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Terca-feira, 30 de Dezembro de 2008 I SÉRIE - Número 52

BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

13.° SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE CONSELHO DE MINISTROS
Decreto n.o 59/2008
AVISO
de 30 de Dezembro
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser remetida em
cópia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, além das Tornando-se necessário assegurar a efectividade do processo
indicações necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e
de fixação de pensões, cujos objectivos foram visados pelos
autenticado: Para publicação no «Boletim da República».
Decretos n.°s 3/86, de 25 de Julho, 43/94, de 29 de Setembro
e 60/98, de 24 de Novembro, ao abrigo do estabelecido na alínea
SUMARIO f)do n°1do artigo 204 da Constituição da República, o Conselho
C o n s e l h o d e Ministros: de Ministros decreta:
Único. São alargados por um período de vinte e quatro meses,
Decreto n." 59/2008: contados da data da publicação do presente Decreto, os prazos
Alarga por um período de vinte e quatro meses contados da data estabelecidos, respectivamente, no artigo 1 do Decreto n.° 43/94,
da publicação do presente Decreto, os prazos estabelecidos, de 29 de Setembro e no n.° 1 do artigo 1 do Decreto n.° 60/98,
respectivamente, no artigo 1 do Decreto n.° 43/94, de 29 de de 24 de Novembro.
Setembro e no n°1do artigo 1 do Decreto n.° 60/98, de 24 de
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 16 de Dezembro
Novembro.
de 2008.
Decreto n." 60/2008:
Publique-se.
Cria o Centro de Investigação e Desenvolvimento em Etnobotânica,
A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.
abreviadamente designado por CIDE.

Decreto n." 61/2008:


Autoriza a sociedade SODEIINOVA, SARL, a criar uma instituição Decreto n.o 60/2008
de ensino superior, abreviadamente designada por Universidade
de 30 de Dezembro
do Índico.
A promoção de actividades de investigação científica na área
Decreto n." 62/2008: de Etnobotânica impõe a criação de uma entidade responsável
Autoriza o ICICE - Instituto de Comunicação e Imagem, pela investigação e desenvolvimento da Etnobotânica. Assim,
Cooperativa de Ensino, CRL, a criar o Instituto Superior de ao abrigo do disposto na alínea f ) do n.° 1 do artigo 204 da
Comunicação e Imagem de Moçambique, abreviadamente Constituição da República, o Conselho de Ministros decreta:
designado por ISCM. Artigo 1. E criado o Centro deInvestigação e Desenvolvimento
Decreto n." 63/2008: em Etnobotânica, abreviadamente designado por CIDE.

Aprova o Código Tributário Autárquico, e revoga o Decreto n.o 52/ Art. 2. O CIDE é uma instituição pública de investigação
/2000, de 21 de Dezembro. científica, desenvolvimento tecnológico e produção com base
em plantas, dotada de p e r s o n a l i d a d e j u r í d i c a , autonomia
Decreto n." 64/2008: administrativa e científica, com sede em Namaacha, província de
Aprova o Regulamento de Direitos e Deveres dos Oficiais Generais, Maputo.
Superiores e Subalternos da Polícia da República de Moçambique Art. 3. O CIDE está sob tutela do Ministro que superintende a
na situação de reserva e reforma. área da Ciência e Tecnologia.
Resolução n." 75/2008: Art. 4. O CIDE tem como atribuições:
Ratifica, Acordo de Crédito celebrado entre o Governo da República a) A investigação científica no domínio da Etnobotânica;
de Moçambique e o EXIM Bank da India no dia 2 de Dezembro b) A promoção e transferência do conhecimento científico,
de 2008 na índia, no montante de USD 25 000 000,00 (vinte e
uso efectivo, conservação, cultivo, desenvolvimento
cinco milhões de dólares americanos), destinado ao financiamento
do Projecto de Estabelecimento de um Parque Tecnológico em tecnológico, comercialização e industrialização, de
Manhiça, Província de Maputo. plantas em coordenação com outros sectores;
c) Promoção do registo de plantas e procedimentos para Art. 2. A Universidade do Índico, adiante também designada
garantir a defesa do Direito de Propriedade Intelectual por UnI, é uma instituição do Ensino Superior de natureza privada
na área de Etnobotânica incluindo os detentores do com personalidade jurídica, è goza de autonomia administrativa,
conhecimento tradicional; financeira e científico-pedagógica e com sede na cidade de
Maputo.
d) A coordenação das actividades de investigaçâo no âmbito
de E t n o b o t â n i c a d e m o d o a f o m e n t a r iniciativas Art. 3. São aprovados os Estatutos da UnI, anexos ao presente
interdisciplinares e intersectoriais. Decreto e dele fazendo parte integrante.
Art. 5. Compete ao CIDE: Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 16 de Dezembro
de 2008.
a) Promover, coordenar e executar a investigação científica
na área de Etnobotânica; Publique-se.
b) Incentivar e promover o desenvolvimento etecnológico A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.
d o s r e s u l t a d o s da i n v e s t i g a ç ã o em p r o d u t o s e
procedimentos como meio de valorizar os recursos
florísticos do país;
Estatutos da Universidade do Índico
c) Promover a formação na área da etnobotânica;
d) Assessorar, quando solicitado o Governo e as instituições CAPÍTULO I
p ú b l i c a s d e e n s i n o e i n v e s t i g a ç ã o em t e m a s Denominação, Natureza, Sede, Âmbito e Duração
relacionados com Etnobotânica;
ARTIGO 1
e) Promover o cultivo e o melhoramento de espécies de
plantas com potencial nutritivo, aromático, (Denominação e natureza)
farmacológico, oleaginoso, ornamental e outras; 1. A Universidade do Índico, adiante também designada por
f ) Proceder à divulgação e à disseminação dos resultados UnI, é uma instituição privada de Ensino Superior.
de investigação obtidos e a sua aplicação em benefício 2. A UnI é dotada de personalidade jurídica e goza de autonomia
das comunidades; administrativa, financeira, patrimonial e científico-pedagógica.
g) Proceder à prestação de serviços de consultoria às
empresas sobre processos e tecnologias desenvolvidas ARTIGO 2

no CIDE; (Sede, âmbito e duração)


h) Proceder ao registo nacional de plantas sob ponto de 1. A UnI tem a sua sede na cidade de Maputo, podendo criar
vista de caracterização botânica, taxonómica, química delegações ou outras formas de representação em qualquer parte
e toxicológica; da República de M o ç a m b i q u e de acordo com a sua estratégia de
i) Desenvolver banco de dados contendo a informação sobre desenvolvimento.
a etnobotânica; 2. A UnI funciona por tempo indeterminado.
j) P r o m o v e r o desenvolvimento de pequenas e médias
e m p r e s a s b a s e a d a s na p r o d u ç ã o no c a m p o da CAPÍTULO II
Etnobotânica em coordenação com outros sectores;
Princípios e Objectivos
k) Colaborar na divulgação do conhecimento científico
através de apoio à edição de publicações, realização ARTIGO 3
de congressos e outros eventos nacionais e (Princípios gerais)
internacionais;
l) D e s e n v o l v e r m e c a n i s m o s p a r a a c a p t a ç ã o d e A UnI guia-se pelos seguintes princípios gerais:
financiamentos para desenvolver as suas actividades. a) Igualdade e não discriminação;
Art. 6. O Estatuto Orgânico, os Quadros de Pessoal e os
b) Valorização dos ideais da pátria, ciência e humanidade;
qualificadores do C I D E serão aprovados pela Comissão
Interministerial da Função Pública. c) L i b e r d a d e de criação cultural, artística, científica e
tecnológica;
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 16 de Dezembro
de 2008. d) Participação no desenvolvimento económico, científico,
social e cultural do país, da região e do mundo;
Publique-se.
e) A u t o n o m i a administrativa, financeira, patrimonial e
A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.
científico-pedagógica.

ARTIGO 4

Decreto n.o 61/2008 (Princípios específicos)

de 30 de Dezembro A UnI rege-se ainda pelos seguintes princípios específicos:

Com vista a responder à procura do ensino superior e aos a) Interligação do ensino, da investigação e das actividades
desafios de combate à pobreza absoluta através da educação económicas, sociais e culturais;
dos cidadãos, ao abrigo do n.o 1 do artigo 14 da Lei n.° 5/2003, de b) Relevância da investigação e da inovação no processo
21 de Janeiro, com a nova redacção dada pela Lei n° 20/2007, de
de formação;
18 de Junho e ouvido o Conselho Nacional do Ensino Superior, o
Conselho de Ministros decreta: c) A educação e o ensino a ministrar devem contribuir para
o desenvolvimento da personalidade, para o progresso
Artigo 1. É autorizada a sociedade S O D E I I N O V A , SARL, a
social e para a participação d e m o c r á t i c a na vida
criar uma i n s t i t u i ç ã o de e n s i n o s u p e r i o r , a b r e v i a d a m e n t e
designada por Universidade do Índico. colectiva;
cl) A e d u c a ç ã o p a r a a m u d a n ç a , s e g u n d o a qual a d) O reforço da cidadania moçambicana e a unidade nacional;
Universidade deve compreender e ensinar a mudança, e) A criação e promoção nos cidadãos da intelectualidade e
constituindo um espaço de reflexão e de diálogo, aberto do sentido de Estado.
a novos saberes, a novas manifestações de arte, a
novos pensamentos, a novas formas de perspectivar CAPÍTULO III
o desenvolvimento e o progresso;
e) O carácter integral da formação e o estímulo à inovação Entidade instituidora
c o m o f o r m a d e estar no m u n d o e na s o c i e d a d e
ARTIGO 7
moçambicana.
(Definição)
ARTIGO 5 1. A entidade instituidora da Uni é a SODEIINOVA SARL, com
(Autonomia) sede na cidade de Maputo.
A UnI goza de autonomia administrativa, financeira, patrimonial 2. A UnI exerce as suas atribuições em articulação com a
e científico-pedagógica, no exercício da qual tem a capacidade entidade instituidora, que é responsável pela definição do tipo
para:
de gestão económica e financeira indispensável à garantia do
a) Criar, suspender; modificar e extinguir cursos; funcionamento e da existência da UnI.
b) Elaborar e aprovar os currículos dos cursos;
3. A entidade instituidora afectará à UnI um património
c) Definir os métodos de ensino;
específico em instalações e equipamento, e dota-lo-a dos meios
d) Definir os meios e os critérios de avaliação;
necessários à prossecução dos seus objectivos.
e) Introduzir novas experiências pedagógicas;
f ) Aprovar Regulamentos Académicos; ARTIGO 8

g) Definir e desenvolver as áreas, planos, programas e (Competências)


acções de ensino, investigação e de extensão;
C o m p e t e à entidade instituidora, nos termos destes Estatutos
h) P r o m o v e r , d e a c o r d o c o m as s u a s c a p a c i d a d e s ,
d i s p o n i b i l i d a d e s e n e c e s s i d a d e s , relações de e da legislação em vigor:
cooperação nos domínios do ensino, investigação, a) Aprovar os planos e os orçamentos anuais propostos
serviços e extensão, com entidades nacionais e pela Reitoria da UnI;
estrangeiras;
b) Estabelecer o plano de desenvolvimento da UnI;
i) Definir o quadro de pessoal docente e não docente,
propondo à Entidade Instituidora, o recrutamento, a c) Nomear o reitor, vice-reitores, pró-reitores, o administrador
promoção de docentes, investigadores, pessoal técnico e os directores das unidades orgânicas;
e administrativo, e exercer a acção disciplinar d) Contratar o pessoal docente e não docente da UnI, sob
relativamente aos mesmos; proposta da Reitoria;
j) Salvaguardar e gerir, de acordo com a legislação aplicável,
e) Administrar e preservar o património da UnI, tendo em
o património afecto à UnI e os recursos financeiros
vista a plena realização dos fins desta.
que lhe são atribuídos.

ARTIGO 6
CAPÍTULO IV

(Objectivos) Sistemas de Ensino e Investigação


1. A UnI tem como objectivos: ARTIGO 9
a) A f o r m a ç ã o de p r o f i s s i o n a i s com elevado grau de (Princípios gerais)
qualificação científica e técnica;
1. A U n i organiza-se de acordo com uma estrutura e métodos
b) O i n c e n t i v o , d e s e n v o l v i m e n t o , de a c t i v i d a d e s de
investigação científica, tecnológica, cultural e aplicada; de f u n c i o n a m e n t o que preservam e asseguram a unidade do
c) A criação de condições para assegurar a ligação entre o ensino, da investigação e extensão.
ensino e investigação ao trabalho; 2. O ensino, a investigação e as actividades de extensão,
d) A realização de actividades de extensão universitária d e s e n v o l v e m - s e m e d i a n t e a c o o p e r a ç ã o entre as u n i d a d e s
envolvendo o sector produtivo; orgânicas responsáveis pelos respectivos campos de estudo.
e) A realização de acções de actualização de conhecimentos
dos graduados pelo Ensino Superior, criando ARTIGO 1 0
oportunidades para a promoção da educação ao longo (Unidades orgânicas)
da vida;
1. A UnI criará as seguintes unidades orgânicas destinadas ao
f) O desenvolvimento de acções de pós-graduação;
ensino, à investigação, e à extensão:
g) A formação e desenvolvimento progressivo de um corpo
a) Institutos Superiores;
de docentes e investigadores da UnI.
b) Centros;
2. São também objectivos da UnI:
c) Escolas Superiores;
a)A difusão de valores deontológicos e éticos;
d) Institutos Superiores Politécnicos;
b) A prestação de serviços à comunidade no âmbito da sua
actividade; e) Departamentos e Secções.

c) A promoção de acções de intercâmbio científico, técnico, 2. A organização, estrutura e funcionamento das unidades
cultural e desportivo com instituições nacionais e o r g â n i c a s indicadas no n ú m e r o anterior constarão do
estrangeiras; Regulamento próprio.
CAPÍTULO V 2. Compete ao Reitor:
Estrutura e Organização a) Orientar as actividades pedagógicas, científicas, de
investigação e extensão, de administração e de finanças
SECÇÃO I e coordenar a acção dos seus órgãos e demais serviços
Direcção e gestão da UnI;
b) Celebrar acordos ou protocolos com entidades públicas
ARTIGO 1 1 ou privadas, nacionais ou estrangeiras, com mandato
(Órgãos de Direcção) expresso da entidade instituidora, sempre que tal
São órgãos de Direcção da UnI: implique para esta, responsabilidade jurídica e
económica;
a) Reitor;
c) Representar a UnI em actos de natureza académica que
b) Vice-Reitores;
n ã o i m p l i q u e m r e s p o n s a b i l i d a d e da e n t i d a d e
c) Pró-Reitores;
instituidora;
d) Administrador;
d) N o m e a r as c o m i s s õ e s d e a p o i o q u e c o n s i d e r a r
e) Secretário-Geral. necessárias;
ARTIGO 1 2 e) Elaborar e submeter à entidade instituidora o relatório
(Órgãos de gestão) anual da UnI;
f ) Propor as linhas gerais das actividades da UnI;
São Órgãos de Gestão da UnI:
g) Propor a nomeação dos Pró-Reitores e dos Directores
a) Conselho de Administração;
das unidades orgânicas à entidade instituidora;
b) Conselho de Direcção;
h) Exercer a acção disciplinar sobre os corpos docente e
c) C o n s e l h o C o o r d e n a d o r do E n s i n o , I n v e s t i g a ç ã o e
discente;
Extensão;
i) A c o m p a n h a r a elaboração e a execução dos planos,
d) Conselho Social;
orçamentos e contas de gerência da UnI;
e) Conselho Disciplinar.
j) Propor à entidade instituidora a aprovação e alteração
dos quadros de pessoal; SECÇÃO II

Outros órgãos k) Assinar os certificados e diplomas que conferem as


qualificações obtidas;
ARTIGO 1 3
l) Conceder a equivalência de estudos feitos em outras
(Órgãos suplementareis)
instituições de ensino para efeitos de prossecução de
1.A UnIpara alcançar os seus objectivos, dispõe de órgãos estudos;
s u p l e m e n t a r e s de natureza técnico-administrativa, cultural,
m) Velar pela observância da legislação aplicável à UnI
recreativa e de assistência ao estudante.
internos da UnI;
2. Na UnIfunçionam os seguintes órgãos suplementares e
n) Aprovar os planos de estudos dos cursos de graduação
directamente subordinados ao Reitor:
d) Gabinete de Aconselhamento ao Estudante; e pós- graduação;
b) Biblioteca Central; o) Assinar todo o expediente e despachos que lhe digam
c) Editora Universitária; respeito;
d) Hospital; p) Praticar os demais actos que lhe forem conferidos por lei,
e) Centro de Informática e Multimédia; os presentes Estatutos e os regulamentos da UnI.
f ) Núcleo de Educação Física e Desportos;
SECÇÃO IV
g) Laboratório de Controlo de Qualidade.
Vice-Reítor e Pró-Reitor

SECÇÃO III
ARTIGO 1 6
Reitor (Definição, designação e mandato)

ARTIGO 1 4 1. O Reitor é coadjuvado por Vice-Reitores, nomeados pela


(Definição, designação e mandato) Entidade Instituidora, sob proposta do Reitor.
1. O Reitor é o órgão de representação da UnIe de coordenação 2- E m caso de ausência o Reitor é substituído por um dos
geral das actividades dos restantes órgãos da UnI. Vice-Reitores por ele indicado.
2. O Reitor é designado pela Entidade Instituidora de entre os
3. O Reitor pode ser coadjuvado por Pró-Reitores, nomeados
p r o f e s s o r e s da U n I , ou f o r a d e s t a , d e entre i n d i v í d u o s de
pela Entidade Instituidora, sob proposta do Reitor, para fins de
reconhecido prestígio social com elevada formação científica,
pedagógica, cultural e experiência administrativa. assessoria ou supervisão e coordenação das áreas específicas
3. O m a n d a t o do Reitor é de quatro anos, p o d e n d o ser de graduação, pós-graduação, investigação, inovação,
renovado. i n t e r c â m b i o c i e n t í f i c o , e x t e n s ã o , p l a n i f i c a ç ã o estratégica,
ARTIGO 1 5 assuntos administrativos e comunitários.
(Competências) 4. Os Pró-Reitores desenvolvem actividades específicas de
1. O Reitor é o órgão que representa e dirige a UnI. duração limitada, mediante delegação do Reitor.
SECÇÃO V 2. O Conselho de Administração reúne-se trimestralmente e
Administrador sempre que seja convocado pelo Reitor ou quando solicitado
por, pelo menos, um terço dos seus membros.
ARTIGO 17 3. As deliberações do Conselho de Administração são tomadas
(Nomeação e competências) por maioria simples, com a presença de mais de metade dos seus
membros, tendo o Reitor, em caso de empate, o voto de qualidade.
1. O A d m i n i s t r a d o r da UnI é n o m e a d o pela Entidade
Instituidora. ARTIGO 21
2. Compete ao Administrador da UnI: (Competências do Conselho de Administração)
a) Cumprir e assegurar a sua execução as deliberações do Compete ao Conselho de Administração:
Conselho de Administração e de Direcção em matéria
a) Administrar o património da UnI;
económica e administrativa;
b) Obter recursos a afectar à manutenção e desenvolvimento
b) P r o p o r ao C o n s e l h o de A d m i n i s t r a ç ã o as linhas
da UnI;
estratégicas e programáticas em relação aos serviços
económicos e administrativos; c) Organizar e manter constantemente actualizado um
inventário geral do património da UnI;
c) Elaborar os documentos referentes à relação de postos
de trabalho do pessoal administrativo e de serviços da d) Elaborar os projectos de orçamento e as contas da
gerência;
d) Assegurar a expedição do relatório financeiro anual; e) Decidir e apresentar ao Conselho de Direcção as
e) Velar pela observância da legislação aplicável, dos alterações orçamentais;
presentes Estatutos e dos Regulamentos Internos da f ) Elaborar e propor as regras de execução orçamental;
g) Definir os quadros de pessoal;
f)Velar pelo funcionamento dos serviços administrativos e h) Definir as tabelas de remuneração do pessoal;
da gestão do respectivo pessoal; i) Autorizar a aquisição, alienação, oneração ou arrendamento
g) Por delegação do Reitor, representar a UnI em juízo e fora de imóveis ou a construção de novos edifícios para a
dele e exercer outras funções.
j) A u t o r i z a r as obras de c o n s t r u ç ã o , a m p l i a ç ã o ou
SECÇÃO VI beneficiação dos edifícios da UnI e a aquisição de
Secretário-Geral equipamento, quando não previstas nos orçamentos;
k) Definir taxas, propinas e emolumentos a cobrar pela UnI;
ARTIGO 1 8
l) Elaborar propostas de operações financeiras específicas;
(Nomeação e competências)
m) Supervisionar os serviços de contabilidade e tesouraria;
1. O Secretário-Geral da UnI é nomeado pelo Reitor. n) Supervisionar o movimento de contabilidade, das
2. Compete ao Secretário-Geral da UnI: operações financeiras correntes, do economato e da
prestação de serviços;
a) Elaborar as actas das reuniões dos órgãos colegiais de
gestão da UnI; o) Acompanhar os demais assuntos correntes de gestão

b) Proceder à divulgação das deliberações dos órgãos de económico-financeira;


p) Supervisionar a organização dos balancetes periódicos
gestão da UnI;
de execução orçamental;
c) Velar pelo protocolo dos actos académicos;
q) Organizar o inventário anual do equipamento e da
d) Velar pelo registo geral dos documentos, a utilização do
utensilagem;
selo oficial e os arquivos dos órgãos colegiais da UnI;
r) Propor os orçamentos ordinários e extraordinários da UnI;
e) Actualizar as estatísticas dos sectores da comunidade
s) Apresentar para aprovação as contas da gerência da UnI;
universitária.
t) Estabelecer as directrizes gerais respeitantes à gestão e
ARTIGO 1 9 administração da UnI;
(Mandato) u) Apresentar informação, relativa às auditorias regulares e
extraordinárias, à gestão financeira e patrimonial da
O mandato do Secretário-Geral termina por decisão do Reitor
UnI, promovidas pela Entidade Instituidora.
ou quando se conclua o mandato do Reitor que o nomeou,
mantendo-se em exercício até à nomeação do novo Reitor.
SECÇÃO VIII
SECÇÃO VII Conselho d e Direcção

Conselho d e Administração
ARTIGO 2 2

ARTIGO 2 0 (Composição do Conselho de Direcção)


(Composição do Conselho de Administração) 1. O Conselho de Direcção é o órgão de gestão da UnI e é
1. O Conselho de Administração é o órgão responsável por constituído por:
assegurar as relações entre a Entidade Instituidora e a UnI e é a) Reitor, que convoca, fixa a ordem do dia e preside às
constituído pelos seguintes membros: reuniões;
a) Reitor, que o preside; b) Vice-Reitores;
b) Vice-Reitores; c) Pró-Reitores;
c) Administrador; d) Administrador;
d) Representante da Entidade Instituidora; e) Directores das Unidades Orgânicas;
e) Secretário-Geral. f ) Secretário-Geral.
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, o Reitor pode b) Propor as linhas gerais da UnI nos planos Científico e
convocar para as reuniões do Conselho de: Direcção outros Pedagógico;
responsáveis, sempre que o entender como conveniente.
c) Apreciar as actividades desenvolvidas pela UnI;
ARTIGO 2 3
d) Acompanhar as actividades científicas e pedagógicas
desenvolvidas pelos cursos e departamentos da UnI;
(Competências)
e) Emitir parecer sobre a afectação dos meios materiais e
Compete ao Conselho de Direcção: humanos ao ensino, investigação e extensão;
a) Aprovar a orgânica, procedimentos e normas de f)Emitir parecer sobre as regras de contratação do pessoal
funcionamento dos serviços da UnI; docente e de investigação da UnI;
b) Recomendar ao Reitor a aprovação do Regulamento g) Propor alterações aos currículos dos cursos, ouvidas as
Disciplinar; Comissões constituídas para o efeito;
c) Propor as alterações dos presentes Estatutos à Entidade h) Dar parecer sobre a regulamentação respeitante à
Instituidora; biblioteca geral, ao serviço dos meios audiovisuais e
d) Propor a aprovação dos regulamentos das diferentes os outros serviços com incidência directa na actividade
unidades orgânicas da UnI; científica e pedagógica da UnI;
e) Aprovar a criação, suspensão e extinção de cursos sob i) Zelar pelo funcionamento dos cursos;
proposta do Reitor; j) Definir critérios para a distribuição do serviço docente;
f ) Deliberar sobre a gestão de orçamentos; k) Pronunciar-se sobre a aquisição e a alienação de
equipamento científico e bibliográfico e sua afectação
g) Apoiar o Reitor na elaboração do plano, orçamentos anuais
e o relatório de actividades; útil;
l) Dar parecer sobre a política de extensão cultural e de
h) Emitir directrizes, para a orientação geral das unidades
orgânicas; prestação de serviços à comunidade;
m) Deliberar sobre as condições de acesso a pós-graduação;
i) Zelar pelo cumprimento das deliberações do Conselho
Coordenador do Ensino, Investigação e Extensão; n) Propor a c o m p o s i ç ã o dos j ú r i s de M e s t r a d o e
j) Deliberar sobre as questões comuns das unidades Doutoramento;
orgânicas que não sejam da competência específica de o) Estabelecer as condições gerais de admissão do pessoal
outros órgãos; docente, de investigação e técnico superior adstrito
k) Praticar os demais actos que lhe sejam atribuídos pelos às actividades de ensino e investigação da UnI;
presentes Estatutos e os Regulamentos Internos p) Deliberar sobre as condições e regras de equivalência de
da UnI. disciplinas;
q) Dar parecer sobre propostas de criação, suspensão e
SECÇÃO IX
extinção de cursos;
r) Elaborar e submeter a proposta de Regulamento
Conselho Coordenador do Ensino, Investigação e Extensão
Académico;
ARTIGO 2 4 s) Zelar pelo ensino, investigação e extensão;
(Composição) t) Pronunciar-se sobre qualquer outro assunto que lhe seja
submetido pelo Reitor ou por outros órgãos da UnI;
O Conselho Coordenador do Ensino, Investigação e Extensão
u) Praticar os demais actos que lhe sejam atribuídos pelos
é constituído por:
presentes Estatutos e os Regulamentos Internos
a) Reitor, que convoca, fixa a ordem do dia e preside às da UnI.
reuniões;
b) Vice-Reitores;
c) Pró-Reitores; Conselho Social
d) Docentes habilitados com o grau de Doutor; ARTIGO 2 6
e) Directores das unidades orgânicas; (Composição)
f ) Directores dos Departamentos;
1. O Conselho Social é constituído por:
g) Coordenadores dos Cursos;
a) Reitor;
h) Um representante dos estudantes, eleito anualmente pela
b) Vice-Reitores;
Reunião Geral dos Estudantes;
c) Pró-Reitores;
i) Secretário-Geral.
d) Administrador;
ARTIGO 2 5 e) Secretário-Geral;
(Competências) f ) Até quinze Personalidades ligadas a sectores científicos,
1. O Conselho Coordenador do Ensino, Investigação e profissionais, económicos, culturais, de reconhecido
Extensão é um órgão de acompanhamento das actividades prestígio, a convite do Reitor, ouvida a Entidade
científicas e pedagógicas, de aconselhamento do Reitor e dos Instituidora;
restantes órgãos da UnI. g) Um representante dos estudantes da UnI.
h) Um representante de pais/encarregados de educação.
3. Compete ao Conselho Coordenador do Ensino, Investigação
e Extensão: 2. O Reitor pode convidar a participar das Sessões do Conselho
Social outras individualidades cuja contribuição possa ser
a) Deliberar sobre os assuntos de natureza científica e relevante para o esclarecimento de pontos específicos da ordem
pedagógica; do dia.
ARTIGO 2 7 2. Os direitos e deveres, as formas de matrícula e inscrição, os
(Competências) r e g i m e s d e f r e q u ê n c i a e d e a v a l i a ç ã o e de disciplina dos
estudantes da UnI serão estabelecidos em regulamentos próprios.
1. Compete ao Conselho Social:
a) Fomentar uma relação permanente entre as actividades ARTIGO 3 2
da UnI e a comunidade; (Corpos docente, de investigação, técnico e administrativo)
b) P r o n u n c i a r - s e s o b r e t o d o s os a s s u n t o s q u e f o r e m
A UnI dispõe de:
submetidos à sua apreciação.
a) Corpo docente, constituído pelo pessoal que exerce
2. A s p r o p o s t a s d o C o n s e l h o S o c i a l n ã o têm c a r á c t e r
f u n ç õ e s de docência, investigação e extensão
vinculativo.
universitária;
b) Corpo de investigação, constituído pelo pessoal que
SECÇÃO XI
exerce principalmente actividades de investigação;
Conselho Disciplinar
c) C o r p o técnico, constituído pelo pessoal que exerce
ARTIGO 2 8 funções técnicas e pelos trabalhadores qualificados;
(Composição) d) C o r p o administrativo, constituído pelo pessoal, que
exerce as funções administrativas e as actividades de
1. O Conselho Disciplinar é constituído pelo Reitor, dois
apoio ou conexas.
docentes da UnI, por si designados, sendo um destes jurista, a
que se agregam: ARTIGO 3 3

a) No caso de questões disciplinares envolvendo discentes, (Estatuto do Pessoal)


um r e p r e s e n t a n t e d o s m e s m o s , e l e i t o d e n t r e os
As categorias e as respectivas f o r m a s de provimento, os
m e m b r o s d i s c e n t e s em r e u n i ã o e x p r e s s a m e n t e
qualificadores e as carreiras profissionais, os direitos e deveres
convocada para o efeito; de cada categoria, as condições de ingresso, avaliação, promoção
b) No caso de questões disciplinares envolvendo pessoal e cessação de funções, dos elementos integrantes dos corpos,
não d o c e n t e , um r e p r e s è n t a n t e e s c o l h i d o p e l o s d o c e n t e , técnico, a d m i n i s t r a t i v o e de investigação da UnI
próprios, em reunião expressamente convocada para o
efeito;
c) No caso de questões disciplinares envolvendo docentes, CAPÍTULO VIl
um representante dos mesmos, escolhido em reunião Serviços da UnI
expressamente convocada para o efeito.
3. O Reitor pode ser substituído pelo Vice-Reitor ou Pró-Reitor. ARTIGO 3 4

(Princípios gerais e serviços)


4. A composição do Conselho Disciplinar é publicada por
despacho do Reitor e tem a duração de dois anos para o caso dos 1. Os Serviços da UnI devem organizar-se na perspectiva de
docentes e dos não docentes e de um ano para os discentes. servir, com eficácia e qualidade, a instituição, no âmbito do ensino,
5. O Conselho Disciplinar proporá ao Reitor, para aprovação, da investigação e da extensão.
o seu regimento interno de funcionamento. 2. Os Serviços da UnI são coordenados pelo Administrador
da UnI.
ARTIGO 2 9
3. Os Serviços da UnI são os seguintes:
(Competências)
a) Serviços Adstritos à Reitoria;
C o m p e t e ao C o n s e l h o D i s c i p l i n a r o exercício da a c ç ã o b) Serviços de Administração e Finanças;
disciplinar, incluindo a organização dos processos de inquérito e c) Serviços Académicos;
dos processos disciplinares que lhe forem submetidos pelo Reitor.
d) Serviços de Apoio Técnico;
CAPÍTULO VI e) Serviços de Apoio Geral;
f ) Gabinete das Instalações e Equipamentos.
Comunidade universitária
4. A organização, estrutura e funcionamento dos serviços
ARTIGO 3 0 indicados no número anterior constarão do regulamento próprio.
(Composição e reuniões)
CAPÍTULO VIII
1. A Comunidade Universitária é constituída pelos corpos
discente, docente, de investigação, técnico e administrativo.
Regime Patrimonial e Económico-Financeiro
2. A comunidade universitária reúne-se, em acto solene, nas ARTIGO 3 5
seguintes ocasiões: (Património)

a) No Dia da Universidade do Índico; O património da UnI é constituído pelo conjunto dos bens e
b) No Dia da Cerimónia de Graduação; direitos que lhe estão ou sejam afectos pela Entidade Instituidora,
c) No Dia da Abertura Solene do Ano Lectivo; ou por outras entidades para a prossecução dos seus fins, ou
que, por outro meio, sejam por ela adquiridos.
d) No Dia da "Reunião Aberta" da UnI.
ARTIGO 3 6
ARTIGO 3 1 (Recursos Financeiros)
(Corpo discente)
Constituem recursos financeiros da UnI:
1. O c o r p o d i s c e n t e da UnI é c o n s t i t u í d o por todos os a) As dotações que lhe forem concedidas pela Entidade
estudantes matriculados nos cursos nela ministrados. Instituidora;
b) Os rendimentos dos seus bens próprios; b) O título de Doutor Honoris Causa será concedido a
c) As receitas derivadas do pagamento das propinas; personalidades eminentes que tenham contribuído para
d) O produto de taxas dos estudantes, bem como de outros o progresso da Universidade, da região ou do país, ou
emolumentos; se hajam distinguido pela sua actuação a favor das
e) As receitas provenientes da prestação de serviços; ciências, das letras, das artes ou da cultura em geral.
f)As receitas provenientes da investigação;
g) Os eventuais subsídios de entidades privadas ou públicas. CAPÍTULO X

ARTIGO 3 7 Disposições Transitórias e Finais


(Regime Financeiro)
ARTIGO 4 2
1. O Orçamento Ordinário Geral da UnI corresponde ao ano (Comissão Instaladora)
civil.
1. Será criada uma Comissão Instaladora, nomeada pela
2. O projecto de Plano de Actividades e o correspondente
entidade instituidora, que orientará as actividades necessárias
orçamento ordinário geral, apresentado sob a forma de orçamento-
programa, deverão ser preparados nos termos destes estatutos para a implementação da UnI.
e, após aprovação pelo Conselho de Administração da UnI, 2. A c o m i s s ã o i n s t a l a d o r a p o d e r á ser c o m p o s t a por
entregue à Entidade Instituidora para aprovação até ao fim do
representantes da Entidade Instituidora que os propõe, e por
ano anterior.
terceiros, considerados necessários para a implantação da UnI.
3. Em casó de necessidade, poderão ser aprovados orçamentos
extraordinários, ao longo do exercício do ano em causa. 3. A comissão instaladora assumirá as funções e competências
4. A UnI presta anualmente contas à Entidade Instituidora. que sejam necessárias para o cumprimento do estipulado no
n.° 1 do presente artigo até ao início das actividades da UnI.
5. Os centros, as escolas e os órgãos da UnI em geral
encaminharão ao Administrador, no início do ano, o inventário 4. A entidade instituidora designará um presidente dentre os
anual dos seus bens em utilização e stocks existentes. seus membros.

CAPÍTULO IX
5. Caberá à comissão instaladora elaborar e submeter o
regulamento geral interno da UnI.
Graus, Diplomas, Certificados e Dignidades
Universitárias ARTIGO 4 3

ARTIGO 3 8 (Símbolos)
(Graus)
1. Constituem símbolos da UnI o emblema, o logotipo, a
1. A UnI outorga os graus de Bacharel e Licenciado aos bandeira e o hino, a aprovar pelo Conselho de Administração.
estudantes que concluam os respectivos cursos de graduação.
2. A descrição do emblema e da bandeira da UnI constará de
2. A UnI outorga os graus de Mestre e Doutor aos estudantes
regulamento próprio que definirá também as regras do respectivo
que concluam os respectivos cursos de pós-graduação, ao nível
de mestrado e doutoramento, respectivamente. uso.

ARTIGO 3 9 ARTIGO 4 4

(Diplomas) (Sigla)
1. Os Diplomas de graduação são assinados peto Reitor, pelo A Universidade do Índico usa a sigla UnI.
Director da unidade orgânica ou pelo coordenador do curso.
2. Os Diplomas de pós-graduação são assinados pelo Reitor,
pelo Director da unidade orgânica e pelo Director de departamento
respectivo. Decreto n.o 62/2008
ARTIGO 4 0
de 30 de Dezembro

(Certificados) Considerando que o envolvimento do sector privado no


ensino superior pode decisivamente contribuir para o combate à
A UnIemitirá certificados de conclusão de cursos não
pobreza no contexto do Plano de Acção para a Redução da Pobreza
conducentes a graus académicos assinados pelo Reitor e pelo
Absoluta (PARPA) e da expansão do ensino superior, ao abrigo
Director da escola, centro ou pelo Director de departamento do n.° 1 do artigo 14 da Lei n.° 5/2003, de 21 de Janeiro, com a
respectivo. nova redacção dada pela Lei n.° 20/2007, de 18 de Julho, e ouvido
o Conselho Nacional do Ensino Superior, o Conselho de Ministros
ARTIGO 4 1 decreta:
(Dignidades universitárias)
Artigo 1. É autorizado o CICE-lnstituto de Comunicação e
A UnI concederá os títulos honoríficos de Professor Emérito, Imagem, Cooperativa de Ensino, CRL., a criar o Instituto Superior
Doutor Honoris Causa: de Comunicação e Imagem de Moçambique, abreviadamente
a) O título de Professor Emérito será concedido pelo designado por ISCIM.
Conselho Coordenador do Ensino, Investigação e Art. 2. O Instituto Superior de Comunicação e Imagem de
Extensão, mediante proposta justificada do Conselho Moçambique é uma instituição de ensino superior privada com
de Direcção, a professores aposentados que se hajam personalidade jurídica e goza de autonomia científica e
distinguido no ensino e na pesquisa; pedagógica, administrativa, disciplinar, financeira e patrimonial.
Art. 3. O Instituto Superior de Comunicação e Imagem de ARTIGO 4
Moçambique tem a sua sede na Cidade de Maputo. (Princípios)
Art. 4. São aprovados os Estatutos do Instituto Superior de No quadro legal estabelecido, o ISCIM rege-se pelos seguintes
Comunicação e Imagem de Moçambique, em anexo ao presente princípios:
Decreto, e dele fazendo parte integrante.
a) Democraticidade e respeito pelos direitos humanos;
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 16 de Dezembro
b) Igualdade e não discriminação;
de 2008.
c) V a l o r i z a ç ã o dos ideais da pátria, da c i ê n c i a e da
Publique-se.
humanidade;
A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.
d) Pluralidade de ideias e a livre expressão de pensamento;
e) Liberdade de criação cultural, científica e tecnológica;
f ) Liberdade de ensinar, aprender e investigar;
Estatutos do Instituto Superior g) Criar as condições indispensáveis a uma permanente
de Comunicação e Imagem inovação científica, técnica e pedagógica;
h) Estreita ligação com a comunidade, visando a inserção
CAPÍTULO I
dos seus graduados na vida activa e profissional e
Natureza, Princípios e Objectivos participação no desenvolvimento da região, do País e
do M u n d o .
SECÇÃO I
ARTIGO 5
Denominação, Natureza e Sede
(Objectivos)
ARTIGO 1
O ISCIM é uma instituição privada de ensino superior que
(Denominação e natureza) observa as exigências de qualidade aplicáveis às universidades,
1. O I n s t i t u t o S u p e r i o r de C o m u n i c a ç ã o e I m a g e m de dedicando-se à criação, desenvolvimento, transmissão, reflexão
Moçambique, adiante também designado por ISCIM, é uma crítica e d i f u s ã o cultural, científica e tecnológica, visando
instituição de ensino superior de direito privado. especificadamente:

2. O I S C I M goza de a u t o n o m i a c i e n t í f i c a , p e d a g ó g i c a , a) A formação pessoal, humanística e técnica, em diferentes


administrativa, disciplinar, financeira e patrimonial. áreas do conhecimento dos seus estudantes,
p r e p a r a n d o - o s p a r a a s u a i n s e r ç ã o em s e c t o r e s
ARTIGO 2 profissionais e para participarem no desenvolvimento
(Sede, âmbito e duração) da sociedade;
b) A a c t u a l i z a ç ã o c o n t í n u a , teórica e teórico-prática,
1. O ISCIM tem a sua sede na cidade de Maputo, podendo
integradora dos conhecimentos novos e da prática
abrir delegações ou outras formas de representação em qualquer
p r o f i s s i o n a l d e s e n v o l v i d a , de m o d o a criar u m a
parte da R e p ú b l i c a de M o ç a m b i q u e de a c o r d o c o m a sua
estrutura intelectual sistematizadora do saber de cada
estratégia de desenvolvimento.
geração;
2. O ISCIM funcionará por tempo indeterminado.
c) A realização de actividades de pesquisa e investigação,
tendo em atenção as necessidades da comunidade e o
ARTIGO 3
desenvolvimento do entendimento do homem e do
Entidade instituidora
meio em que vive;
1. O ISCIM é propriedade do ICICE - Instituto de Comunicação d) A cooperação com a comunidade, numa relação de
e Imagem, Cooperativa de Ensino, C R L , com sede em Maputo. reciprocidade, tendo por base o conhecimento dos
2. O ICICE é responsável pela definição das linhas gerais de problemas do mundo actual, em particular os regionais
e os nacionais;
actuação do ISCIM, cabendo-lhe:
e) O i n t e r c â m b i o c u l t u r a l , c i e n t í f i c o e t é c n i c o com
a) Decidir sobre as propostas do valor das propinas e taxas
i n s t i t u i ç õ e s p ú b l i c a s ou p r i v a d a s , n a c i o n a i s e
a serem praticadas no ISCIM; estrangeiras, com finalidades e, objectivos similares;
b) Decidir sobre a aquisição, alienação, arrendamento, f ) A c o o p e r a ç ã o com o u t r o s o r g a n i s m o s p ú b l i c o s ou
construção, ampliação e beneficiação dos imóveis que privados, nacionais e estrangeiros;
estejam afectos ao ISCIM; g) A difusão dos valores deontológicos e éticos e contribuir
c) Decidir sobre a aquisição de equipamentos não previstos para o reforço da cidadania moçambicana.
no o r ç a m e n t o e a p r e s e n t a d o s p e l o C o n s e l h o de
ARTIGO 6
Administração;
(Autonomia)
cl) Analisar e decidir a extensão das actividades do ISCIM a
O I S C I M goza de autonomia científica, pedagógica,
outras partes do território nacional;
administrativa e disciplinar, financeira e patrimonial, obedecendo
e) Aprovar o orçamento do ISCIM; às prerrogativas e limites constantes da legislação vigente e, no
f ) Apreciar e aprovar anualmente o balanço, o relatório e as exercício dessa autonomia pode:
contas do ISCIM; a) Definir os planos de estudo, os programas das disciplinas
g) D e c i d i r s o b r e as d e m a i s matérias q u e lhe e s t e j a m e a c ç õ e s d e i n v e s t i g a ç ã o e de e x t e n s ã o ; c r i a r ,
reservadas pela lei ou pelos Estatutos. reformular, suspender e extinguir os cursos;
b) Definir os métodos de ensino e os critérios de avaliação; 5. As deliberações do Conselho de Administração são tomadas
c) Definir o quadro de pessoal docente e não docente e por maioria simples, e, em caso de empate, o Presidente tem voto
exercer a acção disciplinar relativamente aos mesmos; de qualidade.
d) Gerir, de acordo com os regulamentos e a legislação
aplicável, o património específico que lhe for afecto e ARTIGO 1 1

os recursos financeiros que lhe forem atribuídos de (Competências)


acordo com os orçamentos propostos pelos seus São competências do Conselho de Administração:
órgãos e aprovados pela entidade proprietária;
a) Definir as directrizes gerais respeitantes à gestão e
e) Celebrar acordos e protocolos de cooperação com
administração da instituição;
e n t i d a d e s c o n g é n e r e s , nacionais e estrangeiras,
b) Aprovar o plano anual de actividades e as respectivas
n o m e a d a m e n t e instituições de e n s i n o superior,
linhas gerais de implementação, bem como o seu
instituições científicas e culturais ou outras;
eventual reajustamento;
f ) Aprovar regulamentos académicos.
c) Aprovar projectos de contratos, acordos ou protocolos a
CAPÍTULO 11 celebrar com entidades públicas ou privadas, nacionais
ou estrangeiras;
(Organização e Estrutura) d) Criar, s u s p e n d e r , m o d i f i c a r ou e x t i n g u i r cursos,
observadas as disposições legais aplicáveis;
SECÇÃO I
e) Angariar recursos a afectar à manutenção e funcionamento
Organização
da instituição;
ARTIGO 7 f) Aprovar as propostas de n o m e a ç ã o de quadros de
(Órgãos gerais) coordenação, direcção e chefia para o ISCIM;
g) Aprovar os regulamentos dos quadros de pessoal da
São órgãos gerais do ISCIM:
instituição e as respectivas tabelas de remuneração;
a) O Conselho de Administração;
h) Criar, modificar ou extinguir órgãos gerais e sectoriais;
b) O Director-Geral;
i) Propor à entidade proprietária a aquisição, alienação,
c) O Conselho Científico-Pedagógico; arrendamento, construção, ampliação e beneficiação
d) O Conselho Consultivo dos imóveis que estejam afectos à instituição;
j) Propor a alteração do valor das propinas e taxas a serem
SECÇÃO II
praticadas na instituição;
Conselho de administração k) Propor a aprovação dos orçamentos de funcionamento e
investimento do ISCIM;
ARTIGO 8

(Definição)
l)Aprovar as regras de execução orçamental;
m) Propor a aquisição de equipamentos não previstos no
O Conselho de Administração é o órgão de planificação e
orçamento;
direcção superior do ISCIM.
n) Propor a extensão das actividades do ISCIM a outras
partes do território nacional;
ARTIGO 9
o) Apreciar e aprovar proposta de atribuição de títulos
(Composição)
honoríficos;
O Conselho de Administração tem a seguinte composição: p) Aprovar a política de atribuição de bolsas de estudo;
a) Presidente, escolhido de entre os sócios da Entidade q) Aprovar os símbolos do ISCIM;
Instituidora; r) Aprovar o Regulamento Interno do ISCIM.
b) Um vogal, sócio da entidade proprietária, nomeado por
SECÇÃO III
esta;
c) Director-Geral. Director-Geral

ARTIGO 1 2
ARTIGO 1 0
(Definição)
(Funcionamento)
1. O Director-Geral é o órgão de direcção e gestão das
1. O Conselho de Administração pode reunir com poderes
a c t i v i d a d e s do I S C I M q u e d i r i g e , o r i e n t a e c o o r d e n a as
deliberativos, quando estiverem presentes, pelo menos dois dos
actividades e serviços de m o d o a imprimir-lhes unidade,
seus membros.
continuidade e eficiência.
2. As reuniões do Conselho de Administração são convocadas
2. Nas suas faltas e impedimentos, o Director-Geral pode
e presididas pelo respectivo Presidente competindo-lhe fixar a
delegar competências no Director Pedagógico ou num elemento
ordem de trabalhos das sessões.
de chefia pertencente ao quadro do I S C I M .
3. O Presidente do Conselho de Administração, nas suas faltas
e impedimentos, é substituído pelo sócio da Entidade Instituidora ARTIGO 1 3

por ele designado. (Nomeação)


4. O Conselho de Administração reúne-se ordinariamente uma O Director-Geral é nomeado pela Entidade Instituidora para
vez por mês e extraordinariamente quando solicitado pelo um mandato de quatro anos, renovável, podendo ser exonerado
Presidente. a qualquer altura durante o seu mandato.
ARTIGO 14 ARTIGO 10

(Competências) (Composição)

Ao Director-Geral do ISCIM compete: 1. O Conselho Científico-Pedagógico é constituído por:


a ) Participar nos órgãos colegiais do ISCIM e velar pela a) Director-Geral;
execução das suas deliberações; b) Director Pedagógico;
b) Superintender na gestão académica, administrativa e c) Director Académico
f i n a n c e i r a do ISCIM de acordo com plano de
actividades e orçamento aprovados pela Entidade d) Coordenadores de Curso.
Instituidora; 2. O Director-Geral pode convidar a participar nas sessões do
c) Aprovar os planos de estudo dos cursos de graduação e Conselho, sem direito a voto, outras entidades cuja contribuição
pós-graduação, ouvido o Conselho Científico- possa ser considerada útil em função dos pontos específicos da
-Pedagógico; agenda.
d) Propor ao Conselho de Administração a criação,
ARTIGO 1 7
modificação, suspensão ou extinção de cursos;
e) Promover a investigação científica e a constante elevação (Funcionamento)
da qualidade do ensino ministrado na instituição; 1. O Conselho Científico-Pedagógico é presidido pelo Director-
f ) Nomear, conferir posse e exonerar os quadros de -Geral e reúne-se ordinariamente de três em três meses e
Coordenação, Direcção e Chefia da instituição; extraordinariamente sempre que necessário.
g) Exercer a acção disciplinar sobre os corpos docente e 2. As deliberações do Conselho Científico-Pedagógico são
discente; registadas em acta que depois de lida e aprovada será assinada
h) Propor ao Conselho de Administração os regulamentos pelo Director-Geral por quem ti ver secretariado a reunião.
dos quadros de pessoal relativos ao corpo docente e
as respectivas tabelas de remuneração; ARTIGO 1 8
i) Assinar os diplomas que conferem graus académicos; (Competências)
j) Conferir títulos honoríficos, ouvido o Conselho de
1. São competências do Conselho Científico-Pedagógico:
Administração;
a) Definir as linhas orientadoras das políticas a prosseguir
k) Conceder equivalencia de estudos feitos em outras
pelo ISCIM nos domínios do ensino, da investigação,
Instituições de Ensino Superior para efeitos de
da extensão cultural e da prestação de serviços à
prossecução de estudos na instituição, ouvido o
comunidade, tendo em consideração as recomendações
Conselho Científico-Pedagógico;
do C o n s e l h o de Administração e do Conselho
l) Assegurar a elaboração do plano de actividades e
Consultivo, submetendo-às, através do Director-Geral,
orçamentos de funcionamento e de investimento e
à homologação da entidade instituidora;
p r o c e d e r à sua a p r e s e n t a ç ã o ao C o n s e l h o de
Administração; b) Organizar, em colaboração com os restantes órgãos,
m) Submeter à Entidade Instituidora o relatório anual do conferências, seminários e outras actividades de
ISCIM; interesse científico e pedagógico;
n) Participar na gestão do orçamento de funcionamento da c) Elaborar propostas relativas ao funcionamento da
instituição; biblioteca e centros de recursos educativos;
o) Zelar pela actualização e aplicação das normas e dos d) Promover acções de formação pedagógica;
regulamentos do ISCIM, bem como propor as eventuais e) Coordenar a avaliação do desempenho pedagógico dos
emendas ao Conselho de Administração; docentes;
p) Submeter à aprovação do Conselho de Administração f ) Promover a realização de novas experiências pedagógicas
projectos de contratos, acordos ou protocolos a e propor acções tendentes à melhoria do ensino;
celebrar com entidades públicas ou privadas, nacionais g) Dar parecer sobre o calendário escolar, horários de aulas
ou estrangeiras; e mapas das provas de avaliação;
q) Outorgar os contratos, acordos ou protocolos com h) Pronunciar se sobre a contratação de docentes para os
e n t i d a d e s públicas ou p r i v a d a s , n a c i o n a i s ou
cursos leccionados no ISCIM;
e s t r a n g e i r a s , após a p r o v a ç ã o do C o n s e l h o de
i) Aprovar a distribuição anual do serviço docente;
Administração;
r) Informar o Conselho de Administração sobre os factos j) Aprovar os regulamentos de frequência, avaliação,
ou ocorrências que possam pôr em causa o prestígio transição de ano e precedências, no quadro da
do ISCIM ou a qualidade do ensino nele ministrado; legislação aplicável;
s) Praticar os demais actos que os presentes estatutos e os k) Deliberar sobre a concessão de equivalências de acordo
Regulamentos do ISCIM remeterem à sua competência. com o previsto na lei;
l) Propor a aquisição de equipamentos científicos e de
SECÇÃO IV material didáctico e bibliográfico;
Conselho Científico-Pedagógico m) Propor a criação de novos cursos e a suspensão,
reformulação ou extinção dos cursos existentes;
ARTIGO 1 5
n) Apreciar e submeter à aprovação os planos de estudo, de
(Definição) investigação e de prestação de serviços à comunidade;
O Conselho Científico-Pedagógico é o órgão que delibera o) Aprovar normas relativas à orientação pedagógica e ao
sobre matérias de natureza científico-pedagógicas e coordena o d e s e n v o l v i m e n t o do p r o c e s s o de ensino e
processo de ensino-aprendizagem, investigação e extensão. aprendizagem;
p) Aprovar os regulamentos conducentes ao grau de Mestre ARTIGO 2 2

e de Doutoramento; (Cursos de graduação)


q) Aprovar a composição dos júris de Mestrado; 1. Os cursos de graduação são unidades estruturais de ensino,
r) Apreciar o relatório de actividades referente ao semestre organizados de modo a fornecer conhecimentos teóricos e práticos
e ano anterior; conducentes à obtenção final dos graus académicos de bacharel
s) Aprovar o regulamento pedagógico; e licenciado numa área autonomizada do saber.
t) Adoptar medidas com vista à melhoria da qualidade do 2. As c o n d i ç õ e s de acesso aos cursos de g r a d u a ç ã o são
ensino, sucesso educativo e à integração dos futuros estabelecidas no regulamento pedagógico.
graduados na vida activa;
ARTIGO 2 3
u) Praticar os demais actos que os presentes estatutos e os
(Estruturação)
regulamentos do ISCIM entregarem à sua competência.
2. O regulamento interno do Conselho Cientifico-Pedagógico 1. Os cursos de graduação estruturam-se em órgãos.
é aprovado pelo Director-Geral do ISCIM. 2. São órgãos do curso de graduação:
SECÇÃO V a) Coordenador do curso;.
Conselho Consultivo b) Conselho do curso.

ARTIGO 19
ARTIGO 2 4
(Definição)
(Coordenadores)
1. O Conselho Consultivo é o órgão de auscultação do ISCIM 1. Os coordenadores do curso são os garantes da observância
j u n t o da C o m u n i d a d e em geral. d a s n o r m a s c i e n t í f i c o - p e d a g ó g i c a s e a d m i n i s t r a t i v a s nos
2. O Conselho Consultivo é constituído por: respectivos cursos.
a) Presidente do Conselho de Administração; 2. Os c o o r d e n a d o r e s são n o m e a d o s pelo Director-Geral,
ouvido o Director Pedagógico.
b) Director-Geral;
c) Director Pedagógico; ARTIGO 2 5

d) U m representante dos docentes; (Competências)

e) U m representante dos estudantes; São competências do Coordenador de curso:


f) Até dez personalidades ligadas a sectores culturais, a) Definir as técnicas pedagógicas, os métodos de ensino e
científicos, profissionais e económicos, de reconhecido os m a t e r i a i s n e c e s s á r i o s , a c o n s e l h á v e i s para as
prestígio, convidadas pelo Presidente do Conselho de actividades lectivas e de investigação;
Administração, ouvido o Conselho de Administração. b) A p r e s e n t a r ao C o n s e l h o C i e n t i f i c o - P e d a g ó g i c o as
3. O Presidente do Conselho de Administração pode convidar propostas de alteração do plano de estudos, tabela de
a participar nas sessões outras individualidades. equivalências e precedências;
c) O r i e n t a r a e l a b o r a ç ã o , r e v i s ã o e/ou a l t e r a ç ã o d o s
4. O Conselho Consultivo reúne-se ordinariamente uma vez
programas temáticos e analíticos de cada disciplina,
por ano e extraordinariamente sempre que necessário. assegurando a sua interdisciplinaridade;

ARTIGO 20 d) F a z e r c u m p r i r as n o r m a s g e r a i s d e a v a l i a ç ã o de
(Funções do Conselho Consultivo) c o n h e c i m e n t o s , d e a c o r d o c o m o d i s p o s t o no
Regulamento Pedagógico;
1. São funções do Conselho Consultivo:
e) Dar parecer sobre os questionários das provas de exame
a) Fomentar uma relação permanente entre as actividadés referentes a cada disciplina do respectivo curso;
da instituição e a comunidade; f) C o l a b o r a r na p r e p a r a ç ã o e a c o m p a n h a m e n t o d a s
b) P r o n u n c i a r - s e s o b r e todos os a s s u n t o s q u e f o r e m actividades extracurriculares;
submetidos à sua apreciação no âmbito da ligação g) Orientar as actividades de investigação científica;
escola-comunidade;
h)Participar no processo de recrutamento e selecção do
c) Praticar os demais actos que os presentes Estatutos e os corpo docente;
Regulamentos do ISCIM remeterem à sua competência.
i) Colaborar no processo de formação dos docentes;
2. As propostas do Conselho Consultivo não têm carácter j) Proceder à avaliação do desempenho do respectivo corpo
vinculativo. docente;
CAPÍTULO III k) Colaborar na coordenação dos cursos de pós-graduação;
l) Dar parecer sobre a c o n c e s s ã o de equivalências de
(Órgãos sectoriais)
estudos;
ARTIGO 2 1 m) Proceder e colaborar no processo de elaboração, análise
(Cursos) e conclusões relativas a inquéritos estatísticos
submetidos à Comunidade Académico;
Os cursos classificam-se em:
n) Velar pelo cumprimento dos regulamentos e normas em
a) Cursos de graduação; vigor;
b) Cursos de pós-graduação; o) Praticar os demais actos que os presentes Estatutos e os
c) Cursos de especialização. regulamentos em vigor submeterem à sua competência.
ARTIGO 2 6 2. Os recursos financeiros do ISCIM são provenientes de:
(Cursos de pós-graduação) a) Receitas resultantes do pagamento de propinas, taxas,
Os cursos de pós-graduação são níveis de ensino que se bem como de outros emolumentos;
destinam a proporcionar formação científica e cultural conducente b) Receitas relativas a prestação de serviços;
à obtenção do grau final de Mestre ou Doutor. c) Dotações concedidas pela entidade instituidora com base
ARTIGO 2 7
nos plano de actividades e orçamento que anualmente
lhe são apresentados;
(Cursos de especialização e actualização)
d) Subsídios de entidades privadas ou públicas;
1. Os cursos de especialização e actualização são níveis de
ensino que se destinam a proporcionar formação circunscrita a e) Outros.
um d e t e r m i n a d o ramo do saber, c o n f e r i n d o grau final de
ARTIGO 3 3
especialista.
(Regime financeiro)
2. Os cursos de especialização e actualização podem ser
ministrados autonomamente ou em cooperação com outras 1. O orçamento ordinário do ISCIM é elaborado nos termos
instituições. dos presentes Estatutos e dos estatutos da Entidade Instituidora
3. Os objectivos, os planos de estudos, os programas, os e submetido à Entidade Instituidora para aprovação.
métodos de ensino e avaliação de conhecimentos e outras normas
2. Quando necessário, poderão ser propostos orçamentos
de natureza pedagógica, são objecto de regulamento próprio
aprovado pelo Conselho Científico-Pedagógico. correctivos extraordinários.
3. As contas são prestadas anualmente à Entidade Instituidora.
ARTIGO 2 8
4. O regime financeiro corresponde ao ano civil.
(Conselho de curso)
O Conselho de curso é o órgão que apoia o coordenador do CAPÍTULO V
curso no exercício das suas competências. Graus e Diplomas

ARTIGO 2 9 ARTIGO 3 4

(Composição) (Graus)
O conselho de curso é composto por: O ISCIM confere os graus de Bacharel, Licenciado, Mestre e
a) Coordenador do curso; Doutor a aqueles que concluam os respectivos cursos nos
b) Secretário Académico; respectivos níveis de graduação ou pós-graduação.
c) D o c e n t e s do r e s p e c t i v o c u r s o c o n v i d a d o s p e l o
ARTIGO 3 5
Coordenador.
(Diplomas)
ARTIGO 3 0 1. Para atestar o grau obtido, o ISCIM confere os respectivos
(Funcionamento) diplomas.
1. O c o n s e l h o de c u r s o é c o n v o c a d o e p r e s i d i d o pelo 2. Os diplomas são assinados pelo Director-Geral e pelo
coordenador do curso. coordenador do respectivo curso.
2. O conselho de curso reúne-se ordinariamente uma vez por
ARTIGO 3 6
semestre e extraordinariamente sempre que for necessário.
(Certificados)
ARTIGO 3 1
1. Para cursos não conducentes à obtenção dos graus de
(Competências)
Bacharel, Licenciado, Mestre e Doutor, serão emitidos
Compete ao conselho de curso: certificados.
a) Elaborar propostas de revisão e/ou alteração do plano de 2. Os certificados são assinados pelo Director-Geral e pelo
estudos, tabela de equivalências e precedências; responsável do respectivo curso.
b) Propor medidas que visem a melhoria da qualidade do
ensino, com vista ao sucesso educativo e à integração CAPÍTULO VI
dos futuros graduados na vida activa;
Disposições Finais
c) Elaborar o relatório de actividades do respectivo curso;
d) Acompanhar, no respectivo curso, a observância das ARTIGO 3 7
normas vigentes no âmbito científico-pedagógico; (Símbolos)
e) Praticar os demais actos que os presentes estatutos e os
regulamentos remeterem à sua competência. 1. Constituem símbolos do ISCIM:
a) A bandeira;
CAPÍTULO IV
b) O logotipo;
Regime Patrimonial e Económico Financeiro
c) O lema.
ARTIGO 3 2
2. O Instituto Superior de C o m u n i c a ç ã o e I m a g e m de
(Património)
Moçambique usa o logotipo ISCIM.
1. O património do ISCIM é parte integrante do património da
3. A descrição e o uso dos símbolos do ISCIM constam de
Entidade Instituidora de Ensino, constituído pelo conjunto dos
bens e direitos que lhe são atribuídos. regulamento próprio
Decreton.o63/2008 2. Para efeitos de incidência do imposto, consideram-se
residentes na Autarquia as pessoas que aí tenham domicílio fiscal.
de 30 de Dezembro
3. Os n o v o s residentes na Autarquia ficam sujeitos ao
Havendo necessidade de regulamentar o sistema tributário pagamento de imposto na nova Autarquia, desde que não provem
autárquico definido na Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, no uso da ter satisfeito a obrigação no local onde anteriormente estavam
competência atribuída pelo n.° 2 do artigo 51, conjugado com o domiciliados.
artigo 85, ambos da mesma Lei, o Conselho de Ministros decreta: 4. O Imposto Pessoal Autárquico substitui, nas Autarquias, o
Imposto de Reconstrução Nacional.
Artigo 1. É aprovado o Código Tributário Autárquico, anexo
ao presente Decreto, dele fazendo parte integrante. ARTIGO 4

(Início da sujeição a imposto)


Art. 2. É revogado o Decreto n.° 52/2000, de 21 de Dezembro,
e todas as disposições e demais legislação que contrariem o 1. Os novos residentes na Autarquia ficam sujeitos ao imposto
presente Decreto. a partir do ano seguinte àquele em que nela fixarem residência,
salvaguardando o disposto no n.° 2 do presente artigo.
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 16 de Dezembro
2. O d i s p o s t o no n ú m e r o anterior fica c o n d i c i o n a d o à
de 2008. apresentação de prova de satisfação da obrigação do mesmo
Publique-se. imposto ou do Imposto de Reconstrução Nacional previsto no
Decreto n.° 4/87, de 30 de Janeiro, no local do domicílio anterior,
A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo. ou da respectiva isenção, q u a n d o residentes no território
nacional.
3. Não sendo apresentada a prova a que se refere número
Código Tributário Autárquico
anterior, será o imposto correspondente liquidado e cobrado como
CAPÍTULO I remisso na Autarquia da residência actual.

Disposições Gerais SECÇÃO II

ARTIGO 1
Isenções
(Âmbito de aplicação) ARTIGO 5

O presente Código aplica-se aos residentes das Autarquias, (Isenções)


sujeitos aos impostos e taxas autárquicas aprovados pela 1. Estão isentos do Imposto Pessoal Autárquico, nos termos
Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro. da Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro:
a) Os indivíduos que, por debilidade, doença ou deformidade
ARTIGO 2 física, e s t e j a m t e m p o r á r i a ou p e r m a n e n t e m e n t e
(Impostos e taxas autárquicas) incapacitados de trabalhar;
1. O Sistema Tributário Autárquico, aprovado pela Lei n.°1/ b) Os cidadãos no cumprimento do Serviço Militar Efectivo
/2008, de 16 de Janeiro, compreende os seguintes impostos e Normal, compreendendo o ano da incorporação e o
taxas: ano da passagem à disponibilidade;
c) Os estudantes que frequentem, em regime de tempo inteiro,
a) Imposto Pessoal Autárquico;
curso de nível médio ou superior, abrangendo o ano
b) Imposto Predial Autárquico;
em que perde essa qualidade, até completarem 21 ou 25
c) Imposto Autárquico de Veículos; anos de idade, respectivamente, consoante se trate do
d) Imposto Autárquico de Sisa; ensino médio ou superior, incluindo os estudantes
e) Contribuição de Melhorias; moçambicanos no estrangeiro;
f ) T a x a s por Licenças C o n c e d i d a s e por Actividade d) Os pensionistas do Estado, das Autarquias, da Segurança
Económica; Social ou de outras formas de pensão, quando não
tenham outros rendimentos além das respectivas
g) Tarifas pela Prestação de Serviços.
pensões;
2. Os impostos e taxas referidos rias alíneas do número anterior
e) Os e s t r a n g e i r o s ao serviço d o país da respectiva
são regulados no presente Código.
n a c i o n a l i d a d e , q u a n d o h a j a r e c i p r o c i d a d e de
tratamento.
CAPÍTULO II
2. Para o efectivo gozo das isenções previstas no n.° 1 deste
Imposto Pessoal Autárquico a r t i g o , os i n t e r e s s a d o s d e v e m r e q u e r e r o r e s p e c t i v o
reconhecimento ao Presidente do Conselho Municipal ou de
SECÇÃO I
Povoação.
Incidência
ARTIGO 6

ARTIGO 3 (Isenções excepcionais)


(Sujeito passivo) De acordo com o n.° 2 do artigo 53 da Lei n.° 1/2008, de 16 de
1. De acordo com a Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, são sujeitos Janeiro, compete à Assembleia Municipal ou de Povoação,
passivos do Imposto Pessoal Autárquico todas as pessoas m e d i a n t e p r o p o s t a do E x e c u t i v o A u t á r q u i c o , i s e n t a r
nacionais ou estrangeiras, residentes na respectiva Autarquia, temporariamente do pagamento do Imposto Pessoal Autárquico
quando tenham entre 18 e 60 anos de idade e para elas se os contribuintes que, devido a calamidades naturais ou outras
verifiquem as circunstâncias de ocupação, aptidão para o trabalho circunstâncias excepcionais, não se encontrem em condições de
e demais condições estabelecidas neste Capítulo. o satisfazer em determinado ano.
ARTIGO 7 t e n d o por b a s e o c a d a s t r o d o s c o n t r i b u i n t e s r e s i d e n t e s na
(Certificados de isenção) respectiva circunscrição territorial, organizado com base na
reunião dos verbetes a que se refere o artigo 15.
1. A pedido dos interessados, o Conselho Municipal ou de
2. O cadastro a que se refere o número anterior deve ser
Povoação fornece gratuitamente um certificado de isenção de
modelo próprio aos contribuintes isentos, nos termos dos artigos actualizado pelo Conselho Municipal ou de Povoação.
antecedentes. ARTIGO 1 2
2. Para a emissão do certificado de isenção, os interessados (Prazos de pagamento e designação dos agentes e locais
devem obter documento comprovativo da situação: de cobrança)
a) No caso da isenção prevista na alínea a) do n.° 1 do artigo 1. A cobrança do imposto é feita em cada Autarquia a partir do
5, junto das autoridades sanitárias competentes para o dia 2 de Janeiro de cada ano, pelas taxas fixadas para a área em
efeito;
que for pago, encerrando-se em 31 de Dezembro.
b) No caso de isenção prevista na alínea b) do n.° 1 do artigo
2. Para efeitos do disposto no número anterior, c a b e aos
5, junto das entidades que efectuem o pagamento das
presidentes dos Conselhos Municipais ou de Povoação designar,
pensões;
em ordem de serviço, os agentes competentes para efectuar a
c) No caso das isenções previstas na alínea c), do artigo 5
cobrança de imposto, e os correspondentes locais de pagamento,
junto do respectivo estabelecimento de ensino ou do
no território de cada Autarquia.
Ministério da Educação e Cultura;
d) No caso referido na alínea e) do n.° 1 do artigo 5, junto do ARTIGO 1 3
Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação. (Criação de postos móveis de cobrança)
3. E dispensada a emissão do certificado de isenção no caso
da alínea b) do n.° 1 do artigo 5. 1. A fim de facilitar as operações de cobrança do imposto, os
Conselhos Municipais ou de Povoação promovem, sempre que
SECÇÃO III possível, a criação de postos móveis nas respectivas áreas.
Taxas 2. A criação de tais postos é determinada em ordem de serviço,
do presidente do Conselho Municipal ou de Povoação, com
ARTIGO 8 indicação dos dias e locais de funcionamento, do que se faz a
(Taxas) devida publicidade pelos meios mais eficazes.
1. A s t a x a s do I m p o s t o P e s s o a l A u t á r q u i c o a v i g o r a r
ARTIGO 1 4
anualmente em cada Autarquia, fixadas na Lei n.° 1/2008, de 16 de
Janeiro, são as seguintes: (Formas de participação da comunidade)

a) 4% para as Autarquias de nível A; 1. Cabe aos Conselhos Municipais ou de Povoação promover


b) 3% para as Autarquias de nível B; formas adequadas de participação da comunidade nas operações
c) 2% para as Autarquias de nível C; de lançamento e cobrança do imposto, incluindo a celebração de
acordos com as entidades empregadoras, nos casos em que a
d) 1% para as Autarquias de povoações e vilas de nível D.
natureza e a dimensão do centro de trabalho possibilitem ou
2. O valor do Imposto Pessoal Autárquico é determinado recomendem a utilização de mecanismos de retenção na fonte,
através da aplicação das taxas indicadas no número anterior, ou o estabelecimento de postos móveis de cobrança.
conforme a classificação das Autarquias, sobre o salário mínimo,
2. N o caso dos contribuintes do Imposto Pessoal Autárquico
nacional mais elevado, em vigor em 30 de Junho do ano anterior.
que o sejam simultaneamente do Imposto sobre o Rendimento
ARTIGO 9
das Pessoas Singulares - Primeira Categoria, a cobrança do
imposto é feita por desconto sobre os respectivos vencimentos
(Taxas para pagamento em espécie)
ou salários, a processar pela entidade empregadora.
Nos casos em que a Assembleia Municipal deliberar que o
3. Tratando-se de trabalhadores c u j o salário é pago pêlo
p a g a m e n t o do i m p o s t o possa f a z e r - s e em espécie, a
Orçamento do Estado, o desconto é efectuado de conformidade
correspondente deliberação, a promover nos prazos e segundo
com o estabelecido para o Imposto de Reconstrução Nacional.
os critérios e n u n c i a d o s no artigo anterior, d e v e indicar as
correspondentes equivalências a observar, com expedição dos 4. Compete às assembleias municipais deliberar sobre as formas
produtos cuja entrega possa ser aceite em quitação da obrigação de participação das comunidades na cobrança deste imposto,
do imposto. bem c o m o as regras a observar por parte das entidades patronais
para o cumprimento do disposto no n.° 2 deste artigo.
ARTIGO 1 0

(Formas de publicação) ARTIGO 1 5

(Verbetes de lançamento)
Incumbe ao Conselho Municipal ou de Povoação assegurar
adequada publicidade das taxas aprovadas, nomeadamente com 1. N o a c t o d o p a g a m e n t o do i m p o s t o , é e n t r e g u e a o s
afixação de editais nos locais públicos do costume e publicações contribuintes que o efectuem pela primeira vez, para
no jornal mais lido na respectiva Autarquia. preenchimento, um verbete de modelo próprio, do qual consta o
nome completo do contribuinte e o respectivo domicílio, ocupação
SECÇÃO IV
e idade.
Lançamento e cobrança
2. Os verbetes, depois de d e v i d a m e n t e preenchidos, são
ARTIGO 1 1 numerados e arquivados pelos serviços que tenham a seu cargo
(Responsabilidade pelo lançamento do imposto e cadastro o lançamento do imposto, ficando organizados alfabeticamente
dos contribuintes) por postos administrativos, localidades ou bairros de residência,
1. C o m p e t e às autoridades administrativas das Autarquias, ou outra forma de organização administrativa do município ou
proceder ao lançamento do imposto, que é feito por anos civis, povoação.
3. No verso do verbete é anotado, no lugar próprio para o 2. Para efeitos do disposto neste artigo, as contas de
efeito indicado, o número de conhecimento e o ano a que respeita responsabilidade remetidas pelos exactores para julgamento
a cobrança, com aposição da rubrica do funcionário que arrecadar documentam o movimento de conhecimentos e de numerário, em
o imposto e o carimbo de caixa em uso. conta corrente referidas a cada um dos locais de cobrança, durante
4. O preenchimento dos verbetes, no caso de contribuintes o período a que respeitar a respectiva gerência.
analfabetos, é efectuado pelo funcionário para o efeito designado, 3. O julgamento das contas abrange a responsabilidade do
que deve estar sempre presente no local de cobrança para prestar respectivo exactor principal, pela receita global do imposto e,
os esclarecimentos necessários aos contribuintes. solidariamente, a dos responsáveis por cada um dos locais de
5. Os verbetes a que se refere o presente artigo, devidamente cobrança que hajam sido constituídos, limitada ao valor dos
arquivados, constituem o ficheiro geral dos contribuintes em conhecimentos de seu débito.
cada Autarquia.
ARTIGO 2 1
ARTIGO 1 6 (Regras de escrituração)
(Conhecimentos de cobrança)
1. A escrituração do imposto arrecadado em cada um dos locais
1. O pagamento do imposto é efectuado contra a entrega ao de cobrança é da responsabilidade dos respectivos exactores e é
contribuinte, ou a quem o representar, de um conhecimento, feita de harmonia com as instruções regulamentares em vigor.
conforme o modelo aprovado.
2. Os serviços de tesouraria da Autarquia mantêm em dia,
2. Os conhecimentos do imposto remisso são de modelo igual relativamente a cada exactor, as contas correntes a que se refere
ao referido no número anterior, mas terão impresso ao centro um o artigo anterior, e nelas se escriturarão:
R, em cor diferente, ou outra forma de diferenciação, incluindo
a) A débito, o valor dos conhecimentos entregues nos
por via informática.
termos do n.° 1 do artigo 32;
ARTIGO 1 7 b) A crédito, o montante das receitas entregues e o valor
(Contribuintes remissos) dos conhecimentos devolvidos, nos termos dos
artigos 25 e 26, respectivamente.
Sobre as dívidas do imposto que não forem pagas dentro do
respectivo ano, acresce-se ao valor do imposto determinado pela ARTIGO 2 2
taxa normal, devida em cada Autarquia, uma taxa de 2%, a título
(Mudanças de exactores)
de juros de mora.
A mudança do exactor implica necessariamente balanço de
ARTIGO 1 8 conferência e transição dos conhecimentos e demais valores em
(Exigência da prova de pagamento no ano anterior) cofre, sendo uma cópia do balanço remetida aos serviços de
1. Nenhum contribuinte pode efectuar o pagamento do tesouraria da Autarquia, para confronto com o saldo da respectiva
imposto do ano em curso sem que se mostre pago o imposto do conta corrente e anotação.
ano anterior. ARTIGO 2 3
2. O imposto de qualquer ano em atraso é sempre cobrado (Conhecimentos na posse dos exactores)
como remisso, nos termos do artigo anterior, anotando-se o facto
Para efeitos do disposto nos artigos anteriores, o débito
no verso do respectivo verbete.
efectuado pelo fornecimento dos conhecimentos nos termos
SECÇÃO V
do n.° 1 do artigo 32 tem o valor numerário a ordem do respectivo
exactor.
Escrituração e e n t r e g a d a s receitas d o imposto

ARTIGO 2 4
ARTIGO 1 9
(Entrega das receitas arrecadadas)
(Designação de um responsável único)
1. Em cada Autarquia é designado um responsável único que 1. Das receitas do imposto arrecadado em cada um dos locais
actua como orientador e fiscal das operações de lançamento e de cobrança constituídos nos termos do artigo 13 e seguintes, é
cobrança do imposto na respectiva área territorial e que fica como feita entrega centralizada, diária ou semanal, consoante as
exactor perante a Fazenda Nacional, respondendo pelo valor dos circunstâncias, na tesouraria da respectiva Autarquia, até ao
conhecimentos que lhe forem fornecidos e pelos fundos dia 20 do mês seguinte aquele em que a cobrança tiver sido
provenientes da colecta do imposto. realizada.
2. A designação prevista no número anterior compete 2. A entrega é processada pelo exactor principal, designado
exclusivamente ao Presidente do respectivo Conselho Municipal nos termos do n.° 1 do artigo 19.
ou de Povoação. 3. Os f u n c i o n á r i o s ou a g e n t e s q u e em cada posto
3. Nos postos administrativos, localidades e bairros é exactor administrativo, localidade ou bairro tenham a seu cargo as
o funcionário ou agente para ó efeito designado em ordem de operações de cobrança do imposto, entregam ou enviam, com a
serviço do Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação. devida segurança, ao exactor principal da respectiva Autarquia,
ARTIGO 2 0
o produto da c o b r a n ç a realizada no mês anterior, com
antecedência necessária ao cumprimento do prazo fixado
(Contas de responsabilidade dos exactores)
no n.° 1.
1. Os serviços competentes da Autarquia organizam, sob
superintendência directa do Presidente do respectivo Conselho ARTIGO 2 5

Municipal ou de Povoação, contas correntes, de modelo próprio, (Entrega e destruição dos conhecimentos não utilizados)
relativamente a cada um dos exactores constituídos nos termos
1. Até 31 de Dezembro de cada ano, no acto da última entrega
do artigo anterior, os quais respondem perante a Autarquia e
das receitas arrecadadas no respectivo ano, é feita devolução
perante a Fazenda Nacional, pelo valor dos conhecimentos que
dos conhecimentos de cobrança não utilizados durante o ano,
lhes tiverem sido distribuídos, enquanto não os devolverem ou
acompanhados de guia em quadruplicado de modelo próprio.
entregarem as importâncias que representam.
2. Os responsáveis de cada posto de cobrança restituem b) Tenha havido duplicação de pagamento ou pagamento
igualmente ao exactor principal, no acto da última entrega ou da por taxa superior à devida.
r e m e s s a da r e c e i t a c o b r a d a no m ê s de D e z e m b r o , os 3. As importâncias a restituir aos contribuintes são as
conhecimentos que tenham sido confiados à sua guarda e não correspondentes ao valor indevidamente pago.
hajam sido utilizados na cobrança no ano a que respeitarem. 4. A restituição motivada por duplicação de pagamento do
3. Os conhecimentos devolvidos são levados a crédito dos imposto com dois conhecimentos de cobrança do mesmo ano
exactores que os tinham à sua responsabilidade e destruídos efectuar-se pelo mais recente.
pelo fogo, em acto testemunhado pelo Presidente do Conselho
Municipal e de Povoação, dentro de trinta dias a contar da data ARTIGO 3 0

do reconhecimento, lavrando-se auto de inutilização. (Instrução e encaminhamento do pedido de restituição)

1. A restituição do imposto indevidamente pago pode ser


ARTIGO 2 6
solicitada, por escrito ou verbalmente, nos serviços competentes
(Quitação pelos valores recebidos) da Autarquia, com apresentação, de certificado de isenção,
1. O responsável dos serviços de Tesouraria em cada conhecimentos, declarações, ou qualquer outro documento que
Autarquia faz juntar ao processo de contas da responsabilidade possa comprovar o pagamento indevido.
de cada exactor certificado com a indicação das importâncias 2. Os serviços pronunciam-se sobre a procedência do pedido
representativas dos conhecimentos recebidos e devolvidos ,e e elaboram o competente parecer, mediante os elementos de prova
das receitas por ele entregues no período a que respeitar a que reunirem, indicando as entidades que devam suportar os
encargos da restituição, quando for caso disso.
prestação de contas.
3. O processo de restituição é da competência do Presidente
2. O certificado previsto neste artigo serve de documento de
do Conselho Municipal ou de Povoação.
quitação suficiente, relativamente às contas de responsabilidade
4. Os c e r t i f i c a d o s de i s e n ç ã o e o c o n h e c i m e n t o c u j a
de cada exactor.
importância não seja restituída são devolvidos ao contribuinte
logo que se torne efectiva a decisão proferida sobre o pedido de
SECÇÃO VI
restituição.
Fiscalização
ARTIGO 3 1
ARTIGO 2 7 (Obrigatoriedade de participação dos pagamentos indevidos)
(Exigência da prova de pagamento do imposto)
1. Os funcionários competentes para executar a cobrança do
1. É obrigatória a prova do pagamento do Imposto Pessoal i m p o s t o d e v e m p a r t i c i p a r os p a g a m e n t o s indevidos que
Autárquico relativo ao ano anterior ou da sua isenção sempre oficiosamente chegaram ao seu conhecimento, promovendo a
que quaisquer autoridades o exijam. restituição pelas formalidades fixadas no artigo anterior
2. A prova de p a g a m e n t o faz-se pela apresentação do 2. A participação interrompe o prazo fixado no n.° 1 do
respectivo conhecimento de cobrança e a prova de isenção pela artigo 29.
exibição do competente certificado.
SECÇÃO VIII
3. Em todos os serviços e departamentos do Estado e das
Disposições diversas
Autarquias, com excepção dos hospitais, escolas e serviços de
assistência, deve ser negado andamento a qualquer pretensão, ARTIGO 3 2
enquanto o contribuinte nâo fizer a prova a que alude o presente (Conhecimento de cobrança)
artigo.
1. Os conhecimentos de cobrança do imposto são fornecidos
ARTIGO 2 8
às entidades responsáveis pelas operações de lançamento e
cobrança em cadernetas de cem exemplares, de cores diferentes
(Declarações comprovativas de desobrigação do imposto)
para cada ano, intercalados com folhas que constituem, por meio
Em f a c e dos verbetes m e n c i o n a d o s no artigo 15 e do de decalque, duplicado para arquivo, mediante requisição de
competente averbamento do pagamento do imposto, é passada modelo próprio.
d e c l a r a ç ã o , de m o d e l o p r ó p r i o , d e v i d a m e n t e assinada e
2. Os conhecimentos de cobrança e os respectivos duplicados
a u t e n t i c a d a pela a u t o r i d a d e a d m i n i s t r a t i v a c o m p e t e n t e , são numerados por séries, de 1 a 10 000, correspondendo uma
comprovativa da desobrigação do imposto, aos contribuintes letra ou grupo de letras a cada série, podendo o número indicado
que não possam apresentar a prova referida no artigo anterior. ser reduzido quando se reconhecer que é suficiente, menor
quantidade para a cobrança de determinada taxa.
SECÇÃO VII
3. Os duplicados, que se mantêm na caderneta respectiva,
Reclamações e recursos servem para descarga do pagamento do imposto nos verbetes a
ARTIGO 2 9 que se refere o artigo 15 e fiscalização das cobranças efectuadas.
(Restituição do imposto indevidamente pago)
ARTIGO 3 3

1. O Imposto Pessoal Autárquico indevidamente pago deve (Especial responsabilidade do presidente do Conselho
ser total ou parcialmente restituído no prazo de cinco anos que Municipal ou de Povoação)
se seguirem ao da cobrança, oficiosamente ou a pedido dos 1. Cabe especialmente ao Presidente do Conselho Municipal
interessados. ou de Povoação assegurar que a produção das cadernetas de
conhecimento de cobrança do imposto tenha lugar em condições
2. Considera-se indevidamente pago o imposto quando:
de segurança adequadas e em tempo oportuno de modo a não
a) Tenha sido pago por indivíduos a ele não sujeitos ou atrasar as operações de lançamento do imposto a partir de 2 de
deles isentos; Janeiro de cada ano, nos termos previstos no artigo 12.
2. O Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação é ARTIGO 3 7

competente para expedir, instruções mais detalhadas relativas (Classificação dos prédios sujeitos a impostos)
aos procedimentos a adoptar em matéria de adjudicação dos
1. Para efeitos de avaliação e graduação das taxas do imposto,
trabalhos de confecção dos conhecimentos de cobrança, seu os prédios sujeitos ao Imposto Predial Autárquico classificam-
manuseamento, conservação e guarda em condições que se em:
assegurem necessária transparência e segurança nas operações
a) Habitacionais;
de lançamento e cobrança do imposto, cie acordo com os
b) Comerciais, industriais ou para o exercício de actividades
procedimentos gerais sobre contratação de serviços do Estado.
profissionais independentes, bem como os destinados
a outros fins.
ARTIGO 3 4

(Afectação de receitas para remuneração)


2. Habitacionais, comerciais, industriais ou para o exercício de
actividades profissionais independentes são os edifícios ou
E autorizado ao Conselho Municipal ou de Povoação a fixar a construções para tal licenciados ou, na falta de licença, que
percentagem do imposto arrecadado, não podendo a mesma tenham como destino normal o exercício das correspondentes
exceder 10% da respectiva colecta, destinada a remunerar os actividades, bem como os destinados a outros fins.
funcionários ou agentes que participem nas actividades de
lançamento e cobrança do imposto, estabelecendo os respectivos ARTIGO 3 8

critérios. (Início da sujeição)

O Imposto Predial Autárquico aplica-se aos prédios urbanos,


CAPÍTULO III
conforme definido no artigo 60 da Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro,
Imposto Predial Autárquico e é devido pelos seus proprietários a partir:

SECÇÃO I
a) Do ano de conclusão das obras de edificação, se ocorrer
até 30 de Junho;
Incidência
b) Do ano de conclusão de melhoramentos dos edifícios ou
ARTIGO 3 5 de outras alterações que hajam determinado a variação
Incidência objectiva do valor tributário do prédio, ou da respectiva
classificação, quando qualquer destes factos tenha
1. De acordo com a Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, o Imposto
Predial Autárquico incide sobre o valor patrimonial dos prédios ocorrido até 30 de Junho;
urbanos situados no território da respectiva Autarquia. c) Do ano seguinte à verificação dos factos descritos nas
2. O valor patrimonial dos prédios urbanos, a que se refere alíneas anteriores, quando estes se tenham verificado
número anterior, é o constante nas matrizes prediais e, na falta posteriormente a 30 de Junho;
destas, o valor declarado pelo proprietário, a não ser que se d) Do ano seguinte ao termo da situação de isenção, quando
afaste do preço normal do mercado. seja o caso.
3. Constitui prédio urbano, qualquer edifício incorporado no
solo com os terrenos que lhes sirvam de logradouro. ARTIGO 3 9

4. Os edifícios ou construções, ainda que móveis por natureza, (Data da conclusão dos prédios urbanos)
são considerados como tendo carácter de permanência quando
1. Os prédios urbanos presumem-se concluídos ou modificados
se acharem assentes no mesmo local por um período superior a
na mais antiga das seguintes datas:
seis meses.
a) De concessão da licença de habitação ou utilização
5. Para determinação do preço normal de mercado, os órgãos
c o m p e t e n t e s da A u t a r q u i a devem p r o m o v e r acções de quando exigível;
c o m p r o v a ç ã o e fiscalização, considerando as operações b) De apresentação da declaração para inscrição na matriz;
realizadas entre compradores e vendedores independentes, dos c) De verificação da utilização do prédio, desde que a título
prédios com características semelhantes, tais como antiguidade, não precário;
dimensão e localização. d) Em que se tenha tornado possível a normal utilização do
prédio para os fins a que se destina.
ARTIGO 3 6
2. O Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação fixa
(Incidência subjectiva) por despacho fundamentado, a data da conclusão ou modificação
1. De acordo com a Lei n.°1/2008,de 16 de Janeiro, o Imposto dos prédios urbanos, nos casos não previstos no número anterior,
Predial Autárquico incide sobre os titulares do direito de a determinar, com base em elementos de que disponha,
propriedade a 31 de Dezembro do ano anterior a que o mesmo designadamente os fornecidos pela fiscalização, pelos serviços
respeita, presumindo-se como tais as pessoas em nome de quem competentes de Autarquia ou resultantes de reclamação do
os mesmos se encontrem inscritos na matriz predial ou que deles contribuinte.
tenham posse a qualquer título naquela data.
SECÇÃO II
2. Nos casos de co-propriedade ou de mais de um possuidor
directo ou indirecto, o imposto é devido por qualquer um deles Isenções
sem prejuízo de direito de regresso.
ARTIGO 4 0
3. No caso de herança indivisa os sucessores são responsáveis
(Isenções)
pelo pagamento do imposto incidente sobre os imóveis que
pertenciam ao de cujus. 1. Estão isentos do Imposto Predial Autárquico, nos termos
4. A massa falida é responsável pelo pagamento do imposto da Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro:
incidente sobre os imóveis de propriedade do falido. a) O Estado;
b) As associações humanitárias e outra entidades que, sem SECÇÃO IV

intuito lucrativo, prossigam no território da Autarquia Taxas


actividade de relevante interesse público, relativamente
ARTIGO 4 4
aos prédios urbanos afectos à realização desses fins;
Taxa
c) Os Estados estrangeiros, relativamente aos prédios
1. As taxas do Imposto Predial Autárquico, fixadas na Lei n.° 1/
urbanos destinados exclusivamente à sede da missão
/2008, de 16 de Janeiro, que se aplicam ao valor patrimonial
diplomática ou consular ou à residência do chefe da determinado nos termos do artigo 43, são as seguintes:
missão d i p l o m á t i c a ou do cônsul, q u a n d o haja
a) 0,4%, quando se trate de prédios destinados à habitação;
reciprocidade de tratamento;
b) 0,7%, quando se trate de prédios destinados à actividades
d) A própria Autarquia e qualquer dos seus serviços, ainda de natureza comercial, industrial ou para exercício de
que personalizados, relativamente aos prédios que actividades profissionais independentes, bem como
para os destinados a outros fins.
integrem o respectivo património.
2. Nos casos em que o imóvel esteja destinado a mais de que
2. Os prédios urbanos construídos de novo, na parte destinada um fim, o imposto é calculado na base daquele que tenha a taxa
à habitação, ficam isentos por um período de 5 anos a contar da mais gravosa.
data da licença de habitação, de conformidade com o n.° 3 do SECÇÃO V
artigo 57 da Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro. Liquidação
3. Entende-se por prédios urbanos construídos de novo, os
ARTIGO 4 5
edifícios novos com licença de habitação em nome do proprietário.
(Competência para a liquidação)
ARTIGO 4 1
O Imposto Predial Autárquico é anualmente liquidado, pelo
(Competências para reconhecimento) respectivo Conselho Municipal ou de Povoação, com base nos
1. C o m p e t e ao P r e s i d e n t e do C o n s e l h o Municipal ou valores, constantes das matrizes prediais em 31 de Dezembro do
ano a que a mesma respeita.
de Povoação o reconhecimento das isenções previstas nas
alíneas b) e c) do n.° 1 do artigo anterior, mediante requerimento ARTIGO 4 6
dos interessados, devidamente fundamentado. (Transmissão de prédios em processo judicial)
2. Compete ao Presidente do Conselho Municipal ou de 1. Quando haja lugar a transmissão por venda judicial ou
Povoação, conceder a isenção prevista no n.° 2 do artigo anterior, administrativa, de prédios urbanos, o respectivo Presidente do
a requerimento dos interessados, juntando para o efeito a licença Conselho Municipal ou de Povoação, da situação dos mesmos,
de habitação. deve proceder à liquidação do imposto devido pelo executado e
remeter certidão do seu quantitativo, no prazo de dez dias, a
3. A isenção a conceder nos termos do número anterior não contar da data da solicitação do juiz da execução, com vista à
pode ultrapassar os cinco anos, contados a partir da data da graduação de créditos.
licença de habitação. 2. O mesmo se observa, com as necessárias adaptações, em
4. O reconhecimento das demais isenções previstas no artigo todos os demais casos de venda ou adjudicação em processo
judicial ou administrativo.
anterior é da competência do Presidente do Conselho Municipal
3. Na verificação e graduação dos créditos deve atender-se
ou de Povoação.
não só ao imposto constante da certidão a que se refere o n.° 1,
ARTIGO 4 2 mas ainda ao que deva ser liquidado até à data da venda ou
adjudicação do prédio.
(Cessação da isenção)

As isenções previstas no artigo 40 cessam no próprio ano em ARTIGO 4 7

que deixem de se verificar as circunstâncias que determinaram a (Prédios demolidos ou expropriados)


respectiva concessão nomeadamente, quando o prédio ou parte No caso de demolição ou expropriação de prédios urbanos, o
do prédio venha a ser afecto a fins diferentes dos originalmente Imposto Predial Autárquico relativo ao ano em curso é liquidado
previstos. com referência aos meses decorridos até ao início da demolição
ou até à data da expropriação.
SECÇÃO III
ARTIGO 4 8
Determinação do valor colectável
(Prédios novos)
ARTIGO 4 3
1. Relativamente aos prédios novos, o imposto liquida-se a
(Valor tributável)
partir do mês em que haja terminado a isenção temporária, caso
1. A base de tributação dos prédios urbanos sujeitos a Imposto tenha sido concedida.
Predial Autárquico é o respectivo valor patrimonial constante 2. Cada habitação ou parte de prédio novo susceptível de
das matrizes prediais e na sua falta o declarado pelo proprietário arrendamento separado é tomada autonomamente para efeitos
de determinação do valor colectável sobre que haja de incidir a
nas condições estabelecidas no n.° 2 do artigo 35.
liquidação.
2. Para determinação ou correcção do valor patrimonial 3. Na liquidação do imposto relativo a quaisquer outros
c o n s t a n t e das m a t r i z e s p r e d i a i s d e v e ser a p r o v a d o um prédios cuja isenção tenha cessado, aplica-se o disposto neste
regulamento específico de avaliações. artigo.
ARTIGO 49 ARTIGO 5 5

(Prédios omissos na matriz) (Datas de pagamento)

Q u a n d o a avaliação de prédio omisso se torne definitiva, 1. O Imposto Predial Autárquico deve ser pago em duas
liquida-se o imposto por todo o tempo durante o qual a omissão p r e s t a ç õ e s i g u a i s , c o m v e n c i m e n t o em J a n e i r o e J u n h o ,
se tenha verificado, com o limite máximo dos cinco anos civis r e s p e c t i v a m e n t e , s a l v a g u a r d a n d o o d i s p o s t o no n ú m e r o
imediatamente anteriores ao do lançamento.
seguinte.

ARTIGO 5 0
2. As prestações resultantes não podem ser inferiores a
(Modificações e beneficiações) 200,00MT, devendo as colectas até 400,00MT ser pagas de uma
só vez, no mês de Janeiro.
O valor patrimonial que acrescer em virtude de alteração em
3. Pelo não pagamento do imposto dentro dos prazos fixados
prédios já inscritos é colectado pelo imposto que lhe corresponda,
são devidos juros de mora correspondentes à taxa interbancária
desde o mês em que o aumento se verifique.
(Maibor-12 meses) acrescida de 3 pontos percentuais.
ARTIGO 5 1 ARTIGO 5 6

(Revisão oficiosa da liquidação) (Transmissão de propriedade, demolições e expropriações)

As liquidações são oficiosamente revistas: Verificando-se transmissão contratual da propriedade, e bem


assim nos casos de demolição ou expropriação a que se refere o
a) Quando; por atraso na actualização das matrizes prediais,
artigo 47, o Imposto Predial Autárquico é liquidado para cobrança
o imposto tenha sido liquidado por valor diverso do eventual a efectuar-se de uma só vez, nos seguintes prazos:
legalmente devido, ou em nome de outrem que não o
a) Até ao fim do mês posterior ao pagamento da Sisa ou da
respectivo sujeito passivo; celebração da escritura, nas transmissões contratuais
b) Em resultado de nova avaliação; de propriedade imobiliária;
c) Quando tenha havido erro de que haja resultado colecta b) Nos trinta dias subsequentes àquele em que tiverem início
de montante diferente do legalmente exigido. os trabalhos; tratando-se de demolição;
c) A n t e s da i n d e m n i z a ç ã o ter sido paga, em caso de
ARTIGO 5 2 expropriação.
(Caducidade do direito à liquidação)
ARTIGO 5 7
1. So podem ser efectuadas ou corrigidas liquidações, ainda (Prédios novos ou omissos, modificações e beneficiações)
que adicionais, nos cinco anos seguintes àquele a que o imposto
As colectas liquidadas nos termos dos artigos 49 e 50 são
respeitar.
cobradas aquando do primeiro lançamento do imposto que se
2. Do m e s m o modo, só pode proceder-se à anulação oficiosa, efectuar depois de inscritos na matriz predial os prédios novos
ainda q u e parcial, de u m a liquidação se ainda não tiverem ou omissos ou se nela se averbarem os aumentos de rendimento.
d e c o r r i d o c i n c o a n o s c o n t a d o s da d a t a de p a g a m e n t o da
ARTIGO 5 8
correspondente colecta.
(Substituição legal)
3. Não há lugar a qualquer liquidação ou anulação sempre que
1. S e f o r i n s t a u r a d a e x e c u ç ã o c o n t r a o a r r e n d a t á r i o ,
o montante a cobrar ou a restituir for inferior a 100,00MT.
subarrendatário ou sublocador, para cobrança do Imposto Predial
Autárquico, e este não se mostrar pago no fim do prazo da citação,
ARTIGO 5 3
o processo não deve prosseguir sem que ao proprietário seja
(Documentos de cobrança)
d a d o c o n h e c i m e n t o da e x e c u ç ã o em c u r s o , p o d e n d o e l e
1. Os serviços competentes da Autarquia devem proceder à
substituir-se ao executado no respectivo pagamento.
liquidação do I m p o s t o Predial A u t á r q u i c o em verbetes de
2. O proprietário que, no caso previsto no número anterior,
lançamento ou outros elementos substitutivos, adoptando os
tiver pago o imposto, pode exigir, nos termos da Lei Civil, o
procedimentos necessários para que a cobrança se efectue dentro
correspondente valor, acrescido dos juros de mora, custas e selos,
dos prazos previstos na lei.
com a primeira renda que posteriormente se vença, ou requerer
2. Nos casos em que são extraídos conhecimentos de cobrança,
que a execução continue contra o devedor.
elabora-se uma certidão, em duplicado, na qual se menciona o
3. O não p a g a m e n t o da importância a que se refere o número
número e o montante das colectas.
anterior equivale à falta de pagamento da renda, sujeitando-se a
SECÇÃO VI todas as consequências previstas na Lei Civil.
Cobrança
SECÇÃO VII
ARTIGO 5 4
Fiscalização
(Entrega dos conhecimentos e expedição dos avisos
de pagamento) ARTIGO 5 9

(Poderes de fiscalização)
Os conhecimentos de cobrança serão entregues ao recebedor
até ao dia 25 de Novembro de cada ano, devendo expedir-se O cumprimento das obrigações relativas ao Imposto Predial
durante o mês de D e z e m b r o do m e s m o ano, os avisos para Autárquico é assegurado, em geral, pela aplicação das normas
pagamento à boca do cofre. constantes da Lei n.° 2/2006, de 22 de Março.
ARTIGO 6 0 a seguir mencionados, matriculados ou registados nos serviços
(Entidades públicas) competentes no território moçambicano, ou, independentemente
de registo ou matrícula, logo que decorridos cento e oitenta dias
1. As entidades públicas ou que desempenhem funções
a contar da sua entrada no mesmo território, venham a circular ou
públicas que intervenham em actos relativos à constituição,
a ser usados em condições normais da sua utilização:
transmissão, registo ou litígio de direitos sobre prédios devem
exigir a exibição de documento comprovativo da inscrição do a) A u t o m ó v e i s l i g e i r o s e a u t o m ó v e i s p e s a d o s de
prédio na matriz ou, sendo omisso, de que foi apresentada a antiguidade menor ou igual a vinte e cinco anos;
declaração para inscrição. b) M o t o c i c l o s de passageiros com ou sem carro de
antiguidade menor ou igual a quinze anos;
2. Sempre que o cumprimento do disposto no número anterior
se mostre impossível, faz-se menção expressa do facto e das c) Aeronaves com motor de uso particular;
razões dessa impossibilidade. d) Barcos de recreio com motor de uso particular.
2. A matrícula ou o registo a que se refere o n.° 1 é o que,
ARTIGO 6 1 conforme o caso, deve ser efectuado nos serviços competentes
(Entidades fornecedoras de água, energia de viação, aviação civil, ou de marinha mercante.
e telecomunicações)
3. C o n s i d e r a m - s e p o t e n c i a l m e n t e em uso os veículos
As e n t i d a d e s f o r n e c e d o r a s de á g u a , e n e r g i a e a u t o m ó v e i s q u e c i r c u l e m pelos seus p r ó p r i o s meios ou
telecomunicações não podem efectuar quaisquer ligações sem estacionem em vias ou recintos públicos e os barcos de recreio e
que pelo requerente seja entregue uma declaração, em impresso aeronaves, desde que sejam detentores dos certificados de
próprio a ser fornecido pelo Conselho Municipal ou de Povoação, navegabilidade devidamente válidos.
na qual se identifica o prédio, fracção ou parte, o respectivo 4. Os reboques com matrícula própria estão incluídos no grupo
proprietário ou usufrutuário, se declara a situação de inscrição dos automóveis pesados referidos na alínea a) do n.° 1.
ou de omissão do prédio na matriz predial e o título de ocupação
5. O Imposto Autárquico de Veículos substitui, nas Autarquias,
do requerente.
o Imposto sobre Veículos.

S E C Ç Ã O VIII
ARTIGO 6 5
Garantias dos contribuintes (Anualidade do Imposto)

ARTIGO 6 2 O Imposto Autárquico de Veículos é devido por inteiro em


(Reclamação das matrizes) cada ano civil.

1. Os sujeitos passivos do Imposto Predial Autárquico, para


ARTIGO 6 6
além das garantias da legalidade previstas na Lei n.° 2/2006, de 22
de Março, sendo titulares de um interesse directo, pessoal e (Incidência subjectiva)

legítimo, podem consultar ou obter documento comprovativo 1. São sujeitos passivos do Imposto Predial Autárquico, nos
dos elementos constantes das inscrições matriciais. termos da Lei n.°l/2008, de 16 de Janeiro, os proprietários dos
2. As pessoas referidas no número anterior podem ainda, a veículos, quer sejam pessoas singulares ou colectivas, de direito
todo o tempo, reclamar de incorrecções nas inscrições matriciais. p ú b l i c o ou p r i v a d o , r e s i d e n t e s na respectiva A u t a r q u i a ,
presumindo-se como tais, até prova em contrário, as pessoas em
SECÇÃO IX
nome dos quais os mesmos se encontrem matriculados ou
Sanções registados.

ARTIGO 6 3 2. São também equiparados a proprietários e sujeitos à este


imposto, os locatários financeiros e os adquirentes com reserva
Os proprietários ou usufrutuários de prédios urbanos que se
de propriedade.
encontram omissos nas matrizes por falta de comunicação e
a p r e s e n t a ç ã o das declarações, para efeitos da respectiva
ARTIGO 6 7
inscrição, incorrem em multa igual ao dobro do Imposto Predial
Autárquico a liquidar em tais circunstâncias, nos termos do (Critérios para a determinação do imposto)
artigo 4 9 deste Código, ressalvas as situações de isenção O Imposto Autárquico de Veículos é determinado na base dos
previstas no n.° 3 do artigo 57, da Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro. seguintes critérios:
a) Para automóveis ligeiros - o combustível utilizado, a
CAPÍTULO IV
cilindrada do motor, a potência, a voltagem e a
Imposto Autárquico de Veículos antiguidade;
b) Para automóveis pesados - a capacidade e carga ou
SECÇÃO I
l o t a ç ã o d e p a s s a g e i r o s , s e g u n d o se trate d e
Incidência automóveis pesados de carga ou de passageiros e a
antiguidade;
ARTIGO 6 4
c) Para motociclos - a cilindrada do motor e a antiguidade;
(Veículos sujeitos à imposto)
d) Para aeronaves - o peso máximo autorizado à descolagem;
1. De acordo com a Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, o Imposto e) Para barcos de recreio - a propulsão a partir de 25 (HP), a
Autárquico de Veículos incide sobre o uso e fruição dos veículos tonelagem de arqueação bruta e a antiguidade.
SECÇÃO U 3. Os automóveis que, segundo o livrete e o título de registo,
Isenções estejam simultaneamente classificados como automóveis e barcos
de recreio ficam sujeitos às taxas da tabela I ou da Tabela IV
ARTIGO 6 8 conforme as que produzirem maior imposto.
(Isenções) 4. A alteração da cilindrada ou do combustível utilizado pelos
automóveis e motociclos, da potência, da propulsão dos barcos
As isenções ao Imposto Autárquico de Veículos estabelecidas
de recreio e, bem assim, do peso máximo autorizado à descolagem
na Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, são as seguintes: das aeronaves não implica correcção do imposto já pago
a) Os veículos a que se refere o n.° 1 do artigo 64 deste respeitante ao ano em que a alteração se verificar.
Código, que sejam propriedade do Estado e qualquer
dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, SECÇÃO IV

ainda que personalizados; Cobrança


b) Os veículos a que se refere o n.° 1 do artigo 64 deste ARTIGO 7 1
Código, que sejam propriedade das Autarquias e suas (Prazos e condições de cobrança)
associações e/ou federações de municípios;
1. O Imposto Autárquico de Veículos é pago de Janeiro a Março
c) Os veículos a que se refere o n.° 1 do artigo 64 deste de cada ano ou quando começar o uso ou fruição do veículo, se
C ó d i g o , q u e s e j a m p r o p r i e d a d e dos E s t a d o s este facto ocorrer posteriormente nos termos seguintes:
estrangeiros, quando haja reciprocidade de tratamento;
a) R e l a t i v a m e n t e a automóveis ligeiros e pesados e
d) Os veículos a que se refere o n.° 1 do artigo 64 deste motociclos - por meio de guia modelo I, sendo atribuído
C ó d i g o , p e r t e n c e n t e s ao p e s s o a l das m i s s õ e s ao contribuinte o correspondente dístico modelo I;
diplomáticas e consulares nos termos das respectivas
b) Relativamente a aeronaves e barcos de recreio - mediante
convenções; guia modelo I.
e)Os veículos a que se refere o n.° 1 do artigo 64 deste 2. O prazo de pagamento do imposto devido pelos veículos
Código, que sejam propriedade das organizações novos decorre nos trinta dias seguintes à data da aquisição.
estrangeiras ou internacionais, nos termos de acordos
celebrados pelo Estado moçambicano. ARTIGO 7 2

(Prova de pagamento e residência)


ARTIGO 6 9
1. A prova de pagamento do imposto devido pelos automóveis
(Formalidades a observar na concessão da isenção
do imposto) ligeiros e pesados e motociclos é feita através de guias de
pagamento a que se refere o artigo 71 e o correspondente dístico,
1. Por cada veículo propriedade da entidades isentas nos quando exigida pelas entidades competentes para a fiscalização.
termos do artigo anterior, é concedido um distico modelo n.° 2 ou
2. Se a prova de pagamento for exigida por qualquer tribunal
título de isenção modelo n.° 2, conforme os casos.
ou repartição pública, somente é admitida prova documental,
2. O disposto no número anterior não é aplicável relativamente bastando para o efeito o duplicado da guia de pagamento.
aos veículos pertencentes ao Estado, portadores de chapas
3. A prova da residência ou sede do sujeito passivo é feita
apropriadas, aprovadas por diploma legal e aos afectos às forças através da exibição do título de registo de propriedade do veículo
armadas e militarizadas. na respectiva conservatória, do bilhete de identidade ou de outro
3. Os títulos e dísticos de isenção são solicitados pelas título comprovativo da residência ou sede do sujeito passivo.
entidades referidas no artigo anterior, no respectivo Conselho
Municipal ou de P o v o a ç ã o , m e d i a n t e requisição modelo ARTIGO 7 3

apropriado, a apresentar nos prazos estabelecidos no artigo 71, (Local de pagamento do imposto)
devendo para o efeito, ser exibido o título de propriedade e o 1. O Imposto Autárquico de Veículos é pago nos Conselhos
livrete ou certificado de registo ou matrícula ou veículo Municipais ou de Povoação da área da residência ou sede do
pertencentes às mencionadas entidades. sujeito passivo.
4. Os títulos de isenção modelo n.° 2 são preenchidos e 2. O processamento da guia é solicitado pelo sujeito passivo,
autenticados pelo Presidente do Município ou de Povoação e d e v e n d o para o e f e i t o ser exibido o título de registo de
devidamente registado no respectivo livro de modelo apropriado. propriedade do veículo e, no caso das aeronaves, também o
certificado de navegabilidade.
SECÇÃO III

Taxas SECÇÃO V

Fiscalização
ARTIGO 7 0

(Taxas do imposto) ARTIGO 7 4

1. As taxas do Imposto Autárquico de Veículos são as (Competência para a fiscalização)


constantes das tabelas do artigo 68 da Lei n.° 1/2008, d e 16 de O cumprimento das obrigações impostas neste Código e
Janeiro, anexas a este Código. relativas ao Imposto Autárquico de Veículos é fiscalizado, em
2. A antiguidade dos automóveis, dos motociclos e dos barcos geral e dentro dos limites da respectiva competência, por todas
de recreio é reportada a 1 de Janeiro do ano a que respeita o as autoridades e, em especial, pelo Conselho Municipal ou de
i m p o s t o e contada por anos civis, incluindo, q u a n t o aos Povoação, bem como pelos Serviços de Viação, Polícia de
automóveis e motociclos, o ano da matrícula constante do Trânsito, Registo de Automóveis, Administração Marítima e
respectivo título. Aviação Civil.
ARTIGO 7 5 2. A utilização de qualquer veículo compreendido no artigo 64
(Local de afixação ou colocação dos dísticos modelos sem o pagamento do imposto, quando devido, é punida com
n.os 1 e 2) multa igual ao triplo do imposto, por c u j o p a g a m e n t o é
Os dísticos n.°s 1 e 2 são afixados ou colocados com o rosto solidariamente responsável o condutor do veículo.
para o exterior: 3. Até prova em contrário, presume-se não pago o imposto,
a) Nos automóveis ligeiros e pesados - no canto superior quando nos automóveis e motociclos não se encontrem afixados
do pára-brisas do lado oposto ao do volante e bem os dísticos respectivos, conforme dispõe o artigo75.
visível do exterior;
ARTIGO 8 1
b) Nos motociclos - à frente, do lado direito, em lugar visível
e preservados da humidade, devendo, para o efeito, (Falta de aposição dos dísticos no local obrigatório)
ser utilizados suportes apropriados. A falta de aposição dos dísticos, nos termos do artigo 75,
é punida com a multa de 250,00MT.
ARTIGO 7 6
ARTIGO 8 2
(Documentos de que o condutor deve ser portador)
(Aposição de dísticos em veículo diferente daquele a que
O condutor de veículos sujeitos à imposto, mesmo quando respeita)
dele isentos, com excepção daqueles em relação aos quais não
A aposição de dísticos em veículo diferente daquele a que
se optou por solicitar o reconhecimento da isenção e dos referidos
no n.° 2 do artigo 69, é obrigatoriamente portador, conforme o respeitam é punida com multa igual a cinco vezes o imposto em
caso da guia de pagamento do imposto, do título de isenção falta correspondente ao veículo, nunca inferior a 800,00MT, sem
e/ou, s e n d o c a s o disso, do d o c u m e n t o c o m p r o v a t i v o da prejuízo do procedimento criminal que ao caso couber.
aquisição do veículo, na hipótese referida no n.° 2 do artigo 71, ARTIGO 8 3
documentos que devem ser exibidos sempre que lhe sejam (Falsificação ou viciação de documentos comprovativos)
solicitados por qualquer das entidades mencionadas no n.° 1 do
artigo 74. A f a l s i f i c a ç ã o ou v i c i a ç ã o de q u a l q u e r d í s t i c o , guia
de pagamento ou título de isenção, é punida com multa de
ARTIGO 7 7
2 500,00MT à 50 000,00MT, sem prejuízo do procedimento criminal
(Manutenção dos comprovativos do pagamento ou isenção) que no caso couber.
Os elementos comprovativos do pagamento do imposto ou
ARTIGO 8 4
da sua isenção, a que se referem os artigos 75 e 76, respeitantes
ao ano anterior, devem ser mantidos nas condições estabelecidas (Falta de apresentação dos documentos)
nesta secção até à data do cumprimento das correspondentes 1. A falta de apresentação dos documentos referidos no artigo
obrigações do próprio ano. 76, quando o condutor declare encontrar-se com a situação
ARTIGO 7 8 tributária do veículo devidamente regularizada, é punida com
(Revalidação dos certificados de navegabilidade)
multa de 250,00MT, desde que os documentos venham, a ser
exibidos dentro de 5 dias úteis a contar da data da autuação,
1. O s p e d i d o s d e r e v a l i d a ç ã o d o s c e r t i f i c a d o s d e perante o Conselho Municipal ou de Povoação competente para
navegabilidade de aeronaves ou de barcos de recreio não podem a instrução do processo.
ter seguimento sem que seja exibido à respectiva entidade o
2. Na falta de exibição dos documentos dentro do prazo fixado
documento comprovativo do pagamento ou da isenção do
é aplicada a multa elevada a 500,00MT, sem prejuízo do
imposto relativo ao ano em que o pedido for apresentado.
procedimento contra os respectivos responsáveis por quaisquer
2. A apresentação dos-documentos referidos no número outras infracções eventualmente verificadas.
anterior é averbada no processo ou registo de revalidação do
certificado, devendo o averbamento fazer referência ao número e ARTIGO 8 5
data do documento, bem como do Conselho Municipal ou de (Outras infracções)
P o v o a ç ã o processadora, e ser rubricado pelo f u n c i o n á r i o
Pelo não cumprimento de qualquer das obrigações previstas
competente que o restituirá ao apresentante.
neste i m p o s t o não e s p e c i a l m e n t e sancionado nos artigos
SECÇÃO VI anteriores, é aplicada multa graduada entre 2 5 0 , 0 0 M T e
Penalidades 1 500,00MT

ARTIGO 7 9 ARTIGO 8 6
(Graduação das penas) (Inobservância do disposto no artigo 77)
As transgressões a o Imposto Autárquico de Veículos são A inobservância do disposto no artigo 77 é punida consoante
punidas nos termos dos artigos seguintes, devendo a graduação os casos, nos termos dos artigos 80 e seguintes.
das penas, quando a isso houver lugar, fazer-se de harmonia com
a gravidade da culpa, a importância do imposto a pagar e as ARTIGO 8 7
demais circunstâncias do caso. (Apreensão do veículo e respectiva documentação)

ARTIGO 8 0
1. Independentemente das sanções previstas no n.° 1 do artigo
80, e os artigos 81 e 82, a falta de pagamento do imposto devido
(Pagamento do imposto fora do prazo e utilização do veículo
sem pagamento) implica a imediata apreensão da documentação do veículo, sem
prejuízo do pagamento de quaisquer outros impostos respeitantes
1. O pagamento do imposto fora do prazo previsto no artigo
ao mesmo veículo.
71 é punido com multa igual ao dobro do imposto, excepto quando
o infractor se apresentar voluntariamente dentro dos trinta dias 2. No caso de reincidência, na prática da infracção a que se
seguintes a este prazo, caso em que se é punido com multa igual refere o número anterior, o veículo e a respectiva documentação
a metade do imposto. são. apreendidos.
3. A título de r e e m b o l s o das despesas de r e m o ç ã o e recolha ARTIGO 9 0

ou p a r q u e a m e n t o , é cobrada, decorridos q u e sejam q u i n z e dias (Responsabilidade pelas infracções no caso de entidades


após a verificação da infracção e por cada dia, além desse prazo, isentas)

em q u e dure a apreensão, a importância correspondente a 5 % do 1. Tratando-se de veículos pertencentes à entidades a que a


imposto devido, c u j o p a g a m e n t o é e f e c t u a d o no prazo de quinze lei r e c o n h e c e o direito d e isenção do imposto, são considerados
p e s s o a l m e n t e r e s p o n s á v e i s p e l a s i n f r a c ç õ e s i m p u t á v e i s ao
dias a contar da notificação a e f e c t u a r para o efeito. p r o p r i e t á r i o e a i n d a p e l a m u l t a e v e n t u a l m e n t e d e v i d a , os
4. N ã o s e n d o possível a a p r e e n s ã o imediata do veículo, ou na administradores, c h e f e s ou outros dirigentes dos serviços a que
os veículos estejam afectos.
falta de c o m p e t ê n c i a para efectuar a apreensão, a autoridade óu
o f u n c i o n á r i o q u e verificar a transgressão assim o mencionará 2. Fora dos casos previstos no número anterior, os funcionários
públicos que deixarem de cumprir alguma das obrigações
no auto de notícia ou na participação a q u e se referem os n.°s 2 e
impostas neste Código incorrem em responsabilidade disciplinar,
3 do artigo 74, d e v e n d o o C o n s e l h o Municipal ou de P o v o a ç ã o se for caso disso, sem prejuízo da responsabilidade penal prevista
p r o m o v e r imediatamente, sendo caso disso, as diligências para a noutras leis.
apreensão do veículo, junto da autoridade policial local, tratando-
ARTIGO 9 1
se d e a u t o m ó v e i s ou motociclos, e de autoridades de aeronáutica
(Extinção do procedimento para aplicação da multa)
civil e marítima, tratando-se, respectivamente, de aeronaves e
barcos de recreio. Se o processo de transgressão em q u e houver t a m b é m de ser
liquidado imposto estiver parado durante cinco anos, fica extinto
5. O disposto nos n ú m e r o s anteriores não é aplicável nos o p r o c e d i m e n t o para a p l i c a ç ã o da m u l t a , p r o s s e g u i n d o , no
casos de o p a g a m e n t o do imposto e da multa ser e f e c t u a d o nos entanto, para arrecadação do imposto devido.
termos do artigo 90.
ARTIGO 9 2
6. Para p a g a m e n t o do imposto e das multas previstas no n.° 1 (Condições em que a mesma infracção não pode ser objecto
dos artigos 7 9 e seguintes e, bem a s s i m , da importância do de nova autuação)
r e e m b o l s o a q u e se refere o n.° 2 do presente artigo, o Estado 1. L e v a n t a d o o auto de notícia pela verificação de qualquer
goza de privilégio mobiliário especial sobre o veículo. infracção, é entregue ao autuado uma nota com a indicação do
7. Verificada a apreensão da d o c u m e n t a ç ã o , nos termos do levantamento do auto e da falta verificada.

n.° 1, é o auto d e notícia apresentado no C o n s e l h o Municipal ou 2. Durante o prazo de quinze dias a contar do levantamento do
de P o v o a ç ã o d e v e n d o o facto ser imediatamente c o m u n i c a d o auto não p o d e a m e s m a infracção ser objecto de nova autuação,
s e m p r e q u e seja exibida a nota referida no n ú m e r o anterior.
aos Serviços de V i a ç ã o c o m p e t e n t e s pela entidade q u e tiver
e f e c t u a d o a apreensão. SECÇÃO VIII

8. E f e c t u a d o o p a g a m e n t o da multa e do imposto, cessam os Disposições diversas

efeitos da apreensão, c o m p e t i n d o às autoridades q u e tiverem ARTIGO 9 3

e f e c t u a d o a a p r e e n s ã o , p r o c e d e r à d e v o l u ç ã o i m e d i a t a da (Extravio, furto ou inutilização de títulos de isenção


d o c u m e n t a ç ã o , facto q u e é c o m u n i c a d o aos respectivos Serviços ou de guias de pagamento)

de Viação. Q u a n d o se verifique extravio, furto ou inutilização de títulos


de isenção ou de guias de pagamento, a que se referem os artigos
ARTIGO 8 8
6 9 , 7 1 e o n . o 1 do artigo 72, pode ser passada, a requerimento do
proprietário do veículo, certidão c o m p r o v a t i v a da concessão da
(Arguido que não é proprietário do veículo)
isenção ou do p a g a m e n t o do imposto, a qual se substitui para
P r o v a d o , no d e c o r r e r d o p r o c e s s o de transgressão, q u e o todos os efeitos o d o c u m e n t o respectivo.
a r g u i d o não é proprietário do veículo, o p r o c e d i m e n t o para a
cobrança do imposto e da multa, p r o s s e g u e no m e s m o processo CAPÍTULO V
contra o verdadeiro proprietário.
Imposto Autárquico da Sisa
ARTIGO 8 9 SECÇÃO I

(Infracção cometida por pessoa colectiva) Incidência


1. S e n d o i n f r a c t o r u m a p e s s o a colectiva, r e s p o n d e m pelo
ARTIGO 9 4
p a g a m e n t o da multa, solidariamente com aquela:
(Incidência real)
a) Os sócios ou membros de sociedades de responsabilidade
1. O I m p o s t o A u t á r q u i c o da Sisa substitui nas Autarquias,
ilimitada;
a Sisa e de a c o r d o com a Lei n.° 1 / 2 0 0 8 , de 1 6 de Janeiro, incide
b) O s sócios q u e controlem, directa ou indirectamente, as sobre as transmissões, a título oneroso, do direito de propriedade
decisões de gestão da sociedade; ou de f i g u r a s p a r c e l a r e s d e s s e direito, s o b r e bens i m ó v e i s ,
c) O s a d m i n i s t r a d o r e s ou g e r e n t e s , d a s s o c i e d a d e s d e c o n s i d e r a d o s para o e f e i t o , os p r é d i o s u r b a n o s situados em
responsabilidades limitada. território nacional.
2. A responsabilidade prevista no número anterior só tem lugar 2. Ficam compreendidos no n.° 1 a compra e venda, a dação em
q u a n t o às p e s s o a s n e l e r e f e r i d a s q u e t e n h a m p r a t i c a d o ou cumprimento, a renda perpétua, a renda vitalícia, a arrematação, a
s a n c i o n a d o os actos a q u e respeite a infracção. a d j u d i c a ç ã o por acordo ou decisão judicial, a constituição de
3. A p ó s e x t i n ç ã o d a s p e s s o a s c o l e c t i v a s , r e s p o n d e m usufruto, uso ou habitação, a enfiteuse, a servidão ou qualquer
s o l i d a r i a m e n t e e n t r e si as r e s t a n t e s p e s s o a s n e s t e a r t i g o o u t r o acto pelo qual se transmita a título oneroso o direito de
mencionadas. propriedade sobre prédios urbanos.
3. O conceito de transmissão de prédios urbanos referido nos 3. Nos contratos de troca ou permuta de prédios urbanos
números anteriores integra ainda: presentes por prédios urbanos futuros, a transmissão ocorre logo
que estes últimos estejam concluídos a não ser que, por força
a) A promessa de aquisição e de alienação de prédios das disposições do presente Código, se tenha de considerar
u r b a n o s logo que v e r i f i c a d a a tradição para o verificada em data anterior.
promitente adquirente ou quando este esteja a usufruir
os referidos bens; ARTIGO 9 6

b) A promessa de aquisição e alienação de prédios urbanos (Incidência subjectiva)


em que seja clausulado no contrato que o promitente São sujeitos passivos do Imposto Autárquico da Sisa, nos
pode ceder a sua posição contratual a terceiro, ou termos da Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, as pessoas, singulares
consentida posteriormente tal cessão de posição; ou colectivas, a quem se transmitem os direitos sobre prédios
c) A cessão de posição contratual pelos promitentes urbanos, sem prejuízo do disposto nas alíneas seguintes:
adquirentes de prédios urbanos seja no exercício de a) Nos contratos para pessoa a nomear, o imposto é devido
d i r e i t o c o n f e r i d o por c o n t r a t o - p r o m e s s a ou pelo contraente originário, sem prejuízo de os prédios
posteriormente à celebração deste, salvo se o contrato urbanos se considerarem novamente transmitidos para
definitivo for celebrado com terceiro nomeado ou com a pessoa nomeada se esta não tiver sido identificada
sociedade em fase de constituição no momento em ou sempre que a transmissão para o contraente
que o contrato-promessa é celebrado e que venha a originário tenha beneficiado de isenção;
adquirir o imóvel; b) Nas situações das alíneas b) e c) do n.° 3 do artigo 94, o
d) A resolução, invalidade ou extinção por mútuo consenso, imposto é devido pelo primeiro promitente adcuirente
do contrato de compra e venda ou permuta de prédios e por cada um dos sucessivos promitentes adquirentes,
urbanos e a do respectivo contrato-promessa com não lhes sendo aplicável qualquer isenção ou redução
tradição, em qualquer das situações em que o vendedor, de taxa;
permutante ou promitente vendedor volte a ficar com c) Nos contratos de troca ou permuta de prédios urbanos,
o prédio urbano; qualquer que seja o título por que se opere, o imposto
e) A aquisição de prédios urbanos por troca ou permuta, por é devido pelo permutante que receber os bens de maior
cada um dos permutantes, pela diferença declarada de valor, entendendo-se como de troca ou permuta o
valores ou pela diferença entre os valores patrimoniais c o n t r a t o em q u e as p r e s t a ç õ e s de a m b o s os
tributários consoante a que for maior; permutantes compreendem prédios urbanos, ainda que
f ) O excesso da quota-parte que ao adquirente pertencer, futuros;
nos prédios urbanos, em acto de divisão ou partilhas, d) Nos contratos de promessa de troca ou permuta de prédios
por meio de arrematação, licitação, acordo, transacção u r b a n o s , com t r a d i ç ã o , a p e n a s para um dos
ou encabeçamento por sorteio, bem como a alienação permutantes, o imposto será desde logo devido pelo
de herança ou quinhão hereditário; adquirente dos bens, como se de compra e venda se
g) A outorga de procuração e o substabelecimento de tratasse, sem prejuízo da reforma da liquidação ou da
procuração, que confira poderes de prédio urbano, em reversão do sujeito passivo, conforme o que resultar
que por renúncia ao direito de revogação ou cláusula de contrato definitivo, procedendo-se, em caso de
de natureza semelhante, o representado deixe de poder r e v e r s ã o , à a n u l a ç ã o d o i m p o s t o l i q u i d a d o ao
revogar a procuração; permutante adquirente;
h) O arrendamento com a cláusula de que os prédios urbanos e) Nas divisões e partilhas, o imposto é devido pelo
arrendados se tornam propriedade do arrendatário adquirente dos prédios urbanos cujo valor exceda o
depois de satisfeitas todas as rendas acordadas; da sua quota nesses bens;
i) O arrendamento ou subarrendamento de prédios urbanos
f ) Nas situações previstas na alínea g) do n.° 3 do artigo 94,
por um período superior a vinte anos cuja duração seja
o imposto é devido pelo procurador ou por quem tiver
estabelecida no início do contrato por acordo expresso
sido substabelecido, não lhe sendo aplicável qualquer
dos interessados.
isenção ou redução de taxa.
4. São também sujeitas ao Imposto Autárquico da Sisa,
designadamente:
a) A transmissão onerosa do direito de propriedade sobre
prédios urbanos em que o adquirente reserve o direito Isenções
de nomear um terceiro que adquira os direitos e assuma ARTIGO 9 7
as obrigações provenientes desse contrato;
(Isenções)
b) Os actos da constituição de sociedade em que algum dos
sócios entrar para o capital social com prédios urbanos; 1. A Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, isenta de Imposto
c) As transmissões de prédios urbanos por fusão ou cisão Autárquico da Sisa os actos de transmissão do direito de
de sociedades; propriedade ou figuras parcelares desse direito, sobre os prédios
urbanos a favor:
d) A remissão de prédios urbanos nas execuções judiciais e
nas fiscais administrativas. a) Do Estado;
b) Das Autarquias;
ARTIGO 9 5
c) Das associações ou federações de municípios quanto
(Facto gerador) aos prédios urbanos destinados, directa e
1. A incidência do Imposto Autárquico da Sisa regula-se pela imediatamente, à realização dos seus fins;
legislação em vigor ao tempo em que se constituir a obrigação d) Das instituições de segurança social e bem assim as
tributária. i n s t i t u i ç õ e s d e p r e v i d ê n c i a social l e g a l m e n t e
2. A obrigação tributária constitui-se no momento em que reconhecidas quanto aos prédios urbanos destinados,
ocorre a transmissão. directa e imediatamente, à realização dos seus fins;
e) Das associações de utilidade pública a que se refere a Lei SECÇÃO III
n.° 8/91, de 18 de Julho, devidamente reconhecidas
D e t e r m i n a ç ã o d a matéria colectável
quanto aos prédios urbanos destinados, directa e
imediatamente, à realização dos seus fins estatutários; ARTIGO 9 9
f) Dos Estados Estrangeiros pela aquisição de prédios (Valor tributável)
u r b a n o s d e s t i n a d o s e x c l u s i v a m e n t e à s e d e da
respectiva missão diplomática ou consular ou à 1. Sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes, constitui
residência do chefe da missão ou do cônsul, desde valor tributável para efeitos do Imposto Autárquico da Sisa o
que haja reciprocidade de tratamento; montante declarado da transmissão ou do valor patrimonial do
prédio urbano, consoante o valor mais elevado, a não ser que
g) Das associações h u m a n i t á r i a s e outras entidades este se afaste do preço normal de mercado.
legalmente reconhecidas que, sem intuito lucrativo,
prossigam no território nacional fins de assistência 2. Para a determinação do preço normal de mercado, o
social, saúde pública, educação, culto, cultura, Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação da situação
desporto e recreação, caridade e beneficência, dos prédios urbanos deve promover as acções de comprovação
e fiscalização, considerando as operações realizadas entre
relativamente aos prédios urbanos afectos à realização
compradores e vendedores independentes, de prédios com
desses fins;
características semelhantes, tais como antiguidade, dimensões e
h) Dos museus, bibliotecas, escolas, institutos e associações localização.
de ensino ou educação, de cultura científica, literária
3. A correcção efectuada ao abrigo dos números anteriores é
ou artística e de caridade, assistência ou beneficência,
automática e não implica a comprovação da existência de
quanto aos prédios urbanos destinados, directa ou
transgressão ou crime fiscal, sendo notificada ao sujeito passivo,
indirectamente, à realização desses fins; podendo este reclamar ou impugnar contenciosamente o valor
i)Dos adquirentes de prédios urbanos para habitação social fixado, nos termos admitidos pela lei fiscal.
construídos pelo Fundo para o Fomento de Habitação,
criado pelo Decreto n.° 24/95, de 6 de Junho. ARTIGO 1 0 0

2. De acordo com a Lei referida no número anterior ficam ainda (Regras especiais)
isentas deste imposto:
1. O disposto no artigo anterior entende-se, porém, sem prejuízo
a) A remissão nas execuções judiciais e nas fiscais das seguintes regras:
administrativas, de prédios urbanos, quando feitas a) Quando qualquer dos co-proprietários ou quinhoeiros
pelo próprio executado; alienar o seu direito, o imposto é liquidado pela parte
b) As transmissões de prédios urbanos por fusão ou cisão do valor patrimonial tributário que lhe corresponder
de sociedades comerciais. ou pelo valor constante do acto ou do contrato,
consoante o que for maior;
ARTIGO 9 8 b) Nas permutas de prédios urbanos, toma-se para base da
(Reconhecimento das isenções) liquidação a diferença declarada de valores, quando
superior à diferença entre os valores patrimoniais
1. As isenções previstas nas alíneas a) e b) do n.° 1 e alínea a)
tributários;
do n.° 2 do artigo 97, são de reconhecimento automático,
competindo à entidade que intervier na celebração do acto ou do c) Nas transmissões por meio de dação em cumprimento, o
contrato a sua verificação e declaração. imposto é calculado sobre o seu valor patrimonial
tributário, ou sobre a importância da dívida que for
2. As isenções previstas nas alíneas c) e i) do n.° 1 e alínea b)
paga com os prédios urbanos transmitidos, se for
do n.° 2 do artigo 97, são reconhecidas pela administração
superior;
autárquica, a requerimento dos sujeitos passivos que o devem
apresentar antes do acto ou contrato que originou a transmissão, d) Quando a transmissão se efectuar por meio de renúncia
junto dos serviços competentes para a decisão, mas sempre antes ou cedência, o imposto é calculado sobre o valor
da liquidação que seria de efectuar. patrimonial tributário dos respectivos prédios urbanos,
ou sobre o valor constante do acto ou do contrato, se
3. O pedido a que se refere o número anterior deve conter a for superior;
identificação e descrição dos prédios urbanos, bem como o fim a
que se destinam, e ser acompanhado dos documentos para e) Se a propriedade for transmitida separadamente do
demonstrar os pressupostos da isenção, designadamente: usufruto, uso ou habitação, o imposto é calculado
sobre o valor da nua-propriedade, ou sobre o valor
a) No caso a que se referem as alíneas c), d) e, g), h) e i) constante do acto ou do contrato, se for superior;
do n.° 1 do artigo 97, de documento comprovativo da
f ) Quando se constituir usufruto, uso ou habitação, bem
q u a l i d a d e do a d q u i r e n t e , de c e r t i d ã o ou c ó p i a
como quando se renunciar a qualquer desses direitos
autenticada da deliberação sobre a aquisição onerosa
ou o u s u f r u t o for transmitido separadamente da
dos prédios urbanos e do destino dos mesmos;
propriedade, o imposto é liquidado pelo valor actual
b) No caso a que se refere a alínea f) do n.° 1 do artigo 97, de do usufruto, uso ou habitação, ou pelo valor constante
documento emitido pelo organismo competente do do acto ou do contrato, se for superior;
Ministério dos Negócios Estrangeiros comprovativo
g) Nos arrendamentos e nas sublocações a longo prazo, o
do destino dos prédios urbanos;
imposto incide sobre o valor de 20 vezes a renda anual,
c) No caso a que se refere a alínea b) do n.° 2 do artigo 97, quando seja igual ou superior ao valor patrimonial
comprovativo da f u s ã o ou cisão das sociedades tributário do respectivo prédio, e incide sobre a
comerciais. diferença entre o valor patrimonial que os bens tinham
4. Sempre que se julgar necessário, para além dos documentos na data do arrendamento e o da data da aquisição ou
referidos no número anterior, a administração autárquica pode sobre o valor declarado se for superior, caso o
solicitar aos interessados outra documentação. arrendatário venha a adquirir o prédio;
h) Nas partilhas judiciais ou extrajudiciais, o valor do excesso f ) Em geral, quaisquer encargos a que o comprador ficar
de prédios urbanos sobre a quota-parte do adquirente, legal ou contratualmente obrigado.
nos termos da alínea J) do n." 4 do artigo 94, é calculado
em face do valor patrimonial tributário desses bens ARTIGO 1 0 1
adicionado do valor atribuído aos prédios urbanos não (Valor representado em moeda estrangeira)
sujeitos à inscrição matricial ou, caso seja superior, em
1. Sempre que os elementos necessários à determinação do
face do valor que tiver servido de base à partilha;
valor tributável sejam expressos em moeda diferente da moeda
i) Quando a transmissão se operar por meio de tornas havidas
nacional, as taxas de câmbio a utilizar são as taxas médias de
nas partilhas, quer judiciais, quer extrajudiciais, ainda
venda, publicadas pelo Banco de Moçambique, na data da
que as mesmas tornas nasçam de igualação das
partilhas, conforme os artigos 2142 o e 2145o, do Código constituição da obrigação tributária.
Civil, será liquidada a contribuição de registo a título 2. Não existindo câmbio na data referida no número anterior
oneroso sobre a importância das tornas, quando a aplicar-se-á o da última cotação anterior, publicada a essa data.
partilha se componha toda de bens imobiliários e
mobiliários, sobre a parte em que as tornas excederam SeCÇÃO IV
os valores dos bens mobiliários. Taxas
j) Nos actos previstos na alínea b) do n.° 4 do artigo 94, o
valor dos prédios urbanos é o valor patrimonial ARTIGO 1 0 2

tributário ou aquele por que os mesmos entrarem para (Taxa)


o activo das sociedades, consoante o que for maior;
A taxa d o Imposto Autárquico da Sisa estabelecida no artigo
k) Na fusão ou na cisão de sociedades a que se refere a 64 da Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, é de 2% e incide sobre o
alínea e) do n.° 4 do artigo 94, o imposto incide sobre o valor patrimonial determinado nos termos da secção anterior.
valor patrimonial tributário de todos os prédios urbanos
das sociedades fundidas ou cindidas que se transfiram ARTIGO 1 0 3
para o activo das sociedades que resultarem da fusão
(Aplicação temporal das taxas)
ou cisão, ou sobre o valor por que esses bens entrarem
para o activo das sociedades, se for superior; O imposto é liquidado pelas taxas em vigor ao tempo da
transmissão dos prédios urbanos.
l) O valor dos prédios urbanos adquiridos pelo locatário,
através de contrato de compra e venda, no termo da
SeCÇÃO V
vigência do contrato de locação financeira e nas
condições nele estabelecidas, será o valor residual Liquidação
detèrminado ou determinável, nos termos do respectivo
ARTIGO 1 0 4
contrato;
(Iniciativa da liquidação)
m) O valor dos prédios urbanos adquiridos ao Estado ou às
Autarquias, bem como o dos adquiridos mediante 1. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a liquidação
arrematação judicial ou administrativa, é o preço do Imposto Autárquico da Sisa é de iniciativa dos sujeitos
constante do acto ou do contrato; passivos, para cujo efeito devem apresentar uma declaração de
n) O valor dos prédios urbanos expropriados por utilidade modelo oficial, devidamente preenchida.
pública é o montante da indemnização, salvo se esta 2. A liquidação é promovida oficiosamente pelos serviços
for estabelecida por acordo ou transacção, caso em competentes da Autarquia nos casos previstos nos n.°s 3 e 4 do
que se aplica o disposto no artigo anterior; artigo 106 e sempre que os sujeitos passivos não tomem a
o) Nas situações previstas nas alíneas b) e c) do n.° 4 do iniciativa de o fazer dentro dos prazos legais, bem como quando
artigo 94, o imposto incide apenas sobre a parte do houver lugar a qualquer liquidação adicional, sem prejuízo dos
preço paga pelo promitente adquirente ao promitente juros compensatórios a que haja lugar e da penalidade que ao
alienante ou pelo cessionário ao cedente; caso couber.

p) Q u a n d o a t r a n s m i s s ã o se e f e c t u a r por m e i o de
ARTIGO 1 0 5
constituição de enfiteuse, o imposto é calculado sobre
(Conteúdo da declaração)
o valor do prédio nestas condições, não podendo este
valor ser inferior ao produto de vinte anuidades, 1. A declaração a que se faz referência no n.° 1 do artigo 104
adicionado com as entradas, havendo-as. deve conter, entre outros, os seguintes elementos:
2. P a r a e f e i t o s dos n ú m e r o s a n t e r i o r e s , c o n s i d e r a - s e , a) A identificação do sujeito passivo;
designadamente, valor constante do acto ou do contrato, isolada b) A identificação do imóvel e o valor da transmissão;
ou cumulativamente:
c) A forma de transmissão, juntando cópia do respectivo
a) A importância em dinheiro paga a título de preço pelo documento nos casos previstos nas alíneas b) e c) do
adquirente; n.° 4 do artigo 94;
b) O valor actual das rendas vitalícias; d) Os demais esclarecimentos indispensáveis à liquidação
c) O valor das rendas perpétuas; do imposto.
d) A importância de rendas que o adquirente tiver pago 2. Nos contratos dè permuta de prédios urbanos presentes
adiantadamente, enquanto arrendatário, e que não por prédios urbanos futuros em que estes já se encontrem
sejam abatidas ao preço; determinados com base em projecto de construção aprovado,
e) A importância das rendas acordadas, no caso da alínea h) deve o sujeito passivo juntar à declaração referida no artigo
do n.° 4 do artigo 94; anterior cópia da planta de arquitectura devidamente autenticada.
3. Quando se tratar de alienação de herança ou de quinhões ARTIGO 1 0 9
hereditários, devem declarar-se todos os prédios urbanos e (Direito de preferência)
indicar-se a quota-parte que o alienante tem na herança.
1. Se, por exercício judicial de direito de preferência, houver
4. Em caso de transmissão parcial de prédios urbanos inscritos
substituição de adquirentes, só se liquida imposto ao preferente
em m a t r i z e s p r e d i a i s , d e v e m d e c l a r a r - s e as p a r c e l a s
se o que lhe competir for diverso do liquidado ao preferido,
compreendidas na respectiva fracção do prédio.
arrecadando-se ou anulando-se a diferença.
ARTIGO 1 0 6
2. Se o preferente beneficiar de isenção, procede-se à anulação
(Competência para a liquidação) do imposto liquidado ao preferido, e aos correspondentes
1. O Imposto Autárquico da Sisa é liquidado pelos serviços averbamentos.
competentes do Conselho Municipal ou de Povoação, com base ARTIGO 1 1 0

na declaração do sujeito passivo ou oficiosamente, considerando- (Contratos para pessoa a nomear)


se, para todos os efeitos legais, o acto tributário praticado no
1. Nos contratos para pessoa a nomear, o contraente originário,
serviço de finanças da área da situação dos prédios urbanos.
seu representante ou gestor de negócios pode apresentar no
2. Para efeitos de liquidação do Imposto Autárquico da Sisa, a serviço competente do Conselho Municipal ou de Povoação que
declaração referida no n.° 1 do artigo 105 deve ser apresentada procedeu à liquidação do imposto, para os efeitos previstos na
nos serviços competentes do Conselho Municipal ou de alínea a) do n.° 4 do artigo 94, até cinco dias após a celebração do
Povoação onde se encontram situados os prédios urbanos. contrato, declaração, por escrito, contendo todos os elementos
necessários para a completa identificação do terceiro para quem
3. Nas alienações de herança ou de quinhão hereditário, bem
contratou, ainda que se trate de pessoa colectiva em constituição,
como no caso de transmissões por partilha judicial ou extrajudicial, desde que seja indicada a sua denominação social ou designação
a liquidação do Imposto Autárquico da Sisa é sempre promovida e o nome dos respectivos fundadores ou organizadores.
pelo serviço competente da administração tributária, no processo
2. Uma vez feita a declaração, antes ou depois da celebração
de liquidação e cobrança do Imposto sobre Sucessões e Doações.
do contrato, não é possível identificar pessoa diferente.
4. Sempre que o sujeito passivo não promova a liquidação 3. Se vier a ser nomeada a pessoa identificada na declaração,
Imposto Autárquico de Sisa nos prazos legais, a liquidação do averba-se a sua identidade na declaração para efeitos de
imposto é promovida pelos serviços do Conselho Municipal ou liquidação do Imposto Autárquico da Sisa e procede-se à anulação
de Povoação onde estiverem situados os prédios urbanos, e se desta se a pessoa nomeada beneficiar de isenção.
estes ficarem situados na área de mais de um serviço, por aquele
a que pertencerem os de maior valor. ARTIGO 1 1 1

(Alienações de quinhão hereditário)


ARTIGO 1 0 7

(Momento da liquidação) 1. Nas alienações de quinhão hereditário, quando não se


conheça a quota do co-herdeiro alienante, o Imposto Autárquico
1. A liquidação do Imposto Autárquico da Sisa precede o acto da Sisa é calculada sobre o valor constante do contrato em relação
ou facto da transmissão dos prédios urbanos, ainda que a mesma aos prédios urbanos, devendo proceder-se à correcção da
esteja, subordinada a condição suspensiva, haja reserva de liquidação logo que se determine a quota-parte dos prédios
propriedade, bem como nos casos de contrato para pessoa a urbanos respeitantes ao co-herdeiro.
nomear.
2. A partilha não pode efectuar-se sem que, sendo caso disso,
2. Sem p r e j u í z o do d i s p o s t o no n ú m e r o s e g u i n t e , a liquidação esteja corrigida.
nas transmissões previstas nas alíneas a), b), c) e g) do n.° 3 e a
alínea a) do n.° 4 do artigo 94, o imposto é liquidado, antes da: ARTIGO 1 1 2
a) Celebração do contrato-promessa; (Transmissão de fracção de prédio)
b) Cessão da posição contratual;
Se se transmitir parte de prédio ou fracção, o imposto é
c) Outorga notarial da procuração, ou antes de ser lavrado o liquidado sobre o valor constante do acto ou do contrato,
instrumento de subestabelecimento; procedendo-se seguidamente, sempre que for necessário para
d) Celebração do contrato para pessoa a nomear. se apurar o valor correspondente à parte transmitida, à
3. Sempre que o contrato definitivo seja celebrado com discriminação do valor patrimonial tributário de todo o prédio,
um dos contraentes previstos nas alíneas a), b), c) e g) do n.° 3 segundo o critério do preço normal de mercado, corrigindo-se a
e a alínea a) do n.° 4 do artigo 94, que j á tenha pago parte ou a liquidação, sendo caso disso.
totalidade do imposto, só há lugar à liquidação adicional quando
ARTIGO 1 1 3
o valor que competir à transmissão definitiva for superior ao que
serviu de base à liquidação anterior. (Mudança nos possuidores de prédios urbanos)
4. No caso de prédios urbanos futuros, a que se refere o n.° 3 1. Sempre que ocorra mudança nos possuidores de prédios
do artigo 95, o imposto é liquidado e pago no prazo de 30 dias a urbanos sem que tenha sido pago o respectivo Imposto
contar da data da celebração do contrato. Autárquico da Sisa, são notificados os novos possuidores para
5. Não se realizando dentro de dois anos o acto ou facto apresentarem, dentro de 30 dias, os títulos da sua posse.
translativo por que se pagou a Sisa, fica sem efeito a liquidação. 2. Concluindo-se desses títulos que se operou a transmissão
de prédios urbanos a título oneroso, o Conselho Municipal ou
ARTIGO 1 0 8
de Povoação liquida imediatamente o imposto.
(Liquidações com base em documentos oficiais)
3. Se os novos possuidores não apresentarem os títulos da
Nas transmissões operadas por divisão, partilha, arrematação, sua posse, presume-se, salvo prova em contrário, que os referidos
venda judicial ou administrativa, adjudicação, transacção ou prédios urbanos foram adquiridos a título gratuito, Iiquidando-
conciliação, servem de base à liquidação os correspondentes se o correspondente Imposto sobre Sucessões e Doações, pelos
instrumentos lesais. serviços competentes da administração tributária.
ARTIGO 1 1 4 ARTIGO 1 1 8

(Liquidação adicional) (Consequências do não pagamento)


1. O serviço competente do Conselho Municipal ou de 1. Se o imposto não for pago antes do acto ou facto translativo,
Povoação, deve proceder a liquidação adicional, quando: ou a sua liquidação não for pedida, devendo-o ser, dentro dos
a) Para além do previsto no artigo 99 deste Código, se prazos fixados para o pagamento no artigo 116, o Conselho
verifique a omissão dos prédios sujeitos à tributação, Municipal ou de Povoação deve promover a sua liquidação
bem como no caso de ter sido praticados ou celebrados oficiosa e notificar o sujeito passivo para pagar no prazo de 30
actos ou contratos com o objectivo de diminuir a dívida dias, sem prejuízo dos juros compensatórios e da sanção que ao
de imposto ou obter outras vantagens indevidas; caso couber.
b) Se verificar que nas liquidações se cometeram erros de 2. Sendo a liquidação requerida pelo sujeito passivo depois
facto ou de direito, de que resultou prejuízo para o do acto ou facto translativo ou de decorridos os prazos previstos
Estado. no artigo 116, o imposto deve ser pago no próprio dia, sem
2. Não há lugar à liquidação adicional se tiverem decorridos prejuízo dos juros compensatórios e da sanção que ao caso
cinco anos contados a partir da data da liquidação a corrigir. couber.

3. A liquidação adicional deve ser notificada ao sujeito passivo 3. Quando o imposto, depois de liquidado, não for pago até ao
nos termos previstos na lei, a fim de efectuar o pagamento e, termo dos prazos a que se referem os n.os 1 e 2, começam a contar-
sendo caso disso, poder utilizar os meios de defesa aí previstos. se juros de mora e é extraída pelos serviços competentes a
certidão de dívida para cobrança coerciva.
ARTIGO 1 1 5
ARTIGO 1 1 9
(Limites mínimos)
(Juros compensatórios)
Não se efectua qualquer liquidação ainda que adicional
quando dela resulte importância inferior a 100.00MT por cada 1. Sempre que, por facto imputável ao sujeito passivo, for
documento de cobrança a processar. retardada a liquidação ou o pagamento de parte ou da totalidade
do imposto devido, acrescem ao montante do imposto juros à
SECÇÃO VI
taxa de juro interbancária (MAIBOR), acrescida de dois pontos
percentuais, em vigor na data de liquidação.
Pagamento
2. Os juros compensatórios contam-se dia a dia desde o termo
ARTIGO 1 1 6 do prazo para a apresentação da declaração até ao suprimento,
(Prazos para pagamento) correcção ou detecção da falta que motivou o retardamento da
liquidação.
1. O Imposto Autárquico da Sisa deve ser pago no próprio dia
da liquidação ou no 1.° dia útil seguinte, sob pena de esta ficar 3. Entende-se haver retardamento da liquidação sempre que a
sem efeito, sem prejuízo do disposto nos números seguintes. declaração de liquidação seja apresentada fora do prazo
estabelecido sem que o imposto devido se encontre totalmente
2. Se a transmissão se operar por acto ou contrato celebrado
no estrangeiro, o pagamento do imposto deve efectuar-se no pago no prazo legal.
prazo de 90 dias posteriores a realização do acto. 4. Quando o atraso na liquidação decorrer de erros de cálculos
3. Se os prédios urbanos se transmitirem por arrematação e praticados no quadro de liquidação do imposto na declaração,
venda judicial ou administrativa, adjudicação, transacção e os juros compensatórios devidos em consequência dos mesmos
conciliação, o imposto será pago dentro de 30 dias contados da não podem contar-se por período superior a cento e oitenta dias.
assinatura do respectivo auto ou da sentença que homologar a
transacção. SECÇÃO VII

4. O imposto deve ser pago no prazo de 30 dias a contar da Fiscalização


notificação nos casos previstos no artigo 114 e do trânsito em
julgado da sentença no caso do artigo 109. ARTIGO 1 2 0

(Entidades fiscalizadoras)
5. Nas partilhas judiciais e extrajudiciais, o imposto deve ser
pago nos 30 dias posteriores à notificação. 1. O cumprimento das obrigações previstas neste capítulo é
6. Se o I m p o s t o A u t á r q u i c o da Sisa for l i q u i d a d o fiscalizado pelos serviços competentes da administração
conjuntamente com o Imposto sobre Sucessões e Doações, o autárquica.
seu pagamento deve ser feito no prazo de pagamento deste 2. Os serviços competentes referidos.no número anterior
imposto. devem verificar os documentos que, nos termos deste capítulo
7. No caso de prédios urbanos futuros, a que se refere o n.° 3 ou de outras disposições legais, lhes forem enviados por
do artigo 95, o imposto deve ser pago no prazo de 30 dias a quaisquer entidades, promovendo as liquidações ou reforma das
contar da data da celebração do contrato. mesmas a que houver lugar, incluindo as motivadas por
reconhecimento indevido de isenções ou quaisquer benefícios
ARTIGO 1 1 7 fiscais, sem prejuízo da responsabilidade que for de imputar ao
(Local de pagamento) autor do acto.
1. O Imposto Autárquico da Sisa é pago no Conselho Municipal
ou de Povoação, mediante documento de cobrança de modelo ARTIGO 1 2 1

oficial. (Dever de cooperação dos tribunais)


2. A prova do pagamento do Imposto Autárquico da Sisa 1. A entrega de prédios urbanos a preferentes em processos
é feita mediante a apresentação da declaração referida no judiciais que correm os seus trâmites nos tribunais é precedida
artigo 105, acompanhada do comprovativo da cobrança. do pagamento do respectivo Imposto Autárquico da Sisa.
2. Por solicitação do Conselho Municipal ou de Povoação os M o ç a m b i q u e , o p e r a d a no e s t r a n g e i r o , sem que lhe seja
secretários judiciais e os secretários técnicos de justiça remetem apresentado o documento de cobrança do Imposto Autárquico
uma participação, em duplicado, dos termos ou documentos de da Sisa, quando devido, devendo averbar-se no mencionado
transacção, das liquidações e partilhas de estabelecimentos documento, o número, a data e a tesouraria onde o pagamento
comerciais ou industriais ou de sociedades, das partilhas e foi efectuado.
divisões de coisa comum de que façam parte prédios urbanos, 2. Os serviços referidos no número anterior devem remeter ao
bem como das sentenças que reconheçam direitos de preferência, Conselho Municipal ou de Povoação, em Janeiro e Julho de cada
que tenham sido concluídos ou lavrados no mês anterior e pelos ano, uma relação referente aos actos ou contratos celebrados no
quais se operaram ou venham a operar transmissões sujeitas à estrangeiro e legalizados no semestre anterior.
Imposto Autárquico da Sisa.
3. A relação referida no número anterior deve indicar o tipo de
ARTIGO 1 2 2
acto ou contrato, a data da legalização, ao Conselho Municipal
(Dever de cooperação dos notários e de outras entidades) ou de Povoação em que o Imposto Autárquico da Sisa foi
1. Quando for devido Imposto Autárquico da Sisa, os notários liquidado, o número, data e importância do respectivo documento
e outros funcionários ou entidades que desempenhem funções de cobrança, nomes dos outorgantes, artigos matriciais, ou
notariais não podem lavrar as escrituras, quaisquer outros menção dos prédios omissos.
instrumentos notariais ou documentos particulares que operem
t r a n s m i s s õ e s de p r é d i o s u r b a n o s , nem p r o c e d e r ao ARTIGO 1 2 5

reconhecimento de assinaturas nos contratos previstos nas (Não atendimento de documentos ou títulos respeitantes
à transmissões)
alíneas b) e c) do n.° 3 do artigo 94, sem que lhe seja apresentada
a d e c l a r a ç ã o r e f e r i d a no a r t i g o 105 a c o m p a n h a d a do Salvo disposição de lei em contrário, não podem ser atendidos
correspondente comprovativo da cobrança, que arquivam, disso em juízo, nem perante qualquer autoridade administrativa
fazendo menção no documento a que respeitam, sempre que a nacional, autárquica ou local, nomeadamente, repartições
liquidação deva preceder a transmissão. públicas e pessoas colectivas de utilidade pública, os documentos
2. Caso se alegue extravio, os referidos documentos podem ou títulos respeitantes à transmissões pelas quais se devesse ter
ser substituídos, conforme os casos, por certidão ou fotocópia pago o Imposto Autárquico da Sisa, sem a prova de que o
autenticada, passada pelos serviços emitentes dos documentos pagamento foi feito ou de que dele estão isentas.
originais.
ARTIGO 1 2 6
3. Havendo lugar à isenção automática ou dependente de
(Entregas de prédios urbanos por parte dos testamenteiros
reconhecimento prévio, as entidades referidas no n.° 1 devem
e cabeças-de-casal)
verificar e averbar a isenção ou exigir o documento comprovativo
desse reconhecimento, que arquivarão. Os testamenteiros e cabeças-de-casal não devem fazer entrega
de quaisquer legados ou quinhões de heranças constituídos por
4. Os notários devem enviar mensalmente ao Conselho
prédios urbanos sem que o Imposto Autárquico da Sisa tenha
Municipal ou de Povoação, sempre que possível em suporte
s i d o p a g o p e l o c o n t r i b u i n t e ou c o n t r i b u i n t e s , f i c a n d o
informático, os seguintes elementos:
solidariamente responsáveis com eles se o fizerem.
a) Uma relação dos actos ou contratos sujeitos ao Imposto
Autárquico da Sisa, ou deles isentos, exarados nos
SECÇÃO VIII
livros de notas no mês a n t e c e d e n t e , c o n t e n d o ,
relativamente a cada um desses actos, o número, data Garantias dos contribuintes
e importância dos documentos de cobrança ou os
ARTIGO 1 2 7
motivos da isenção, nomes dos contratantes, artigos
matriciais e respectiva localização, ou menção dos (Lei aplicável)
prédios omissos; As garantias dos contribuintes aplica-se a Lei n.° 2/2006,
b) Cópia das procurações que confiram poderes de alienação de 22 de Março.
de prédios urbanos em que por renúncia ao direito de
revogação ou cláusula de natureza semelhante o
ARTIGO 1 2 8
representado deixe de poder revogar a procuração, bem
(Revisão oficiosa da liquidação)
como dos respectivos subestabelecimentos, referentes
ao mês anterior; 1. O acto de liquidação é objecto de revisão pela entidade que
c) Cópia das escrituras de divisões de coisa comum e de o praticou, por iniciativa sua ou por ordem do superior hierárquico,
partilhas de que façam parte prédios urbanos. com fundamento no errado apuramento da situação tributária do
sujeito passivo se a revisão for a favor da Autarquia, esta só
ARTIGO 1 2 3 pode ocorrer com base em novos elementos não considerados
(Actos relativos a prédios urbanos sujeitos à registo) na liquidação.
Nenhum facto, acto ou negócio jurídico relativo a prédios 2. Se a revisão for a favor do sujeito passivo, esta tem como
urbanos sujeitos à registo pode ser definitivamente registado fundamento erro imputável aos serviços.
sem que se mostre pago o Imposto Autárquico da Sisa que for 3. Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, a revisão a
devida. que se referem os números anteriores pode ter lugar dentro do
prazo de caducidade.
ARTIGO 1 2 4
4. O vício de erro imputável aos serviços compreende os erros
(Dever de cooperação dos serviços do Ministério
dos Negócios Estrangeiros)
materiais e formais, incluindo os aritméticos, e exclui as
formalidades e procedimentos estabelecidos nesta lei e noutra
1. Os serviços competentes do Ministério dos Negócios legislação tributária, nomeadamente, a audiência do sujeito
Estrangeiros não devem legalizar nenhum documento passivo e a fundamentação dos actos.
c o m p r o v a t i v o d e t r a n s m i s s ã o d e p r é d i o s s i t u a d o s em
5. O regime previsto neste artigo aplica-se às liquidações 2. A acção deve ser proposta em nome do organismo que
efectuadas pelos sujeitos passivos. primeiro se dirigir ao agente do Ministério Público junto do
tribunal competente, e dentro do prazo de seis meses a contar da
ARTIGO 1 2 9 data do acto ou contrato, quando a liquidação do imposto tiver
(Legitimidade para reclamar ou impugnar) precedido a transmissão, ou da data da liquidação, no caso
contrário.
1. Os s u j e i t o s p a s s i v o s e as p e s s o a s s o l i d á r i a s ou
subsidiariamente responsáveis pelo pagamento do imposto 3. O Ministério Público deve requisitar ao serviço de finanças
podem reclamar contra a respectiva liquidação, ou impugná-la, que liquidou o imposto os elementos de que ele já disponha ou
com os fundamentos e nos termos estabelecidos na lei. possa obter para comprovar os factos alegados pelo autor.
2. Quando se invocar, como prova de um dos fundamentos 4. Os prédios urbanos são entregues ao preferente mediante
alegados, documento ou sentença superveniente, os prazos depósito do preço inexactamente indicado ou simulado e do
imposto liquidado ao preferido.
contam-se desde a data em que se tornar possível obter o
documento ou do trânsito em julgado da sentença. 5. Com vista a permitir o exercício do direito de preferência das
Autarquias previsto no presente artigo, os notários devem remeter
ARTIGO 1 3 0 ao Conselho Municipal ou de Povoação área do imóvel, até ao
(Anulação por acto ou facto que não se realizou) dia 15 de cada mês, cópias das escrituras lavradas no mês anterior.
1. A anulação da liquidação de imposto pago por acto ou facto
CAPÍTULO VI
translativo que não chegou a concretizar-se pode ser pedida até
ao limite de um ano após o termo do prazo de validade previsto Contribuição de Melhoria
no n.° 5 do artigo 107, em processo de reclamação ou de
ARTIGO 1 3 4
impugnação judicial.
(Incidência)
2. Quando tiver havido tradição dos prédios urbanos para o
reclamante ou impugnante ou este os tiver usufruído, o imposto 1. De acordo com a Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, é devida
será anulado em importância equivalente ao produto da sua oitava Contribuição de Melhoria a título de contribuição especial nos
parte pelo número de anos completos que faltarem para oito, de seguintes termos:
acordo com a data em que o mesmo abandonou a posse. a) Pela execução de obras públicas de que resulte valorização
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada
ARTIGO 1 3 1
e como limite individual o acréscimo de valor que da
(Anulação proporcional) obra resultar para cada imóvel beneficiado; e
1. Se antes de decorridos oito anos sobre a transmissão, vier b) Sempre que o imóvel, situado na zona de influência da
a verificar-se a condição resolutiva ou se der a resolução do
contrato, pode obter-se, por meio de reclamação ou de obra, for beneficiado por quaisquer dasseguintobra
impugnação judicial, a anulação proporcional do Imposto administração directa ou indirecta:
Autárquico da Sisa.
(i) Abertura, alargamento, iluminação, arborizaçao
2. Os prazos para deduzir a reclamação ou a impugnação com de praças e vias públicas,
tais fundamentos contam-se a partir da ocorrência do facto.
(ii) Construção e ampliação de parques e jardins,
3. O imposto é anulado em importância equivalente ao produto
(iii) Obras de embelezamento em geral.
da sua oitava parte pelo número de anos completos que faltarem
para oito. 2. Nos termos do n.° 2 do artigo 69 da Lei n.° 1/2008, de 16 de
Janeiro, não incide Contribuição de Melhoria na realização das
ARTIGO 1 3 2 seguintes obras públicas:
(Reembolso do imposto) a) Pavimentação de vias e logradouros públicos executadas
1. Anulada a liquidação, quer oficiosamente, quer por decisão pela Autarquia e que directamente valorizem os imóveis
da entidade administrativa ou do tribunal competente, com em causa ou adjacentes;
trânsito em julgado, efectua-se o respectivo reembolso. b) Reparação e recapeamento de pavimento;
2. Não há lugar à anulação sempre que o montante de imposto c) Alteração de traçado geométrico de vias e logradouros
a anular seja inferior a 100.00MT. públicos; e
3. São devidos juros indemnizatórios, nos termos da Lei n.° 2/ d) Colocação de guias e sarjetas.
/2006, de 22 de Março.
ARTIGO 1 3 5
SECÇÃO IX
(Facto gerador)
Disposições diversas
O facto gerador da Contribuição de Melhoria ocorre no
ARTIGO 1 3 3 momento de início de utilização da obra pública para os fins a
(Direito de preferência de organismos públicos) que se destinou.

1. Se, por indicação inexacta do preço, ou simulação deste, o ARTIGO 1 3 6


imposto tiver sido liquidado por valor inferior ao devido, o Estado, (Incidência subjectiva)
as Autarquias e demais pessoas colectivas de direito público,
representados pelo Ministério Público, poderão preferir na venda, Nos termos da Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, o proprietário
desde que assim o requeiram perante os tribunais comuns e ou o possuidor a qualquer título do imóvel beneficiado pela obra
provem que o valor por que o Imposto Autárquico de Sisa deve nos termos do artigo anterior é sujeito passivo da Contribuição
ter sido liquidado excede em 30% o valor sobre que incidiu. de Melhoria.
ARTiGO 1 3 7 CAPÍTULO VII
(Isenções) Outras receitas tributárias
1. Nos termos da Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, estão isentos
da Contribuição de Melhoria: ARTIGO 1 3 9

a) O Estado; (Taxas por licenças concedidas e por actividade económica)

b) A própria Autarquia e as associações ou federações de 1. Nos termos da Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, as Autarquias
municípios ou povoações, quando exerçam actividades podem cobrar taxas por:
c u j o objecto não vise a o b t e n ç ã o de lucro, a) Realização de infra-estruturas e equipamentos simples;
r e l a t i v a m e n t e a o s p r é d i o s q u e i n t e g r e m o seu
b) Concessão de licenças de loteamento, de execução de
património;
obras particulares, de ocupação da via pública por
c) As associações humanitárias e outras entidades que, sem
motivo de obras e de utilização de edifícios;
intuito lucrativo, prossigam no território da Autarquia
actividades de relevante interesse público, c) Uso e aproveitamento do solo da Autarquia;
relativamente aos prédios urbanos destinados, directa d) Ocupação e aproveitamento do domínio público sob
e imediatamente, à realização dos seus fins;
administração da Autarquia e aproveitamento dos bens
d) Os Estados Estrangeiros, relativamente aos prédios
a d q u i r i d o s p a r a as i n s t a l a ç õ e s d i p l o m á t i c a s ou de utilização pública;
consulares, quando haja reciprocidade de tratamento. e) Prestação de serviços ao público;
2. Para o reconhecimento das isenções acima descritas devem f) Ocupação e utilização de locais reservados nos mercados
ser estabelecidos os devidos procedimentos pelo Presidente do
e feiras;
Conselho Municipal ou de Povoação.
g) Autorização da venda ambulante nas vias e recintos
ARTIGO 1 3 8
públicos;
(Requisitos)
h) Aferição e conferição de pesos, medidas e aparelhos de
1. As obras públicas a que se refere a alínea b) do artigo 134
medição;
s ã o da i n i c i a t i v a da A u t a r q u i a , p o d e n d o , t a m b é m , ser
d e t e r m i n a d a s por iniciativa de pelo m e n o s dois terços dos i) Estacionamento de veículos em parques ou outros locais
proprietários ou possuidores a qualquer título de imóvel situado a esse fim destinados;
na zona de influência da obra a realizar.
j) Autorização para o emprego de meios de publicidade
2. Nos casos em que a obra seja da iniciativa da Autarquia, o
destinados à propaganda social;
plano das obras deve ter o acordo prévio de pelo menos dois
terços dos proprietários ou possuidores, à qualquer título, do k) U t i l i z a ç ã o de q u a i s q u e r instalações d e s t i n a d a s ao
imóvel a ser beneficiado pela obra. conforto, comodidade ou recreio público;
3. Aprovado o plano de obras pela Assembleia Municipal ou
l) Realização de enterros, concessão de terrenos e uso de
de Povoação, e antes do lançamento do tributo, a Autarquia
deverá publicar um edital com os seguintes elementos: jazigos, ossários e de outras instalações em cemitérios

a) Descrição da finalidade da obra; mantidos pela Autarquia;


b) Memorial descritivo do projecto; m) Licenciamento sanitário de instalações;
c) Orçamento do custo da obra; n) Qualquer outra licença da competência das Autarquias
d) Delimitação da área beneficiada e relação dos imóveis cuja tramitação não esteja isenta por lei;
nela compreendidos;
o) Registos determinados por lei;
e) Critério de cálculo da Contribuição de Melhoria.
p) Comércio por vendedores ambulantes nas ruas ou outros
4. A Contribuição de Melhoria deve ser calculada tendo em
conta a despesa realizada com a obra, que será repartida entre os lugares públicos;
imóveis beneficiados. q) Comércio em feiras e mercados sem lugar marcado;
5. Os interessados podem, querendo, no prazo de 30 dias a r)Quaisquer outras actividades de natureza artesanal ou de
contar da data da fixação do edital, se este não estiver em
prestação de serviços quando exercidos sem
conformidade com o acordado, impugnar, cabendo a estes o ónus
de prova. estabelecimento ou em regime de indústria doméstica;

6. Tendo em conta o valor, deve estipula -se a possibilidade s) Taxa por actividade económica incluindo o exercício de
de pagamento em prestações, sendo o máximo de doze prestações. actividades turísticas.
7. Ocorrendo atraso no pagamento de três prestações, todo o 2. Estão igualmente abrangidas pelo disposto no número
débito é considerado vencido e o crédito tributário é cobrado de anterior outras imposições constantes dos actuais códigos de
forma coerciva. posturas.
8. O contribuinte que pagar a Contribuição de Melhoria de 3. Compete à Assembleia Municipal fixar, mediante proposta
uma só vez goza de um desconto de 15% sobre o valor total da
do Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação, os valores
quota-parte devida.
das taxas a que se referem os números anteriores.
9. Os procedimentos de lançamento e cobrança da Contribuição
de melhoria são aprovados em regulamento específico a ser 4. Os procedimentos de cobrança das taxas previstas neste
aprovado pelo Conselho Municipal ou de Povoação da respectiva a r t i g o são e s t a b e l e c i d o s p e l o C o n s e l h o M u n i c i p a l ou de
Autarquia. Povoação da respectiva Autarquia.
ARTIGO 1 4 0 c) T r a n s p o r t e s urbanos c o l e c t i v o s de p e s s o a s e
(Tarifas e taxas pela prestação de serviços) mercadorias;
Nos termos da Lei n.° 1/2008, de 16 de Janeiro, as Autarquias d) Utilização de matadouros:
podem aplicar tarifas ou taxas de prestação de serviços nos casos e) Manutenção de jardins e mercados;
em que tenham sob sua administração directa a prestação de f ) Manutenção de vias.
determinado serviço público e, nomeadamente, nos seguintes 2. Cabe à Assembleia Autárquica a fixação das tarifas a que se
casos: refere o número anterior e, sempre que possível, na base da
recuperação de custos.
a) Abastecimento de água e energia eléctrica;
3. Os procedimentos de cobrança das tarifas e taxas previstas
b) Recolha, depósito e tratamento de lixo, bem como a ligação, neste artigo serão estabelecidos pelo Conselho Municipal ou de
conservação e tratamento de esgotos; Povoação da respectiva Autarquia.

Tabela de Taxas do Imposto Municipal de Veículos


a que se Refere o Artigo 70 do Presente Código

Automóveis Ligeiros

MOVIDOS A
COMBUSTÍVEL UTILIZADO IMPOSTO ANUAL SEGUNDO A ANTIGUIDADE
ELECTRICIDADE

GRUPOS GASOLINA OUTROS Voltagem Total 1o Escalão 2o Escalão 3o Escalão


Cilindrada PRODUTOS Ate 6 anos Mais de 6 anos Mais de 12 anos ate 25
(centímetros cúbicos) (Cilindrada) ate 12 anos anos

A Até 1000 Ate 1500 Até 100 200 MT 100 MT 50 MT

Mais de 1500 ate


B Mais de 1000 até 1300 Mais de 100 400 MT 200 MT 100 MT
2000
Mais de 2000 ate
C Mais de 1300 até 1750 600 MT 300 MT 150 MT
3000

D Mais de 1750 até 2600 Mais de 3000 1.600 MT 800 MT 400 MT

E Mais de 2600 até 3500 2.400 MT 1200 MT 600 MT

F Mais de 3500 4.400 MT 2,200 MT 1.100 MT

Automóveis Pesados de Carga

IMPOSTO ANUAL SEGUNDO A ANTIGUIDADE


Capacidade de
GRUPOS carga em Kg 1° Escalão 2° Escalão 3o Escalão
Até 6 anos Mais de 6 anos até 12 anos Mais de 12 anos até 25 anos

G Até 5000 180 MT 120 MT 60 MT

Mais de 5000 até


H 240 MT 120 MT
10000 360 MT

Mais de 10000 até


I 1080 MT 720 MT 360 MT
16000

J Mais de 16000 2160 MT 1440 MT 720 MT


Automóveis Pesados de Passageiros

IMPOSTO ANUAL SEGUNDO A ANTIGUIDADE


Lotação de passàgeiros
GRUPOS o
Lugares 1 Escalão 2° Escalão 3o Escalão
Até 6 anos Mais de 6 anos até 12 anos Mais de 12 anos até 25 anos

K De 10 a 25 180 MT 120 MT 60 MT

L De 26 a 40 240 MT 120 MT
360 MT

M De 41 a 70 1080 MT 720 MT 360 MT

N Mais de 70 2160 MT 1440 MT 720 MT

Motociclos

IMPOSTO ANUAL SEGUNDO A ANTIGUIDADE DO MOTOCICLO


Cilindrada
GRUPOS
(centímetros cúbicos) 1° Escalão 2° Escalão 3o Escalão
Até 5 anos Mais de 5 anos até 10 anos Mais de 10 anos até 15 anos

A Até 50 50 MT

B Mais de 50 até 100 75 MT 37.50MT

C Mais de 100 até 500 150 MT 75 MT 37.50MT

D Mais de 500 500 MT 250 MT 125 MT

Aeronaves

GRUPOS Peso Máximo Autorizado a Descolagem (Kg) Imposto Anual

A Até 600 800 MT

B Mais de 600 até 1000 2.400MT

C Mais de 1000 até 1400 6.400 MT

D Mais de 1400 até 1800 11.200 MT

E Mais de 1800 até 2500 17.600 MT

F Mais de 2500 até 4200 32.000 MT

G Mais de 4200 até 5700 64.000MT

H Mais de 5700 160.000MT


Barcos de Recreio

IMPOSTO ANUAL SEGUNDO A ANTIGUIDADE DO BARCO

BARCOS DE RECREIO 2 o Escalão


INDICADORES Até 15 anos Mais de 15 anos
GRUPOS

Por cada 10
Tonelagem de Por cada 10 HP ou Por cada HP ou fracção
Por cada tonelada ou
arqueação Potência de fracção da tonelagem ou da potência
fracção de arqueação
bruta propulsão (HP) potência total da fracção de total da
bruta
(toneladas) propulsão arqueação bruta propulsão

A Ate 2 Mais de 25 180MT 100 MT 120 MT 80 MT

Até 50 230,40 MT 112 MT 147,60 MT 93,60 MT


B Mais de 2 até5

Mais de 50 255,60 MT 123 MT 160,80 MT 93,60 MT

Até 100 282,60 MT 123 MT 172,80 MT 93,60 MT


Mais de 5 até
c 10
Mais de 100 333 MT 149 MT 187,20 MT 106,40 MT

Até 100 345,60 MT 149 MT 199,20 MT 106,40 MT


Mais de 10 até
D
20
Mais de 100 410,40 MT 174 MT 225,60 MT 118,40 MT

Até 100 421,20 MT 174 MT 225,60 MT 118,40 MT


Mais de 20 até
E
50
Mais de 100 484,20 MT 186MT 252 MT 131,20 MT

Até 100 498,60 MT 186 MT 265,20 MT 131,20 MT


F Mais de 50

Mais de 100 561,60 MT 235 MT 292,80 MT 158,40 MT


Decreto n." 64/2008 c) A p r e s e n t a r - s e c o m p o n t u a l i d a d e o n d e f o r c h a m a d o ;
de 30 d e D e z e m b r o d) R e s p e i t a r e prestigiar o b o m n o m e e r e p u t a ç ã o d a P R M .
o
A Lei n. 4 / 9 0 , de 2 6 de S e t e m b r o , q u e e s t a b e l e c e as n o r m a s p a u t a n d o - s e s e m p r e por u m c o m p o r t a m e n t o ético e
de c o n d u t a , d e v e r e s e d i r e i t o s d o s d i r i g e n t e s s u p e r i o r e s d o d e o n t o l ó g i c o d i g n o s de u m oficial;
Estado, d i s p õ e q u e o C o n s e l h o de M i n i s t r o s r e g u l a m e n t a r á por e) N ã o se valer da sua a u t o r i d a d e ou patente para obter
decreto, os direitos e deveres dos oficiais, d o s q u a d r o s das Forças vantagens pessoais;
A r m a d a s de M o ç a m b i q u e , das forças Policiais e de S e g u r a n ç a .
f ) M a n t e r - s e e m p r o n t i d ã o , c u m p r i n d o os p r o g r a m a s de
N e s t e s t e r m o s , ao a b r i g o das c o m p e t ê n c i a s q u e são atribuídas
reciclagem periódica que forem organizados pelo
pelo artigo 2 4 da Lei n.o 4/90, de 2 6 de S e t e m b r o , o C o n s e l h o
C o m a n d o - G e r a l da P R M para os reservistas, e x c e p t o
de M i n i s t r o s d e c r e t a :
q u a n d o se verifiquem causas de impedimentos
A r t i g o 1. E a p r o v a d o o R e g u l a m e n t o d e Direitos e D e v e r e s
previstos neste Regulamento;
d o s O f i c i a i s G e n e r a i s , S u p e r i o r e s e S u b a l t e r n o s da Polícia da
R e p ú b l i c a de M o ç a m b i q u e , na s i t u a ç ã o de reserva e r e f o r m a , g) N ã o divulgar i n f o r m a ç õ e s classificadas de q u e tenha tido
a n e x o a o p r e s e n t e D e c r e t o e q u e dele faz parte integrante. c o n h e c i m e n t o d u r a n t e o s e r v i ç o activo, ou d e q u e
Art. 2. Em tudo o q u e não estiver e s p e c i a l m e n t e r e g u l a d o v e n h a a ter c o n h e c i m e n t o na sua q u a l i d a d e de oficial
no R e g u l a m e n t o , sãó aplicáveis s u b s i d i a r i a m e n t e as d i s p o s i ç õ e s na reserva ou na r e f o r m a ;
d o E s t a t u t o Geral d o s F u n c i o n á r i o s e A g e n t e s d o E s t a d o e d o h) N ã o usar u n i f o r m e de serviço, n e m distintivos e patentes
E s t a t u t o d o Polícia.
da P R M sem q u e para tal esteja devidamente autorizado,
Art. 3. O p r e s e n t e D e c r e t o entra e m vigor na data d a sua s a l v o e m f e r i a d o s n a c i o n a i s ou datas c o m e m o r a t i v a s
publicação.
da P R M ;
A p r o v a d o pelo C o n s e l h o de M i n i s t r o s , aos 16 de D e z e m b r o
de 2008.
em c a s o s de c a l a m i d a d e s ou desastres, c o n t r i b u i n d o
Publique-se.
p e s s o a l m e n t e c o m o seu saber, c o n h e c i m e n t o e
A P r i m e i r a - M i n i s t r a , Luísa Dias Diogo.
experiência;
j) Transmitir às novas gerações as suas experiências e valores
a d q u i r i d o s ao serviço da P R M .
Regulamento de Direitos e Deveres dos ARTIGO 4
Oficiais Generais, Superiores e Subalternos (impedimentos)
da Polícia da República de Moçambique
1. S ã o c a u s a s j u s t i f i c a t i v a s d o i m p e d i m e n t o a o c u m p r i m e n t o
(PRM) na Situação de Reserva e Reforma d o s d e v e r e s e s t a b e l e c i d o s nas alíneas b), c) e f ) d o artigo anterior,
d o p r e s e n t e R e g u l a m e n t o , as s e g u i n t e s :
ARtigo 1
(Objecto) a) D o e n ç a s c o m p r o v a d a s m e d i a n t e a t e s t a d o ou j u n t a
médica;
O p r e s e n t e R e g u l a m e n t o e s t a b e l e c e os direitos e d e v e r e s d o s
b) O u t r a s s i t u a ç õ e s p o n d e r o s a s d e c a r á c t e r s o c i a l o u
oficiais generais, superiores e subalternos da Polícia da R e p ú b l i c a
profissional, desde que devidamente justificadas.
dc M o ç a m b i q u e nas situações de reserva e r e f o r m a q u e d e c o r r e m
do Estatuto d o Polícia. ARTIGO 5

ARtIGO 2 ( V e n c i m e n t o na s i t u a ç ã o d e r e s e r v a )

(Âmbito d e Aplicação) A p ó s a p a s s a g e m à reserva, os o f i c i a i s r e f e r i d o s no artigo 2


O p r e s e n t e R e g u l a m e n t o a p l i c a - s e aos s e g u i n t e s O f i c i a i s na d o p r e s e n t e R e g u l a m e n t o têm o d i r e i t o d e r e c e b e r a totalidade
s i t u a ç ã o de reserva e r e f o r m a : dos vencimentos actualizados.

a) Inspector-Geral da Polícia; ARTIGO 6


b) C o m i s s á r i o da Polícia; (Pensão de sobrevivência)
c) 1o A d j u n t o de C o m i s s á r i o da Polícia;
1. P o r m o r t e d o oficial r e f e r i d o nas alíneas a), b) e c) d o
d) A d j u n t o de C o m i s s á r i o da Polícia;
a r t i g o 2 c o m d i r e i t o a r e f o r m a , é a t r i b u í d a u m a p e n s ã o de
e) S u p e r i n t e n d e n t e Principal da Polícia; s o b r e v i v ê n c i a aos seus h e r d e i r o s , e q u i v a l e n t e a setenta e c i n c o
f)S u p e r i n t e n d e n t e da Polícia; por c e n t o da p e n s ã o a q u e teria direito.
g) O f i c i a i s S u b a l t e r n o s c o m mais de 15 a n o s de serviço. 2. Por m o r t e d o oficial r e f e r i d o nas alíneas d), e), f ) e g) d o
ARtIgo 3
a r t i g o 2 c o m d i r e i t o à r e f o r m a , é a t r i b u í d a u m a p e n s ã o de
s o b r e v i v ê n c i a aos seus h e r d e i r o s , e q u i v a l e n t e a c i n q u e n t a por
(Deveres)
c e n t o d a p e n s ã o a q u e teria direito.
São deveres dos Oficiais Generais, Superiores e Subalternos
da P R M na s i t u a ç ã o de reserva e r e f o r m a :
ARTIGO 7
a) Respeitar e defender a Constituição da República e demais (Protocolo e assistência social)
leis em vigor na R e p ú b l i c a de M o ç a m b i q u e ;
b) M a n t e r - s e pronto ao c h a m a m e n t o para o serviço activo, O s o f i c i a i s na s i t u a ç ã o d e r e s e r v a o u r e f o r m a g o z a m d o
em c a s o de n e c e s s i d a d e , e s t a d o de guerra, alteração seguinte tratamento:
da o r d e m , s e g u r a n ç a e t r a n q u i l i d a d e públicas, e s t a d o a) Ser t r a t a d o pela patente, u s a n d o o t e r m o na Reserva
de sítio ou e m e r g ê n c i a ; q u a n d o f o r por escrito;
b) Usar o uniforme de gala em paradas e desfiles militares disciplinar ou criminal, a um subsídio de reintegração nos termos
bem como em cerimónias solenes; seguintes:
c) Manter acesso aos Serviços Sociais da PRM, no âmbito a) Cinquenta porcento do salário base em trinta e seis meses
dos respectivos Estatuto e Regulamento; para os Oficiais Generais referidos nas alíneas a), b) e
d) Prioridade na atribuição de bolsas de estudo para os c) do artigo 2;
filhos. b) Cinquenta por cento do salário base em dezoito meses
para Os Oficiais Superiores referidos nas alíneas d), e)
ARTIGO 8

(Habitação) c) Cinquenta por cento do salário base em doze meses para


os oficiais Subalternos referidos na alínea g) do
1. Os oficiais com direito a habitação, mantêm a ocupação da
artigo 2.
residência do serviço durante o período máximo de três meses
2. O pagamento do subsídio referido no número anterior será
após a passagem à reserva ou reforma.
efectuado na totalidade ou em prestações e períodos a serem
2. Os oficiais na reserva e reforma, ocupando habitação fixados pelo Ministro que superintende a área das finanças.
arrendada pelos serviços a entidades públicas ou privadas,
passam a suportar os respectivos encargos três meses após a ARTIGO 13

passagem a reserva ou reforma. (Perda de direitos e sanções)


3. No momento de cessação de funções e passagem à reserva 1. O oficial que for condenado à pena de prisão maior por
ou reforma, o Comandante Geral e Vice-Comandante Geral da crime doloso, ou p r o c e d i m e n t o - a t e n t a t ó r i o ao prestígio e
Polícia, não possuindo residência própria, o Estado colocará à dignidade da Polícia da República de Moçambique perde os
disposição, para utilização, uma residência para habitação. direitos definidos no presente regulamento.
2. A perda dos direitos mencionados no número anterior, não
ARTIGO 9 inclui a totalidade dos vencimentos actualizados na situação de
(Segurança Pessoal) reserva.
3. As infracções das normas do presente Regulamento serão
Após a cessação de f u n ç õ e s , terão direito à segurança
sancionadas nos termos da lei e Regulamentos específicos.
disponibilizada pelo Estado, os Oficiais Generais mencionados
no n.o 3, do artigo 8 deste Regulamento.
Resolução n.o 75/2008
ARTIGO 1 0
de 30 de Dezembro
(Transporte)
Havendo necessidade de dar cumprimento às formalidades
Após a cessação de funções por passagem à reserva ou previstas no Acordo de Crédito celebrado entre o Governo
reforma, os oficiais com direito à afectação permanente de viatura da República de Moçambique e o EXIM Bank da India, ao abrigo
de serviço, com direito à opção de compra, têm o direito a adquirir do disposto na alínea g) do n.° 1 do artigo 204 da Constituição da
uma viatura pessoal nos termos da legislação aplicável. República de Moçambique, o Conselho de Ministros determina:

ARTIGO 11
Único. É ratificado Acordo de Crédito celebrado entre
o Governo da República de Moçambique e o EXIM Bank
(Assistência médica e medicamentosa)
da Índia, no dia 2 de Dezembro de 2008 na índia, no montante
Os oficiais na reserva ou reforma têm direito à assistência de U S D 25 000 000,00, (vinte e cinco milhões de dólares
médica e medicamentosa nos termos da legislação geral e a m e r i c a n o s ) , d e s t i n á d o ao f i n a n c i a m e n t o do P r o j e c t o de
específica. Estabelecimento de um Parque Tecnológico em Manhiça,
Província de Maputo.
ARTIGO 1 2
Aprovada pelo Conselho de Ministros, aos 16 de Dezembro
(Subsídio de reintegração) de 2008.
1. Os oficiais referidos no artigo 2, têm o direito, quando Publique-se.
passarem à reserva ou reforma e o motivo da passagem não for A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.

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