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Número 142
BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P. como a nível do quadro legal que regula o ensino superior e não
só, nos termos do n.º 2 do artigo 18 da Lei n.º 27/2009, de 29 de
Setembro, e ouvido o Conselho Nacional do Ensino Superior, o
AVISO Conselho de Ministros decreta:
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve Artigo 1. São aprovados os Estatutos do Instituto Superior de
ser remetida em cópia devidamente autenticada, uma Contabilidade e Auditoria de Moçambique, anexo ao presente
por cada assunto, donde conste, além das indicações Decreto, do qual faz parte integrante.
necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte, Art. 2. São revogados os Estatutos aprovados pelo Decreto
assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim n.º 54/2004, de 1 de Dezembro.
da República». Art. 3. O presente Decreto entra em vigor na data da sua
publicação.
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 11 de Outubro
de 2016
SUMÁRIO Publique-se.
Conselho de Ministros: O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário.
Decreto n.º 53/2016:
Aprova os Estatutos do Instituto Superior de Contabilidade
e Auditoria de Moçambique e revoga os Estatutos aprovados Estatuto Orgânico do Instituto Superior
pelo Decreto n.º 54/2004, de 1 de Dezembro. de Contabilidade e Auditoria
Decreto n.º 54/2016: de Moçambique
Aprova o Regulamento Sobre a Classificação e Gestão do Pa-
trimónio Edificado e Paisagístico da Ilha de Moçambique, o CAPÍTULO I
Glossário, o Mapa da Área de Protecção Costeira, o Mapa das Disposições gerais
Praias Abertas e Enfiamentos Visuais, o Mapa de Infraestru-
turas Viárias, o Catálogo dos Edifícios Classificados da Ilha ARTIGO 1
de Moçambique da Cidade de Pedra e Cal. (Denominação e natureza)
c) Propor a reforma ou alteração dos presentes estatutos ao e) Pronunciar-se sobre os curricula, bem como sobre o nível
Conselho do Instituto para posterior aprovação pelo de qualidade de formação ministrada e propor medidas
Conselho de Ministros; para a sua elevação;
d) Deliberar sobre o plano de aquisição de bens e serviços f) Promover a elaboração e adequação de regulamentos de
indispensáveis ao funcionamento do ISCAM e carácter científico-pedagógico;
promover sua execução; g) Elaborar planos a curto, médio e longo prazo com
e) Apreciar o plano de orçamento anual, balanços, políticas indicação das áreas funcionais que devem ser
e estratégicas, relatório de actividades e contas para avaliadas;
posterior submissão ao Conselho do Instituto; h) Propor normas de avaliação a aplicar e definir padrões
f) Emitir directrizes e outros documentos de orientação geral de qualidade de ensino e desempenho, acompanhando
para as diferentes unidades orgânicas; a sua implementação;
g) Zelar pelo cumprimento das deliberações do Conselho i) Indicar e calendarizar os níveis de proficiência que o
do Instituto e do Conselho Científico Pedagógico; padrão de qualidade de ensino deve alcançar;
h) Pronunciar-se sobre os planos de formação do corpo j) Pronunciar -se sobre as propostas de criação, reestruturação
docente, concessão de títulos honoríficos, relatórios e ou extinção de unidades de investigação;
outros instrumentos de gestão económica e financeira k) Propor directivas sobre regime de ingresso e frequência
do ISCAM; dos cursos ministrados no ISCAM;
i) Definir estrategicamente as políticas institucionais de l) Propor critérios gerais para métodos de ensino, regime
avaliação e qualidade a prosseguir; de avaliação, frequência, transição de ano;
j) Definir procedimentos de funcionamento dos serviços m) Definir critérios gerais de recrutamento do pessoal
do ISCAM; docente e de investigação;
k) Propor questões a serem submetidas à decisão ou parecer n) Definir critérios gerais do processo de distribuição
de outros órgãos; do serviço docente de forma a garantir o melhor
l) Praticar os demais actos que sejam da sua competência aproveitamento dos recursos humanos disponíveis;
indicados pelo presente estatuto e regulamentos do o) Definir critérios gerais relativos ao processo de creditação
ISCAM. e mobilidade dos estudantes;
3. O Conselho Directivo integra: p) Definir e articular a fixação dos calendários lectivos da
a) Director-Geral, que o preside; formação graduada e pós-graduada;
b) Director Geral Adjunto; q) Propor programas de qualificação e actualização
c) Directores das Divisões; científica e pedagógica do pessoal docente;
d) Director do Centro de Investigação Científica; r) Pronunciar-se sobre o número de vagas para cada um dos
e) Director Adjunto da Divisão; cursos ministrados no ISCAM;
f) Directores dos Serviços Centrais; s) Elaborar as propostas de regulamentos que tenham
g) Chefe do Gabinete do Director-Geral. por objecto matérias de natureza técnico-científica e
4. Podem ser convidados a participar nas reuniões do Conselho pedagógica;
Directivo, em função da matéria, outros quadros a designar pelo t) Apreciar o valor científico de estudos realizados e avaliar
Director-Geral. os resultados do ensino ministrado no ISCAM;
5. O Conselho Directivo reúne quinzenalmente em sessão u) Propor ao Conselho Directivo, medidas de melhoria da
ordinária, e extraordinariamente sempre que necessário, quando qualidade de ensino, do desempenho dos docentes e
convocado pelo Director-Geral com pelo menos um terço dos sua monitorização;
seus membros. v) Em geral, pronunciar -se sobre todos os assuntos que
lhe sejam submetidos pelo Director Geral do ISCAM,
ARTIGO 14
por iniciativa própria ou por proposta doutros órgãos.
(Conselho Científico Pedagógico)
3. O Conselho Científico Pedagógico tem a seguinte
1. O Conselho Científico Pedagógico é o órgão de gestão composição:
científica e pedagógica do ISCAM e é presidido pelo Director-
a) Director-Geral;
-Geral.
b) Director Geral Adjunto;
2. São competências do Conselho Científico Pedagógico:
c) Directores das Divisões;
a) Deliberar ou dar parecer sobre a coordenação científica e d) Director do Centro de investigação científica;
pedagógica dos cursos ministrados no ISCAM e ainda e) Director adjunto da Divisão;
sobre os assuntos de natureza científica e pedagógica
f) Chefes de Departamentos Centrais de natureza académica;
institucional, tomando por base a legislação aplicável
g) Directores de Curso;
e o presente estatuto;
b) Elaborar a proposta da estratégia formativa do ISCAM h) Oito docentes ou investigadores doutorados ou mestrados
no domínio dos cursos e outras acções de formação; com reconhecido mérito académico e profissional.
c) Elaborar propostas de orientação estratégica do Instituto 4. Podem ser convidados a participar nas reuniões do Conselho
nos domínios do ensino, investigação, extensão e Científico Pedagógico, em função da matéria, outros quadros a
desenvolvimento; designar pelo Director-Geral.
d) Apreciar e pronunciar-se sobre as propostas a submeter 5. O Conselho Científico Pedagógico reúne ordinariamente,
pelo Director-Geral ao Conselho do Instituto para duas vezes por ano e, extraordinariamente quando for convocado
criação, fusão, reformulação ou extinção de cursos e pelo respectivo Presidente ou pelo menos por um terço dos seus
de sua gestão; membros.
28 DE NOVEMBRO DE 2016 1241
ARTIGO 35 CAPÍTULO II
(Quadro de Pessoal) Princípios Gerais
Compete ao Director Geral do ISCAM submeter, no prazo de ARTIGO 4
noventa dias após a publicação do presente Estatuto, a proposta (Critérios)
do quadro do pessoal do ISCAM para aprovação pelo órgão 1. Qualquer intervenção sobre o património edificado da
competente nos termos da legislação em vigor. cidade da Ilha de Moçambique deve obedecer aos critérios
gerais de autenticidade, integridade, legibilidade, reversibilidade,
identidade cultural e ambiental do edificado pré-existente.
2. Estes critérios devem ser considerados nos processos
Decreto n.º 54/2016 de intervenção, no conjunto ou isoladamente, nos diferentes
de 28 de Novembro elementos construtivos, bem como nos processos de decoração
e requalificação do edificado, no contexto urbano, para eventual
Tornando-se necessário estabelecer o regime jurídico aplicável refuncionamento.
à classificação e gestão do Património Edificado e Paisagístico
da Ilha de Moçambique, Património Mundial, ao abrigo ARTIGO 5
do n.º 1 do artigo 7 da Lei n.º 10/88, 22 de Dezembro, o Conselho (Adequação técnica e ambiental)
de Ministros decreta: 1. As intervenções sobre o edificado devem considerar sempre
Artigo 1. É aprovado o Regulamento Sobre a Classificação os princípios de adequação técnica, ambiental e cultural de modo
e Gestão do Património Edificado e Paisagístico da Ilha de a evitar as transformações estranhas ao carácter da arquitectura
Moçambique, o Glossário, o Mapa da Área de Protecção Costeira, da cidade.
o Mapa das Praias Abertas e Enfiamentos Visuais, o Mapa de 2. É importante salvaguardar-se a manutenção da traça original
Infraestruturas Viárias, o Catálogo dos Edifícios Classificados aparente dos edifícios, em particular no que concerne às fachadas
frontais, respeitando-se os princípios de desenho e continuidade.
da Ilha de Moçambique da Cidade de Pedra e Cal, em anexo ao
presente Decreto e que dele fazem parte integrante. ARTIGO 6
Art. 2. O presente Decreto entra em vigor 30 dias após a sua
(Requalificação)
publicação.
Aprovado pelo Conselho de Ministros aos 13 de Setembro 1. Para a requalificação do ambiente construído deve-se
de 2016. considerar o seguinte:
a) O carácter particular do núcleo edificado relativamente à
Publique-se.
imagem, às relações de escala e volume das edificações
O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário. e elementos construtivos;