiro, fluvial e lacustre, com vista universidades, institutos e outras entidades, tendo em
a contribuir para a conservação e gestão de ecossistemas conta a agenda de desenvolvimento do país;
e uso sustentável de recursos aquáticos; i) acompanhar auditorias e inspecções ambientais, assim
e) a definição das prioridades de investigação e pesquisa, como actividades nos domínios costeiro, marinho,
em articulação com as entidades relevantes, com vista fluvial, lacustre e da pesca, em coordenação com outras
a assegurar o ordenamento de actividades, optimização entidades relevantes;
da exploração, conservação, gestão sustentável j) desenvolver e manter sistemas de recolha, registo,
e integrada do ecossistema e ambiente aquático arquivo e divulgação de dados de pesca, aquacultura,
e costeiro; biodiversidade, veterinária aquática, ambiente,
f) a prestação de assistência técnico-científica, na área oceanografia limnologia, hidrografia, cartografia
de mandato, a instituições governamentais e outras náutica e sinalização marítima nacional;
organizações nos domínios costeiro, marinho, fluvial k) pronunciar-se sobre a introdução e o cultivo de espécies
e lacustre; aquáticas exóticas;
g) a coordenação e a interligação entre a investigação l) monitorar actividades de investigação aquática e de
científica aquática realizada por outras entidades, pescas, de qualquer natureza e proveniência, nos
nacionais, estrangeiras ou internacionais, com as termos da legislação aplicável;
políticas e estratégias nacionais, nos domínios costeiro, m) emitir parecer sobre processos de licenciamento de
marinho, fluvial e lacustre; actividades ou projectos a desenvolver na costa e
h) o desenvolvimento, coordenação, promoção nos domínios costeiro, marinho, fluvial e lacustre,
e acompanhamento de actividades de investigação por entidades públicas ou privadas, incluindo a
no domínio da hidrografia, cartografia náutica conservação in-situ e ex-situ;
e navegação; n) assegurar a formação e treinamento em matérias de pesca,
i) a administração de uma infra-estrutura de dados aquacultura, biodiversidade, veterinária aquática,
georreferenciados do meio aquático, zonas costeiras ambiente, oceanografia, limnologia, hidrografia,
e ribeirinhas, no âmbito da qualidade de autoridade cartografia náutica e navegação nos domínios
hidrográfica, oceanográfica e limnológica nacional, marítimo, costeiro, fluvial e lacustre;
disponibilizando a outras entidades a informação o) formular projectos de investigação e monitorização,
técnico-científica, sem prejuízo da necessária bem como mobilizar recursos necessários à sua
divulgação da informação genérica acessível ao concretização;
público; p) conceber e implementar programas de cooperação
j) a execução de projectos, obras e trabalhos que possam e parcerias no âmbito do seu mandato, com entidades
afectar cartas ou planos hidrográficos editados nacionais e estrangeiras;
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q) promover e acompanhar a monitorização do uso iv. produzir conhecimento com vista a garantir
e conservação dos recursos naturais aquáticos a utilização e gestão sustentável da biodiversidade
e costeiros; aquática para apoiar o desenvolvimento do país;
r) participar na elaboração de planos de maneio nos v. realizar e promover a divulgação de estudos de
domínios costeiro, marinho, fluvial e lacustre; ecologia das espécies aquáticas e costeiras, com
s) promover a divulgação do conhecimento resultante da vista a melhorar o seu conhecimento e gestão;
investigação e pesquisa para sua disponibilização aos vi. avaliar e estabelecer a estimativa do valor ecológico
usuários, designadamente, sociedade em geral, sector e económico das espécies aquáticas e costeiras,
e outras entidades interessadas; por forma a promover a sua valoração económica;
t) prestar serviços relacionados com a sua área de actividade, vii. avaliar o estado de conservação das espécies
por solicitação de entidades do sector e outras; aquáticas e costeiras por forma a assegurar a sua
u) promover e incentivar a investigação e pesquisa científica exploração sustentável;
junto de instituições de ensino, investigação, pesquisa, viii. avaliar o impacto da pesca e outras actividades
agências de financiamento, agências reguladoras humanas na biodiversidade aquática e costeira;
e outras entidades, no dominio da pesquisa marinha, ix. propor e promover a criação de Áreas de Conservação
aguas interiores e aquicola; Marinha;
v) adoptar um sistema de prémios e incentivos que assegure x. promover a realização de pesquisas nas Áreas de
a participação dos investigadores e colaboradores Conservação Marinha, com vista a avaliar o nível
nos benefícios económicos obtidos pelo InOM, na de prestação dos serviços ecossistémicos.
exploração dos direitos provenientes de invenções, c) No âmbito da Pesca e Aquacultura:
criações, inovações, projectos de investigação,
i. estudar e produzir recomendações sobre formas
pesquisa e de publicações;
de aproveitamento sustentável e partilhado dos
w) representar o país em organizações internacionais da
recursos biológicos aquáticos, salvaguardando
especialidade e cruzeiros científicos.
a sua capacidade de renovação e estabilidade
2. São competências específicas do InOM: ecológica;
a) No âmbito do Ambiente Aquático: ii. coordenar a realização de actividades de investigação
i. assegurar a vigilância oceanográfica nacional das e pesquisa sobre artes e tecnologias de pesca
marés, da agitação marítima, fluvial e lacustre das e estabelecer conclusões sobre a sua aplicabilidade
correntes, em articulação com outras entidades no país;
competentes, através da operação de redes de iii. realizar a prospecção, avaliação e monitorização
monitorização do meio marinho; de recursos pesqueiros, com vista a assegurar
ii. contribuir para o desenvolvimento tecnológico na a optimização da sua exploração;
área da engenharia oceanográfica, assegurando iv. determinar os potenciais de pesca no território
a manutenção, calibração, concepção, nacional, por forma a assegurar a exploração
desenvolvimento e construção de sistemas e sustentável dos recursos pesqueiros nacionais;
equipamentos de observação do oceano; v. realizar estudos de biologia e ecologia pesqueira
iii. realizar estudos e acompanhar a monitorização necessários para o garante do uso sustentável dos
do estado do ambiente, incluindo a poluição, recursos;
mudanças climáticas e seus impactos; vi. realizar investigação e pesquisa de doenças em
iv. realizar e coordenar a realização de actividades espécies aquáticas;
de investigação e pesquisa nos domínios da vii. assegurar a vigilância epidemiológica em espécies
oceanografia e limnologia nas águas sob jurisdição aquáticas;
nacional; viii. exercer medicina veterinária aquática em espécies
v. realizar e coordenar a realização de actividades de selvagens e cultivadas;
investigação e pesquisa sobre a poluição, lixo ix. realizar investigação e monitorização com vista
e qualidade da água no ambiente aquático a manutenção de espécies em cativeiro;
e costeiro; x. realizar investigação com vista a subsidiar a promoção
vi. realizar estudos sobre a interação entre os sistemas da aquacultura sustentável no País;
aquáticos e a atmosfera; xi. realizar pesquisas sobre rações para a aquacultura;
vii. realizar estudos sobre a interação entre os factores xii. certificar a qualidade de reprodutores, alevinos,
ou processos bióticos e abióticos; rações e matrizes de espécies produzidas no País;
viii. realizar estudos e monitoria sobre a degradação xiii. emitir autorização para importação de matrizes
e restauração de ecossistemas aquáticos e costeiros; com vista a garantir a biossegurança da actividade
ix. realizar estudos sobre a função e serviços prestados aquícola;
pelos ecossistemas aquáticos e costeiros. xiv. promover a proteção do material genético aquático
b) No âmbito da Biodiversidade e Conservação Aquática nacional, em coordenação com outras entidades;
e Costeira: xv. desenvolver métodos melhorados que visam elevar
i. realizar a inventariação, mapeamento e monitorização a produtividade da aquacultura;
da biodiversidade aquática e costeira no território xvi. realizar o melhoramento genético de espécies com
nacional; potencial para a aquacultura;
ii. mapear as zonas de pesca e ou com potencial para tal; xvii. investigar, colectar e conservar o património
iii. coordenar a realização de actividades de investigação genético inerente a espécies do meio aquático;
que visem a valorização, conservação e recuperação xviii. criar e manter um banco genético de espécies
de ecossistemas aquáticos e costeiros, bem como aquáticas, por forma a assegurar a conservação do
dos respectivos recursos; material genético aquático nacional.
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h) manter o Conselho de Direcção informado sobre os d) taxas provenientes de prestação de serviços de ajuda
resultados das verificações e exames a que proceda; à navegação, exceptuando as relativas às áreas de
i) elaborar relatórios da sua acção fiscalizadora, incluindo jurisdição portuária;
relatório anual global; e) taxas provenientes da certificação de qualidade de
j) propor ao Ministro de tutela financeira e ao Conselho de insumos de aquacultura;
Direcção a realização de auditorias externas, quando f) o produto de venda de embarcações e equipamentos
isso se revelar necessário ou conveniente; em hasta pública como resultado de sanção aplicada
k) verificar, fiscalizar e apreciar a legalidade da organização por realização de investigação e pesquisa científica
e funcionamento da InOM; marinha não autorizada;
l) avaliar a eficiência, eficácia, e efectividade dos processos g) o produto de venda de material, equipamento ou outros
de descentralização e desconcentração de competências bens patrimoniais considerados obsoletos;
e verificar o seu funcionamento; h) as receitas resultantes da prestação de serviços de
m) verificar a eficácia dos mecanismos e técnicas adoptados sinalização marítima, consultoria, bem como de
pelo InOM, para o atendimento e prestação de serviços concessão de exploração de infra-estruturas e
públicos; equipamentos de sinalização marítima, excluindo as
n) fiscalizar a aplicação do estatuto orgânico do InOM, do de áreas de jurisdição portuária;
Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado i) os financiamentos externos consignados pelo governo;
e demais legislação relativa ao pessoal, ao procedimento j) subsídios, comparticipações, subvenções ou doações
administrativo e ao funcionamento da instituição, bem atribuídas por quaisquer entidades públicas ou
como outra legislação de carácter geral aplicável privadas, nacionais ou estrangeiras;
à Administração Pública; k) o produto da aplicação de multas pagas ao abrigo da
o) aferir o grau de resposta dada pelo InOM, às solicitações legislação aplicável;
dos cidadãos ou da classe servida; l) quaisquer outros rendimentos, bens ou direitos que
p) averiguar o nível de alinhamento dos planos de provenham da sua actividade ou que, por lei, lhe sejam
actividades adoptados e implementados pelo InOM, atribuídos.
com os objectivos e prioridades do Governo; 2. A receita arrecadada deve ser canalizada na sua totalidade,
q) aferir o grau de observância das instruções técnicas nos termos da legislação aplicável, a título de receita própria,
e metodológicas emitidas pela entidade de tutela para a Conta Única do Tesouro que, após a sua cobrança,
sectorial; é consignada ao InOM.
r) aferir o grau de alcance das metas periódicas definidas 3. O Tesouro Público, no prazo de cinco dias úteis após
pelo InOM, bem assim pelo Ministro ou entidade de a receitação, procede à devolução ao InOM, a título de
tutela; consignação definitiva, a percentagem da receita transferida para
s) pronunciar-se sobre os assuntos que lhe sejam a Conta Única do Tesouro.
submetidos pelo Conselho de Direcção, pelo Tribunal 4. A devolução da receita referida no número anterior
Administrativo e pelas entidades que integram o é efectuada mediante requisição/registo de necessidades no
sistema de controlo interno da administração financeira e-SISTAFE.
do Estado.
ARTIGO 16
2. Os membros do Conselho Fiscal são nomeados por despacho
conjunto dos Ministros que superintendem as áreas de finanças, (Dotações do Orçamento do Estado)
função pública e de tutela sectorial.
3. O Presidente do Conselho Fiscal representa a entidade de O InOM beneficia, ainda, de dotações do Orçamento do Estado
tutela financeira. para o seu funcionamento.
4. O mandato dos membros do Conselho Fiscal é de 3 (três) ARTIGO 17
anos, podendo ser renovado uma única vez.
5. O Conselho Fiscal reúne ordinariamente uma vez por (Despesas)
trimestre.
Constituem despesas do InOM:
6. Os membros do Conselho Fiscal participam obrigatoriamente
nas reuniões do Conselho de Direcção em que se aprecia a) as despesas com o funcionamento e as resultantes
o relatório e contas e a proposta de orçamento. do exercício das suas atribuições e competências;
b) as despesas resultantes de estudos, investigação e pesquisa
CAPÍTULO III científica nas áreas de pesca e aquacultura, hidrografia,
oceanografia, ambiente marinho, navegação e outros
Regime Orçamental e Patrimonial
afins ao seu mandato;
ARTIGO 15 c) as despesas resultantes da formação e gestão do pessoal
(Receitas) do InOM;
d) as contribuições resultantes da filiação do InOM em
1. Constituem receitas próprias do InOM, nos termos da organismos nacionais e internacionais de especialidade.
legislação aplicável:
a) as taxas provenientes da autorização do exercício da ARTIGO 18
actividade de investigação e pesquisa científica
(Planos e Orçamentos)
marinha;
b) as taxas e emolumentos provenientes da prestação de 1. Os planos de actividades e respectivos orçamentos anuais
serviços; do InOM são compatibilizados com as instruções emanadas
c) as receitas provenientes da venda de mapas temáticos, pelas tutelas e de acordo com as estratégias e planos do Governo
cartas náuticas, planos hidrográficos e outros e submetidos à aprovação do Ministro de tutela sectorial, nos
documentos náuticos; termos legais.
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2. O InOM elabora, com referência a cada ano económico, os em função da especificidade da actividade desenvolvida e
respectivos orçamentos operacionais e de investimento, os quais de aprovação de suplementos adicionais pelos Ministros que
são aprovados pelos Ministros de tutela sectorial e financeira. superintendem as áreas de finanças e da função pública.
3. O InOM submete trimestralmente aos Ministros de tutela 2. Os critérios do regime das remunerações aplicável ao
sectorial e financeira os relatórios e contas de execução orçamental Director-Geral e Director Científico são aprovados pelo Conselho
acompanhados dos relatórios do órgão de fiscalização. de Ministros, sob proposta dos Ministros que superintendem as
4. Compete ao Ministro de tutela sectorial submeter o plano áreas da função pública e das finanças.
de actividades e orçamento até 31 de Agosto ao Ministro de 3. As remunerações do Director-Geral e do Director Científico
tutela financeira. são fixadas por Despacho conjunto dos Ministros de tutela
sectorial e financeira, com a observância dos critérios fixados
ARTIGO 19 pelo Conselho de Ministros.
(Relatórios e Contas) 4. Os membros do Conselho Fiscal têm direito a senha de
presença, por cada sessão em que estejam presentes, cujo valor
1. O InOM, com referência a 31 de Dezembro de cada ano, é fixado por Despacho único dos Ministros que superintendem as
elabora os seguintes documentos: áreas da função pública e das finanças, nos termos da legislação
a) Relatórios do Conselho de Direcção, indicando como aplicável.
foram atingidos os objectivos do InOM e analisando
a eficiência dos mesmos nos vários domínios de CAPÍTULO V
actuação; Disposições Finais e Transitórias
b) Balanço e mapa de demonstração de resultados; ARTIGO 24
c) Mapa de fluxo de caixa.
(Estatuto Orgânico)
2. Os documentos referidos no número anterior são aprovados
por Despacho do Ministro de tutela sectorial, tendo em Compete ao Ministro que superintende as áreas do mar
consideração o parecer do Conselho Fiscal. e águas interiores submeter ao órgão competente, no prazo de
60 (sessenta) dias contados da data de publicação do presente
ARTIGO 20 Decreto, a proposta de Estatuto Orgânico do InOM, para
(Património) aprovação.
O património do InOM é constituído pela universalidade dos ARTIGO 25
seus bens, nomeadamente:
(Disposição Revogatória)
a) os que transitam do IIP e do CEPAM para o InOM, por
força do presente Decreto; São revogados o Decreto n.º 63/98, de 20 de Novembro,
b) os que transitam do INAHINA para o InOM, nos termos o Decreto n.º 27/2004, de 20 de Agosto e o Decreto n.º 16/2007,
do disposto no artigo 5 do Decreto n.º 17/2019, de 18 de 10 de Abril, ficando consequentemente extintos o Instituto
de Março; Nacional de Investigação Pesqueira (IIP), o Instituto Nacional
c) os demais bens de qualquer natureza que venha a adquirir, de Hidrografia e Navegação (INAHINA) e o Centro de Pesquisa
que lhe forem afectos ou doados, incluindo legados. e Ambiente Marinho e Costeiro (CEPAM).
ARTIGO 21 ARTIGO 26
(Gestão Financeira e Patrimonial) (Transição dos Recursos)
A gestão financeira e do património afecto ao InOM rege-se 1. Os recursos humanos, materiais, financeiros e patrimoniais
pelas normas aplicáveis aos órgãos e instituições do Estado, do INAHINA transitam para o InOM, nos termos do disposto
nomeadamente pela Lei do Sistema de Administração Financeira no artigo 5 do Decreto n.° 17/2019, de 18 de Março.
do Estado, Plano Geral de Contabilidade, regime da tesouraria 2. Os recursos humanos, materiais, financeiros e patrimoniais
do Estado, em particular, o princípio e as regras da unidade de do IIP e do CEPAM, ora extintos, transitam para o InOM.
tesouraria, e demais legislação aplicável.
ARTIGO 27
CAPÍTULO IV (Entrada em vigor)
Regime do Pessoal e Remuneratório O presente Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
ARTIGO 22 Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 14 de Setembro
(Regime do Pessoal) de 2021.
O pessoal do InOM observa o regime juridico estabelecido Publique-se.
no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado, bem O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário.
como da demais legislação do funcionalismo público, com a
possibilidade de celebração de contratos, regidos pela Lei do
Trabalho, nos termos da legislação aplicável.
Decreto n.º 88/2021
ARTIGO 23 de 28 de Outubro
(Regime Remuneratório)
Havendo necessidade de assegurar a administração, segurança,
1. Sem prejuízo dos direitos adquiridos, o regime remuneratório protecção e fiscalização marítima, prevenção e combate à poluição
aplicável ao pessoal do InOM é o dos funcionários e agentes do marinha, fluvial e lacustre, bem como a regulação de actividades
Estado, com a possibilidade de adopção de tabelas diferenciadas no mar, águas interiores e no domínio público marítimo, ao
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abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 82 da Lei n.º 7/2012, b) aprovar a alienação de bens próprios do INAMAR, IP,
de 8 de Fevereiro, conjugado com o n.º 1 do artigo 8 do Decreto nos termos da legislação aplicável;
n.º 41/2018, de 23 de Julho, o Conselho de Ministros decreta: c) aprovar a contratação de empréstimos externos e internos
de créditos correntes com a obrigação de reembolso
CAPÍTULO I até dois anos;
Disposições Gerais d) ordenar a realização de inspecções financeiras;
ARTIGO 1 e) praticar outros actos de controlo financeiro, nos termos
do diploma de criação e demais legislação aplicável.
(Denominação)
h) promover a realização de estudos de especialidade no xx. avaliar e emitir parecer sobre projectos relacionados
âmbito do seu mandato; com a realização de pesquisas de natureza
i) representar o país nas organizações internacionais arqueológica e achados no mar, em coordenação
relacionadas com os assuntos de administração, com as entidades competentes;
segurança e protecção marítimas e combate à poluição xxi. avaliar e emitir parecer sobre projectos de instalação
marinha; de infra-estruturas, plataformas fixas e móveis, bem
j) proceder à cobrança de taxas e emolumentos devidos como flutuantes, ilhas artificiais, cabos e ductos
pelos serviços prestados. submarinos e respectivo equipamento e material
2. São competências específicas do INAMAR, IP: marítimo;
xxii. emitir parecer sobre projectos de investigação
a) No âmbito do ordenamento e administração do mar:
e pesquisa científica no mar e águas interiores,
i. coordenar a elaboração dos instrumentos em coordenação com outros órgãos ou entidades
de ordenamento do espaço marítimo; relevantes.
ii. assegurar a gestão do Plano de Ordenamento do
b) No âmbito da segurança, fiscalização e inspecção
Espaço Marítimo;
marítimas:
iii. emitir parecer sobre projectos de investigação
científica no mar e águas interiores, em coordenação i. fiscalizar a utilização dos espaços marítimo, fluvial
com outros órgãos ou entidades relevantes; lacustre, bem como do domínio público da zona
iv. criar e manter actualizado o Cadastro de Usos costeira, em coordenação com outras entidades
e Actividades no espaço marítimo e garantir o seu relevantes;
funcionamento; ii. monitorar e fiscalizar, embarcações e plataformas fixas
v. estabelecer um ambiente favorável ao desenvolvimento e móveis, por forma a prevenir e detectar quaisquer
de actividades económicas no mar e nas zonas actividades de poluição do meio marinho e águas
costeiras, à luz dos princípios da economia azul; interiores, designadamente por hidrocarbonetos
vi. criar mecanismos e instrumentos necessários ao e outras substâncias potencialmente poluidoras,
fortalecimento do exercício de coordenação entre em coordenação com outras entidades relevantes;
os órgãos centrais, locais e municipais na utilização iii. fiscalizar e supervisionar, em coordenação com
do mar, seus recursos e das zonas costeiras; a entidade hidrográfica e oceanográfica competente,
vii. coordenar com outras entidades competentes, as actividades de prospecção marinha, pesquisa
a reparação de danos causados aos ecossistemas oceanográfica, exploração do fundo do mar
marinhos e costeiros; e outras actividades científicas marinhas realizadas
viii. licenciar a instalação de infra-estruturas, plataformas de acordo com as normas prescritas na legislação
fixas e móveis, bem como flutuantes, ilhas aplicável;
artificiais cabos e ductos submarinos e o respectivo iv. monitorizar a realização de pesquisas geofísicas
equipamento e material marítimo que demandem a e ou geológicas, com vista à proteção dos
ocupação e utilização dos espaços marítimo, fluvial espécimes marinhos, nomeadamente mamíferos
e lacustre e domínio público costeiro; e outras afins, bem como assegurar o cumprimento
ix. emitir Títulos de Utilização Privativa do Espaço dos actos de autorização de investigação e pesquisa
Marítimo e outros afins; por parte das entidades envolvidas;
x. licenciar entidades para o exercício da actividade v. avaliar e decidir sobre planos de construção,
modificação e reparação de plataformas fixas ou
de formação em mergulho marítimo incluindo
móveis implantados nos espaços marítimo, fluvial
o exercício da actividade de mergulho marítimo;
e lacustre;
xi. autorizar o exercício de actividades de desporto vi. autorizar e monitorizar a entrada e permanência de
náutico; embarcações estrangeiras em águas territoriais
xii. licenciar, credenciar e reconhecer actividades de nacionais, em cumprimento de leis e regulamentos
busca, salvamento, prevenção e combate a poluição nacionais e de acordos internacionais de que o país
marinha e nas águas interiores; seja parte, para fins especificos de investigação
xiii. licenciar e credenciar as entidadade classificadoras científica ou outra similar;
de navios; vii. coordenar as actividades de busca e salvamento
xiv. autorizar e monitorizar a actividade de dragagem e marítimo e de salvação de bens, nos espaços
extracção de inertes no espaço marítimo e águas marítimo, fluvial e lacustre;
interiores, em coordenação com outras entidades; viii. participar na investigação de acidentes e incidentes
xv. licenciar o exercício da actividade de assistência marítimos, bem como de processos de infracções
e salvação marítimas; marítimas;
xvi. licenciar o exercício da actividade de recuperação ix. inspeccionar e monitorar o manuseamento de cargas
de objectos ou cargas no fundo do mar e águas perigosas, em coordenação com outras entidades
interiores; competentes.
xvii. licenciar e autorizar o exercício da actividade de x. fiscalizar, no espaço marítimo, águas interiores e zonas
navegação de recreio; costeiras, as actividades de pesca e aquacultura,
xviii. garantir a realização de actividades de protecção incluindo a pesca recreativa e desportiva, em
do património ecológico e cultural subaquático, coordenação com outras entidades competentes;
envolvendo outras entidades competentes; xi. monitorizar e fiscalizar a actividade da frota
xix. coordenar o Processo de planeamento e gestão pesqueira nacional e estrangeira que demandam
territorial das zonas costeiras de domínio público os portos nacionais, bem como as actividades da
maritimo, fluvial e lacustre; frota pesqueira nacional nas águas sob jurisdição
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tutela sectorial, de entre pessoas de reconhecida idoneidade, 3. O Conselho Técnico tem a seguinte composição:
independência e competência técnica e profissional na área do a) um representante do Ministério que superintende a área
mar, para um mandato de 4 (quatro) anos, renovável por uma da Defesa Nacional;
única vez. b) um representante do Ministério que superintende a área
5. Os restantes membros do Conselho de Administração são dos transportes marítimos;
selecionados em concurso público aberto para o efeito e nomeados
c) um representante do Ministério que superintende a área
pelo Ministro de tutela sectorial, para um mandato de 4 (quatro)
dos Recursos Minerais;
anos, renovável por uma única vez.
d) um representante do Ministério que superintende a área
6. O mandato dos membros do Conselho de Administração
pode cessar antes do seu termo, por decisão fundamentada da do Ambiente;
entidade competente para os nomear, com base em justa causa, e) um representante do Ministério que superintende a área
sem direito a qualquer indemnização. da Ordem e Segurança;
f) um representante do Ministério que superintende a área
ARTIGO 9 de Migração;
(Competências do Presidente do Conselho de Administração)
g) um representante do Ministério que superintende a área
das Alfândegas;
1. Compete ao Presidente do Conselho de Administração: h) um representante do Ministério que superintende a área
a) dirigir o INAMAR, IP; da Administração Local.
b) convocar e presidir as reuniões do Conselho de 4. Podem ser convidados a participar das sessões do Conselho
Administração e assegurar o funcionamento regular Técnico outros técnicos em função da matéria a ser abordada.
do INAMAR, IP; 5. O Conselho Técnico reúne ordinariamente uma vez por ano
c) executar e fazer cumprir a lei, as normas e as deliberações e, extraordinariamente, sempre que o Presidente do Conselho de
do Conselho de Administração;
Administração o convocar.
d) coordenar a elaboração dos planos estratégicos, anuais
e respectivos orçamentos plurianuais de actividades ARTIGO 11
do INAMAR, IP;
e) exercer os poderes de direcção, gestão e disciplina do (Conselho Fiscal)
pessoal; 1. O Conselho Fiscal é composto de três membros, sendo
f) representar o INAMAR, IP em juizo e fora dele; um Presidente e dois vogais, representando as áreas de tutela
g) coordenar a arrecadação de receitas do INAMAR, IP; financeira, da função pública e do sector de actividade.
h) realizar outras actividades que lhe sejam acometidas por 2. Os membros do Conselho Fiscal são nomeados por despacho
lei ou estatuto orgânico; conjunto dos Ministros que superintendem as áreas das finanças,
i) representar o INAMAR, IP em quaisquer actos ou função pública e de tutela sectorial.
contratos, em juízo ou fora dele, podendo delegar a 3. O Presidente do Conselho Fiscal representa a entidade de
representação a qualquer um dos Administradores; tutela financeira.
j) nomear colaboradores para o exercício de cargos de 4. O mandato dos membros do Conselho Fiscal é de três anos,
direcção e chefia no INAMAR, IP; podendo ser renovado uma única vez.
k) exercer as competências, praticar os actos e assumir as 5. O Conselho Fiscal reúne-se ordinariamente uma vez em
funções previstas noutros instrumentos legais ou na cada trimestre.
legislação e regulamentação aplicável aos Fundos 6. Compete ao Conselho Fiscal:
Públicos.
a) acompanhar e controlar com regularidade o cumprimento
2. O Presidente do Conselho de Administração é substituído das leis e demais diplomas legais aplicáveis,
nas suas faltas e impedimentos por um Administrador por ele a execução orçamental, a situação económica,
designado. financeira e patrimonial do INAMAR, IP;
b) analisar a contabilidade do INAMAR, IP;
ARTIGO 10 c) proceder à verificação prévia e dar o respectivo parecer
(Conselho Técnico) sobre o orçamento, suas revisões e alterações, bem
como sobre o plano de actividades na perspectiva da
1. O Conselho Técnico é o órgão de consulta inter-sectorial sua cobertura orçamental;
dirigido pelo Presidente do Conselho de Administração. d) dar parecer sobre o relatório de gestão de exercício
2. São competências do Conselho Técnico: e contas de gerência, incluindo documentos de
a) apreciar e emitir pareceres nos âmbitos da segurança certificação legal de contas;
e protecção marítimas, fiscalização marítima, e) dar parecer sobre a aquisição, arrendamento, alienação,
preservação do ambiente marinho e administração alienação e oneração de bens imóveis;
marítima; f) dar parecer sobre a aceitação de doações, heranças ou
b) estudar e propor a forma adequada de coordenação legados;
técnica, na formação e capacitação do pessoal g) dar parecer sobre a contratação de empréstimos, quando
marítimo; o INAMAR, IP, esteja habilitado a fazê-lo;
c) estudar e propor formas adequadas de coordenação técnica, h) manter o Conselho de Administração informado sobre
para a implementação de planos de contingência de os resultados das verificações e exames que proceda;
prevenção e combate à poluição marinha; i) elaborar relatórios da sua acção fiscalizadora, incluindo
d) propor medidas adequadas de busca e salvamento relatório anual global;
marítimo; j) propor ao Ministro de tutela financeira e ao Conselho
e) propor medidas relativas à prevenção de acidentes de Administração a realização de auditorias externas,
e incidentes marítimos. quando isso se revelar necessário ou conveniente;
1738 I SÉRIE — NÚMERO 208
k) verificar, fiscalizar e apreciar a legalidade da organização para prestação de serviço de assistência nas águas
e funcionamento do INAMAR, IP; sob jurisdição nacional, excepto o concernente às
l) avaliar a eficiência, eficácia, e efectividade dos processos operações portuárias;
de descentralização e desconcentração de competências h) a resultante da venda de embarcações e outros
e verificar o seu funcionamento; instrumentos e equipamentos apresados, no âmbito
m) verificar a eficácia dos mecanismos e técnicas adoptadas do exercício de investigação e pesquisa cientifica
pelo INAMAR, IP, para o atendimento e prestação de marinhas;
serviços públicos; i) as taxas resultantes da prestação de serviços de vistoria
n) fiscalizar a aplicação do estatuto orgânico do INAMAR, à actividade de bunkering;
IP, do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do j) as taxas resultantes de licenças especiais emitidas nas
Estado e demais legislação relativa ao pessoal, ao áreas de conservação marinha e terras húmidas
procedimento administrativo e ao funcionamento da sob regime de conservação e de responsabilidade
instituição, bem como outra legislação de carácter geral ambiental;
aplicável à Administração Pública; k) as taxas sobre o licenciamento ambiental no meio
o) aferir o grau de resposta dada pelo INAMAR, IP, às aquático e zonas costeiras;
solicitações dos cidadãos ou da classe servida; l) subsídios, comparticipações, subvenções ou doações
p) averiguar o nível de alinhamento dos planos de actividades atribuídas por quaisquer entidades públicas ou privadas
adoptados e implementados pelo INAMAR, IP, com nacionais ou estrangeiras;
os objectivos e prioridades do Governo; m) outra receita como tal que lhe seja destinada.
q) aferir o grau de observância das instruções técnicas 2. A receita arrecadada deve ser canalizada na sua totalidade,
e metodológicas emitidas pela entidade de tutela nos termos da legislação aplicável, a título de receita própria, para
sectorial; a Conta Única do Tesouro que, após a sua cobrança, é consignada
r) aferir o grau de alcance das metas periódicas definidas ao INAMAR, IP.
pelo INAMAR, IP, bem assim pelo Ministro ou 3. O Tesouro Público, no prazo de cinco dias úteis após a
entidade de tutela; receitação, procede à devolução ao INAMAR, IP, a título de
s) pronunciar-se sobre os assuntos que lhe sejam submetidos consignação definitiva, a percentagem da receita transferida para
pelo Conselho de Administração, pelo Tribunal a Conta Única do Tesouro.
Administrativo e pelas entidades que integram o 4. A devolução da receita referida no número anterior é
sistema de controlo interno da administração financeira efectuada mediante requisição e registo de necessidades no
do Estado; e-SISTAFE.
t) participar, obrigatoriamente, nas reuniões do Conselho de
Administração em que se aprecia o relatório e contas ARTIGO 13
e a proposta de orçamento.
(Dotações do Orçamento do Estado)
3. O INAMAR, IP submete aos Ministros de tutela desenvolvida e de aprovação de suplementos adicionais pelos
sectorial e financeira os relatórios e contas de execução Ministros que superintendem as áreas de finanças e da função
orçamental acompanhados dos relatórios do órgão de fiscalização pública.
trimestralmente. 2. Os critérios do regime das remunerações aplicável ao
4. Compete ao Ministro de tutela sectorial submeter o plano Conselho de Administração são aprovados pelo Conselho de
de actividades e orçamento até 31 de Agosto, ao Ministro de
Ministros, sob proposta dos Ministros que superintendem as áreas
tutela financeira.
ARTIGO 16 da função pública e das finanças.
3. Os critérios a observar na remuneração dos membros do
(Relatórios e Contas)
Conselho de Administração são fixados por despacho conjunto
1. O INAMAR, IP, com referência a 31 de Dezembro de cada dos Ministros de tutela sectorial e financeira com observância
ano, elabora os seguintes documentos: dos critérios fixados pelo Conseho de Ministros.
a) Relatórios do Conselho de Administração, indicando 4. Os membros do Conselho Fiscal têm direito a senha de
como foram atingidos os objectivos do INAMAR,
presença, por cada sessão em que estejam presentes, cujo valor
IP e analisando a eficiência dos mesmos nos vários
domínios de actuação; é fixado por Despacho único dos Ministros que superintendem as
b) Balanço e mapa de demonstração de resultados; áreas da função pública e das finanças, nos termos da legislação
c) Mapa de fluxo de caixa. aplicável.
2. Os documentos referidos no número anterior são aprovados
por Despacho do Ministro de tutela sectorial, tendo em CAPÍTULO V
consideração o parecer do Conselho Fiscal. Disposições Finais e Transitórias
ARTIGO 17 ARTIGO 21
(Património) (Estatuto Orgânico)
O património do INAMAR, IP é constituído pela universalidade Compete ao Ministro que superintende as áreas do mar e
dos seus bens, nomeadamente: águas interiores submeter ao órgão competente, no prazo de
a) os que transitam do INAMAR para o INAMAR, IP, por 60 (sessenta) dias contados da data de publicação do presente
força do presente Decreto; Decreto, a proposta de Estatuto Orgânico do INAMAR, IP, para
b) os demais bens de qualquer natureza que venha a adquirir, aprovação.
que lhe forem afectos ou doados, incluindo legados.
ARTIGO 22
ARTIGO 18
(Disposição Revogatória)
(Gestão Financeira e Patrimonial)
A gestão financeira e do património afecto ao INAMAR, IP Com excepção do artigo 1, são revogadas as demais
rege-se pelas normas aplicáveis aos órgãos e instituições do disposições do Decreto n.º 32/2004, de 18 de Agosto, que cria o
Estado, nomeadamente pela Lei do Sistema de Administração Instituto Nacional da Marinha (INAMAR).
Financeira do Estado, Plano Geral de Contabilidade, regime da
tesouraria do Estado, em particular, o princípio e as regras da ARTIGO 23
unidade de tesouraria, e demais legislação aplicável.
(Transição dos Recursos)
CAPÍTULO IV 1. Os recursos humanos, materiais, financeiros e patrimoniais
Regime do Pessoal e Remuneratório do INAMAR, partilhados nos termos do disposto no artigo 5
ARTIGO 19 do Decreto n.º 18/2019, de 18 de Março, transitam para
o INAMAR, IP.
(Regime do Pessoal)
2. Os recursos humanos, materiais e financeiros afectos à
O pessoal do INAMAR, IP, observa o regime estabelecido no Direcção Nacional de Operações do Ministério do Mar, Águas
Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado e demais
legislação aplicável do funcionalismo público sendo, porém, Interiores e Pescas, doravante extinta, transitam para o INAMAR,
excepcionalmente admissível a celebração de contratos de IP.
trabalho, sempre que seja compatível com a natureza das funções ARTIGO 24
a desempenhar, nos termos da legislação aplicável.
(Entrada em Vigor)
ARTIGO 20 O presente Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
(Regime Remuneratório) Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 14 de Setembro
1. Sem prejuízo dos direitos adquiridos, o regime remuneratório de 2021.
aplicável ao pessoal do INAMAR, IP é o dos funcionários e Publique-se.
agentes do Estado, com a possibilidade de adopção de tabelas
diferenciadas em função da especificidade da actividade O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário.
Preço — 70,00 MT