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BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
13.° SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE CONSELHO DE MINISTROS
Decreto n.o 59/2008
AVISO
de 30 de Dezembro
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser remetida em
cópia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, além das Tornando-se necessário assegurar a efectividade do processo
indicações necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e
de fixação de pensões, cujos objectivos foram visados pelos
autenticado: Para publicação no «Boletim da República».
Decretos n.°s 3/86, de 25 de Julho, 43/94, de 29 de Setembro
e 60/98, de 24 de Novembro, ao abrigo do estabelecido na alínea
SUMARIO f)do n°1do artigo 204 da Constituição da República, o Conselho
C o n s e l h o d e Ministros: de Ministros decreta:
Único. São alargados por um período de vinte e quatro meses,
Decreto n." 59/2008: contados da data da publicação do presente Decreto, os prazos
Alarga por um período de vinte e quatro meses contados da data estabelecidos, respectivamente, no artigo 1 do Decreto n.° 43/94,
da publicação do presente Decreto, os prazos estabelecidos, de 29 de Setembro e no n.° 1 do artigo 1 do Decreto n.° 60/98,
respectivamente, no artigo 1 do Decreto n.° 43/94, de 29 de de 24 de Novembro.
Setembro e no n°1do artigo 1 do Decreto n.° 60/98, de 24 de
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 16 de Dezembro
Novembro.
de 2008.
Decreto n." 60/2008:
Publique-se.
Cria o Centro de Investigação e Desenvolvimento em Etnobotânica,
A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.
abreviadamente designado por CIDE.
Aprova o Código Tributário Autárquico, e revoga o Decreto n.o 52/ Art. 2. O CIDE é uma instituição pública de investigação
/2000, de 21 de Dezembro. científica, desenvolvimento tecnológico e produção com base
em plantas, dotada de p e r s o n a l i d a d e j u r í d i c a , autonomia
Decreto n." 64/2008: administrativa e científica, com sede em Namaacha, província de
Aprova o Regulamento de Direitos e Deveres dos Oficiais Generais, Maputo.
Superiores e Subalternos da Polícia da República de Moçambique Art. 3. O CIDE está sob tutela do Ministro que superintende a
na situação de reserva e reforma. área da Ciência e Tecnologia.
Resolução n." 75/2008: Art. 4. O CIDE tem como atribuições:
Ratifica, Acordo de Crédito celebrado entre o Governo da República a) A investigação científica no domínio da Etnobotânica;
de Moçambique e o EXIM Bank da India no dia 2 de Dezembro b) A promoção e transferência do conhecimento científico,
de 2008 na índia, no montante de USD 25 000 000,00 (vinte e
uso efectivo, conservação, cultivo, desenvolvimento
cinco milhões de dólares americanos), destinado ao financiamento
do Projecto de Estabelecimento de um Parque Tecnológico em tecnológico, comercialização e industrialização, de
Manhiça, Província de Maputo. plantas em coordenação com outros sectores;
c) Promoção do registo de plantas e procedimentos para Art. 2. A Universidade do Índico, adiante também designada
garantir a defesa do Direito de Propriedade Intelectual por UnI, é uma instituição do Ensino Superior de natureza privada
na área de Etnobotânica incluindo os detentores do com personalidade jurídica, è goza de autonomia administrativa,
conhecimento tradicional; financeira e científico-pedagógica e com sede na cidade de
Maputo.
d) A coordenação das actividades de investigaçâo no âmbito
de E t n o b o t â n i c a d e m o d o a f o m e n t a r iniciativas Art. 3. São aprovados os Estatutos da UnI, anexos ao presente
interdisciplinares e intersectoriais. Decreto e dele fazendo parte integrante.
Art. 5. Compete ao CIDE: Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 16 de Dezembro
de 2008.
a) Promover, coordenar e executar a investigação científica
na área de Etnobotânica; Publique-se.
b) Incentivar e promover o desenvolvimento etecnológico A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.
d o s r e s u l t a d o s da i n v e s t i g a ç ã o em p r o d u t o s e
procedimentos como meio de valorizar os recursos
florísticos do país;
Estatutos da Universidade do Índico
c) Promover a formação na área da etnobotânica;
d) Assessorar, quando solicitado o Governo e as instituições CAPÍTULO I
p ú b l i c a s d e e n s i n o e i n v e s t i g a ç ã o em t e m a s Denominação, Natureza, Sede, Âmbito e Duração
relacionados com Etnobotânica;
ARTIGO 1
e) Promover o cultivo e o melhoramento de espécies de
plantas com potencial nutritivo, aromático, (Denominação e natureza)
farmacológico, oleaginoso, ornamental e outras; 1. A Universidade do Índico, adiante também designada por
f ) Proceder à divulgação e à disseminação dos resultados UnI, é uma instituição privada de Ensino Superior.
de investigação obtidos e a sua aplicação em benefício 2. A UnI é dotada de personalidade jurídica e goza de autonomia
das comunidades; administrativa, financeira, patrimonial e científico-pedagógica.
g) Proceder à prestação de serviços de consultoria às
empresas sobre processos e tecnologias desenvolvidas ARTIGO 2
ARTIGO 4
Com vista a responder à procura do ensino superior e aos a) Interligação do ensino, da investigação e das actividades
desafios de combate à pobreza absoluta através da educação económicas, sociais e culturais;
dos cidadãos, ao abrigo do n.o 1 do artigo 14 da Lei n.° 5/2003, de b) Relevância da investigação e da inovação no processo
21 de Janeiro, com a nova redacção dada pela Lei n° 20/2007, de
de formação;
18 de Junho e ouvido o Conselho Nacional do Ensino Superior, o
Conselho de Ministros decreta: c) A educação e o ensino a ministrar devem contribuir para
o desenvolvimento da personalidade, para o progresso
Artigo 1. É autorizada a sociedade S O D E I I N O V A , SARL, a
social e para a participação d e m o c r á t i c a na vida
criar uma i n s t i t u i ç ã o de e n s i n o s u p e r i o r , a b r e v i a d a m e n t e
designada por Universidade do Índico. colectiva;
cl) A e d u c a ç ã o p a r a a m u d a n ç a , s e g u n d o a qual a d) O reforço da cidadania moçambicana e a unidade nacional;
Universidade deve compreender e ensinar a mudança, e) A criação e promoção nos cidadãos da intelectualidade e
constituindo um espaço de reflexão e de diálogo, aberto do sentido de Estado.
a novos saberes, a novas manifestações de arte, a
novos pensamentos, a novas formas de perspectivar CAPÍTULO III
o desenvolvimento e o progresso;
e) O carácter integral da formação e o estímulo à inovação Entidade instituidora
c o m o f o r m a d e estar no m u n d o e na s o c i e d a d e
ARTIGO 7
moçambicana.
(Definição)
ARTIGO 5 1. A entidade instituidora da Uni é a SODEIINOVA SARL, com
(Autonomia) sede na cidade de Maputo.
A UnI goza de autonomia administrativa, financeira, patrimonial 2. A UnI exerce as suas atribuições em articulação com a
e científico-pedagógica, no exercício da qual tem a capacidade entidade instituidora, que é responsável pela definição do tipo
para:
de gestão económica e financeira indispensável à garantia do
a) Criar, suspender; modificar e extinguir cursos; funcionamento e da existência da UnI.
b) Elaborar e aprovar os currículos dos cursos;
3. A entidade instituidora afectará à UnI um património
c) Definir os métodos de ensino;
específico em instalações e equipamento, e dota-lo-a dos meios
d) Definir os meios e os critérios de avaliação;
necessários à prossecução dos seus objectivos.
e) Introduzir novas experiências pedagógicas;
f ) Aprovar Regulamentos Académicos; ARTIGO 8
ARTIGO 6
CAPÍTULO IV
c) A promoção de acções de intercâmbio científico, técnico, 2. A organização, estrutura e funcionamento das unidades
cultural e desportivo com instituições nacionais e o r g â n i c a s indicadas no n ú m e r o anterior constarão do
estrangeiras; Regulamento próprio.
CAPÍTULO V 2. Compete ao Reitor:
Estrutura e Organização a) Orientar as actividades pedagógicas, científicas, de
investigação e extensão, de administração e de finanças
SECÇÃO I e coordenar a acção dos seus órgãos e demais serviços
Direcção e gestão da UnI;
b) Celebrar acordos ou protocolos com entidades públicas
ARTIGO 1 1 ou privadas, nacionais ou estrangeiras, com mandato
(Órgãos de Direcção) expresso da entidade instituidora, sempre que tal
São órgãos de Direcção da UnI: implique para esta, responsabilidade jurídica e
económica;
a) Reitor;
c) Representar a UnI em actos de natureza académica que
b) Vice-Reitores;
n ã o i m p l i q u e m r e s p o n s a b i l i d a d e da e n t i d a d e
c) Pró-Reitores;
instituidora;
d) Administrador;
d) N o m e a r as c o m i s s õ e s d e a p o i o q u e c o n s i d e r a r
e) Secretário-Geral. necessárias;
ARTIGO 1 2 e) Elaborar e submeter à entidade instituidora o relatório
(Órgãos de gestão) anual da UnI;
f ) Propor as linhas gerais das actividades da UnI;
São Órgãos de Gestão da UnI:
g) Propor a nomeação dos Pró-Reitores e dos Directores
a) Conselho de Administração;
das unidades orgânicas à entidade instituidora;
b) Conselho de Direcção;
h) Exercer a acção disciplinar sobre os corpos docente e
c) C o n s e l h o C o o r d e n a d o r do E n s i n o , I n v e s t i g a ç ã o e
discente;
Extensão;
i) A c o m p a n h a r a elaboração e a execução dos planos,
d) Conselho Social;
orçamentos e contas de gerência da UnI;
e) Conselho Disciplinar.
j) Propor à entidade instituidora a aprovação e alteração
dos quadros de pessoal; SECÇÃO II
SECÇÃO III
ARTIGO 1 6
Reitor (Definição, designação e mandato)
Conselho d e Administração
ARTIGO 2 2
a) No Dia da Universidade do Índico; O património da UnI é constituído pelo conjunto dos bens e
b) No Dia da Cerimónia de Graduação; direitos que lhe estão ou sejam afectos pela Entidade Instituidora,
c) No Dia da Abertura Solene do Ano Lectivo; ou por outras entidades para a prossecução dos seus fins, ou
que, por outro meio, sejam por ela adquiridos.
d) No Dia da "Reunião Aberta" da UnI.
ARTIGO 3 6
ARTIGO 3 1 (Recursos Financeiros)
(Corpo discente)
Constituem recursos financeiros da UnI:
1. O c o r p o d i s c e n t e da UnI é c o n s t i t u í d o por todos os a) As dotações que lhe forem concedidas pela Entidade
estudantes matriculados nos cursos nela ministrados. Instituidora;
b) Os rendimentos dos seus bens próprios; b) O título de Doutor Honoris Causa será concedido a
c) As receitas derivadas do pagamento das propinas; personalidades eminentes que tenham contribuído para
d) O produto de taxas dos estudantes, bem como de outros o progresso da Universidade, da região ou do país, ou
emolumentos; se hajam distinguido pela sua actuação a favor das
e) As receitas provenientes da prestação de serviços; ciências, das letras, das artes ou da cultura em geral.
f)As receitas provenientes da investigação;
g) Os eventuais subsídios de entidades privadas ou públicas. CAPÍTULO X
CAPÍTULO IX
5. Caberá à comissão instaladora elaborar e submeter o
regulamento geral interno da UnI.
Graus, Diplomas, Certificados e Dignidades
Universitárias ARTIGO 4 3
ARTIGO 3 8 (Símbolos)
(Graus)
1. Constituem símbolos da UnI o emblema, o logotipo, a
1. A UnI outorga os graus de Bacharel e Licenciado aos bandeira e o hino, a aprovar pelo Conselho de Administração.
estudantes que concluam os respectivos cursos de graduação.
2. A descrição do emblema e da bandeira da UnI constará de
2. A UnI outorga os graus de Mestre e Doutor aos estudantes
regulamento próprio que definirá também as regras do respectivo
que concluam os respectivos cursos de pós-graduação, ao nível
de mestrado e doutoramento, respectivamente. uso.
ARTIGO 3 9 ARTIGO 4 4
(Diplomas) (Sigla)
1. Os Diplomas de graduação são assinados peto Reitor, pelo A Universidade do Índico usa a sigla UnI.
Director da unidade orgânica ou pelo coordenador do curso.
2. Os Diplomas de pós-graduação são assinados pelo Reitor,
pelo Director da unidade orgânica e pelo Director de departamento
respectivo. Decreto n.o 62/2008
ARTIGO 4 0
de 30 de Dezembro
(Definição)
l)Aprovar as regras de execução orçamental;
m) Propor a aquisição de equipamentos não previstos no
O Conselho de Administração é o órgão de planificação e
orçamento;
direcção superior do ISCIM.
n) Propor a extensão das actividades do ISCIM a outras
partes do território nacional;
ARTIGO 9
o) Apreciar e aprovar proposta de atribuição de títulos
(Composição)
honoríficos;
O Conselho de Administração tem a seguinte composição: p) Aprovar a política de atribuição de bolsas de estudo;
a) Presidente, escolhido de entre os sócios da Entidade q) Aprovar os símbolos do ISCIM;
Instituidora; r) Aprovar o Regulamento Interno do ISCIM.
b) Um vogal, sócio da entidade proprietária, nomeado por
SECÇÃO III
esta;
c) Director-Geral. Director-Geral
ARTIGO 1 2
ARTIGO 1 0
(Definição)
(Funcionamento)
1. O Director-Geral é o órgão de direcção e gestão das
1. O Conselho de Administração pode reunir com poderes
a c t i v i d a d e s do I S C I M q u e d i r i g e , o r i e n t a e c o o r d e n a as
deliberativos, quando estiverem presentes, pelo menos dois dos
actividades e serviços de m o d o a imprimir-lhes unidade,
seus membros.
continuidade e eficiência.
2. As reuniões do Conselho de Administração são convocadas
2. Nas suas faltas e impedimentos, o Director-Geral pode
e presididas pelo respectivo Presidente competindo-lhe fixar a
delegar competências no Director Pedagógico ou num elemento
ordem de trabalhos das sessões.
de chefia pertencente ao quadro do I S C I M .
3. O Presidente do Conselho de Administração, nas suas faltas
e impedimentos, é substituído pelo sócio da Entidade Instituidora ARTIGO 1 3
(Competências) (Composição)
ARTIGO 19
ARTIGO 2 4
(Definição)
(Coordenadores)
1. O Conselho Consultivo é o órgão de auscultação do ISCIM 1. Os coordenadores do curso são os garantes da observância
j u n t o da C o m u n i d a d e em geral. d a s n o r m a s c i e n t í f i c o - p e d a g ó g i c a s e a d m i n i s t r a t i v a s nos
2. O Conselho Consultivo é constituído por: respectivos cursos.
a) Presidente do Conselho de Administração; 2. Os c o o r d e n a d o r e s são n o m e a d o s pelo Director-Geral,
ouvido o Director Pedagógico.
b) Director-Geral;
c) Director Pedagógico; ARTIGO 2 5
ARTIGO 20 d) F a z e r c u m p r i r as n o r m a s g e r a i s d e a v a l i a ç ã o de
(Funções do Conselho Consultivo) c o n h e c i m e n t o s , d e a c o r d o c o m o d i s p o s t o no
Regulamento Pedagógico;
1. São funções do Conselho Consultivo:
e) Dar parecer sobre os questionários das provas de exame
a) Fomentar uma relação permanente entre as actividadés referentes a cada disciplina do respectivo curso;
da instituição e a comunidade; f) C o l a b o r a r na p r e p a r a ç ã o e a c o m p a n h a m e n t o d a s
b) P r o n u n c i a r - s e s o b r e todos os a s s u n t o s q u e f o r e m actividades extracurriculares;
submetidos à sua apreciação no âmbito da ligação g) Orientar as actividades de investigação científica;
escola-comunidade;
h)Participar no processo de recrutamento e selecção do
c) Praticar os demais actos que os presentes Estatutos e os corpo docente;
Regulamentos do ISCIM remeterem à sua competência.
i) Colaborar no processo de formação dos docentes;
2. As propostas do Conselho Consultivo não têm carácter j) Proceder à avaliação do desempenho do respectivo corpo
vinculativo. docente;
CAPÍTULO III k) Colaborar na coordenação dos cursos de pós-graduação;
l) Dar parecer sobre a c o n c e s s ã o de equivalências de
(Órgãos sectoriais)
estudos;
ARTIGO 2 1 m) Proceder e colaborar no processo de elaboração, análise
(Cursos) e conclusões relativas a inquéritos estatísticos
submetidos à Comunidade Académico;
Os cursos classificam-se em:
n) Velar pelo cumprimento dos regulamentos e normas em
a) Cursos de graduação; vigor;
b) Cursos de pós-graduação; o) Praticar os demais actos que os presentes Estatutos e os
c) Cursos de especialização. regulamentos em vigor submeterem à sua competência.
ARTIGO 2 6 2. Os recursos financeiros do ISCIM são provenientes de:
(Cursos de pós-graduação) a) Receitas resultantes do pagamento de propinas, taxas,
Os cursos de pós-graduação são níveis de ensino que se bem como de outros emolumentos;
destinam a proporcionar formação científica e cultural conducente b) Receitas relativas a prestação de serviços;
à obtenção do grau final de Mestre ou Doutor. c) Dotações concedidas pela entidade instituidora com base
ARTIGO 2 7
nos plano de actividades e orçamento que anualmente
lhe são apresentados;
(Cursos de especialização e actualização)
d) Subsídios de entidades privadas ou públicas;
1. Os cursos de especialização e actualização são níveis de
ensino que se destinam a proporcionar formação circunscrita a e) Outros.
um d e t e r m i n a d o ramo do saber, c o n f e r i n d o grau final de
ARTIGO 3 3
especialista.
(Regime financeiro)
2. Os cursos de especialização e actualização podem ser
ministrados autonomamente ou em cooperação com outras 1. O orçamento ordinário do ISCIM é elaborado nos termos
instituições. dos presentes Estatutos e dos estatutos da Entidade Instituidora
3. Os objectivos, os planos de estudos, os programas, os e submetido à Entidade Instituidora para aprovação.
métodos de ensino e avaliação de conhecimentos e outras normas
2. Quando necessário, poderão ser propostos orçamentos
de natureza pedagógica, são objecto de regulamento próprio
aprovado pelo Conselho Científico-Pedagógico. correctivos extraordinários.
3. As contas são prestadas anualmente à Entidade Instituidora.
ARTIGO 2 8
4. O regime financeiro corresponde ao ano civil.
(Conselho de curso)
O Conselho de curso é o órgão que apoia o coordenador do CAPÍTULO V
curso no exercício das suas competências. Graus e Diplomas
ARTIGO 2 9 ARTIGO 3 4
(Composição) (Graus)
O conselho de curso é composto por: O ISCIM confere os graus de Bacharel, Licenciado, Mestre e
a) Coordenador do curso; Doutor a aqueles que concluam os respectivos cursos nos
b) Secretário Académico; respectivos níveis de graduação ou pós-graduação.
c) D o c e n t e s do r e s p e c t i v o c u r s o c o n v i d a d o s p e l o
ARTIGO 3 5
Coordenador.
(Diplomas)
ARTIGO 3 0 1. Para atestar o grau obtido, o ISCIM confere os respectivos
(Funcionamento) diplomas.
1. O c o n s e l h o de c u r s o é c o n v o c a d o e p r e s i d i d o pelo 2. Os diplomas são assinados pelo Director-Geral e pelo
coordenador do curso. coordenador do respectivo curso.
2. O conselho de curso reúne-se ordinariamente uma vez por
ARTIGO 3 6
semestre e extraordinariamente sempre que for necessário.
(Certificados)
ARTIGO 3 1
1. Para cursos não conducentes à obtenção dos graus de
(Competências)
Bacharel, Licenciado, Mestre e Doutor, serão emitidos
Compete ao conselho de curso: certificados.
a) Elaborar propostas de revisão e/ou alteração do plano de 2. Os certificados são assinados pelo Director-Geral e pelo
estudos, tabela de equivalências e precedências; responsável do respectivo curso.
b) Propor medidas que visem a melhoria da qualidade do
ensino, com vista ao sucesso educativo e à integração CAPÍTULO VI
dos futuros graduados na vida activa;
Disposições Finais
c) Elaborar o relatório de actividades do respectivo curso;
d) Acompanhar, no respectivo curso, a observância das ARTIGO 3 7
normas vigentes no âmbito científico-pedagógico; (Símbolos)
e) Praticar os demais actos que os presentes estatutos e os
regulamentos remeterem à sua competência. 1. Constituem símbolos do ISCIM:
a) A bandeira;
CAPÍTULO IV
b) O logotipo;
Regime Patrimonial e Económico Financeiro
c) O lema.
ARTIGO 3 2
2. O Instituto Superior de C o m u n i c a ç ã o e I m a g e m de
(Património)
Moçambique usa o logotipo ISCIM.
1. O património do ISCIM é parte integrante do património da
3. A descrição e o uso dos símbolos do ISCIM constam de
Entidade Instituidora de Ensino, constituído pelo conjunto dos
bens e direitos que lhe são atribuídos. regulamento próprio
Decreton.o63/2008 2. Para efeitos de incidência do imposto, consideram-se
residentes na Autarquia as pessoas que aí tenham domicílio fiscal.
de 30 de Dezembro
3. Os n o v o s residentes na Autarquia ficam sujeitos ao
Havendo necessidade de regulamentar o sistema tributário pagamento de imposto na nova Autarquia, desde que não provem
autárquico definido na Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, no uso da ter satisfeito a obrigação no local onde anteriormente estavam
competência atribuída pelo n.° 2 do artigo 51, conjugado com o domiciliados.
artigo 85, ambos da mesma Lei, o Conselho de Ministros decreta: 4. O Imposto Pessoal Autárquico substitui, nas Autarquias, o
Imposto de Reconstrução Nacional.
Artigo 1. É aprovado o Código Tributário Autárquico, anexo
ao presente Decreto, dele fazendo parte integrante. ARTIGO 4
ARTIGO 1
Isenções
(Âmbito de aplicação) ARTIGO 5
(Verbetes de lançamento)
Incumbe ao Conselho Municipal ou de Povoação assegurar
adequada publicidade das taxas aprovadas, nomeadamente com 1. N o a c t o d o p a g a m e n t o do i m p o s t o , é e n t r e g u e a o s
afixação de editais nos locais públicos do costume e publicações contribuintes que o efectuem pela primeira vez, para
no jornal mais lido na respectiva Autarquia. preenchimento, um verbete de modelo próprio, do qual consta o
nome completo do contribuinte e o respectivo domicílio, ocupação
SECÇÃO IV
e idade.
Lançamento e cobrança
2. Os verbetes, depois de d e v i d a m e n t e preenchidos, são
ARTIGO 1 1 numerados e arquivados pelos serviços que tenham a seu cargo
(Responsabilidade pelo lançamento do imposto e cadastro o lançamento do imposto, ficando organizados alfabeticamente
dos contribuintes) por postos administrativos, localidades ou bairros de residência,
1. C o m p e t e às autoridades administrativas das Autarquias, ou outra forma de organização administrativa do município ou
proceder ao lançamento do imposto, que é feito por anos civis, povoação.
3. No verso do verbete é anotado, no lugar próprio para o 2. Para efeitos do disposto neste artigo, as contas de
efeito indicado, o número de conhecimento e o ano a que respeita responsabilidade remetidas pelos exactores para julgamento
a cobrança, com aposição da rubrica do funcionário que arrecadar documentam o movimento de conhecimentos e de numerário, em
o imposto e o carimbo de caixa em uso. conta corrente referidas a cada um dos locais de cobrança, durante
4. O preenchimento dos verbetes, no caso de contribuintes o período a que respeitar a respectiva gerência.
analfabetos, é efectuado pelo funcionário para o efeito designado, 3. O julgamento das contas abrange a responsabilidade do
que deve estar sempre presente no local de cobrança para prestar respectivo exactor principal, pela receita global do imposto e,
os esclarecimentos necessários aos contribuintes. solidariamente, a dos responsáveis por cada um dos locais de
5. Os verbetes a que se refere o presente artigo, devidamente cobrança que hajam sido constituídos, limitada ao valor dos
arquivados, constituem o ficheiro geral dos contribuintes em conhecimentos de seu débito.
cada Autarquia.
ARTIGO 2 1
ARTIGO 1 6 (Regras de escrituração)
(Conhecimentos de cobrança)
1. A escrituração do imposto arrecadado em cada um dos locais
1. O pagamento do imposto é efectuado contra a entrega ao de cobrança é da responsabilidade dos respectivos exactores e é
contribuinte, ou a quem o representar, de um conhecimento, feita de harmonia com as instruções regulamentares em vigor.
conforme o modelo aprovado.
2. Os serviços de tesouraria da Autarquia mantêm em dia,
2. Os conhecimentos do imposto remisso são de modelo igual relativamente a cada exactor, as contas correntes a que se refere
ao referido no número anterior, mas terão impresso ao centro um o artigo anterior, e nelas se escriturarão:
R, em cor diferente, ou outra forma de diferenciação, incluindo
a) A débito, o valor dos conhecimentos entregues nos
por via informática.
termos do n.° 1 do artigo 32;
ARTIGO 1 7 b) A crédito, o montante das receitas entregues e o valor
(Contribuintes remissos) dos conhecimentos devolvidos, nos termos dos
artigos 25 e 26, respectivamente.
Sobre as dívidas do imposto que não forem pagas dentro do
respectivo ano, acresce-se ao valor do imposto determinado pela ARTIGO 2 2
taxa normal, devida em cada Autarquia, uma taxa de 2%, a título
(Mudanças de exactores)
de juros de mora.
A mudança do exactor implica necessariamente balanço de
ARTIGO 1 8 conferência e transição dos conhecimentos e demais valores em
(Exigência da prova de pagamento no ano anterior) cofre, sendo uma cópia do balanço remetida aos serviços de
1. Nenhum contribuinte pode efectuar o pagamento do tesouraria da Autarquia, para confronto com o saldo da respectiva
imposto do ano em curso sem que se mostre pago o imposto do conta corrente e anotação.
ano anterior. ARTIGO 2 3
2. O imposto de qualquer ano em atraso é sempre cobrado (Conhecimentos na posse dos exactores)
como remisso, nos termos do artigo anterior, anotando-se o facto
Para efeitos do disposto nos artigos anteriores, o débito
no verso do respectivo verbete.
efectuado pelo fornecimento dos conhecimentos nos termos
SECÇÃO V
do n.° 1 do artigo 32 tem o valor numerário a ordem do respectivo
exactor.
Escrituração e e n t r e g a d a s receitas d o imposto
ARTIGO 2 4
ARTIGO 1 9
(Entrega das receitas arrecadadas)
(Designação de um responsável único)
1. Em cada Autarquia é designado um responsável único que 1. Das receitas do imposto arrecadado em cada um dos locais
actua como orientador e fiscal das operações de lançamento e de cobrança constituídos nos termos do artigo 13 e seguintes, é
cobrança do imposto na respectiva área territorial e que fica como feita entrega centralizada, diária ou semanal, consoante as
exactor perante a Fazenda Nacional, respondendo pelo valor dos circunstâncias, na tesouraria da respectiva Autarquia, até ao
conhecimentos que lhe forem fornecidos e pelos fundos dia 20 do mês seguinte aquele em que a cobrança tiver sido
provenientes da colecta do imposto. realizada.
2. A designação prevista no número anterior compete 2. A entrega é processada pelo exactor principal, designado
exclusivamente ao Presidente do respectivo Conselho Municipal nos termos do n.° 1 do artigo 19.
ou de Povoação. 3. Os f u n c i o n á r i o s ou a g e n t e s q u e em cada posto
3. Nos postos administrativos, localidades e bairros é exactor administrativo, localidade ou bairro tenham a seu cargo as
o funcionário ou agente para ó efeito designado em ordem de operações de cobrança do imposto, entregam ou enviam, com a
serviço do Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação. devida segurança, ao exactor principal da respectiva Autarquia,
ARTIGO 2 0
o produto da c o b r a n ç a realizada no mês anterior, com
antecedência necessária ao cumprimento do prazo fixado
(Contas de responsabilidade dos exactores)
no n.° 1.
1. Os serviços competentes da Autarquia organizam, sob
superintendência directa do Presidente do respectivo Conselho ARTIGO 2 5
Municipal ou de Povoação, contas correntes, de modelo próprio, (Entrega e destruição dos conhecimentos não utilizados)
relativamente a cada um dos exactores constituídos nos termos
1. Até 31 de Dezembro de cada ano, no acto da última entrega
do artigo anterior, os quais respondem perante a Autarquia e
das receitas arrecadadas no respectivo ano, é feita devolução
perante a Fazenda Nacional, pelo valor dos conhecimentos que
dos conhecimentos de cobrança não utilizados durante o ano,
lhes tiverem sido distribuídos, enquanto não os devolverem ou
acompanhados de guia em quadruplicado de modelo próprio.
entregarem as importâncias que representam.
2. Os responsáveis de cada posto de cobrança restituem b) Tenha havido duplicação de pagamento ou pagamento
igualmente ao exactor principal, no acto da última entrega ou da por taxa superior à devida.
r e m e s s a da r e c e i t a c o b r a d a no m ê s de D e z e m b r o , os 3. As importâncias a restituir aos contribuintes são as
conhecimentos que tenham sido confiados à sua guarda e não correspondentes ao valor indevidamente pago.
hajam sido utilizados na cobrança no ano a que respeitarem. 4. A restituição motivada por duplicação de pagamento do
3. Os conhecimentos devolvidos são levados a crédito dos imposto com dois conhecimentos de cobrança do mesmo ano
exactores que os tinham à sua responsabilidade e destruídos efectuar-se pelo mais recente.
pelo fogo, em acto testemunhado pelo Presidente do Conselho
Municipal e de Povoação, dentro de trinta dias a contar da data ARTIGO 3 0
1. O Imposto Pessoal Autárquico indevidamente pago deve (Especial responsabilidade do presidente do Conselho
ser total ou parcialmente restituído no prazo de cinco anos que Municipal ou de Povoação)
se seguirem ao da cobrança, oficiosamente ou a pedido dos 1. Cabe especialmente ao Presidente do Conselho Municipal
interessados. ou de Povoação assegurar que a produção das cadernetas de
conhecimento de cobrança do imposto tenha lugar em condições
2. Considera-se indevidamente pago o imposto quando:
de segurança adequadas e em tempo oportuno de modo a não
a) Tenha sido pago por indivíduos a ele não sujeitos ou atrasar as operações de lançamento do imposto a partir de 2 de
deles isentos; Janeiro de cada ano, nos termos previstos no artigo 12.
2. O Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação é ARTIGO 3 7
competente para expedir, instruções mais detalhadas relativas (Classificação dos prédios sujeitos a impostos)
aos procedimentos a adoptar em matéria de adjudicação dos
1. Para efeitos de avaliação e graduação das taxas do imposto,
trabalhos de confecção dos conhecimentos de cobrança, seu os prédios sujeitos ao Imposto Predial Autárquico classificam-
manuseamento, conservação e guarda em condições que se em:
assegurem necessária transparência e segurança nas operações
a) Habitacionais;
de lançamento e cobrança do imposto, cie acordo com os
b) Comerciais, industriais ou para o exercício de actividades
procedimentos gerais sobre contratação de serviços do Estado.
profissionais independentes, bem como os destinados
a outros fins.
ARTIGO 3 4
SECÇÃO I
a) Do ano de conclusão das obras de edificação, se ocorrer
até 30 de Junho;
Incidência
b) Do ano de conclusão de melhoramentos dos edifícios ou
ARTIGO 3 5 de outras alterações que hajam determinado a variação
Incidência objectiva do valor tributário do prédio, ou da respectiva
classificação, quando qualquer destes factos tenha
1. De acordo com a Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, o Imposto
Predial Autárquico incide sobre o valor patrimonial dos prédios ocorrido até 30 de Junho;
urbanos situados no território da respectiva Autarquia. c) Do ano seguinte à verificação dos factos descritos nas
2. O valor patrimonial dos prédios urbanos, a que se refere alíneas anteriores, quando estes se tenham verificado
número anterior, é o constante nas matrizes prediais e, na falta posteriormente a 30 de Junho;
destas, o valor declarado pelo proprietário, a não ser que se d) Do ano seguinte ao termo da situação de isenção, quando
afaste do preço normal do mercado. seja o caso.
3. Constitui prédio urbano, qualquer edifício incorporado no
solo com os terrenos que lhes sirvam de logradouro. ARTIGO 3 9
4. Os edifícios ou construções, ainda que móveis por natureza, (Data da conclusão dos prédios urbanos)
são considerados como tendo carácter de permanência quando
1. Os prédios urbanos presumem-se concluídos ou modificados
se acharem assentes no mesmo local por um período superior a
na mais antiga das seguintes datas:
seis meses.
a) De concessão da licença de habitação ou utilização
5. Para determinação do preço normal de mercado, os órgãos
c o m p e t e n t e s da A u t a r q u i a devem p r o m o v e r acções de quando exigível;
c o m p r o v a ç ã o e fiscalização, considerando as operações b) De apresentação da declaração para inscrição na matriz;
realizadas entre compradores e vendedores independentes, dos c) De verificação da utilização do prédio, desde que a título
prédios com características semelhantes, tais como antiguidade, não precário;
dimensão e localização. d) Em que se tenha tornado possível a normal utilização do
prédio para os fins a que se destina.
ARTIGO 3 6
2. O Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação fixa
(Incidência subjectiva) por despacho fundamentado, a data da conclusão ou modificação
1. De acordo com a Lei n.°1/2008,de 16 de Janeiro, o Imposto dos prédios urbanos, nos casos não previstos no número anterior,
Predial Autárquico incide sobre os titulares do direito de a determinar, com base em elementos de que disponha,
propriedade a 31 de Dezembro do ano anterior a que o mesmo designadamente os fornecidos pela fiscalização, pelos serviços
respeita, presumindo-se como tais as pessoas em nome de quem competentes de Autarquia ou resultantes de reclamação do
os mesmos se encontrem inscritos na matriz predial ou que deles contribuinte.
tenham posse a qualquer título naquela data.
SECÇÃO II
2. Nos casos de co-propriedade ou de mais de um possuidor
directo ou indirecto, o imposto é devido por qualquer um deles Isenções
sem prejuízo de direito de regresso.
ARTIGO 4 0
3. No caso de herança indivisa os sucessores são responsáveis
(Isenções)
pelo pagamento do imposto incidente sobre os imóveis que
pertenciam ao de cujus. 1. Estão isentos do Imposto Predial Autárquico, nos termos
4. A massa falida é responsável pelo pagamento do imposto da Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro:
incidente sobre os imóveis de propriedade do falido. a) O Estado;
b) As associações humanitárias e outra entidades que, sem SECÇÃO IV
Q u a n d o a avaliação de prédio omisso se torne definitiva, 1. O Imposto Predial Autárquico deve ser pago em duas
liquida-se o imposto por todo o tempo durante o qual a omissão p r e s t a ç õ e s i g u a i s , c o m v e n c i m e n t o em J a n e i r o e J u n h o ,
se tenha verificado, com o limite máximo dos cinco anos civis r e s p e c t i v a m e n t e , s a l v a g u a r d a n d o o d i s p o s t o no n ú m e r o
imediatamente anteriores ao do lançamento.
seguinte.
ARTIGO 5 0
2. As prestações resultantes não podem ser inferiores a
(Modificações e beneficiações) 200,00MT, devendo as colectas até 400,00MT ser pagas de uma
só vez, no mês de Janeiro.
O valor patrimonial que acrescer em virtude de alteração em
3. Pelo não pagamento do imposto dentro dos prazos fixados
prédios já inscritos é colectado pelo imposto que lhe corresponda,
são devidos juros de mora correspondentes à taxa interbancária
desde o mês em que o aumento se verifique.
(Maibor-12 meses) acrescida de 3 pontos percentuais.
ARTIGO 5 1 ARTIGO 5 6
(Poderes de fiscalização)
Os conhecimentos de cobrança serão entregues ao recebedor
até ao dia 25 de Novembro de cada ano, devendo expedir-se O cumprimento das obrigações relativas ao Imposto Predial
durante o mês de D e z e m b r o do m e s m o ano, os avisos para Autárquico é assegurado, em geral, pela aplicação das normas
pagamento à boca do cofre. constantes da Lei n.° 2/2006, de 22 de Março.
ARTIGO 6 0 a seguir mencionados, matriculados ou registados nos serviços
(Entidades públicas) competentes no território moçambicano, ou, independentemente
de registo ou matrícula, logo que decorridos cento e oitenta dias
1. As entidades públicas ou que desempenhem funções
a contar da sua entrada no mesmo território, venham a circular ou
públicas que intervenham em actos relativos à constituição,
a ser usados em condições normais da sua utilização:
transmissão, registo ou litígio de direitos sobre prédios devem
exigir a exibição de documento comprovativo da inscrição do a) A u t o m ó v e i s l i g e i r o s e a u t o m ó v e i s p e s a d o s de
prédio na matriz ou, sendo omisso, de que foi apresentada a antiguidade menor ou igual a vinte e cinco anos;
declaração para inscrição. b) M o t o c i c l o s de passageiros com ou sem carro de
antiguidade menor ou igual a quinze anos;
2. Sempre que o cumprimento do disposto no número anterior
se mostre impossível, faz-se menção expressa do facto e das c) Aeronaves com motor de uso particular;
razões dessa impossibilidade. d) Barcos de recreio com motor de uso particular.
2. A matrícula ou o registo a que se refere o n.° 1 é o que,
ARTIGO 6 1 conforme o caso, deve ser efectuado nos serviços competentes
(Entidades fornecedoras de água, energia de viação, aviação civil, ou de marinha mercante.
e telecomunicações)
3. C o n s i d e r a m - s e p o t e n c i a l m e n t e em uso os veículos
As e n t i d a d e s f o r n e c e d o r a s de á g u a , e n e r g i a e a u t o m ó v e i s q u e c i r c u l e m pelos seus p r ó p r i o s meios ou
telecomunicações não podem efectuar quaisquer ligações sem estacionem em vias ou recintos públicos e os barcos de recreio e
que pelo requerente seja entregue uma declaração, em impresso aeronaves, desde que sejam detentores dos certificados de
próprio a ser fornecido pelo Conselho Municipal ou de Povoação, navegabilidade devidamente válidos.
na qual se identifica o prédio, fracção ou parte, o respectivo 4. Os reboques com matrícula própria estão incluídos no grupo
proprietário ou usufrutuário, se declara a situação de inscrição dos automóveis pesados referidos na alínea a) do n.° 1.
ou de omissão do prédio na matriz predial e o título de ocupação
5. O Imposto Autárquico de Veículos substitui, nas Autarquias,
do requerente.
o Imposto sobre Veículos.
S E C Ç Ã O VIII
ARTIGO 6 5
Garantias dos contribuintes (Anualidade do Imposto)
legítimo, podem consultar ou obter documento comprovativo 1. São sujeitos passivos do Imposto Predial Autárquico, nos
dos elementos constantes das inscrições matriciais. termos da Lei n.°l/2008, de 16 de Janeiro, os proprietários dos
2. As pessoas referidas no número anterior podem ainda, a veículos, quer sejam pessoas singulares ou colectivas, de direito
todo o tempo, reclamar de incorrecções nas inscrições matriciais. p ú b l i c o ou p r i v a d o , r e s i d e n t e s na respectiva A u t a r q u i a ,
presumindo-se como tais, até prova em contrário, as pessoas em
SECÇÃO IX
nome dos quais os mesmos se encontrem matriculados ou
Sanções registados.
apropriado, a apresentar nos prazos estabelecidos no artigo 71, (Local de pagamento do imposto)
devendo para o efeito, ser exibido o título de propriedade e o 1. O Imposto Autárquico de Veículos é pago nos Conselhos
livrete ou certificado de registo ou matrícula ou veículo Municipais ou de Povoação da área da residência ou sede do
pertencentes às mencionadas entidades. sujeito passivo.
4. Os títulos de isenção modelo n.° 2 são preenchidos e 2. O processamento da guia é solicitado pelo sujeito passivo,
autenticados pelo Presidente do Município ou de Povoação e d e v e n d o para o e f e i t o ser exibido o título de registo de
devidamente registado no respectivo livro de modelo apropriado. propriedade do veículo e, no caso das aeronaves, também o
certificado de navegabilidade.
SECÇÃO III
Taxas SECÇÃO V
Fiscalização
ARTIGO 7 0
ARTIGO 7 9 ARTIGO 8 6
(Graduação das penas) (Inobservância do disposto no artigo 77)
As transgressões a o Imposto Autárquico de Veículos são A inobservância do disposto no artigo 77 é punida consoante
punidas nos termos dos artigos seguintes, devendo a graduação os casos, nos termos dos artigos 80 e seguintes.
das penas, quando a isso houver lugar, fazer-se de harmonia com
a gravidade da culpa, a importância do imposto a pagar e as ARTIGO 8 7
demais circunstâncias do caso. (Apreensão do veículo e respectiva documentação)
ARTIGO 8 0
1. Independentemente das sanções previstas no n.° 1 do artigo
80, e os artigos 81 e 82, a falta de pagamento do imposto devido
(Pagamento do imposto fora do prazo e utilização do veículo
sem pagamento) implica a imediata apreensão da documentação do veículo, sem
prejuízo do pagamento de quaisquer outros impostos respeitantes
1. O pagamento do imposto fora do prazo previsto no artigo
ao mesmo veículo.
71 é punido com multa igual ao dobro do imposto, excepto quando
o infractor se apresentar voluntariamente dentro dos trinta dias 2. No caso de reincidência, na prática da infracção a que se
seguintes a este prazo, caso em que se é punido com multa igual refere o número anterior, o veículo e a respectiva documentação
a metade do imposto. são. apreendidos.
3. A título de r e e m b o l s o das despesas de r e m o ç ã o e recolha ARTIGO 9 0
n.° 1, é o auto d e notícia apresentado no C o n s e l h o Municipal ou 2. Durante o prazo de quinze dias a contar do levantamento do
de P o v o a ç ã o d e v e n d o o facto ser imediatamente c o m u n i c a d o auto não p o d e a m e s m a infracção ser objecto de nova autuação,
s e m p r e q u e seja exibida a nota referida no n ú m e r o anterior.
aos Serviços de V i a ç ã o c o m p e t e n t e s pela entidade q u e tiver
e f e c t u a d o a apreensão. SECÇÃO VIII
2. De acordo com a Lei referida no número anterior ficam ainda (Regras especiais)
isentas deste imposto:
1. O disposto no artigo anterior entende-se, porém, sem prejuízo
a) A remissão nas execuções judiciais e nas fiscais das seguintes regras:
administrativas, de prédios urbanos, quando feitas a) Quando qualquer dos co-proprietários ou quinhoeiros
pelo próprio executado; alienar o seu direito, o imposto é liquidado pela parte
b) As transmissões de prédios urbanos por fusão ou cisão do valor patrimonial tributário que lhe corresponder
de sociedades comerciais. ou pelo valor constante do acto ou do contrato,
consoante o que for maior;
ARTIGO 9 8 b) Nas permutas de prédios urbanos, toma-se para base da
(Reconhecimento das isenções) liquidação a diferença declarada de valores, quando
superior à diferença entre os valores patrimoniais
1. As isenções previstas nas alíneas a) e b) do n.° 1 e alínea a)
tributários;
do n.° 2 do artigo 97, são de reconhecimento automático,
competindo à entidade que intervier na celebração do acto ou do c) Nas transmissões por meio de dação em cumprimento, o
contrato a sua verificação e declaração. imposto é calculado sobre o seu valor patrimonial
tributário, ou sobre a importância da dívida que for
2. As isenções previstas nas alíneas c) e i) do n.° 1 e alínea b)
paga com os prédios urbanos transmitidos, se for
do n.° 2 do artigo 97, são reconhecidas pela administração
superior;
autárquica, a requerimento dos sujeitos passivos que o devem
apresentar antes do acto ou contrato que originou a transmissão, d) Quando a transmissão se efectuar por meio de renúncia
junto dos serviços competentes para a decisão, mas sempre antes ou cedência, o imposto é calculado sobre o valor
da liquidação que seria de efectuar. patrimonial tributário dos respectivos prédios urbanos,
ou sobre o valor constante do acto ou do contrato, se
3. O pedido a que se refere o número anterior deve conter a for superior;
identificação e descrição dos prédios urbanos, bem como o fim a
que se destinam, e ser acompanhado dos documentos para e) Se a propriedade for transmitida separadamente do
demonstrar os pressupostos da isenção, designadamente: usufruto, uso ou habitação, o imposto é calculado
sobre o valor da nua-propriedade, ou sobre o valor
a) No caso a que se referem as alíneas c), d) e, g), h) e i) constante do acto ou do contrato, se for superior;
do n.° 1 do artigo 97, de documento comprovativo da
f ) Quando se constituir usufruto, uso ou habitação, bem
q u a l i d a d e do a d q u i r e n t e , de c e r t i d ã o ou c ó p i a
como quando se renunciar a qualquer desses direitos
autenticada da deliberação sobre a aquisição onerosa
ou o u s u f r u t o for transmitido separadamente da
dos prédios urbanos e do destino dos mesmos;
propriedade, o imposto é liquidado pelo valor actual
b) No caso a que se refere a alínea f) do n.° 1 do artigo 97, de do usufruto, uso ou habitação, ou pelo valor constante
documento emitido pelo organismo competente do do acto ou do contrato, se for superior;
Ministério dos Negócios Estrangeiros comprovativo
g) Nos arrendamentos e nas sublocações a longo prazo, o
do destino dos prédios urbanos;
imposto incide sobre o valor de 20 vezes a renda anual,
c) No caso a que se refere a alínea b) do n.° 2 do artigo 97, quando seja igual ou superior ao valor patrimonial
comprovativo da f u s ã o ou cisão das sociedades tributário do respectivo prédio, e incide sobre a
comerciais. diferença entre o valor patrimonial que os bens tinham
4. Sempre que se julgar necessário, para além dos documentos na data do arrendamento e o da data da aquisição ou
referidos no número anterior, a administração autárquica pode sobre o valor declarado se for superior, caso o
solicitar aos interessados outra documentação. arrendatário venha a adquirir o prédio;
h) Nas partilhas judiciais ou extrajudiciais, o valor do excesso f ) Em geral, quaisquer encargos a que o comprador ficar
de prédios urbanos sobre a quota-parte do adquirente, legal ou contratualmente obrigado.
nos termos da alínea J) do n." 4 do artigo 94, é calculado
em face do valor patrimonial tributário desses bens ARTIGO 1 0 1
adicionado do valor atribuído aos prédios urbanos não (Valor representado em moeda estrangeira)
sujeitos à inscrição matricial ou, caso seja superior, em
1. Sempre que os elementos necessários à determinação do
face do valor que tiver servido de base à partilha;
valor tributável sejam expressos em moeda diferente da moeda
i) Quando a transmissão se operar por meio de tornas havidas
nacional, as taxas de câmbio a utilizar são as taxas médias de
nas partilhas, quer judiciais, quer extrajudiciais, ainda
venda, publicadas pelo Banco de Moçambique, na data da
que as mesmas tornas nasçam de igualação das
partilhas, conforme os artigos 2142 o e 2145o, do Código constituição da obrigação tributária.
Civil, será liquidada a contribuição de registo a título 2. Não existindo câmbio na data referida no número anterior
oneroso sobre a importância das tornas, quando a aplicar-se-á o da última cotação anterior, publicada a essa data.
partilha se componha toda de bens imobiliários e
mobiliários, sobre a parte em que as tornas excederam SeCÇÃO IV
os valores dos bens mobiliários. Taxas
j) Nos actos previstos na alínea b) do n.° 4 do artigo 94, o
valor dos prédios urbanos é o valor patrimonial ARTIGO 1 0 2
p) Q u a n d o a t r a n s m i s s ã o se e f e c t u a r por m e i o de
ARTIGO 1 0 5
constituição de enfiteuse, o imposto é calculado sobre
(Conteúdo da declaração)
o valor do prédio nestas condições, não podendo este
valor ser inferior ao produto de vinte anuidades, 1. A declaração a que se faz referência no n.° 1 do artigo 104
adicionado com as entradas, havendo-as. deve conter, entre outros, os seguintes elementos:
2. P a r a e f e i t o s dos n ú m e r o s a n t e r i o r e s , c o n s i d e r a - s e , a) A identificação do sujeito passivo;
designadamente, valor constante do acto ou do contrato, isolada b) A identificação do imóvel e o valor da transmissão;
ou cumulativamente:
c) A forma de transmissão, juntando cópia do respectivo
a) A importância em dinheiro paga a título de preço pelo documento nos casos previstos nas alíneas b) e c) do
adquirente; n.° 4 do artigo 94;
b) O valor actual das rendas vitalícias; d) Os demais esclarecimentos indispensáveis à liquidação
c) O valor das rendas perpétuas; do imposto.
d) A importância de rendas que o adquirente tiver pago 2. Nos contratos dè permuta de prédios urbanos presentes
adiantadamente, enquanto arrendatário, e que não por prédios urbanos futuros em que estes já se encontrem
sejam abatidas ao preço; determinados com base em projecto de construção aprovado,
e) A importância das rendas acordadas, no caso da alínea h) deve o sujeito passivo juntar à declaração referida no artigo
do n.° 4 do artigo 94; anterior cópia da planta de arquitectura devidamente autenticada.
3. Quando se tratar de alienação de herança ou de quinhões ARTIGO 1 0 9
hereditários, devem declarar-se todos os prédios urbanos e (Direito de preferência)
indicar-se a quota-parte que o alienante tem na herança.
1. Se, por exercício judicial de direito de preferência, houver
4. Em caso de transmissão parcial de prédios urbanos inscritos
substituição de adquirentes, só se liquida imposto ao preferente
em m a t r i z e s p r e d i a i s , d e v e m d e c l a r a r - s e as p a r c e l a s
se o que lhe competir for diverso do liquidado ao preferido,
compreendidas na respectiva fracção do prédio.
arrecadando-se ou anulando-se a diferença.
ARTIGO 1 0 6
2. Se o preferente beneficiar de isenção, procede-se à anulação
(Competência para a liquidação) do imposto liquidado ao preferido, e aos correspondentes
1. O Imposto Autárquico da Sisa é liquidado pelos serviços averbamentos.
competentes do Conselho Municipal ou de Povoação, com base ARTIGO 1 1 0
3. A liquidação adicional deve ser notificada ao sujeito passivo 3. Quando o imposto, depois de liquidado, não for pago até ao
nos termos previstos na lei, a fim de efectuar o pagamento e, termo dos prazos a que se referem os n.os 1 e 2, começam a contar-
sendo caso disso, poder utilizar os meios de defesa aí previstos. se juros de mora e é extraída pelos serviços competentes a
certidão de dívida para cobrança coerciva.
ARTIGO 1 1 5
ARTIGO 1 1 9
(Limites mínimos)
(Juros compensatórios)
Não se efectua qualquer liquidação ainda que adicional
quando dela resulte importância inferior a 100.00MT por cada 1. Sempre que, por facto imputável ao sujeito passivo, for
documento de cobrança a processar. retardada a liquidação ou o pagamento de parte ou da totalidade
do imposto devido, acrescem ao montante do imposto juros à
SECÇÃO VI
taxa de juro interbancária (MAIBOR), acrescida de dois pontos
percentuais, em vigor na data de liquidação.
Pagamento
2. Os juros compensatórios contam-se dia a dia desde o termo
ARTIGO 1 1 6 do prazo para a apresentação da declaração até ao suprimento,
(Prazos para pagamento) correcção ou detecção da falta que motivou o retardamento da
liquidação.
1. O Imposto Autárquico da Sisa deve ser pago no próprio dia
da liquidação ou no 1.° dia útil seguinte, sob pena de esta ficar 3. Entende-se haver retardamento da liquidação sempre que a
sem efeito, sem prejuízo do disposto nos números seguintes. declaração de liquidação seja apresentada fora do prazo
estabelecido sem que o imposto devido se encontre totalmente
2. Se a transmissão se operar por acto ou contrato celebrado
no estrangeiro, o pagamento do imposto deve efectuar-se no pago no prazo legal.
prazo de 90 dias posteriores a realização do acto. 4. Quando o atraso na liquidação decorrer de erros de cálculos
3. Se os prédios urbanos se transmitirem por arrematação e praticados no quadro de liquidação do imposto na declaração,
venda judicial ou administrativa, adjudicação, transacção e os juros compensatórios devidos em consequência dos mesmos
conciliação, o imposto será pago dentro de 30 dias contados da não podem contar-se por período superior a cento e oitenta dias.
assinatura do respectivo auto ou da sentença que homologar a
transacção. SECÇÃO VII
(Entidades fiscalizadoras)
5. Nas partilhas judiciais e extrajudiciais, o imposto deve ser
pago nos 30 dias posteriores à notificação. 1. O cumprimento das obrigações previstas neste capítulo é
6. Se o I m p o s t o A u t á r q u i c o da Sisa for l i q u i d a d o fiscalizado pelos serviços competentes da administração
conjuntamente com o Imposto sobre Sucessões e Doações, o autárquica.
seu pagamento deve ser feito no prazo de pagamento deste 2. Os serviços competentes referidos.no número anterior
imposto. devem verificar os documentos que, nos termos deste capítulo
7. No caso de prédios urbanos futuros, a que se refere o n.° 3 ou de outras disposições legais, lhes forem enviados por
do artigo 95, o imposto deve ser pago no prazo de 30 dias a quaisquer entidades, promovendo as liquidações ou reforma das
contar da data da celebração do contrato. mesmas a que houver lugar, incluindo as motivadas por
reconhecimento indevido de isenções ou quaisquer benefícios
ARTIGO 1 1 7 fiscais, sem prejuízo da responsabilidade que for de imputar ao
(Local de pagamento) autor do acto.
1. O Imposto Autárquico da Sisa é pago no Conselho Municipal
ou de Povoação, mediante documento de cobrança de modelo ARTIGO 1 2 1
reconhecimento de assinaturas nos contratos previstos nas (Não atendimento de documentos ou títulos respeitantes
à transmissões)
alíneas b) e c) do n.° 3 do artigo 94, sem que lhe seja apresentada
a d e c l a r a ç ã o r e f e r i d a no a r t i g o 105 a c o m p a n h a d a do Salvo disposição de lei em contrário, não podem ser atendidos
correspondente comprovativo da cobrança, que arquivam, disso em juízo, nem perante qualquer autoridade administrativa
fazendo menção no documento a que respeitam, sempre que a nacional, autárquica ou local, nomeadamente, repartições
liquidação deva preceder a transmissão. públicas e pessoas colectivas de utilidade pública, os documentos
2. Caso se alegue extravio, os referidos documentos podem ou títulos respeitantes à transmissões pelas quais se devesse ter
ser substituídos, conforme os casos, por certidão ou fotocópia pago o Imposto Autárquico da Sisa, sem a prova de que o
autenticada, passada pelos serviços emitentes dos documentos pagamento foi feito ou de que dele estão isentas.
originais.
ARTIGO 1 2 6
3. Havendo lugar à isenção automática ou dependente de
(Entregas de prédios urbanos por parte dos testamenteiros
reconhecimento prévio, as entidades referidas no n.° 1 devem
e cabeças-de-casal)
verificar e averbar a isenção ou exigir o documento comprovativo
desse reconhecimento, que arquivarão. Os testamenteiros e cabeças-de-casal não devem fazer entrega
de quaisquer legados ou quinhões de heranças constituídos por
4. Os notários devem enviar mensalmente ao Conselho
prédios urbanos sem que o Imposto Autárquico da Sisa tenha
Municipal ou de Povoação, sempre que possível em suporte
s i d o p a g o p e l o c o n t r i b u i n t e ou c o n t r i b u i n t e s , f i c a n d o
informático, os seguintes elementos:
solidariamente responsáveis com eles se o fizerem.
a) Uma relação dos actos ou contratos sujeitos ao Imposto
Autárquico da Sisa, ou deles isentos, exarados nos
SECÇÃO VIII
livros de notas no mês a n t e c e d e n t e , c o n t e n d o ,
relativamente a cada um desses actos, o número, data Garantias dos contribuintes
e importância dos documentos de cobrança ou os
ARTIGO 1 2 7
motivos da isenção, nomes dos contratantes, artigos
matriciais e respectiva localização, ou menção dos (Lei aplicável)
prédios omissos; As garantias dos contribuintes aplica-se a Lei n.° 2/2006,
b) Cópia das procurações que confiram poderes de alienação de 22 de Março.
de prédios urbanos em que por renúncia ao direito de
revogação ou cláusula de natureza semelhante o
ARTIGO 1 2 8
representado deixe de poder revogar a procuração, bem
(Revisão oficiosa da liquidação)
como dos respectivos subestabelecimentos, referentes
ao mês anterior; 1. O acto de liquidação é objecto de revisão pela entidade que
c) Cópia das escrituras de divisões de coisa comum e de o praticou, por iniciativa sua ou por ordem do superior hierárquico,
partilhas de que façam parte prédios urbanos. com fundamento no errado apuramento da situação tributária do
sujeito passivo se a revisão for a favor da Autarquia, esta só
ARTIGO 1 2 3 pode ocorrer com base em novos elementos não considerados
(Actos relativos a prédios urbanos sujeitos à registo) na liquidação.
Nenhum facto, acto ou negócio jurídico relativo a prédios 2. Se a revisão for a favor do sujeito passivo, esta tem como
urbanos sujeitos à registo pode ser definitivamente registado fundamento erro imputável aos serviços.
sem que se mostre pago o Imposto Autárquico da Sisa que for 3. Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, a revisão a
devida. que se referem os números anteriores pode ter lugar dentro do
prazo de caducidade.
ARTIGO 1 2 4
4. O vício de erro imputável aos serviços compreende os erros
(Dever de cooperação dos serviços do Ministério
dos Negócios Estrangeiros)
materiais e formais, incluindo os aritméticos, e exclui as
formalidades e procedimentos estabelecidos nesta lei e noutra
1. Os serviços competentes do Ministério dos Negócios legislação tributária, nomeadamente, a audiência do sujeito
Estrangeiros não devem legalizar nenhum documento passivo e a fundamentação dos actos.
c o m p r o v a t i v o d e t r a n s m i s s ã o d e p r é d i o s s i t u a d o s em
5. O regime previsto neste artigo aplica-se às liquidações 2. A acção deve ser proposta em nome do organismo que
efectuadas pelos sujeitos passivos. primeiro se dirigir ao agente do Ministério Público junto do
tribunal competente, e dentro do prazo de seis meses a contar da
ARTIGO 1 2 9 data do acto ou contrato, quando a liquidação do imposto tiver
(Legitimidade para reclamar ou impugnar) precedido a transmissão, ou da data da liquidação, no caso
contrário.
1. Os s u j e i t o s p a s s i v o s e as p e s s o a s s o l i d á r i a s ou
subsidiariamente responsáveis pelo pagamento do imposto 3. O Ministério Público deve requisitar ao serviço de finanças
podem reclamar contra a respectiva liquidação, ou impugná-la, que liquidou o imposto os elementos de que ele já disponha ou
com os fundamentos e nos termos estabelecidos na lei. possa obter para comprovar os factos alegados pelo autor.
2. Quando se invocar, como prova de um dos fundamentos 4. Os prédios urbanos são entregues ao preferente mediante
alegados, documento ou sentença superveniente, os prazos depósito do preço inexactamente indicado ou simulado e do
imposto liquidado ao preferido.
contam-se desde a data em que se tornar possível obter o
documento ou do trânsito em julgado da sentença. 5. Com vista a permitir o exercício do direito de preferência das
Autarquias previsto no presente artigo, os notários devem remeter
ARTIGO 1 3 0 ao Conselho Municipal ou de Povoação área do imóvel, até ao
(Anulação por acto ou facto que não se realizou) dia 15 de cada mês, cópias das escrituras lavradas no mês anterior.
1. A anulação da liquidação de imposto pago por acto ou facto
CAPÍTULO VI
translativo que não chegou a concretizar-se pode ser pedida até
ao limite de um ano após o termo do prazo de validade previsto Contribuição de Melhoria
no n.° 5 do artigo 107, em processo de reclamação ou de
ARTIGO 1 3 4
impugnação judicial.
(Incidência)
2. Quando tiver havido tradição dos prédios urbanos para o
reclamante ou impugnante ou este os tiver usufruído, o imposto 1. De acordo com a Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, é devida
será anulado em importância equivalente ao produto da sua oitava Contribuição de Melhoria a título de contribuição especial nos
parte pelo número de anos completos que faltarem para oito, de seguintes termos:
acordo com a data em que o mesmo abandonou a posse. a) Pela execução de obras públicas de que resulte valorização
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada
ARTIGO 1 3 1
e como limite individual o acréscimo de valor que da
(Anulação proporcional) obra resultar para cada imóvel beneficiado; e
1. Se antes de decorridos oito anos sobre a transmissão, vier b) Sempre que o imóvel, situado na zona de influência da
a verificar-se a condição resolutiva ou se der a resolução do
contrato, pode obter-se, por meio de reclamação ou de obra, for beneficiado por quaisquer dasseguintobra
impugnação judicial, a anulação proporcional do Imposto administração directa ou indirecta:
Autárquico da Sisa.
(i) Abertura, alargamento, iluminação, arborizaçao
2. Os prazos para deduzir a reclamação ou a impugnação com de praças e vias públicas,
tais fundamentos contam-se a partir da ocorrência do facto.
(ii) Construção e ampliação de parques e jardins,
3. O imposto é anulado em importância equivalente ao produto
(iii) Obras de embelezamento em geral.
da sua oitava parte pelo número de anos completos que faltarem
para oito. 2. Nos termos do n.° 2 do artigo 69 da Lei n.° 1/2008, de 16 de
Janeiro, não incide Contribuição de Melhoria na realização das
ARTIGO 1 3 2 seguintes obras públicas:
(Reembolso do imposto) a) Pavimentação de vias e logradouros públicos executadas
1. Anulada a liquidação, quer oficiosamente, quer por decisão pela Autarquia e que directamente valorizem os imóveis
da entidade administrativa ou do tribunal competente, com em causa ou adjacentes;
trânsito em julgado, efectua-se o respectivo reembolso. b) Reparação e recapeamento de pavimento;
2. Não há lugar à anulação sempre que o montante de imposto c) Alteração de traçado geométrico de vias e logradouros
a anular seja inferior a 100.00MT. públicos; e
3. São devidos juros indemnizatórios, nos termos da Lei n.° 2/ d) Colocação de guias e sarjetas.
/2006, de 22 de Março.
ARTIGO 1 3 5
SECÇÃO IX
(Facto gerador)
Disposições diversas
O facto gerador da Contribuição de Melhoria ocorre no
ARTIGO 1 3 3 momento de início de utilização da obra pública para os fins a
(Direito de preferência de organismos públicos) que se destinou.
b) A própria Autarquia e as associações ou federações de 1. Nos termos da Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, as Autarquias
municípios ou povoações, quando exerçam actividades podem cobrar taxas por:
c u j o objecto não vise a o b t e n ç ã o de lucro, a) Realização de infra-estruturas e equipamentos simples;
r e l a t i v a m e n t e a o s p r é d i o s q u e i n t e g r e m o seu
b) Concessão de licenças de loteamento, de execução de
património;
obras particulares, de ocupação da via pública por
c) As associações humanitárias e outras entidades que, sem
motivo de obras e de utilização de edifícios;
intuito lucrativo, prossigam no território da Autarquia
actividades de relevante interesse público, c) Uso e aproveitamento do solo da Autarquia;
relativamente aos prédios urbanos destinados, directa d) Ocupação e aproveitamento do domínio público sob
e imediatamente, à realização dos seus fins;
administração da Autarquia e aproveitamento dos bens
d) Os Estados Estrangeiros, relativamente aos prédios
a d q u i r i d o s p a r a as i n s t a l a ç õ e s d i p l o m á t i c a s ou de utilização pública;
consulares, quando haja reciprocidade de tratamento. e) Prestação de serviços ao público;
2. Para o reconhecimento das isenções acima descritas devem f) Ocupação e utilização de locais reservados nos mercados
ser estabelecidos os devidos procedimentos pelo Presidente do
e feiras;
Conselho Municipal ou de Povoação.
g) Autorização da venda ambulante nas vias e recintos
ARTIGO 1 3 8
públicos;
(Requisitos)
h) Aferição e conferição de pesos, medidas e aparelhos de
1. As obras públicas a que se refere a alínea b) do artigo 134
medição;
s ã o da i n i c i a t i v a da A u t a r q u i a , p o d e n d o , t a m b é m , ser
d e t e r m i n a d a s por iniciativa de pelo m e n o s dois terços dos i) Estacionamento de veículos em parques ou outros locais
proprietários ou possuidores a qualquer título de imóvel situado a esse fim destinados;
na zona de influência da obra a realizar.
j) Autorização para o emprego de meios de publicidade
2. Nos casos em que a obra seja da iniciativa da Autarquia, o
destinados à propaganda social;
plano das obras deve ter o acordo prévio de pelo menos dois
terços dos proprietários ou possuidores, à qualquer título, do k) U t i l i z a ç ã o de q u a i s q u e r instalações d e s t i n a d a s ao
imóvel a ser beneficiado pela obra. conforto, comodidade ou recreio público;
3. Aprovado o plano de obras pela Assembleia Municipal ou
l) Realização de enterros, concessão de terrenos e uso de
de Povoação, e antes do lançamento do tributo, a Autarquia
deverá publicar um edital com os seguintes elementos: jazigos, ossários e de outras instalações em cemitérios
6. Tendo em conta o valor, deve estipula -se a possibilidade s) Taxa por actividade económica incluindo o exercício de
de pagamento em prestações, sendo o máximo de doze prestações. actividades turísticas.
7. Ocorrendo atraso no pagamento de três prestações, todo o 2. Estão igualmente abrangidas pelo disposto no número
débito é considerado vencido e o crédito tributário é cobrado de anterior outras imposições constantes dos actuais códigos de
forma coerciva. posturas.
8. O contribuinte que pagar a Contribuição de Melhoria de 3. Compete à Assembleia Municipal fixar, mediante proposta
uma só vez goza de um desconto de 15% sobre o valor total da
do Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação, os valores
quota-parte devida.
das taxas a que se referem os números anteriores.
9. Os procedimentos de lançamento e cobrança da Contribuição
de melhoria são aprovados em regulamento específico a ser 4. Os procedimentos de cobrança das taxas previstas neste
aprovado pelo Conselho Municipal ou de Povoação da respectiva a r t i g o são e s t a b e l e c i d o s p e l o C o n s e l h o M u n i c i p a l ou de
Autarquia. Povoação da respectiva Autarquia.
ARTIGO 1 4 0 c) T r a n s p o r t e s urbanos c o l e c t i v o s de p e s s o a s e
(Tarifas e taxas pela prestação de serviços) mercadorias;
Nos termos da Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, as Autarquias d) Utilização de matadouros:
podem aplicar tarifas ou taxas de prestação de serviços nos casos e) Manutenção de jardins e mercados;
em que tenham sob sua administração directa a prestação de f ) Manutenção de vias.
determinado serviço público e, nomeadamente, nos seguintes 2. Cabe à Assembleia Autárquica a fixação das tarifas a que se
casos: refere o número anterior e, sempre que possível, na base da
recuperação de custos.
a) Abastecimento de água e energia eléctrica;
3. Os procedimentos de cobrança das tarifas e taxas previstas
b) Recolha, depósito e tratamento de lixo, bem como a ligação, neste artigo serão estabelecidos pelo Conselho Municipal ou de
conservação e tratamento de esgotos; Povoação da respectiva Autarquia.
Automóveis Ligeiros
MOVIDOS A
COMBUSTÍVEL UTILIZADO IMPOSTO ANUAL SEGUNDO A ANTIGUIDADE
ELECTRICIDADE
K De 10 a 25 180 MT 120 MT 60 MT
L De 26 a 40 240 MT 120 MT
360 MT
Motociclos
A Até 50 50 MT
Aeronaves
Por cada 10
Tonelagem de Por cada 10 HP ou Por cada HP ou fracção
Por cada tonelada ou
arqueação Potência de fracção da tonelagem ou da potência
fracção de arqueação
bruta propulsão (HP) potência total da fracção de total da
bruta
(toneladas) propulsão arqueação bruta propulsão
ARtIGO 2 ( V e n c i m e n t o na s i t u a ç ã o d e r e s e r v a )
ARTIGO 11
Único. É ratificado Acordo de Crédito celebrado entre
o Governo da República de Moçambique e o EXIM Bank
(Assistência médica e medicamentosa)
da Índia, no dia 2 de Dezembro de 2008 na índia, no montante
Os oficiais na reserva ou reforma têm direito à assistência de U S D 25 000 000,00, (vinte e cinco milhões de dólares
médica e medicamentosa nos termos da legislação geral e a m e r i c a n o s ) , d e s t i n á d o ao f i n a n c i a m e n t o do P r o j e c t o de
específica. Estabelecimento de um Parque Tecnológico em Manhiça,
Província de Maputo.
ARTIGO 1 2
Aprovada pelo Conselho de Ministros, aos 16 de Dezembro
(Subsídio de reintegração) de 2008.
1. Os oficiais referidos no artigo 2, têm o direito, quando Publique-se.
passarem à reserva ou reforma e o motivo da passagem não for A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.