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Quarta-feira, 24 de Dezembro de 2003 I SÉRIE - Número 52

,
BOlETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE abono de um vencimento denominado décimo terceiro


mês.
AVISO
Resolução n° 54/2003:
A matéria a publicar no "Boletim da República" deve
ser remetida em cópia devidamente autenticada, uma cópia Atribui ao Projecto Internacional de Evagelização para inte-
por cada assunto, donde conste, além das indicações rior de África, alvará para abertura e exploração de estação
necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte, emissora de rádio denominada "Rádio Pieia Wa Yesu",
assinado e autenticado: Para publicação no "Boletim da com sede na cidade da Beira.
República" •
Primeiro-Ministro:
••••••••••••••••••••••••••••••••
Despacbo:
SUMÁRIO
Adjudica à KomatiIand Florest (PTY), a aquisição de oitenta
Conselho de Ministros: por cento do património da IFLOMA.
Decreto 0° 47/2003:
Ministério do Interior:
Cria o Instituto Superior de Ciências de Saúde,
abreviadamente designado ISCISA. Diploma Mioisterial 0° 134/2003:
Concede a nacionalidade moçambicana, por naturalização, a
Deereto 0° 4812003: Vanda das Dores Batista Neto.

Aprova a Estrutura Orgânica das Forças Armadas de Defesa


de Moçambique. Conselho Constitucional:
Deliberação 0° 10/CC/2003:
Decreto 0° 49/2003:
Concernente ao recurso da Deliberação nO4512003, de 9 de
Concernente às participações sociais de propriedade do Outubro, da Comissão Nacional de Eleições (CNE),
Estado que sejam objecto de alienação ao abrigo da interposto pelo Partido PAMOMO.
Resolução n," 1512001, de 10 de Abril.
DeliberaçAo 0° II/CC/2003:
" Decreto n° 50/2003: Concemente.ao recurso da Deliberação n° 70/2003, de 18 de
Cria o Instituto da Propriedade Industrial, abreviadamente Novembro, da Comissão Nacional de Eleições (CNE),
designado IPI. interposto pela Coligação RENAMo-UniãoEleitoral

Decreto 0° 51/2003:
Cria o Instituto Nacional de Apoio aos Refugiados. ••••••••••••••••••••••••••••••••
Decreto 0° 52/2003: CONSELHO DE MINISTROS
Aprova o Regulamento do Número Único de Identificação
Tributária (NUIT). Decreto 0° 47/2003
de 24 de Dezembro
Decreto n° 53/2003:
A formação de quadros qualificados figura como uma das
Cria a Comissão Interministerial para os Grandes Eventos maiores prioridades no Programa do Governo da República de
Nacionais e Internacionais, a terem lugar na República Moçambique.
de Moçambique, abreviadamente designada porCIGENI. Com o alargamento e extensão do Serviço Nacional de Saúde
Decreto 0° 54/2003: e com as exigências que se impõe na qualidade de atendimento
aos utentes deste serviço, o país necessita cada vez mais de
Concede em 2003 a todos funcionários do aparelho de Estado quadros superiores formados na área de Saúde. Ao abrigo do
e instituições subordinadas, vinculados antes de I' de disposto no n° I do artigo 14 da Lei n° 5/2003, de 21 de Janeiro, o
Novembro findo, e às Forças de Defesa e Segurança, o Conselho de Ministros decreta:
~-I OE DEZEMBRO DE 2003 611

ARnG020 Nestes termos, ao abrigo do disposto na alínea e) do número


I do artigo 153 da Constituição da República, o Conselho de
I. É permitida às sociedades a aquisição, por conta dos
Ministros decreta:
gestores,técnicos e trabalhadores e mediante o seu consentimento
Artigo I. É criado o Instituto da Propriedade Industrial,
expresso, das participações para estes reservadas.
abreviadamente designado /PI, que se rege pelos estatutos em
2. A ocorrência do .previsto no número anterior não altera o
anexo, que são parte integrante do presente Decreto.
periodo de indisponibilidade previsto na alínea c) do n02 do
Art.Z, O IPI é uma instituição pública, dotada de personalidade
artigo 17 do presente Decreto, bem como os descontos legalmente
jurídica, autonomia administrativa e financeira.
previstos em caso de pronto pagamento.
Art.3. O IPI é de âmbito nacional e é tutelado pelo Ministro
ARTIGO2 I da Indústria e Comércio.

I. Para efeitos do disposto no n° I do artigo 15 do Decreto Art. 4. O IPI tem como atribuições, executar as normas que
regulam os direitos de propriedade industrial, tendo em vista o
n° 28191, de 21 de Novembro, são igualmente elegíveis para adquirir
interesse social e o desenvolvimento tecnológico e económico
participações ou acções. de determinada empresa os gestores,
do pais.
técnicos e trabalhadores que completem pelo menos, cinco anos
Art, 5. Para a prossecução destas atribuições, compete ao IPI:
de serviço no ano da assinatura do despacho conjunto previsto
a) Propôr a definição de políticas específicas da
n° I do artigo 2 do Decreto n° 20/93, de 14 de Setembro.
propriedade industrial e acompanhar a execução das
2. No despacho de fixação dos critérios relativos à aquisição
medidas dela decorrentes;
de participações por gestores, técnicos e trabalhadores previsto
h) Apresentar propostas de desenvolvimento e
no n" I do artigo 2 do Decreto nO20 193 de 14 de Setembro, poderá
aperfeiçoamento da legislação sobre a propriedade
ser consagrado uma reserva para os gestores, técnicos e industrial e velar pelo seu cumprimento;
trabalhadores que na altura do desencadeamento do processo c) Assegurar a atribuição e protecção dos direitos da
não puderem ser abrangidos para subscrição por razões que não propriedade industrial, visando o reforço da lealdade
lhes forem imputáveis. da concorrência;
3. Para efeitos do disposto no número anterior é fixado o prazo ti) Manter um registo actualizado dos direitos atribuídos e
máximo de 2 anos, findo o qual as acções serão livremente respectivas alterações, permitindo a permanente
transaccionadas nos termos dos estatutos da sociedade e da lei existência de informação certificada e meios de prova
geral aplicável. necessários para a resolução de conflitos no âmbito
da propriedade industrial;
CAPiTULO VII
e) Publicar nos termos legalmente estabelecidos, os actos,
Disposição revogatória decisões e outros elementos relevantes relativos à
propriedade industrial;
ARTIGO22
j) Promover a divulgação de informação tecnológica
São revogadas as disposições legais que contrariem o presente visando estimular o espírito inventivo e inovador, bem
Decreto. como adoptar medidas que encorajem a transferência
de tecnologias e utilização de patentes, através da
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 25 de Novembro
mobilização de diversos parceiros nas instituições de
de 2003.
ensino e investigação do sector público e privado,
Publique-se. sociedade civil bem como os detentores de fundos
O Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi. para o desenvolvimento tecnológico e inovação.
Art, 6. Os recursos humanos, materiais e financeiros afectos
ao Departamento da Propriedade Industrial transitam para o IPI.
Decreto n° 50/2003 Art. 7. O pessoal do IPI fica sujeito ao Estatuto Geral dos
de 24 de Dezembro Funcionários do Estado, sendo o respectivo quadro de pessoal
aprovado nos termos da legislação aplicável.
Pelo Decreto n° 18/99 de 4 de Maio, o Governo aprovou o
Código da Propriedade Industrial de Moçambique, criando assim, Art. 8. A implantação da estrutura definida no Estatuto Orgânico
no território nacional, o direito positivo em matéria de protecção e a transição de pessoal do Departamento da Propriedade
de marcas, patentes, modelos industriais, modelos de utilidade e Industrial para o quadro de pessoal do IPt, deverão estar
de outros direitos de propriedade industrial. Pelo mesmo Decreto concluídos no prazo de noventa dias a contar da data de entrada
foi atribuído ao Departamento Central da Propriedade Industrial a em vigor do presente diploma.
competência de administrar provisoriamente aqueles direitos,
Art. 9. Compete ao Ministro de tutela aprovar o regulamento
enquanto se prepara a criação de um órgão específico, pelo
Conselho de Ministros. do IPI até noventa dias a contar da data da publicação do presente
Decreto.
A importãncia crescente da propriedade industrial em
Moçambique, toma urgente a criação do referido órgão que Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 2 de Dezembro
possa actuar com a necessária autonomia administrativa e de 2003.
financeira na administração de todo o sistema que norteia a criação,
concessão, manutenção. extinção ou transferência dos direitos Publique-se
da propriedade industrial. O Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi.

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612 / SÉRIE - NÚMERO 52

Estatuto Órgânlco do Instituto da Propriedade j) Proceder à divulgação de informação tecnológica com


Industrial vista a estimular o espírito inventivo e inovador e
adoptar medidas que encoragem a transferência dé
CAPíTULO I tecnologias e utilização de patentes, através da
mobilização de diversos parceiros nas instituições de
Natureza e atribuições ensina e investigação do sector público e privado,
AR11001 sociedade civil bem como os detentores de fundos
para o desenvolvimento tecnológico e de inovação,
Natureza para a maximização 40 acesso à informação pública
depositada no IPI.
I. O Instituto da Propriedade Industrial abreviadamente
designado por IPI é uma instituição pública, dotada de CAPíTULO II
personalidade jurídica, autonomia administrativa e financeira.
Organização e funcionamento
2. O !PI é regulado pelas disposições do presente estatuto e
demais legislação aplicável a pessoas colectivas de direito público. SECÇÃOI
3. O !PI funciona sob tutela do Ministro da Indústria e Comércio. ÓrgAos e Funcionamento
ARTloo2 ARTIOOS
Sede ÓrgAos
O IPltem a sua sede em Maputo podendo no exercício das 1. São órgãos do IPI:
suas actividades, se ojustificar e com autorização do Ministro de a) O Director Geral;
tutela, ouvido o Ministro do Plano e Finanças, abrir ou encerrar b) O Conselho de Direcção
delegações ou outras formas de representação, em qualquer local c) O Conselho Fiscal
do território nacional.
2.0 IPI comporta a seguinte estrutura:
ARTIo03 a) Direcção dos Serviços Centrais de Marcas e Patentes;
b) Direcção dos Serviços Centrais de Informação;
AtrlbulçOes c) Direcção dos Serviços Centrais de Organização e
O IPI é de âmbito nacional e tem como atribuições: Gestão;
ti) Departamento de Estudos;
a) A execução das normas que regulam os direitos de e) Departamento Juridico.
propriedade industrial, tendo em vista o interesse
social e o desenvolvimento tecnológico e económico 3. Cada Direcção é dirigida por um Director de Serviços Centrais
do pais; que é nomeado pelo Ministro de tutela.
4. Os Departamentos são dirigidos por Chefes de Departamento
b) A promoção de acções necessárias à atribuição e
Central nomeados pelo Ministro de tutela.
protecção dos direitos da propriedade industrial e
contribuir para a lealdade da concorrência. ARTIo06
AR11oo4 Dlrector·Geral
CompetencJas O Director Geral é nomeado pelo Ministro de Tutela.
Para a realização das suas atribuições compele ao IPI: ARTloo7
a) Contribuir para a definiçllo de pollticas específicas da Competências do Director Geral
propriedade industriai e acompanhar a execução das I. Incumbe ao Director Geral do IPI, para além do exercício das
medidas delas decorrentes; competências que lhe estão conferidas no Código da Propriedade
b) Apresentar propostas de aperfeiçoamento e Industriai de Moçambique, designadamente:
desenvolvimento da legislação sobre a propriedade
a) Definir a orientação geral de gestão e dirigir a actividade
industrial e velar pelo respectivo cumprimento;
do lPl, com vista à realização das suas atribuições;
c) Processar os pedidos de patentes de invenção, modelos
b) Decidir sobre a concessão, recusa, renovação,
de utilidade, desenhos e modelos industriais e registo revogação e extinção de patentes, marcas e de outros
de marcas, nomes e insígnías de estabelecimento, .depósitos e registos da propriedade industrial e suas
denominações de origem e indicações geográficas, alterações, assinando os respectivos títulos bem como
logotipos bem como proceder a respectiva as certidões e certificados relativos aos mesmos
clasaiflcação; direitos de propriedade industrial;
ti) Manter o registo actualizado dos direitos atríbutdos e c) Representar o IPl ernjuízo e fora dele;
respectivas alterações, permitindo a permanente d) Propôr a aprovação do orçamento do IPI;
existência de informação certificada e meios de prova e) Gerir os recursos humanos, financeiros, patrimoniais e
necessários para a resolução de conflitos no âmbito serviços de apoio geral ao lPI;
da propriedade industrial; j) Convocar e presidir as reuniões-do Conselho de Direcção;
e) Publicarnos termos legalmente estabelecidos, os actos, g) Promover as relações internacionais do IPI e garantir a
decisões e outros elementos relevantes relativos à participação de Moçambique e sua representação nos
propriedade industriai; eventos regionais e internacionais da especialídede;

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24 DE DEZEMBRO DE 2003 613

h) Assegurar a representação do LPIem comissões, grupos conjunto dos Ministros da Indústria e Comércio e do Plano e
de trabalho ou outras actividades de organismos Finanças.
nacionais e internacionais; 2. Na composição do Conselho fiscal, o presidente e um vogal
t) Propor a aprovação do regulamento interno do IPI; deverão ser indicados pelo Ministro da Indústria e Comércio e o
j) Criar grupos de trabalho ou estruturas de projectos outro vogal pelo Ministro do Plano e finanças.
destinados ã realização de actividades que não devam
3. As funções dos membros do Conselho Fiscal são
ser prosseguidas por uma única unidade orgânica, e
acumuláveis com o exercício de outras funções, sem prejuizo das
estabelecer o seu mandato, composição e modo de
incompatibilidades previstas na lei. e são remuneradas nos termos
funcionamento;
a fixar por despacho conjunto dos Ministros da Indústria e
k) Praticar os actos inerentes à gestão do LPI.
Comércio e do Plano e finanças.
2. O Director Geral será substituído nas suas ausências e
impedimentos por um Directur a ser designado em conformidade ARTIGO 12
com as condições a serem definidas no Regulamento Interno do
!PI. Competênelas do Conselho Fiscal

Compete ao Conselho Fiscal:


Secção II
a) Fiscalizar a gestão e o cumprimento das normas
Conselbo de Direcçllo
reguladoras da actividade do !PI;
AlUlG08 b) Emiti!' parecer sobre o orçamento e relatório de contas;
Composiçllo c) Examinar a contabilidade e proceder à verificação dos
I. O Conselho de Direcção é o órgão consultivo do IPI, valores patrimoniais.
cabendo-lhe pronunciar-se sobre matérias que para o efeito lhe
ARTIGO 13
sejam presentes nos termos do presente Estatuto e do
Regulamento Interno, e tem a seguinte composição: Funcionamento do Conselbo FJSÇal
a) O Director Geral do IPI, que preside;
I. O Conselho Fiscal reúne trimestralmente em sessões
b) Os Directores de Serviços.
ordinárias e extraordinariamente, sempre que o presidente o
2. Poderão ser convidados pelo Director-Geral, em razão da convoque;
matéria, a tomar parte nas sessões do Conselho de Direcção, 2. O Conselho Fiscal pode ser assistido por técnicos
outros quadros de reconhecida capacidade técnico profissional.
designados ou contratados para o efeito ou ainda por empresas
ARTIGO 9 especializadas em trabalhos de auditoria;
3. Os membros do Conselho Fiscal devem exercer a sua
Contpetênelas
actividade de forma consciente e imparcial e guardar segredo dos
Compete ao Conselho de Direcção: factos de que tenham conhecimento em razão das suas funções
a) Analisar a implementação das políticas de administração ou por causa delas;
e gestão da propriedade industrial no âmbito das 4. De todas as reuniões são lavradas actas, devendo ser
decisões <toEstado e do Governo e propôr ao Ministro organizadas em livros próprios.
de tutela acções que conduzam à sua correcta
implementação; Secção IV
b) Apreciar os planos e programas anuais e plorianuais de
Estrutura
actividade, bem como os respectivos relatórios de
execução; Subsecção I
c) Propor a criação ou a extinção de estruturas do IPI;
d) Pronunciar-se sobre quaisquer assuntos de gestão Direcção dos Serviços Centrais de Marcas e Patentes
financeira e patrimonial que lhe sejam submetidos; ARTIGO 14
e) Pronunciar-se sobre a aprovação do regulamento
interno do IPI; Competências
fJ Emitir parecer sobre outras matérias inerentes ao
A Direcção dos Serviços Centrais de Marcas e Patentes actua
funcionamento do IPI.
no âmbito dos direitos de propriedade industrial com o objectivo
ARTIGO 10 de garantir a protecção dos sinais distintivos do comêrcio,
atribuição e protecção dos direitos a patente de invenção e a
Funelonamento do Conselbo de Direcção
depôsito de modelos de utilidade, desenhos e modelos industriais.
O Conselho de Direcção reúne-se ordinariamente uma vez por Nesta perspectiva incumbe-lhe:
mês e extraordinariamente sempre que for convocado pelo Director
Geral. a) Assegurar a recepção e tramitação dos pedidos de
registo nacional de sinais distintivos do comércio,
Secção 1II nomeadamente, marcas de fábrica, comércio e
Conselbo Fiscal serviços; recompensa, denominações de origem,
nomes e insignias de estabelecimento, bem como dos
ARTIGO II
pedidos de registo internacional de marcas e
Composição denominações de origem;
I. O Conselho Fiscal é composto por três membros, o presidente b) Proceder ao exame formal e análise dos pedidos de'
e dois vogais, nomeados pelo periodo de três anos, por despacho protecção de sinais distintivos do comércio e
614 ISÉRIE-NÚM/SR052

patentes. apreciando a sua conformidade com a b) Assegurar os procedimentos administrativos relativos


legislação e critérios definidos; ao recrutamentoe movimentaçãode pessoal.bem como
c) Realizar os actos relativos à concessão. recusa. os actos inerentes ao respectivo regime jurídico;
manutenção, modificação e extensão dos registos de c) Estudar e propor medidas de capacitação e motivação
sinais distintivos do comércio e proceder aos do pessoal;
respectivos averbamentos nos processos; d) Propor e apoiar a aplicação de medidas no âmbito da
d) Elaborar certidões, certificados e titulas. bem como organização e simplificação de circuitos e métodos de
outros documentos que façam prova do registo; trabalho;
e) Manter com a secretaria internacional prevista no e) Promover acções de formação e treinamentode quadros;
Acordo de Madrid o circuito de informação e l) Organizar e manter o cadastro do pessoal ç assegurar o
documentação exigida para a protecção internacional registo e controle de assiduidade;
de marcas e denominações de origem; g)t\ssegurar a recepção. registo, classificação,distribuição
j) Propor acções preventivas ou repressivas de
e expedição da correspondência;
h) Promover o aperfeiçoamento sistemático da gestão
concorrência desleal ou de contrafacção em matéria
orçamental. implantando técnicas de controle de
de sinais distintivos do comércio. elaborar pareceres
custos e colaborando no processo de elaboração de
e relatórios e fornecer a informação necessária; orçamentos do IPI:
g) Assegurar a recepção. depósito e registo dos pedidos
J) Preparar os projectos de orçamento e assegurar a
de patentes; respectiva execução;
h) Classificar os documentos de patentes e modelos de j) Conferir, classifiear e processar os documentos de
utilidade. de acordo com a classificação internacional receitas e despesas e proceder a respectiva
de patentes e os relativos a desenhos e modelos contabilização;
industriais. de acordo com as classificações k)Elaborar os instrumentos e indicadores de gestão
aplicáveis: financeira respeitando-se os princlpios de
J) Assegurar o processo de atribuição e gestão dos contabilidade pública;
direitos a patentes e depósitos. mediante a elaboração /)Assegurar o movimento dos fluxos financeiros.
dos respectivos títulos e o processamento dos efectuando mensalmente o respectivo balancete;
averbamentos resultantes de actos que os mantenham. m)Assegurar a gestão do património do (PI e manter
modifiquem ou extingam; organizado o inventário dos bens móveis e imóveis.
j) Elaborar certidões. certificados e outros documentos
solicitados. relativos a patentes e depósitos. excepto Subsecção III
certidões de busca; Direcção dos Serviços Centrais de InformaçAo
k) Preparar informação destinada à publicação no Boletim ARTIGO 16
de Propriedade Industrial.
Competências
I) Proceder ao exame técnico dos pedidos de registo de
marcas e patentes afim de apurar as condições de À Direcção dos Serviços Centrais de Informação do (PI
registrabilidade e patenteabilidade; incumbe a divulgação e promoção das potencialidades da
m) Organizar e manter actualizados os sistemas de
propriedade industrial junto dos agentes económicos, organizar.
informação de busca de anterioridade dos pedidos de tratar e manter a informação técnica do sector. promover a
informatização das actividades do IPt. Para a execução destas
registo de marcas e proceder às buscas para instrução acções incumbe-lhe:
dos respectivos processos;
n) Processar as pesquisas de anterioridade impeditiva, a) Organizar e manter uma biblioteca especializada em
bem como preparar certidões de busca; propriedade industrial e assegurar o acesso público
o) Examinar, controlar e acompanhar a fase internacional
ao património informativo-documental do IPI;
dos pedidos de patentes e proceder à separação dos b) Tratar e promover a divulgação selectiva da informação
pedidos internacionais depositados segundo o tecnológica contida nas patentes e em outros
Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes; documentos da propriedade industrial;
p) Estudar propostas técnicas de projectos, acordos e c) Promover a criação de fontes de informaçãotecnológica
tratados que digam respeito à área de patentes e dirigida às empresas e efectuar acções de
marcas. sensibilização ao sistema da propriedade industrial.
por forma a incentivar a criatividade e inovações dos
Subsecção II processos de produção e comercialização;
Dírecçâo dos ServIços Centrais de OrganizaçAo e GestAo d)t\ssegurar a edição das publicações do IPI e a actividade
ARTIGO 15
de microtilmagem e reprografia bem como promover a
publicação do Boletim de Propriedade Industrial,
Competências incluindo a assinatura de revistas;
À Direcção de Serviços Centrais de Organização e Gestão e) Assegurar as relações publicas do IPI e a prestação dc
incumbe promover o estudo e aplicação de medidas de informação ao público utente;
aperfeiçoamento do funcionamento do IPI com o objectivo de j) Manter a informação actualizada sobre as novas
assegurar a gestão, organização e administração dos recursos tecnologias de informação. propor a aquisição de
humanos, financeiros e patrirnoniuis, Incumbe-lhe ainda: equipamentos e produtos informáticos;
a) Promover a elaboração de instrumentos e indicadores g) Promover o desenvolvimento e aperfeiçoamento de
de gestão de pessoal; software e de outras aplicações informáticas
24 DE DEZEMBRO DE 2003 615

adequadas às áreas de actuação do IPI, d) Participar, em coordenação com o Director-Geral, nas


designadamente no que se refere a informação negociações de Acordos, Protocolos e outros
bibliográfica e de gestão dos processos de patentes, instrumentos jurídicos;
marcas, registos e depósitos; e) Representar o Director Geral do IPIjunto dos tribunais
.h) Assegurar a manutenção dos equipamentos informáticos em matéria de litígios e contenciosos administrativos
afectos ao IPI, de acordo com as normas técnicas que decorram dos actos do IPI;
aplicáveis; j) Estudar e emitir pareceres sobre o regime jurídico dos
i) Executar os procedimentos de segurança, verificação e vários títulos da propriedade industrial;
manutenção necessários ao bom funcionamento de g) Proceder à investigação dos actos normativos
aplicações existentes e assegurar a correcção de
concernentes á propriedade intelectual, em particular
anomalias ou avarias;
a propriedade industrial;
j) Apoiar os utilizadores e gerir a distribuição dos recursos
h) Compilar e manter actualizado um banco de dados sobre
e a rede informática do IPI de acordo com as
a legislação da propriedade intelectual, em particular
necessidades dos serviços;
a legislação da propriedade industrial;
k) Promover a participação em redes de informação nacional
e internacional com vista a constituição e utilização i) Colaborar com as entidades judiciais e outras
de banco de dados documentais no âmbito da competentes no desenvolvimento de acções
propriedade industrial. preventivas ou repressivas de concorrência desleal
ou de contrafacção no domínio da usurpação de
Subsecção IV direitos e uso exclusivo de patentes e de sinais
Departamento de Estudos distintivos do comércío, elaborando pareceres e
relatórios e fornecendo a informação necessária;
ARTJGO 17
Competencias CAPITULO III
Ao Departamento de Estudos incumbe prestar assessoria aos Gestllo Financeira e Administrativa
dirigentes e órgãos do IPI no exercício das suas competências e ARTIGO 19
prossecução dos seus objectivos e funções, especialmente no
âmbito da definição de politicas e planificação do desenvolvimento Regime
da propriedade industrial. Para a execução destas acções incumbe- No âmbito da gestão financeira e administrativa, o IPI rege-se
lhe: pelo disposto no presente Estatuto e demais legislação aplicável.
a) Prestar assessoria aos dirigentes e órgãos do IPI no
ARTIGO 20
exercício das suas competências e prossecução dos
seus objectivos e funções; Formas de obrigar o IPI
h) Apresentar propostas conducentes à definição da O IPI obriga-se pela assinatura do Director-Geral.
politica de gestão da propriedade industrial;
c) Propor as prioridades de investimentos que estejam em ARTlG021
harmonia com as estratégias de desenvolvimento
definidas; Actos e Contratos
ti) Estudar e propor regulamentos de funcionamento do I. Os actos e contratos celebrados pelo IPI bem como a sua
IPI; revogação, rectificação ou alteração podem ser titulados por
e) Propor a criação de fundos especiais para assegurar o documentos particulares.
desenvolvimento da propriedade industrial; 2. Quando se trate de actos sujeitos a registos, o documento
j) Preparar relatórios e planos de actividade; particular deve conter reconhecimento das assinaturas.
g) Preparar balanços periódicos-da actividade do IPI e 3. Os documentos através dos quais o IPI formaliza quaisquer
proceder à avaliação do cumprimento das acções negócios juridicos, bem como os documentos por ele emitidos
programadas. em confonnidade com os elementos constantes da sua escrita,
servem de título executivo contra quem por eles se mostre devedor
Subsecção V
do IPI independentemente de outras formalidades exigidas por
Departamento Jurídico lei.
ARTIGO 18
ARTIGO 22
Competêneías
Património
Compete ao Departamento Jurídico:
Constitui património do IPI a universalidade de bens, direitos
a) Prestar assessoriajuridica ao Director-Geral do IPI no
e outros valores que adquira por compra, alienação e doação no
exercício das suas funções e garantir a legalidade dos
exercício das suas atribuições.
actos do IPI no âmbito de concessão e recusa dos
direítos da propríedade industrial;
ARTIGO 23
h) Emitir pareceres sobre normas jurídicas pertinentes;
c) Em coordenação com os titulares dos órgãos, elaborar Instrumentos de gestão
actos normativos, projectos de legislação, I. São instrumentos de gestão do IPI:
regulamentos, estatutos, fundamentações de adesões a) Os planos de actividades e financeiros, anuais e
ou ratificações de acordo, elou protocolos ínerentes pluríanuais;
a propriedade industrial; h) Os orçamentos anuais;
616 lSÉR1E-NÚMEROj2

Os relatórios de actividades e de contas anuais.


c) Artigo I
2. A contabilidade do IPI deve englobar uma componente (Criaçlo)
analítica que garanta um adequado controle orçamental.
3. O IPI submeterá as instrumentos de gestão à aprovação do
É criado o Instituto Nacienal de Apoio aos Refugiados, adiante
Ministro de tutela. também designado por INAR, e aprovado o respectivo Estatuto
Orgânico, anexo ao presente decreto e do qual faz parte integrante.
AR:1'IOo24
Artigo 2
Receitas e despesas
(Natureza)
1. Constituem receitas próprias do IPI:
O INAR é uma instituição de direito público subordinado ao
O produto de taxas cobradas no depósito e registo de
a) Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
patentes, modelos de utilidade, desenhos e modelos
industriais, marcas, nomes e insígnias de Artigo 3
estabelecimento, logotipos, denominações de origem, (Objecto)
Indicações geográficas e recompensas, bem como
outros valores de natureza pecuniária que lhe sejam O INAR tem por objecto a recepção e acomodação dos
consignados; candidatos ao estatuto de refugiado e dos refugiados.
b) O produto de venda de serviços e publicações;
c) Quaisquer outras receitas que sejam arribuídas por lei, Artigo 4
contrato ou outro titulo; (AtribuiçOes)
li) Outros valores que resultem de alienações de bens
próprios. São atribuições do INAR:
2. Constituem outras receitas do (PI: a) O apoio e a assistência aos candidatos ao estatuto do
refugiado e ao refugiado na República de Moçambique,
a) As dotações do Orçamento do Estado; bem como a coordenação com as demais entidades
b) As dotações, comparticipações, subvenções que lhe nacionais e estrangeiras na execução de acções
forem concedidos por quaisquer entidades públícas tendentes a proporcionar-lhes um clima de segurança
ou privadas, nacionais ou estrangeiras; e estabilidade no país;
Os donativos e subsidios feitos por pessoas singulares
c) b) A coordenação e a articulação com a Comissão Consultiva
ou colectivas, nacionais ou estrangeiras. para os Refugiados, criada pela Lei n' 21/91, de 31 de
3. Constituem despesas do (PI: Dezembro;
a) Os encargos com respectivo funcionamento; c) A criação e a gestão quotidiana dos centros de
b) Os custos de aquisição, manutenção e outros inerentes acomodação no que concerne a distribuição de bens
ao exercicio das suas atribuições, allmentícios, bens de uso individual e outros serviços
disponíveis;
A~T1G02S d) A execução de acções conducentes à procura de
soluçãoes durado iras para OSrefugiados.
AplícaçAode fundos e reservas
Na aplicação de resultados serão constitui das, pelo menos, as Artigo 5
seguintes reservas cujas modalidades de utilização serão (Recursos Humanos e Materiais)
aprovadas pelo Conselho de Direcção: Transitam para o INAR todos os recursos humanos,materiais
a) Fundo de Investigação; e financeiros afectos às actividades do Núcleo de Apoio aos
b) Fundo de Investimento; Refugiados.
c) Fundo da contribuição anual para organizações
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 2 de Dezembro
regionais e internacionais. de 2003.
Publique-se.
O Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi.
Decreto n' 5112003
de 24 de Dezembro Estatuto Orgânico dO,J".tltuto Nacional ~.Apoio aos
O faclo de Moçambique ser pais hospedeiro de refugiados, Refugiados (INAR)
6'riundos de vários quadrantes do globo, requer a criação do
Instituto de Apoio aos Refugiados para coordenar todo o CAPITULO I
formalismo a que devem obedecer os pedidos de estatuto de (Natureza, objecto, competência e âmbito territorial)
refugiado, bem como a assistência dos mesmos no quadro global
de materialização do prineíplo eonstitucional do respeito e defesa ARTIGO I
dos direitos humanos.
Nestes termos, e ao abrigo do disposto na alínea e) do n'' I do (Natu •.eza)
artigo 153 da Constituição da República de Moçambique, o O INAR é uma instituição de direito público subordinada lIO

Conselho de Ministros decreta: Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.


Terça-feira. 4 de Maio de 1999 I SÉRIE - Número 17

BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBUCAÇÃO OFICIAL DA REPÚBUCA DE MoçAMBIQUE

2° SUPLEMENTO

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE CONSELHO DE MINISTROS


Decreto u· Il1199
AVISO
de4deMaio
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve
ser remetida em cópia devidamente autenticada, uma Convindo criar COndiÇÕCIfavoráveis ao desenvolvimento'
por cada assunto, donde conste, além das Indlcaqoes . tecnológico no País e de acesso as novas t6cnicas industriala,
necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte,
assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim da comerciais e de serviços, de fonna a estimular os investimentoa

.............................. '.
República» nacionais e estrangeiros, atrav6s da protceçlo da propriedade
industriaI;
Reconheccndo-seopapel primordialdosdireitoadepropriedade
industrial na vida mercantil e na concorrência, comoinstrumelltoa
SUMÁRIO de uansrnisslo de conhecimentoa de novas tecnoloBiaa;
Havendo ncceas:idade de promover a actividade inventiva no
Conselho de Ministros: País e a uansferência de tecnoloBias atrav6s da sua aquisi~
selectiva de normas adequadas l realidade económica do País;
Decreto n· 18199: Considerando aimportAnciado papel dasinstituiÇÕClreBionais
Aprova o Código da Propriedade Induslrial de Moçambique. e internacionais nos domfnios da busca, elUllllC,investigllÇlo,
informaçlo sobre o estado da t6cnica e da documentaçio em
Decreto n· 19199: matéria da propriedade Industrial, bem como o beneflcio na
formaçlo técnica de quadros nacionais;
Aprova o Regulamenlo de Agentes Oficiais da Propriedade Assim, toma-se imperioso tutelar os interesses dos particulares
Induslrial. na actividade industrial, comercial e de serviços, estabelecendo-
-se um quadro jurídico e institucional protector dos Direitos da
Decreto n· 20199: Propriedade Industrial, nas condiÇÕCI e nos limites fixados no
Aprova o Estatuto Remuneratório das FolÇ8SAnnadas de Def••• Código da Propriedade IndustriaI de Moçambique, e reprimindo
de Moçambique. tndos os actoa contrários l lealdade da concorrência, aos usos e
costumes honestos naindllstria, com6rcioe prestaçiode serviços,
Decreto n· 21199: e protegcndo-sedestemodo oconsumidorcontraosriscos deerm,
Aprova o Regulamento do Bxorcfcioda Profissão Fartll8C&Jüca. contrafacçlo, confuslo e fraude no domfniode produtos, serviços
e estabelecimentoa.
Decreto n· 22199: Nestes termos, ao abrigo do disposto no artiJo 79, conjugado,
com a alínea e) do n.·l do artigo IS3, ambos da Constituiçlo da
Aprova o Regulamento do Sistema do Regislo do Medicamento. República, o Conselho de Ministros decreta:

Decreto u· 231!1!1:
Artigo 1. a aprovado o C6digo da Propriedede Industria1 ele
Moçambique, em anexo, que faz parte integrante do preaenlll
Autori•• Oexercíciodaacüvidadede intennediaçlo financeira RIo decreto.
monetária pela Sociedade de Promoçlo de Pequenos Art.2. a revogado o ~ n· 30679. de 24 do ApIA)
Investimentos, GAPI, SARL. de 1940,queinstituiuoC6digodaPropriedadeIndustriatmendedg
92··(26) I SÉRIE-NOMERO 17
Outras tax •• : Decreto n" 19199
a) Certidão........................................... 250000.00 MT de4de Maio
b) certificado de patente, depósito ou
A protecção da propriedade industrial exige conhecimentos
registo......... . .. . 250 000.00 MT técníco-profiaslonaís especíãcos. A natureza do processo
c) Titulo.................................................. 600 000.00 MT preparatõno'para o registo de marcas, de patentes e de outros
ti) Transmissão de um pedido interna- títulos d. propriedade industrial é complexo e requer intervenção
cional .......•............................ 3 000 000,00 MT de profissionais capazes de investigar e organizar • informação
e) Taxa de serviços............................... 50000,00 MT necessária à decisão sohre o registo e protecção.
f! Boletim da propriedade industri.I...... 250000,00 MT Deste modo. com vista. permitir um. melhor adequação da
g) Preparos de expediente de Agentes oferta de serviços especlalízados em matéria de protecção da
Oficiais I 500 000.00 MT propriedade industrial e consíderando pertinente. criação de um
h) Publicação................................... 300 000.00 MT regime jurídico especifico queestabeleça procedimentos inerentes
ao exercício d. função de mandatãrio de direito em propriedade
4.1. Prestação de serviços:
índustrial, afigura-se necessário instituir o exercício d. função de
4.1.1. Pesquisas: Agentes Oficiais da Propriedade Industrial,
Nestes termos, e ao abrigo do disposto n•• línea e) do nOI do
a) De elementos não informatizados: artigo 153 da Constituição da Repüblíca, conjugado com o artigo
Por mod.lidade.................... ... ... .. . . . . .. 200 000,00 MT 188 do Código da Propriedade Industrial, aprovado pelo Decreto
nO18199, de 4 de Maio, o Conselho de Ministros decreta:
b) De elementos informatízados:
Artigo I. É aprovado o Regulamento de Agentes Oficiais da
i. Por modalidade e com consulta • Propriedade Industrial, em anexo, que faz parte integrante do
bases de dados internos.................. 500000,00 MT presente decreto.
ii.Comconsultaab.seded.dose~ternos 1500ooo,OOMT Art. 2. O presente decreto entra em vigor sessenta dias após •
iii. Por página de impressão de resultados 20000.00 MT sua publicação.
4.1.2. Autenticação de resultados: Aprovado pelo Conselho de Ministros.
a) Por página aU\Cnticada........................ 20 000.00 MT Publique-se,
4.1.3. Cópias de documentos: O Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbl.
a) Fasclculos de patentes
b) Outros por página A4
.
.
50 000,00 MT
10000,OOMT Regulamento
-
de Agentes Oficiais da Propriedade
4.Ú. Informações: Industriai
a) Por cada elemento solicitado e ARTIGO I
referente a um ónico processo 20 000.00 MT Agentes Oficiais da Propriedade IndustriaI
5. Publicações:
São agentes oficiais da propriedade mdustr ra1 aqueles que
Por publicação do aviso de despacho sejam reconhecidos pelo órgão d•• drnímstração de propriedade
de concessão ou recusa de registo industrial como mandatários processuais de direito nos termos do
incluindo o exame 500 000.00 MT artigo 185 do Código da Propriedade Industrial aprovado pelo
6. Averbamentos e modificações: Decreto n° 18199, de 4 de Maio.
a) Nome, denominação sociaI ou outro
elemento de identificação do ARTIGO 2
requerente ... :............... •.•.•. ... .... 50 000,00 MT Atribuições
b) Residenci. ou sede quando a modífí- São atribuições dos agentes oficiais da propriedade industnal,
cação resulte de actos imputáveis ao entanto que mandatários:
titular ou requerente.................. •.... 10 000,00 MT a) Intervir em defesa dos particulares. seus clientes, no
c) Do sinaI. adição ou substituição de produtos ou serviços âmbito dos direitos de propriedade industrial:
em pedidos de registo: Tax.igual. do pedido do registo b) Representar os interesses dos particulares junto do órgão
respectivo. da administração da propriedade industriaI; e
6.1. Transmissão de Iicenç.s de exploração: c)Contribuirnadisseminação.juntodosagentesecon6micos,
da informação referente a protecção dos direitos de
a) Patentes de invenção ...................•.... 100 000,00 MT propriedade industrial.
b) Modelos de utilidade .....•............•...• 100 000.00 MT
c) Modelos e desenhos industriais . lOOooo.OOMT ARTIGO 3
ti) Marca de registo nacional . lOOOOO.OOMT Condlçlles de acesso
e) Recompens ••...................................... 100'000.00 MT Para exercer a função de agente oficial da propriedade indus-
f! Nome ou inslgni •.............................. 100 000.00 MT trial. são requisitos cumulativos os seguintes:
g) Logotipo •••...•..........•...•...............•.... lOOooo.OOMT a) ser cidadão moçambicano;

__
.. .._-----------
4 DE MAIO DE 1999
92-(27)
b) Não estar inibido do exercício da função por decisão ARTIGO 8
transitada em julgado;
Reconhecimento oficial
c) Ter formação superior:
ti) Não ser funcronãrio do órgão da administração da I. O reconhecimento do agente oficial da propriedade indus-
propriedade industrial no activo: e triai efectiva-se com a sua investidura e entrega do certificado de
e) Ser aprovado no exame nos termos do artigo S do presente qualificação, emitido pelo órglo de administração da propriedade
Regulamento. industrial, para o exercício da função.
2. A investidura dos concorrentes ocorrerá perante o director
ARTIGO 4 do órgão nos trinta dias subsequentes à data da aprovação do
respectivo exame. •
Formalidades de exame
ARTIGO 9
1. Os exames serão marcados com um mínimo de noventa dias
Condições para o início da função
de antecedência. através de avisos que serão afixados junto do
órgão da administração da propriedade industrial, publicados no 1. O inicio da função de agente oficial da propriedade industrial
boletim da propriedade industrial edivulgados através dos órgãos condiciona-se à satisfação cumulativa dos seguintes requisitos:
de informação. a) Ter escritório em Moçambique nos termos do artigo 187
2. Da recepção dos pedidos de exame serão os requerentes, no do Código da Proriedade Industrial de Moçambique:
prazo de quinze dias, notificados do despacho de admissão ou b) Ter domicilio no território nacional; e
exclusão ao exame. c) Ter sido reconhecido oficialmente como Agente Oficial
3. Os candidatos deverão apresentar juntamente com o da Propriedade Industrial nos termos do artigo 8. do
requerimento de candidatura os seguintes documentos: presente Regulamento.
a) Fotoc6piadodocumentode identificação civil autenticada; 2. Para efeitos do disposto no numero anterior os candidatos
b) Documento comprovativo das habilitações literárias: e aprovados deverão apresentar junto do órgão da administração da
c) Ceruficado de registo criminal .. propriedade industrial os seguintes documentos:
a) Documento comprovativo da existência do escritório; e
4. No acto da apresentação dos documentos referidos no
b) Atestado de residência.
número anterior os requerentes deverão proceder ao pagamento
da taxa de preparos. nos termos da alínea g), do nO4 do anexo ARTIGO 10
referido no artigo 176 do Código da Propriedade Industrial de Registos de assinaturas
Moçambique. aprovado pelo Decreto n° 18199. de 4 de Maio.
1. As assinaturas e as rubricas dos agentes oficiais constarão de
ARTIGOS um registo especial no órgão de administração da propriedade
industrial.
Exame de prestação de provas 2. Nenhum documento assinado por agente oficial da
1. O exame de admissão constará de uma prova escrita (PE) e propriedade industrial será recebido sem a indicação legível,junto
de uma prova oral (PO). da assinatura, do nome e do endereço do escritório respectivo.
2. A classificação final (CP). será a média das duas prôvas que ARTIGO 11
resultará da fórmula CF-PE ± 2PO. Exclusão de referências
3
3. A lista dos candidatos aprovados será afixada no órgão da Os agentes oficiais da propriedade industrial só poderão
administração da propriedade industrial e publicada no boletim identificar-se nos seus requerimentos e correspondência com o
da propriedade industrial. órgão de administraçlo da propriedade industrial apenas através
do nome e designação do cargo.
ARTIGO 6 ARTIGO 12
Júri de exame Suspensão e cessação da função
O júri de exame terá a seguinte constituição: 1. Os agentes oficiais da propriedade industrial podem a seu
pedido suspender o exercício da respectiva função desde que do
a) O director do órgão da administração da propriedade
facto notifiquem o órglo de administração da propriedade índus-
industrial que preside: e
trial com a antecedência mínima de trinta dias.
b) Dois responsáveis no órgão. sendo um da área de marcas
2. O agente em situação de suspensão da função poderá
e O outro da área de patentes.
requerer a todo o tempo o regresso ao exercício de funções.
ARTIGO 7 3. O agente oficial da propriedade industrial pode a seu pedido
Acesso excepcional cessarfunçllesdevendo do factonotificaroórgãode administração
da propriedade industrial com uma antecedência mínima de
Poderão candidatar-se ao exercício da função de agente oficial noventa dias.
da propriedade industrial os técnicos moçambicanos que tenham 4. A cesaação da função de agente oficial da propriedade
exercido a função de gestor, no órgão de administraçlo da industrial pode ocorrer por decialo do director do órgão de
propriedade industrial noterrit6rio nacional. quando desvinculados administração da propriedade industrial quanto se verifique
do mesmo. devendo quanto às condiçoes de acesso apenas austncia de idoneidade profissional COlllprovada ou quando o
satisfazer os requisitos previstos nas alíneas a) e b) do artigo 9 do agente esteja inibido do exercíciodafunçlopordecisão trsnsitada
presente Regulamento. em julgado.
92--(28) I SÉRIE NOMERO 17
ARTIGO 13 ARTIGO 2
Acesso a Informaçio Venelmento
Os agentes oficiais da propriedade imlustrial, na qualidade de I. O ''vencimento'' 6 a retribuição monetária mensal que se
mandatários terão acesso, junto do órgão de administraçio da presta aos militares pelos seus serviços, de acordo com o posto e
propriedade industrial, a informação apenas relativa aos nos demais termos referidos no presente diploma.
procedimentos de protecção dos direitos de propriedade indus- 2. Os vencimentos dos militares correspondem aosdias naturais
triai, em nome dos respectivos mandantes. do mês e não de trabalho.
ARTIGO 14 ARTlG03
Lei supletiva Direito à remuneraçio
Em tudo o que nãoestiver expressamente regulado no presente I. O direito à remuneração reporta-se:
decreto, a função dos agentes oficiais da propriedede industrial
a) À datado ingresso no primeiro posto do respectivo quadro
rege-se pela lei civil para o mandato.

-
Decreto nO20199
especial, para os militares dos quadros permanentes;
b) À data de incorporação, para os militares destinados ao
serviço efectivo normal e nos casos previstos no n' 2 do
artigo I;
de4deMalo c) À data do início de prestação de serviço em regime de
voluntariado, em conformidade oom as normas
Oprocessode reestruturaÇãodas Forças Armadas de Defesade
estatutárias especificamente aplicáveis.
Moçambique impõe a necessidade de se fixarem atendendo às
exigências específicas da condição militar e à realidade sócio- 2. A remuneração é paga em doze mensalidades; uma das quais
económica do país, .crit6rios e normas a que deve obedecer o corresponde ao subsídio de férias nos termos previstos nopresente
sistema de remuneraçlo dos militares das Forças Armadas do diploma, sem prejuízo de outras remunerações que venham a ser
país. decretadas pelo Conselho de Ministros.
Nestes termos, ao abrigo do disposto no n02 do artigo 32 da Lei 3. Aos vencimentos militares só poderão ser adicionados
n° 18197,de I de Outubro, lei da Defesa Nacional e das Forças outros pagamentos que estejam previstos no presente diploma, e
Armadas, o Conselhô de Ministros decreta: . de acordo com as condições nele estabelecidas.
Artigo 1. É aprovado o Estatuto Remuneratório das Forças 4. Perdem direito à remuneração os militares nas situações de
Armadas de Defesa de Moçambique anexo ao presente decreto, ausência ilegítima, deserção, licença registada ou ilimitada, nos
do qual fiz parte integrante. termos da legislação aplicável.
AI1. 2. O montante do índice 100 da estrutura indiciúia S. O direito à remuneração extingue-se com a verificação de
prevista noartigo7 dopresente estatuto, 6fixado tendo como base qualquer das causas que legalmente determinam a cessação do
o salário mínimo estabelecido para o aparelho do Estado. vínculo às Forças Armadas.
Ar!. 3. O presente decreto entra em vigor a partir de I de Abril
de 1999. ARTlG04
Contexto da Remuneraçio
Aprovado pelo Conselho de Ministros.
I. O pagamento de vencimentos aos militares é efectuado pela
Publique-se.
unidade militar, órgãos e estabelecimentos militares em cuja

-
O Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi.

E8laluto RemuneratASrlodas Forças Armadas de


Defesa de Moçambique
estrutura orgânica ocupam um cargo.
2. o pagamento de vencimentos será efectuado nos seguintes
casos:
a) Aos militares que estejam nomeados e efectivamente a
. CAPITuLOI prestar serviço nas situações previstas no Estatuto dos
Dlsposlçlles prals Militares das Forças Armadas;
b) Aos militares que se encontram a aguardar novas
SECÇÃOl afectações, durante o período estabelecido neste
Prlncfplos comuns regulamento;
c) Aos militares que se encontram de liçençade junta médica
ARTIGO I e convalescência;
Objecto e Amblto d) Aos militarca detidos o sancionado., de acordo com as
I. O presente diploma estabelece o Estatuto Remuneratório normas que se estabelecem no presente regulamento.
dos militares dos quadros permanentes, na situaçAodo activo ou
da reserva, em regime de voluntariado e em serviço efectivo ARTIGOS
normal. Venebneuto do mUlblr COIIJ carao superior ao posto
2. O dlspasto no presente dlploma aplica-se tamb6m aos l. O militar nomeado ao cargo superior a que corresponda
aspirantes a oficial e alunos das escolas ou estabelecimentos de posto superior ao seu receberá um subsidio que corresponderá à
fonnaçllo de oficiais e sargentos aos quadros permanentes das diferellÇllentre o vencimento do seu posto e o do posto orgânico
Forças Armadas. requerido para o cargo em que se encontra nomeado.

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